CONTROLE DE QUALIDADE EM ANATOMIA

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Caro presidente ,
Esta é a terceira carta nos últimos 15 anos.
Acho que a nossa sociedade é “porreta”, excelente e extremamente seria, digna de todos os
elogios.
Sabemos como é difícil, ao contrario das outras sociedades a qual faço parte, encontramos
subsídios.
O nosso controle de qualidade, como já escrevi antes, é excelente mais peca por pequenas
falhas.
1º) A Anatomia Patológica (microscopia) é um Ato Médico.
Raramente a Anatomia –Patológica é aferida, apenas a Histopatologia (microscópio) e a
Citopatologia são testadas.
Assim sendo, certos diagnósticos diferenciais poderiam ser melhor atendidos,por exemplo: o
condoblastoma, o tumor das células gigantes e mesmo o cisto ósseo aneurismático, em material obtido
por biopsia e mesmo por curetagem, devem ser levados em consideração.Entretanto, com a radiografia
(macroscópica) e com o exame macroscópio de uma ressecção em bloco de um osso, aliado a
histopatologia (o exame do conjunto)facilita o diagnostico.
2º) Os testes de múltipla escolha, erroneamente chamados de “objetivos”, não devem, segundo
os Mestres e Doutores em metodologia de avaliação, evitar os estímulos de atitudes negativas, em
outras palavras, devem evitar “marcar o incorreto”, “todos estão corretos exceto...” etc..
É obvio que podem ser usados, mas não deviam ser predominantes.
3º) O diagnostico, que é a razão de existir dos Médicos e Medicas patologistas que trabalhava
para resolver os problemas da população, com a determinada “Patologia cirúrgica”, não é valorizado.
Há algum tempo quando ainda era Diretor do Departamento de Assuntos Profissionais da SBP
e Presidente da ABRALAPAC, sugeri que o diagnostico, correto ou não as questões podem ser
pesquisadas por qualquer um, mesmos os não médicos, nas publicações existentes.
Tenho um amigo que, em pelo menos três ocasiões, optou por um diagnostico baseando-se nas
questões feitas. Ele disse: “se não fosse este diagnostico, qual a razão de terem perguntado isto...”.
4º) O uso das letras maiúsculas no meio da frase para nomes comuns é errado, do ponto de
vista da ortografia em qualquer idioma (exemplos: adenocarcinoma, ceratina, ceratose, eczema,
poliomielite, etc..)
Se a interação for a de não chamar a atenção, deve-se usar negrito ou sublinhar o termo.
5º) Dever-se-ia usar a grafia usadas pela classificações modernas aceitas, mesmo porque a
explicação da histogêneses que deu origem a certos termos não resistiam ao tempo.
Por exemplo, “carcinoma epiderme “ é bonito e soa bem, entretanto, o carcinoma das células
escamosas (escamocelula) do colo uterino, dos brônquios, do esôfago, do estomago etc., não tentam
imitar a epiderme, como sugere o sufixo “oide”; particularmente prefiro o “epidemoide”, não o uso
pela razão explicitada.
Não usei virgula antes do “etc” de propósito, não deve ser usada...
Já o termo “espinocelula”, sugere que o carcinoma seja originado por desdiferenciação da
camada de Malphigi ou que a neoplasia teria desmosomas observáveis, o que não ocorre com as
neoplasias desta linhagem mal diferenciadas ou indiferenciadas de grandes e de pequenas células.
Com o intuito apenas de colaborar.
Atenciosamente
Mauricio S.B. Leite.
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