Rio Amazonas - Escola Fragelli

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Rio Amazonas
Amazonas
Mapa da bacia hidrográfica do Amazonas no Brasil
Comprimento c. 6992 [1] km
Posição: 1
Nascente
Nevado Mismi,Peru
Altitude da
nascente
5 270 m
Débito médio 209 000 m³/s
Foz
Oceano Atlântico
Área da bacia 7 050 000 km²
Delta
Delta do Amazonas
Afluentes
principais
Rio Napo, Rio Javari, Rio Jandiatuba, Rio Içá,
Rio Jutaí, Rio Juruá, Rio Japurá, Rio Tefé, Rio
Coari, Rio Piorini, Rio Purus, Rio Negro, Rio
Madeira, Rio Manacapuru, Rio Uatumã, Rio
Nhamundá, Rio Trombetas, Rio Tapajós, Rio
Curuá, Rio Maicuru, Rio Uruará, Rio Paru, Rio
Xingu e Rio Jari.
País(es)
Peru
Colômbia
Brasil
País(es) da
bacia
Peru
Colômbia
hidrográfica
Brasil
O rio Amazonas é um rio que corta todo o norte da América do Sul, ao centro da
Floresta Amazônica. É o maior rio do planeta Terra, tanto em volume de água quanto
em comprimento (6937,08 km de extensão), nas cheias a distância de uma margem a
outra pode chegar a 50 km. Tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte
ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no Oceano Atlântico
junto ao rio Tocantins no Delta do Amazonas, no norte brasileiro. Ao longo de seu
percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de Carhuasanta, Lloqueta, Apurímac, Rio
Ene, Rio Tambo, Ucayali e Amazonas (Peru). Entra em território brasileiro com o nome
de rio Solimões e finalmente, em Manaus, após a junção com o Rio Negro, recebe o
nome de Amazonas e como tal segue até a sua foz no Oceano Atlântico.
Por muito tempo, acreditou-se que o rio Amazonas era o mais caudaloso do mundo,
porém o segundo maior em comprimento, depois do rio Nilo). A controvérsia foi
finalmente solucionada em 2007, após expedição científica do IBGE em conjunto com o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com a Agência Nacional de Águas, e
o Instituto Nacional Geográfico do Peru (IGN), organizada por Paula Saldanha e com
financiamento da Petrobras e da Produtora RWCine, em que técnicos do INPE
apuraram inicialmente que o rio Amazonas teria 6937,08 km de extensão, superando o
rio Nilo em cerca de 140 km.[2][3][4]
Posteriormente, em 2008, com a conclusão dos trabalhos, constatou-se que a extensão
do rio Amazonas é de 6992,06 km, sendo que a grande quantidade de sedimentos
carregada por suas águas e depositada em sua foz (em forma de delta estuarino,
conforme classificação do conceituado geógrafo Aziz Ab'Saber) faz com que sua
extensão aumente cerca de 1 km por ano.[5]
Centro da maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km², a
maior parte do rio está inserida na planície sedimentar Amazônica, embora a nascente
em sua totalidade seja acidentada e de grande altitude. Marginalmente, a vegetação
ribeirinha é, em sua maioria exuberante, predominando as florestas equatoriais da
Amazônia.[6]
A área coberta por água no rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante
as estações do ano. Em média, na estação seca, 110 000 km² estão submersos, enquanto
que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350 000 km². No seu ponto mais
largo atinge na época seca 11 km de largura, que se transformam em 50 km durante as
chuvas.
Geografia
Fonte de água formadora da Quebrada Carhuasanta localizado a baixo da Nascente do
Amazonas Laguna McIntyre, sul do Peru.
Uma pesquisa recente, realizada pelo IBGE em conjunto com o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, com a Agência Nacional de Águas, e o Instituto Nacional
Geográfico do Peru (IGN), revelou que o Amazonas tem um comprimento de
6.992,06 km e mais de mil afluentes, e portanto maior que o Nilo com seus 6.852 km de
extensão, sendo então o mais longo rio do mundo. Sua bacia hidrográfica é a maior do
mundo, com uma superfície de aproximadamente sete milhões de km². O Amazonas é
de longe o rio mais caudaloso do mundo, com um volume de água cerca de 60 vezes o
do rio Nilo.
Diversas fontes afirmavam que a nascente do rio Amazonas estava nas cabeceiras do rio
Marañon. Porém, devido às novas pesquisas, os cientistas peruanos e brasileiros
(expedição científica em 2007 com IBGE, INPE, ANA, IGN) descobriram que sua
nascente tem por origem a laguna McIntyre no Nevado Mismi ao sul do Peru.[7]
A quantidade de água doce lançada pelo rio no Atlântico é gigantesca: cerca de 209 000
m³/s,[8][carece de fontes?] ou um quinto de toda a água fluvial do planeta. Na verdade, o
Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água doce que deságua em
oceanos em todo o mundo. Diz-se[quem?] que a água ainda é doce mesmo a quilômetros
de distância da costa, e que a salinidade do oceano é bem mais baixa que o normal
150 km mar adentro.
