Sistema para colheita de sangue arterial-Pediatria

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Sistemas de Segurança na Colheita de
Sangue e Fase Pré-Analítica
Susana Ribeiro
Daniel Gala
Sistemas Segurança na Recolha Amostras
Biológicas
• Risco Biológico
•Boas Práticas na Colheita de Amostras de Sangue
Sistemas Segurança na Recolha Amostras
Biológicas
- Risco Biológico: Pacientes e Profissionais perante picadas
acidentais
-Avaliação do risco biológico
-Consequências duma picada acidental
-Profilaxia: soluções de segurança
-Processos adequados a boas práticas
-Produtos de segurança
-Formação dos profissionais em processos e produtos
-Fases duma análise Clínica: Fase pré-analítica
-Boas Práticas na extracção venosa
Risco Biológico:
Pacientes e Profissionais perante picadas
acidentais
Risco Biológico
Um risco biológico é um organismo, ou substância oriunda de um
organismo que traz alguma ameaça (principalmente) à saúde
humana.
Constituem risco biológico o lixo hospitalar, amostras de
microrganismos, vírus ou toxinas de origem biológica que causam
impacto na saúde humana.
Risco Biológico
• Os trabalhadores hospitalares têm maior risco que a
população em geral em contraírem infecções no seu
local de trabalho.
• O contacto com produtos biológicos e as picadas
acidentais são frequentes no ambiente hospitalar.
• Bactérias, Fungos, Parasitas e Vírus coabitam com os
doentes e os profissionais de saúde
-Importância das medidas de precaução universal e utilização
de barreiras de protecção!
Risco Biológico
• Risco de transmissão de Hepatite B, em profissionais
não vacinados é cerca de 5 vezes superior ao da
população em geral.
• Hepatite C apresenta taxa de transmissão entre
profissionais de saúde da ordem dos 3-4%
• O risco de transmissão por picada acidental no que diz
respeito ao Vírus da SIDA estima-se entre os 0,45%,
sendo muito menor no contacto com fluidos.
Cenário Mundial
• A incidência e prevalência das doenças transmissíveis
cresceu
• Espanha é o pais europeu com mais doentes HIV
• Aumento da preocupação dos custos humanos e custos
financeiros dos acidentes de trabalho (a partir de 1995)
• A saúde e a segurança dos trabalhadores é um ponto
importante na agenda da união Europeia
• Provou-se clinicamente que os produtos com
dispositivos de segurança reduzem o numero de picadas
sempre associados às boas praticas
• Lei federal nos EUA que exige a utilização de produtos
de segurança (não em todos os estados). França e Itália
sem lei especifica e Espanha com lei mais avançada do
que os EUA.
Legislação Portuguesa
• Despacho n.º8835/2001 (2ªsérie) de 28 de Fevereiro,
Manual de Boas Práticas Laboratoriais
• Despacho n.º 597/2002 de 10 de Janeiro Habilitação
para efectuar colheitas de produtos biológicos
Legislação Europeia
• Directiva do conselho de 9 de Junho de 1988 relativa à inspecção
e verificação das boas praticas laboratoriais (BPL) (88/320/CEE),
Jornal Oficial das Comunidades Europeias
• Directiva da Comissão de 18 de Dezembro de 1989 que adapta
ao progresso técnico o anexo da Directiva 88/320/CEE do
Conselho relativa à inspecção e verificação das BPL (90/18/CEE),
Jornal Oficial das Comunidades Europeias
• Directiva 2002/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de
27 de Janeiro de 2003 que estabelece normas de qualidade e
segurança em relação à colheita, analise, processamento
armazenamento e distribuição de sangue humano de
componentes sanguíneos e que altera a Directiva 2001/83/CE,
Jornal Oficial da União Europeia
Legislação Europeia
• Directiva para a Implementação do Acordo-Marco na
“Prevenção dos Ferimentos Causados por Objectos
Cortantes/Puncionantes no Sector Hospitalar e
Sanitário”
A finalidade no Acordo-Marco é:
 Obter um ambiente de trabalho o mais seguro possível;
 Prevenir ferimentos causados por dispositivos médicos;
 Proteger os trabalhadores do risco;
 Definir procedimentos de resposta e de acompanhamento.
