Sistemas de Segurança na Colheita de Sangue e Fase Pré-Analítica Susana Ribeiro Daniel Gala Sistemas Segurança na Recolha Amostras Biológicas • Risco Biológico •Boas Práticas na Colheita de Amostras de Sangue Sistemas Segurança na Recolha Amostras Biológicas - Risco Biológico: Pacientes e Profissionais perante picadas acidentais -Avaliação do risco biológico -Consequências duma picada acidental -Profilaxia: soluções de segurança -Processos adequados a boas práticas -Produtos de segurança -Formação dos profissionais em processos e produtos -Fases duma análise Clínica: Fase pré-analítica -Boas Práticas na extracção venosa Risco Biológico: Pacientes e Profissionais perante picadas acidentais Risco Biológico Um risco biológico é um organismo, ou substância oriunda de um organismo que traz alguma ameaça (principalmente) à saúde humana. Constituem risco biológico o lixo hospitalar, amostras de microrganismos, vírus ou toxinas de origem biológica que causam impacto na saúde humana. Risco Biológico • Os trabalhadores hospitalares têm maior risco que a população em geral em contraírem infecções no seu local de trabalho. • O contacto com produtos biológicos e as picadas acidentais são frequentes no ambiente hospitalar. • Bactérias, Fungos, Parasitas e Vírus coabitam com os doentes e os profissionais de saúde -Importância das medidas de precaução universal e utilização de barreiras de protecção! Risco Biológico • Risco de transmissão de Hepatite B, em profissionais não vacinados é cerca de 5 vezes superior ao da população em geral. • Hepatite C apresenta taxa de transmissão entre profissionais de saúde da ordem dos 3-4% • O risco de transmissão por picada acidental no que diz respeito ao Vírus da SIDA estima-se entre os 0,45%, sendo muito menor no contacto com fluidos. Cenário Mundial • A incidência e prevalência das doenças transmissíveis cresceu • Espanha é o pais europeu com mais doentes HIV • Aumento da preocupação dos custos humanos e custos financeiros dos acidentes de trabalho (a partir de 1995) • A saúde e a segurança dos trabalhadores é um ponto importante na agenda da união Europeia • Provou-se clinicamente que os produtos com dispositivos de segurança reduzem o numero de picadas sempre associados às boas praticas • Lei federal nos EUA que exige a utilização de produtos de segurança (não em todos os estados). França e Itália sem lei especifica e Espanha com lei mais avançada do que os EUA. Legislação Portuguesa • Despacho n.º8835/2001 (2ªsérie) de 28 de Fevereiro, Manual de Boas Práticas Laboratoriais • Despacho n.º 597/2002 de 10 de Janeiro Habilitação para efectuar colheitas de produtos biológicos Legislação Europeia • Directiva do conselho de 9 de Junho de 1988 relativa à inspecção e verificação das boas praticas laboratoriais (BPL) (88/320/CEE), Jornal Oficial das Comunidades Europeias • Directiva da Comissão de 18 de Dezembro de 1989 que adapta ao progresso técnico o anexo da Directiva 88/320/CEE do Conselho relativa à inspecção e verificação das BPL (90/18/CEE), Jornal Oficial das Comunidades Europeias • Directiva 2002/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Janeiro de 2003 que estabelece normas de qualidade e segurança em relação à colheita, analise, processamento armazenamento e distribuição de sangue humano de componentes sanguíneos e que altera a Directiva 2001/83/CE, Jornal Oficial da União Europeia Legislação Europeia • Directiva para a Implementação do Acordo-Marco na “Prevenção dos Ferimentos Causados por Objectos Cortantes/Puncionantes no Sector Hospitalar e Sanitário” A finalidade no Acordo-Marco é: Obter um ambiente de trabalho o mais seguro possível; Prevenir ferimentos causados por dispositivos médicos; Proteger os trabalhadores do risco; Definir procedimentos de resposta e de acompanhamento. “Qualquer amostra ou produto se considerará potencialmente perigoso!” Avaliação do risco biológico Definição de exposição acidental ao sangue • Uma exposição acidental inclui qualquer contacto com fluidos