História
Durante o que muitos arqueólogos chamam de período formativo, as sociedades
indígenas amazônicas estiveram profundamente envolvidas na emergência dos sistemas
agrários das terras altas da América do Sul, e possivelmente contribuíram diretamente
para o panorama sócio-religioso que constituiu as civilizações andinas
Em 1500 o explorador espanhol Vicente Yáñez Pinzón e a tripulação liderada por ele
foram os primeiros europeus a navegar no rio.[9] Pinzón chamou o rio de Río Santa
María del Mar Dulce, o que posteriormente foi reduzido para Mar Dulce (literalmente
"Mar Doce"), devido à quantidade de água doce impulsionada pela correnteza do rio
para dentro do Oceano Atlântico. Por 350 anos após a descoberta do Amazonas pelos
europeus, a parte portuguesa da bacia do rio permaneceu um cenário abandonado,
servindo exclusivamente como fonte de alimentos obtidos através da coleta e da
agricultura pelos povos indígenas que haviam sobrevivido à chegada das doenças
trazidas pelos europeus. Existem inúmeras evidências de formações sociais complexas e
em grande escala feitas na região por povos pré-colombianos, especialmente nas regiões
interfluviais, e até mesmo de grandes povoados e cidades.[10] A cultura pré-colombiana
da ilha de Marajó, por exemplo, pode ter até mesmo desenvolvido algum tipo de
estratificação social, e contava com uma população de cerca de 100.000 indivíduos.[11]
Os nativos da floresta pluvial amazônica podem ter utilizado a terra preta para tornar o
terreno local adaptado à agricultura em grande escala necessária para o sustento de
grandes populações e formações sociais complexas.
Um dos tenentes de Gonzalo Pizarro, Francisco de Orellana, partiu numa expedição em
1541 para explorar a região a leste de Quito, rumo ao interior do continente, em busca
do El Dorado e do "País da "Canela".[12] Sua ordem era a de seguir o rio Coca e retornar
quando atingisse sua foz. Após 170 quilômetros, o rio Coca se juntou ao rio Napo (num
ponto conhecido atualmente como Puerto Francisco de Orellana), e seus homens
ameaçaram entrar em motim se ele cumprisse as ordens e retornasse. Orellana então, em
26 de dezembro de 1541, tomou a decisão de alterar o propóstio da expedição, visando
conquistar novas terras em nome do Rei da Espanha; seus 49 homens construíram uma
embarcação maior, na qual poderiam navegar rio abaixo. Após uma jornada de 600 km
pelo rio Napo, sob a ameaça constante dos omáguas, chegaram a outra confluência, num
local próximo à atual Iquitos, e então seguiram já pelo rio Amazonas por mais 1200 km
até a sua confluência com o rio Negro (próximo da Manaus atual), que alcançaram no
dia 3 de junho de 1532. Esta área era dominada por uma tribo nativa local, descritos
como icamiabas, que os exploradores imaginaram serem ferozes mulheres guerreiras;
Orellana posteriormente narraria a vitória das beligerantes "mulheres" icamiabas sobre
os invasores espanhóis a Carlos V, Sacro-Imperador Romano que, recordando-se das
amazonas da mitologia grega, batizou o rio de Amazonas - nome pelo qual ele ainda é
conhecido em espanhol e português. Na época, no entanto, o rio foi designado pelos
membros da expedição como Grande Río ("Grande Rio"), Mar Dulce e Río de la
Canela ("Rio da Canela"). Orellana alegou ter encontrado em suas margens grandes
caneleiras (Cinnamomum verum), árvores das quais se obtem a canela, uma das
especiarias mais importantes e desejadas na Europa da época. A árvore, no entanto, não
é nativa da América do Sul e só podia ser encontrada, à época, no Oriente; outras
plantas semelhantes, no entanto, como as da família Lauraceae, são nativas da região, e
Orellana poderia estar se referindo a elas. A expedição seguiu por mais 1200 km até a
foz do Amazonas, alcançada em 24 de agosto de 1542, demonstrando a navigabilidade
prática do Grande Rio - naquela que talvez tenha sido uma das viagens mais
improvavelmente bem-sucedidas da história humana.
Em 1560 outro conquistador espanhol, Lope de Aguirre, navegou pela segunda vez toda
a extensão do Amazonas.
Após participar na expedição de 1615 que fundou a cidade de Belém do Pará, entre
1636 e 1638, o explorador português Pedro Teixeira, com mais de mil homens realizou
a primeira expedição que subiu o curso do rio Amazonas. Empregando cerca de 50
grandes canoas, partiu de Belém do Pará e alcançou Quito, no Equador. Fundou
Franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar
as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. A viagem foi
registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.
De 1648 a 1652 o bandeirante Antônio Raposo Tavares liderou uma das mais longas
expedições até São Paulo a partir da foz do Amazonas, investigando diversos dos seus
afluentes, incluindo o rio Negro, e cobrindo uma distância de mais de 10.000
quilômetros.
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