“Qualquer amostra ou produto se considerará
potencialmente perigoso!”
Avaliação do risco biológico
Definição de exposição acidental ao sangue
• Uma exposição acidental inclui qualquer contacto com
fluidos através de:
– Danos percutâneos (cortes ou picadas)
– Tecido mucoso, olhos e boca (salpicos)
– Pele danificada ou rasgada (rasgões)
 Com sangue ou fluidos corporais
(fluidos corporais incluem sémen, secreções vaginais,
LCR, sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico ou
expectoração e fezes…)
Estudo e seguimento do risco biológico nos
profissionais de saúde
• EPINet (Exposure Prevention Information Network):
rede que regista as lesões causadas por objectos
cortantes com exposição a sangue e fluidos corporais, e
o seguimento posterior à exposição. Realiza-se no
centro Internacional para a Segurança do profissional
de saúde, na Universidade da Virgínia nos EUA.
• Para quando uma base de dados para Portugal?
• Dados de difícil acesso, com informação insuficiente e
com ausência de tratamento estatístico.
França: Acidentes de Trabalho
Avaliação de Riscos
• Taxa de exposição percutâneas
• 16.05 / 100 camas
• Taxa de exposição mucocutáneas
• 1.6 / 100 camas
Tipo de lesão nas exposições Percutâneas
• As exposições percutaneas seguem uma tendência
crescente ao longo dos ultimos anos, sendo a exposição
mais frequente causada por picadas acidentais
rasgão
corte
picadas
Taxa de incidência por categoria laboral
• O pessoal de Enfermagem/Técnicos sofrem 47% das
exposições acidentais percutâneas
Acidentes de acordo com a antiguidade no posto
• 70% exposições acidentais percutaneas surgem nos
profissionais mais novos e nos profissionais mais velhos
Antiguidade no posto
% acidentes
5 anos
30.3%
5-10 anos
13.6%
11-15 anos
10.6%
16-20 anos
14.9%
20 anos
30.6%
(%)
Objectos causadores da Exposição
• As feridas com risco mais alto são as causadas por canulas ou
agulhas cheias de sangue (cateteres, agulhas para extracção,…)
Tipo de infecção transmissível através do
paciente (%)
VHB
• Segundo o CDC, em 1995 cerca de 800 profissinais de
saúde contraíram VHB ocupacional.
• Progressiva redução de novos casos desde 1983,
aquando da introdução do programa de vacinação
obrigatória e do uso obrigatório de medidas de
protecção individual.
• Sintomas da infecção:
-icterícia
- febre
-nauseas e dor abdominal
• 5 a 10% pacientes derenrolam infecção crónica, com
riscos elevados de cirrose e cancro hepático
VHC
• Infecção mais comum transmitida pelo sangue nos EUA
• Afecta mais de 4 milhões de pessoas
• Entre 2% e 4% dos casos totais de novas infecções
ocorrem em profissionais de saúde com exposições a
material biológico no seu local de trabalho.
• Poucos sintomas ou até assintomática
• Elevada Cronicidade (80%)
• Elevada morbilidade
HIV
• Apenas entre 1985 e 1999, o CDC (EUA) documentou
136 casos de possível transmissão ocupacional de HIV
em profissionais de saúde.
• 89% destes casos associados a picadas acidentais
• 94% na prática de técnicas de extracção de sangue
venoso ou inserção de cateteres.