através de: – Danos percutâneos (cortes ou picadas) – Tecido mucoso, olhos e boca (salpicos) – Pele danificada ou rasgada (rasgões) Com sangue ou fluidos corporais (fluidos corporais incluem sémen, secreções vaginais, LCR, sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico ou expectoração e fezes…) Estudo e seguimento do risco biológico nos profissionais de saúde • EPINet (Exposure Prevention Information Network): rede que regista as lesões causadas por objectos cortantes com exposição a sangue e fluidos corporais, e o seguimento posterior à exposição. Realiza-se no centro Internacional para a Segurança do profissional de saúde, na Universidade da Virgínia nos EUA. • Para quando uma base de dados para Portugal? • Dados de difícil acesso, com informação insuficiente e com ausência de tratamento estatístico. França: Acidentes de Trabalho Avaliação de Riscos • Taxa de exposição percutâneas • 16.05 / 100 camas • Taxa de exposição mucocutáneas • 1.6 / 100 camas Tipo de lesão nas exposições Percutâneas • As exposições percutaneas seguem uma tendência crescente ao longo dos ultimos anos, sendo a exposição mais frequente causada por picadas acidentais rasgão corte picadas Taxa de incidência por categoria laboral • O pessoal de Enfermagem/Técnicos sofrem 47% das exposições acidentais percutâneas Acidentes de acordo com a antiguidade no posto • 70% exposições acidentais percutaneas surgem nos profissionais mais novos e nos profissionais mais velhos Antiguidade no posto % acidentes 5 anos 30.3% 5-10 anos 13.6% 11-15 anos 10.6% 16-20 anos 14.9% 20 anos 30.6% (%) Objectos causadores da Exposição • As feridas com risco mais alto são as causadas por canulas ou agulhas cheias de sangue (cateteres, agulhas para extracção,…) Tipo de infecção transmissível através do paciente (%) VHB • Segundo o CDC, em 1995 cerca de 800 profissinais de saúde contraíram VHB ocupacional. • Progressiva redução de novos casos desde 1983, aquando da introdução do programa de vacinação obrigatória e do uso obrigatório de medidas de protecção individual. • Sintomas da infecção: -icterícia - febre -nauseas e dor abdominal • 5 a 10% pacientes derenrolam infecção crónica, com riscos elevados de cirrose e cancro hepático VHC • Infecção mais comum transmitida pelo sangue nos EUA • Afecta mais de 4 milhões de pessoas • Entre 2% e 4% dos casos totais de novas infecções ocorrem em profissionais de saúde com exposições a material biológico no seu local de trabalho. • Poucos sintomas ou até assintomática • Elevada Cronicidade (80%) • Elevada morbilidade HIV • Apenas entre 1985 e 1999, o CDC (EUA) documentou 136 casos de possível transmissão ocupacional de HIV em profissionais de saúde. • 89% destes casos associados a picadas acidentais • 94% na prática de técnicas de extracção de sangue venoso ou inserção de cateteres. • Difícil de comprovar como doença ocupacional • Taxa de infecção vs exposição é muito baixa Volume mínimo de sangue necessário para transmitir uma infecção Factores que influenciam o risco biológico -Factores Epidemiológicos: - prevalência da doença na população -Numero de exposições -Factores Clínicos -Quantidade de material infeccioso implicado -Volume do inoculo -Virulência do patogénio -Estado e resposta imunitária do profissional de saúde -Factores mecânicos -A não utilização de medidas EPI (Equipamento de Protecção Individual) e pós-exposição (não descartar adequadamente o material utilizado) Factores que influenciam o risco biológico • Responsabilidade é tanto da Instituição como do profissional de saúde. •É Fundamental cumprir normas de segurança, que dizem respeito à Instituição, porque garantem as condições necessárias para um trabalho com segurança •Trabalhador deve cumprir as boas práticas e usar sempre as medidas de protecção individual Factores que influenciam o risco biológico • Factores relacionados com o tipo de acidente: •Via de exposição: O risco é muito maior quando a via é percutânea •Profundidade da lesão: quanto mais profunda, maior