Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett – O essencial

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SEA 4 | Textos de teatro
Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett
– O essencial
1. A ação trágica
• no ato I, são fornecidas informações acerca do passado das personagens, prepara-se a
ação em resposta à decisão dos governadores e Manuel de Sousa decide incendiar o seu
palácio;
• no ato II, assiste-se à chegada do Romeiro e à revelação de que D. João de Portugal está
vivo;
• no ato III, dá-se o desenlace – a morte física de Maria em cena e a morte simbólica de
Madalena e Manuel de Sousa, que professam.
2. O espaço e o tempo
O espaço, ao longo da obra, vai-se fechando:
• o ato I desenrola-se numa sexta-feira, ao fim da tarde, no palácio de Manuel de Sousa
Coutinho, um espaço aberto e luxuoso;
• o ato II tem lugar uma semana depois, na Sala dos Retratos do antigo palácio de D. João
de Portugal, um espaço sombrio, sem luz exterior;
• o ato III passa-se na mesma sexta-feira, quando a noite já vai alta, na parte baixa do palácio de D. João de Portugal e na capela da N. S. da Piedade.
3. A linguagem e o estilo
• A linguagem aproxima-se, muitas vezes, de um certo tom coloquial, é dominada, frequentemente, pelos sentimentos, com recurso a pontuação expressiva onde se salienta a ocorrência das reticências e dos pontos de exclamação.
• O ritmo é marcado por frases entrecortadas, às vezes inacabadas, e por repetições anafóricas.
• Recorre-se a atos ilocutórios expressivos.
4. O romantismo em Frei Luís de Sousa
Esta obra é marcada:
• pela crença no sebastianismo (regresso mítico de D. Sebastião que poderá revigorar o
orgulho nacional), em agouros e superstições;
• pelo patriotismo e pelo nacionalismo de Maria, de Manuel de Sousa Coutinho e de Telmo;
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• pelo tema da morte (física ou simbólica) como solução para os problemas.
GUEP11 © Porto Editora
A ação, em Frei Luís de Sousa, vai-se adensando ao longo dos três atos, aumentando o conflito progressivamente:
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