• Difícil de comprovar como doença ocupacional
• Taxa de infecção vs exposição é muito baixa
Volume mínimo de sangue necessário para
transmitir uma infecção
Factores que influenciam o risco biológico
-Factores Epidemiológicos:
- prevalência da doença na população
-Numero de exposições
-Factores Clínicos
-Quantidade de material infeccioso implicado
-Volume do inoculo
-Virulência do patogénio
-Estado e resposta imunitária do profissional de
saúde
-Factores mecânicos
-A não utilização de medidas EPI (Equipamento de
Protecção Individual) e pós-exposição (não descartar
adequadamente o material utilizado)
Factores que influenciam o risco biológico
• Responsabilidade é tanto da Instituição como do
profissional de saúde.
•É Fundamental cumprir normas de segurança, que
dizem respeito à Instituição, porque garantem as
condições necessárias para um trabalho com
segurança
•Trabalhador deve cumprir as boas práticas e usar
sempre as medidas de protecção individual
Factores que influenciam o risco biológico
• Factores relacionados com o tipo de acidente:
•Via de exposição: O risco é muito maior quando a via é
percutânea
•Profundidade da lesão: quanto mais profunda, maior o risco
•Tamanho da lesão: quanto mais extensa, maior o risco
•Quantidade de Inócuo – um dos factores mais importantes
•Tipo de contaminação: a inoculação com sangue tem muito
maior risco, ou por exemplo, a inoculação com material de
cultura víral é de risco extremo
•Tempo de latência do material contaminante: uma agulha
acabada de retirar de uma veia é muito mais perigosa que
uma agulha esquecida durante horas numa bancada ou
numa cama
Factores que influenciam o risco biológico
• Factores relacionados com o Doente:
•Situação Imunitária – os riscos variam com a fase de
evolução da infecção HIV (por exemplo) no doente.
•Presença de infecção oportunista Major (Sindrome de
Karposy, p.e.), mesmo que não se conheçam parâmetros
laboratoriais, é indicador de maior risco.
•Quanto mais prolongada tiver sido a terapêutica prévia do
doente, maior o risco de transmissão de um vírus resistente.
• Factores relacionados com o Profissional:
• Estado Imunológico – qualquer imunodepressão de
qualquer etiologia incorre num maior risco de infecção
• Tempo de espera até fazer profilaxia
Consequências duma picada acidental
Hepatite B como risco laboratorial
- Importante doença Professional na área da saúde;
- Risco 3-10 vezes maior que na população geral;
- Importante infecção por:
- Cirrose; carcinoma hepatocelular primário,…;
- Subclínica e silenciosa, mas persistente em
portadores;
- Pode transmitir-se com HD (coinfecção)
- Existe boa prevenção por vacinação
Hepatite B como risco laboratorial (cont.)
- Prevalência em profissionais de saúde similar ou
superior à população geral
- Risco de aquisição não está bem documentado, por
valor aproximado considera-se 3%
HIV como risco laboratorial
- Casos documentados
- casos provados de aquisição ocupacional
- casos de possível aquisição ocupacional
- Exposição percutânea
-Risco de seroconversão de 0.3%
- Exposição cutâneo-mucosa
-Risco de seroconversão de 0.09%
Consequências para o trabalhador
-Depois duma picada acidental são necessários 6-12 meses de
seguimento para descartar a seroconversão: ansiedade e
stress perante a incerteza;
-Conhecimento que o resultado positivo dará lugar a uma
doença crónica e a uma provável morte;
-Provável efeito sobre a carga de trabalho, provável baixa
laboral;
-Risco para a carreira profissional da pessoa afectada;
-Efeito nas relações pessoais (família, sexual, etc.);
-Um tratamento profiláctico pós-exposição não é 100%
efectivo;
-Efeitos colaterais do tratamento da profilaxia pós-exposição;
-Possível indemnização através de reclamações ou accionando
direitos legais.
Consequências para a empresa
-Custo do tratamento profiláctico;
-Perda de tempo de trabalho (baixa laboral). Substituição;
-Repercussões no ambiente de trabalho;
-Custo das indemnizações;
-Implicações legais;
-Sobrecarga do tempo, trabalho e preocupações para os
postos;
-Risco de contaminar outros pacientes.