o risco •Tamanho da lesão: quanto mais extensa, maior o risco •Quantidade de Inócuo – um dos factores mais importantes •Tipo de contaminação: a inoculação com sangue tem muito maior risco, ou por exemplo, a inoculação com material de cultura víral é de risco extremo •Tempo de latência do material contaminante: uma agulha acabada de retirar de uma veia é muito mais perigosa que uma agulha esquecida durante horas numa bancada ou numa cama Factores que influenciam o risco biológico • Factores relacionados com o Doente: •Situação Imunitária – os riscos variam com a fase de evolução da infecção HIV (por exemplo) no doente. •Presença de infecção oportunista Major (Sindrome de Karposy, p.e.), mesmo que não se conheçam parâmetros laboratoriais, é indicador de maior risco. •Quanto mais prolongada tiver sido a terapêutica prévia do doente, maior o risco de transmissão de um vírus resistente. • Factores relacionados com o Profissional: • Estado Imunológico – qualquer imunodepressão de qualquer etiologia incorre num maior risco de infecção • Tempo de espera até fazer profilaxia Consequências duma picada acidental Hepatite B como risco laboratorial - Importante doença Professional na área da saúde; - Risco 3-10 vezes maior que na população geral; - Importante infecção por: - Cirrose; carcinoma hepatocelular primário,…; - Subclínica e silenciosa, mas persistente em portadores; - Pode transmitir-se com HD (coinfecção) - Existe boa prevenção por vacinação Hepatite B como risco laboratorial (cont.) - Prevalência em profissionais de saúde similar ou superior à população geral - Risco de aquisição não está bem documentado, por valor aproximado considera-se 3% HIV como risco laboratorial - Casos documentados - casos provados de aquisição ocupacional - casos de possível aquisição ocupacional - Exposição percutânea -Risco de seroconversão de 0.3% - Exposição cutâneo-mucosa -Risco de seroconversão de 0.09% Consequências para o trabalhador -Depois duma picada acidental são necessários 6-12 meses de seguimento para descartar a seroconversão: ansiedade e stress perante a incerteza; -Conhecimento que o resultado positivo dará lugar a uma doença crónica e a uma provável morte; -Provável efeito sobre a carga de trabalho, provável baixa laboral; -Risco para a carreira profissional da pessoa afectada; -Efeito nas relações pessoais (família, sexual, etc.); -Um tratamento profiláctico pós-exposição não é 100% efectivo; -Efeitos colaterais do tratamento da profilaxia pós-exposição; -Possível indemnização através de reclamações ou accionando direitos legais. Consequências para a empresa -Custo do tratamento profiláctico; -Perda de tempo de trabalho (baixa laboral). Substituição; -Repercussões no ambiente de trabalho; -Custo das indemnizações; -Implicações legais; -Sobrecarga do tempo, trabalho e preocupações para os postos; -Risco de contaminar outros pacientes. Profilaxia Profilaxia: Pré-exposição -Medidas de precaução universal -Vacinação (se estiver disponível) -Medidas especificas do centro Medidas de precaução universais Prevenção da exposição acidental - Normas de higiene pessoal: a utilização de luvas não evita a necessidade de lavar as mãos durante/entre procedimentos - Elementos de protecção barreira (batas, máscaras, protectores oculares se existir algum risco de salpicos de sangue, luvas) - Manuseamento adequado de objecto cortantes e perfurantes - Desinfecção e esterilização de instrumentos que não sejam de um só uso e de superfícies Manuseamento adequado de objectos cortantes e perfurantes - As agulhas não devem ser recapsuladas, dobradas, partidas, reintroduzidas na seringa/porta-tubos ou manipuladas - As agulhas devem ser eliminadas em contentores rígidos - Assegurar uma correcta substituição dos contentores - Não encher os contentores acima da indicação do fabricante - A melhor forma de minimizar o risco é adoptar material de segurança que permita o isolamento definitivo da agulha antes de a descartar A Fase Pré-Analítica Fases das Análises