Venezuela toma ações soberanas para acabar com ataque à

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Venezuela toma ações soberanas para acabar com
ataque à moeda nacional
Caracas, 13 Dic. AVN.- Nas próximas 72 horas a fronteira da Venezuela com a Colômbia vai
permanecer fechada, como medida de defesa da economia venezuelana, cuja moeda está sendo
atacada pelas máfias de Cúcuta, anunciou o presidente da República Bolivariana da Venezuela,
Nicolás Maduro.
No domingo o presidente já havia determinado a retirada de circulação das notas de maior valor,
após evidências de que mais de 300 bilhões de bolívares foram retirados do país.
As duas medidas —amparadas pelo Estado de Exceção e Emergência Econômica— têm o objetivo de
frear o contrabando do bolívar que se tranformou em um dos mecanismos de ataque à economia e a
estabilidade da República, apoiado pela extrema direita nacional e estrangeira.
Em cadeia nacional de rádio e Televisão, o chefe de Estado disse que as máfias tentaram entrar
novamente com as notas no país depois que souberam da retirada das cédulas de circulação.
Somente na madrugada desta segunda-feira, 64 mihões de bolívares foram apreendidos pelas
autoridades venezuelanas na fronteira com a Colômbia, por isso foi necessário fechar a fronteira.
"As máfias estão loucas. Somente nesta manhã, na madrugada, capturamos 64 milhões de bolívares
que estavam passando por trilhas, por isso decidi fechar a fronteira com a Colômbia por 72 horas. A
partir deste momento está fechada a fronteira com a Colômbia novamente, por 72 horas", disse.
Ações conjuntas
O presidente Maduro disse que espera ter uma conversa com seu colega da Colômbia, Juan Manuel
Santos, para abordar o tema das máfias e que Bogotá tome medidas.
"Espero conversar em breve (com o presidente Santos). Espero que as medidas soberanas da
Colômbia avançem, que permita corregir esta distorsão que prejudica nossa economia", afirmou,
referindo-se à resolução Nº 8, do ano 2000 do Banco da República da Colômbia.
Esta resolução estabelece uma dupla taxa sobre a troca de moedas na Colômbia: uma oficial,
estabelecida pelo Banco da República, e outra especial que se aplica só para as fronteiras.
Essa dualidade-amparada na resolução Nº8- promove o uso irregular dos bolívares. Por exemplo,
neste domingo o Banco da República da Colômbia, localizado em Bogotá, estabeleceu que o valor de
cada bolívar é de 300,58 pesos; enquanto as casas de câmbio em Cúcuta (na fronteira
colombo-venezuelana) empobrecem o bolívar com um valor de 2,45 pesos.
"É um caso único no mundo", denunciou Maduro, que informou ainda que serão realizadas reuniões
como o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e seu colega da Colômbia, Luis Carlos Villegas,
assim como entre as chanceleres Delcy Rodríguez, da Venezuela, e María Ángela Holguín, da
Colômbia, para discutir ações conjuntas.
União nacional
O presidente venezuelano pediu que a população, setores públicos e privados, especialmente o setor
bancário, apoiem as medidas a favor da estabilidade da República.
"É momento para nos unir e dar um exemplo para as máfias (...) que atacaram nossa moeda (...) que
a Venezuela esteja unida para defender seu direito a uma economia de prosperidade, de
tranquilidade", afirmou.
No domingo o governo anunciou que as notas de 100 bolívares vão sair de circulação nas próximas
72 horas, a partir desta terça-feira. Neste lapso a população poderá trocar as notas nos bancos
públicos e privados. Depois deste prazo, a troca será realizada por mais 10 dias no Banco Central da
Venezuela.
"Aqui ninguém vai perder seu dinheiro, os únicos que vão perder sua armadilha são as máfias que
queimaram suas mãos em Cúcuta e Maicao mas o povo não vai perder nada, garanto ao nosso
povo", disse. Maduro solicitou que a Associação Bancária da Venezuela (ABV) fortaleça a rede de
pagamento eletrônico.
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