Profilaxia
Profilaxia: Pré-exposição
-Medidas de precaução universal
-Vacinação (se estiver disponível)
-Medidas especificas do centro
Medidas de precaução universais
Prevenção da exposição acidental
- Normas de higiene pessoal: a utilização de luvas não evita a
necessidade de lavar as mãos durante/entre procedimentos
- Elementos de protecção barreira (batas, máscaras,
protectores oculares se existir algum risco de salpicos de
sangue, luvas)
- Manuseamento adequado de objecto cortantes e perfurantes
- Desinfecção e esterilização de instrumentos que não sejam
de um só uso e de superfícies
Manuseamento adequado de objectos
cortantes e perfurantes
- As agulhas não devem ser recapsuladas, dobradas, partidas,
reintroduzidas na seringa/porta-tubos ou manipuladas
- As agulhas devem ser eliminadas em contentores rígidos
- Assegurar uma correcta substituição dos contentores
- Não encher os contentores acima da indicação do fabricante
- A melhor forma de minimizar o risco é adoptar material de
segurança que permita o isolamento definitivo da agulha antes
de a descartar
A Fase Pré-Analítica
Fases das Análises Clínicas
Aspectos gerais da Fase Pré-Analítica
• Paciente / Técnico / Enfermeiro
– Colheita amostra indolor;
– Menos sangue do que mais;
– Colheita rápida.
• Analista / Médico
– Maior informação possível da
amostra;
– Um procedimento com baixo
grau de risco tanto para o
paciente como para o pessoal
da extracção.
Aspectos gerais da Fase Pré-Analítica
• Laboratório
– Mais quantidade de amostra
do que quantidade
insuficiente;
– Amostra sem interferências;
– Concentração estandardizada
de anti-coagulante.
Boas Práticas na Extracção
de Amostras de Sangue
Extracção de Sangue Venoso por Vácuo
-Identificação do Paciente
-Preparação do Material
-Inspecção/Escolha da zona de punção
-Aplicação do garrote
- Desinfecção do local de punção
- Punção Venosa e Recolha de Sangue
- Procedimento de Hemostasia
- Eliminação de material contaminado
- Identificação dos tubos
Identificação do Paciente
-Leitura da requisição
-Verificação da identidade do paciente
- Nome, apelido, idade, sexo, etc…
-Em doentes Hospitalizados, informação deve ser confirmado
com pulseira de identificação, ou com o formulário médico…
-Atenção às trocas de camas e doentes desorientados!
-Informação acerca do procedimento
Preparação do Material
Posicionamento do braço do Paciente
-Preparação dos tubos de acordo com o pedido
-Posicionamento do braço do paciente
- Esticado (evita “perda da veia” ao retirar garrote)
- inclinado para baixo (aditivo não entra em contacto
tampa do tubo ou com a agulha, evitando contaminações paralelas)
-Exploração da área de punção
- Escolha do material adequado
(agulha vs butterfly)
com a
Aplicação do Garrote
-Garrote não deve estar demasiado apertado – pulso palpável
- Posição: entre 7 a 10 cm acima do local da punção
-Resultados da má aplicação:
- Muito alto
não há pressão
- Muito baixo
possibilidade de hematoma
-Tempo: não mais de um minuto apertado
- Alterações analíticas resultantes:
- Aumento de 10-15% nos valores de provas de
coagulação
- Aumento de 5-10% valor hematócrito
- Aumento de trombocitopenias
- Aumento Ca2+ sérico
-…
Selecção da Zona de Punção
Região Antecubital
Selecção da Zona de Punção
Região Antecubital
Selecção da Zona de Punção
Selecção da Zona de Punção
• Importante:
•Evitar o braço ao lado de uma mastectomia
•Evitar local do braço onde paciente foi submetido a
infusão intravenoca
• Evitar Hematomas
• Evitar local com múltiplas punções
• Em caso de dificuldade em localizar veia:
• recomenda-se uso de bolsa de água quente durante
cerca de 5 minutos no local da punção, depois garrotar
e procurar novamente acesso venoso.