Clínicas Aspectos gerais da Fase Pré-Analítica • Paciente / Técnico / Enfermeiro – Colheita amostra indolor; – Menos sangue do que mais; – Colheita rápida. • Analista / Médico – Maior informação possível da amostra; – Um procedimento com baixo grau de risco tanto para o paciente como para o pessoal da extracção. Aspectos gerais da Fase Pré-Analítica • Laboratório – Mais quantidade de amostra do que quantidade insuficiente; – Amostra sem interferências; – Concentração estandardizada de anti-coagulante. Boas Práticas na Extracção de Amostras de Sangue Extracção de Sangue Venoso por Vácuo -Identificação do Paciente -Preparação do Material -Inspecção/Escolha da zona de punção -Aplicação do garrote - Desinfecção do local de punção - Punção Venosa e Recolha de Sangue - Procedimento de Hemostasia - Eliminação de material contaminado - Identificação dos tubos Identificação do Paciente -Leitura da requisição -Verificação da identidade do paciente - Nome, apelido, idade, sexo, etc… -Em doentes Hospitalizados, informação deve ser confirmado com pulseira de identificação, ou com o formulário médico… -Atenção às trocas de camas e doentes desorientados! -Informação acerca do procedimento Preparação do Material Posicionamento do braço do Paciente -Preparação dos tubos de acordo com o pedido -Posicionamento do braço do paciente - Esticado (evita “perda da veia” ao retirar garrote) - inclinado para baixo (aditivo não entra em contacto tampa do tubo ou com a agulha, evitando contaminações paralelas) -Exploração da área de punção - Escolha do material adequado (agulha vs butterfly) com a Aplicação do Garrote -Garrote não deve estar demasiado apertado – pulso palpável - Posição: entre 7 a 10 cm acima do local da punção -Resultados da má aplicação: - Muito alto não há pressão - Muito baixo possibilidade de hematoma -Tempo: não mais de um minuto apertado - Alterações analíticas resultantes: - Aumento de 10-15% nos valores de provas de coagulação - Aumento de 5-10% valor hematócrito - Aumento de trombocitopenias - Aumento Ca2+ sérico -… Selecção da Zona de Punção Região Antecubital Selecção da Zona de Punção Região Antecubital Selecção da Zona de Punção Selecção da Zona de Punção • Importante: •Evitar o braço ao lado de uma mastectomia •Evitar local do braço onde paciente foi submetido a infusão intravenoca • Evitar Hematomas • Evitar local com múltiplas punções • Em caso de dificuldade em localizar veia: • recomenda-se uso de bolsa de água quente durante cerca de 5 minutos no local da punção, depois garrotar e procurar novamente acesso venoso. • Nunca: • dar “palmadas” no local da punção, principalmente em idosos, pois podem ser portadores de ateroma, acarretando sérias consequências. Sistema de extracção BD Vacutainer ® Desinfecção da zona de punção -Desinfectar de dentro para fora em movimentos circulares, com algodão ou gaze embebido em álcool isopropílico a 70% e esperar 30” -Deixar secar ao ar Recomendação internacional (CSLI) de extração de tubos Identificação do aditivo – Norma ISO VermelhoSoro (seco) Roxo - EDTA Rosa – Pr. cruzadas Azul Coagulação Verde Heparina Cinza – Glicose Preto - VSG Dourado – Soro Gel Separador Azul – Detecção metais Etiqueta Tubo Plus Etiqueta „Block‟ Características de um Dispositivo de Segurança • Neutralização do objecto de punção de forma a que este se mantenha na veia ou tecido; • Dispositivo de segurança integrado na agulha; • Activável com uma só mão; • Mecanismo irreversível uma vez activado; • Deve dispor de uma confirmação visual e auditiva de que o mecanismo está activado e em segurança; • Não deve modificar a técnica habitual. Segundo a legislação francesa “Circulaire DGS/DH Nº98-248 del 20-04-98”, OSHA, SIROH Extracção com agulha de Segurança Eclipse® INCORRECTO Retirar a cápsula da agulha com as duas mãos implica SEMPRE que a ponta da agulha toque na parede da tampa protectora, com mais ou menos intensidade. Pode ainda ocorrer um movimento de retorno involuntário Danos na Agulha Correcto 1.Utilizar o