Ponto de Equilíbrio - Regenera

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Ponto de Equilíbrio
Intoxicação metálicA
Há muitas substâncias que, silenciosamente, prejudicam a nossa saúde
por Roni Moya *
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saber viver abril 2009
«A intoxicação
por metais pesados
pode ser responsável
por fadiga crónica,
Parkinson, deficit
de atenção, atraso
cognitivo
e hiperactividade»
foto: mário príncipe
desde os primórdios da história
que a intoxicação por metais pesados já era famosa pelos inúmeros casos
de assassínio que lhe estavam associados. Um exemplo clássico é a morte
de Napoleão Bonaparte por envenenamento, comprovada pelo excesso de
arsénio presente no seu cabelo. Mas,
no dia-a-dia, estamos rodeados por
produtos ricos em elementos metálicos que, silenciosamente, podem ser
extremamente prejudiciais para a saúde. A hipersensibilidade a metais é um
processo ainda pouco elucidado pela
ciência e desencadeada quando o indivíduo, possivelmente devido a uma predisposição genética, entra em contacto
com um material que contenha vestígios metálicos de alumínio (Al), chumbo (Pb), mercúrio (Hg), níquel (Ni),
etc. Essa reacção acontece quando os
metais pesados penetram no organismo e são reconhecidos como estranhos
pelo sistema imunitário, estimulando
a produção de anticorpos específicos.
O complexo formado (anticorpos/
metais) pode ser depositado na bainha
de mielina das fibras nervosas e afectar
o cérebro. Casos típicos estão relacionados com o autismo, neuropatias ou
esclerose múltipla. Além das irritações
alérgicas clássicas da pele, a intoxicação
por metais pesados pode ser responsável também por casos graves de fadiga
crónica, doença de Parkinson, deficit de
atenção, atraso cognitivo e hiperactividade. As manifestações podem provocar
vómitos, diarreia, ansiedade, anorexia, enjoo, insuficiência renal (arsénio,
cobre, chumbo) e icterícia (antimónio,
bismuto, crómio). As principais fontes
prejudiciais são os utensílios de cozinha de alumínio, amálgamas dentárias,
dispositivos intra-uterinos (DIU), próteses metálicas, insecticidas, tintas (tatuagens), piercings, vinhos, água, mariscos,
peixes, tabacos e outros (alumínio, mercúrio, cádmio, cobre). A intoxicação
por mercúrio é uma das mais graves,
pois esse metal pode atingir o cérebro
rapidamente ao passar da mãe para o
bebé através da placenta ou estar presente num conservante das vacinas ou gotas
nasais. A consequência é a influência no
desenvolvimento ou agravamento do
autismo. Neste caso, é imprescindível
recorrer a vacinas ou produtos que não
contenham tais elementos.
Para se detectar e distinguir a hipersensibilidade e/ou intoxicação, existe o teste MELISA e o Mineralograma
(análise dos elementos no cabelo). Uma
vez verificado, é possível recorrer a um
método de desintoxicação, denominado
terapia de quelação, em que pequenas
moléculas se ligam aos metais tóxicos
para sequestrá-los e eliminá-los. O termo «quelar» significa varrer ou limpar.
O processo de quelação pode ser feito
através de infusões venosas e tratamentos por via oral ou rectal e utiliza como
princípio activo o EDTA para o alumínio, DMSA e DMPS para o mercúrio,
arsénio e alumínio, DFO para o alumínio e ferro livre, D-Penicillamina
para o cobre (doença de Wilson) e o
NDF, originário dos alimentos integrais e crus, usado nos casos de autismo.
As vitaminas C e E, assim como o chitosan, chorella e os minerais magnésio e
selénio também funcionam como queladores. Fiquem atentos!
* Roni Moya é Biomédico, Especialista em Biologia celular e Molecular e membro da World Societ y of Anti-Aging Medicine (WOSAAM), da World
Academy of Anti-Aging Medicine (WAAAM) e da Societ y for free radical biology and medicine (sfrbm). É brasileiro e, actualmente, vive em Portugal.
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