• Nunca:
• dar “palmadas” no local da punção, principalmente em idosos,
pois podem ser portadores de ateroma, acarretando sérias
consequências.
Sistema de extracção BD Vacutainer ®
Desinfecção da zona de punção
-Desinfectar de dentro para
fora em movimentos
circulares, com algodão ou
gaze embebido em álcool
isopropílico a 70% e esperar
30”
-Deixar secar ao ar
Recomendação internacional (CSLI)
de extração de tubos
Identificação do aditivo – Norma ISO
VermelhoSoro (seco)
Roxo - EDTA
Rosa – Pr.
cruzadas
Azul Coagulação
Verde Heparina
Cinza – Glicose
Preto - VSG
Dourado – Soro
Gel Separador
Azul – Detecção
metais
Etiqueta Tubo Plus
Etiqueta „Block‟
Características de um Dispositivo de
Segurança
• Neutralização do objecto de punção de forma a que este
se mantenha na veia ou tecido;
• Dispositivo de segurança integrado na agulha;
• Activável com uma só mão;
• Mecanismo irreversível uma vez activado;
• Deve dispor de uma confirmação visual e auditiva de que
o mecanismo está activado e em segurança;
• Não deve modificar a técnica habitual.
Segundo a legislação francesa “Circulaire DGS/DH Nº98-248 del 20-04-98”, OSHA, SIROH
Extracção com agulha de Segurança Eclipse®
INCORRECTO
Retirar a cápsula da agulha com as duas mãos implica SEMPRE que a ponta da agulha
toque na parede da tampa protectora, com mais ou menos intensidade.
Pode ainda ocorrer um movimento de retorno involuntário
Danos na Agulha
Correcto
1.Utilizar o Polegar e o Indicador para soltar
a cápsula protectora
Assim elimina-se a Resistência
2. De seguida retirar a cápsula protectora.
Com o selo de segurança destruido, é
possivel retirar a tampa mais suavemente e
evita danos na agulha
Extracção com Butterfly
Butterfly Safety Lock
Butterfly Push Button
Problemas na Punção
Tecnica de inserção correcta. O sangue flui
livremente pela agulha
O bisel na parede inferior da veia não permite
que o sangue flua pela agulha
O Bisel na parede superior da veia não permite
que o sangue flua pela agulha
Agulha parcialmente inserida. Provoca
extravasamento se sangue para os tecidos, fora
da veia
Agulha inserida demasiado profundamente,
atravessando a veia
Colapso da Veia
Se o sangue não flui para o tubo!
-Recomendação em caso de colapso da veia por aspiração
1. Girar ligeiramente o corpo de extracção
2. Retirar o tubo do porta-tubos para não exercer vácuo
na veia
A veia recupera a estrutura e a extracção pode continuar com
o mesmo tubo
Não perde o Vácuo
Tubo para Coagulação
Aditivo:
•Citrato (liquido)
Provas Realizadas
• Coagulação e agregação plaquetária
Mecanismo acção aditivo:
• O sal do citrato capta o Ca2+ necessário para desencadear o
processo de coagulação
Importância da relação sangue – aditivo
•Muito alta (alteração de parâmetros)
Número inversões
•3
Tubo de Bioquímica
Aditivo:
•Gel Separador (Sólido) e activador da coagulação
Provas Realizadas
• Bioquímica de rotina
Mecanismo acção aditivo:
• O sal do citrato capta o Ca2+ necessário para desencadear o
processo de coagulação
Importância da relação sangue – aditivo
•Baixa (pode alterar volume de soro obtido)
Número inversões
•5
Tubo de Heparina
Aditivo:
• Heparina de Lítio ou de Sódio (pulverizado)
Provas Realizadas
• Bioquímica em Plasma
Mecanismo acção aditivo:
• Acção anticoagulante da Heparina
Importância da relação sangue – aditivo
•Alta
Número inversões
•8
Tubo de Hemograma
Aditivo:
• EDTA K3 (liquido) ou K2 (pulverizado)
Provas Realizadas
• Hemograma
Mecanismo acção aditivo:
• EDTA funciona como quelante do Ca2+, inibindo a coagulação
Importância da relação sangue – aditivo
•Muito Alta (modificações na morfologia celular)
Número inversões
•8
Tubo para Provas de Glicose
Aditivo:
• Oxalato de Potássio e Fluoreto de Sódio
Provas Realizadas
• Concentrações de Glicose e Lactato
Mecanismo acção aditivo:
• O fluoreto inibe a glicólise e o oxalato actua como anticoagulante
Importância da relação sangue – aditivo
•Muito Alta (Hemólise)
Número inversões
•8
Homogeneização da Amostra
- Depois de cheio, inverter imediatamente e com suavidade os
tubos com aditivo
- 6 a 8 vezes
-Assim evitam-se:
- Amostras coaguladas
- Atraso na formação do coágulo
- Erros nos resulatados (microcoágulos, etc.)
Procedimento de Hemostasia
- Pressionar suavemente o lugar da punção com algodão
durante 5 minutos
-O braço deve manter-se esticado e elevado
-Pedir ao paciente que:
-Não peque em pesos
-Não dobre o braço
-Não faça esforços
Identificação dos Tubos
-Etiquetar os tubos extraídos de acordo com a requisição e
antes de fazer sair o paciente
-Assim:
-Confirma-se que se colheram as amostras requisitadas
-Confirma-se o bem estar do Paciente
-Evitam-se erros de falta de amostras, etc.
Eliminação de Material Contaminado
-Não Re-capsular!
-Colocar o dispositivo completo
no contentor de objectos
cortantes
-Não “calcar” o contentor “para
caber só mais uma agulhina!!”
Factores de Variação na Extracção se Sangue
Factores de Variação Pré-Analíticos
-Factores Biológicos
- do paciente:
-Invariáveis: raça, idade, sexo,…
-Variáveis: exercício, dieta, medicamentos, postura, etc
-Fisiológicos: Ritmo cardíaco, gravidez, menstruação, etc
-Preparação do Material
-Técnica extracção
-Identificação da Amostra
-Manuseamento da amostra, etc.
Volume de Amostra Inadequado
-Modificação da relação sangue/aditivo com consequências ao
nível dos resultados laboratoriais:
-Citrato
-Relação 1:9
-Tubo incompleto modifica TP e APTT
-EDTA
-Concentração EDTA no tubo final: 1,2 – 2mg / ml
-Tubo incompleto modifica a morfologia das células
-Gel separaador
-Tubo incompleto produz volume baixo de soro/plasma
podendo obstruir analizadores automáticos
Tech Talk
•Porta Tubos: Qual utilizar?
• Porta Tubos Reutilizável ou Descartável ?
•Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo?
• EDTA : K2 EDTA ou K3 EDTA?
• Citrato: Concentração a 3.2 ou a 3.8%
• Hemólise:
• Causas
• Efeitos
Tech Talk
• Porta Tubos Reutilizável ou Descartável?
•Não foram detectados diferenças clinicamente significativas
•Conselho Internacional para a Padronização em hematologia
recomenda a utilização de K2EDTA
Um paciente, um porta-tubos
A reutilização do porta-tubos aumenta o risco de
contaminação cruzada
Tech Talk
Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo?
• EDTA : K2 EDTA ou K3 EDTA?
K2 EDTA
K3 EDTA
Suspensão seca na parede do tubo
de plástico
Solução líquida no tubo de vidro
Morfologia eritrócito sem alterações
Alteração da parede do eritrócito
(“encolhimento”)
Valores de MCV mais baixos
comparativamente com K3 EDTA
Aumento do MCV até 1,3%,
comparativamente com K2 EDTA
Anticoagulante liofilizado na parede
do tubo
Efeito Diluição amostra (1-2%), que
pode levar a contagens diminuidas
•Não foram detectados diferenças clinicamente significativas
•Conselho Internacional para a Padronização em hematologia
recomenda a utilização de K2EDTA
Tech Talk
Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo?
• Citrato: Concentração a 3.2 ou a 3.8%
Responsive reagents
Non - Responsive reagents
Ocorrência de diferenças estatisticamente significativas depende dos reagentes usados
• Os serviços têm de aferir as suas técnicas
• Padronização é o Objectivo
Tech Talk
Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo?
• Testes Especiais – Tubos Normais?
Tubo RST - Contém trombina como activador de coagulação, o que
permite a coagulação nos 5 minutos seguintes à extracção
Tubos para provas de glicose - Contêm conservantes que actuam
como inhibidores glicolíticos: Fluoruro sódico + EDTA, fluoruro sódico +
oxalato potássico, fluoruro sódico + heparina sódica, iodo acetato de
litio + heparina de litio.
Tubos CPT™ - desenvolvidos para permitir num único passo e em tubo
primário a separação e transporte das células mononucleares (PBMCs)
em 20 minutos, estandardizando e simplificando o processo.
Tubos PPT™ - Ideais para determinação da Carga Viral, pois contém
um anticoagulante seco micronizado (EDTA K2) e um gel de separação.
Os processos de extracção de sangue, centrifugação e processamento
realizam-se no mesmo tubo.
Tech Talk
Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo?
• Testes Especiais – Tubos Normais?
PAXgeneTM Blood RNA - sistema revolucionário que permite consolidar
e integrar os principais passos da extracção de sangue total, estabilização
intracelular e purificação de RNA.
Tubos para detecção de Metais - contêm quantidades mínimas de
elementos a detectar (zinco, magnésio, ferro, chumbo, cálcio, cobre,
arsénico, manganésio, cádmio, crómio, …) pelo que não interferem com a
fase analítica.
A tampa do tubo foi submetida a um processo de lavagem ácida,
eliminando os metais residuais da borracha.
Tubos para hormonas - com EDTA tripotássico e aprotinina, para
determinações de hormonas em sangue total.
Hemólise
- Libertação da Hemoglobina após a ruptura dos eritrócitos
-Não ocorre sempre a libertação do conteúdo intracelular,
sendo que também pode haver lise de plaquetas e glóbulos
brancos, não sendo portanto visível.
Hemólise in-Vitro
•
Origem química:
•Alteração ou uma distenção das membranas dos eritrócitos até à
sua ruptura
• Origem Mecânica:
•Transformação de um fluxo laminar num fluxo turbulento
Activação das plaquetas e formação de micro-coágulos
Alteração de resultados de bioquímica, coagulação e hematologia
Hemólise in Vitro
• Causas:
• Escolha de “mau” local para punção
• Garrotação prolongada
• Mau posicionamento agulha/veia
• Agulhas de calibre muito grande ou muito pequeno
• Transferência amostra seringa – tubo
• Colheita através do cateter
• Tubos com volume de colheita insuficiente.
• Agitação vigorosa
• Não respeitar tempos de coagulação
• Centrifugação Incorrecta
• Exposição ao calor
• Transporte Inadequado
Hemólise
Extracção por sistema
convencional apresenta 4 zonas
de turbulência:
 Cone da agulha
 Entrada na câmara de refluxo
sanguíneo
 a câmara de refluxo sanguíneo
 Saída da câmara de refluxo
Fluxo recto:
 A prevenção da hemólise
durante as extracções só é
possível com a manutenção de
um fluxo laminar
• Efeitos:
• Alteração resultados – Especialmente Química Clínica
•  Concentração dos analitos existentes no interior eritrocito
• Interferência em algumas metodologias – espectrofotometria
• Grau de interferência proporcional ao grau de hemólise
• Uma das principais causas de recusa da amostra pelo LAB
Obrigado
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