Polegar e o Indicador para soltar a cápsula protectora Assim elimina-se a Resistência 2. De seguida retirar a cápsula protectora. Com o selo de segurança destruido, é possivel retirar a tampa mais suavemente e evita danos na agulha Extracção com Butterfly Butterfly Safety Lock Butterfly Push Button Problemas na Punção Tecnica de inserção correcta. O sangue flui livremente pela agulha O bisel na parede inferior da veia não permite que o sangue flua pela agulha O Bisel na parede superior da veia não permite que o sangue flua pela agulha Agulha parcialmente inserida. Provoca extravasamento se sangue para os tecidos, fora da veia Agulha inserida demasiado profundamente, atravessando a veia Colapso da Veia Se o sangue não flui para o tubo! -Recomendação em caso de colapso da veia por aspiração 1. Girar ligeiramente o corpo de extracção 2. Retirar o tubo do porta-tubos para não exercer vácuo na veia A veia recupera a estrutura e a extracção pode continuar com o mesmo tubo Não perde o Vácuo Tubo para Coagulação Aditivo: •Citrato (liquido) Provas Realizadas • Coagulação e agregação plaquetária Mecanismo acção aditivo: • O sal do citrato capta o Ca2+ necessário para desencadear o processo de coagulação Importância da relação sangue – aditivo •Muito alta (alteração de parâmetros) Número inversões •3 Tubo de Bioquímica Aditivo: •Gel Separador (Sólido) e activador da coagulação Provas Realizadas • Bioquímica de rotina Mecanismo acção aditivo: • O sal do citrato capta o Ca2+ necessário para desencadear o processo de coagulação Importância da relação sangue – aditivo •Baixa (pode alterar volume de soro obtido) Número inversões •5 Tubo de Heparina Aditivo: • Heparina de Lítio ou de Sódio (pulverizado) Provas Realizadas • Bioquímica em Plasma Mecanismo acção aditivo: • Acção anticoagulante da Heparina Importância da relação sangue – aditivo •Alta Número inversões •8 Tubo de Hemograma Aditivo: • EDTA K3 (liquido) ou K2 (pulverizado) Provas Realizadas • Hemograma Mecanismo acção aditivo: • EDTA funciona como quelante do Ca2+, inibindo a coagulação Importância da relação sangue – aditivo •Muito Alta (modificações na morfologia celular) Número inversões •8 Tubo para Provas de Glicose Aditivo: • Oxalato de Potássio e Fluoreto de Sódio Provas Realizadas • Concentrações de Glicose e Lactato Mecanismo acção aditivo: • O fluoreto inibe a glicólise e o oxalato actua como anticoagulante Importância da relação sangue – aditivo •Muito Alta (Hemólise) Número inversões •8 Homogeneização da Amostra - Depois de cheio, inverter imediatamente e com suavidade os tubos com aditivo - 6 a 8 vezes -Assim evitam-se: - Amostras coaguladas - Atraso na formação do coágulo - Erros nos resulatados (microcoágulos, etc.) Procedimento de Hemostasia - Pressionar suavemente o lugar da punção com algodão durante 5 minutos -O braço deve manter-se esticado e elevado -Pedir ao paciente que: -Não peque em pesos -Não dobre o braço -Não faça esforços Identificação dos Tubos -Etiquetar os tubos extraídos de acordo com a requisição e antes de fazer sair o paciente -Assim: -Confirma-se que se colheram as amostras requisitadas -Confirma-se o bem estar do Paciente -Evitam-se erros de falta de amostras, etc. Eliminação de Material Contaminado -Não Re-capsular! -Colocar o dispositivo completo no contentor de objectos cortantes -Não “calcar” o contentor “para caber só mais uma agulhina!!” Factores de Variação na Extracção se Sangue Factores de Variação Pré-Analíticos -Factores Biológicos - do paciente: -Invariáveis: raça, idade, sexo,… -Variáveis: exercício, dieta, medicamentos, postura, etc -Fisiológicos: Ritmo cardíaco, gravidez, menstruação, etc -Preparação do Material -Técnica extracção -Identificação da Amostra -Manuseamento da amostra, etc. Volume de Amostra Inadequado -Modificação da relação sangue/aditivo com consequências ao nível dos resultados laboratoriais: -Citrato -Relação 1:9 -Tubo incompleto modifica TP e APTT -EDTA -Concentração EDTA no tubo final: 1,2 – 2mg / ml -Tubo incompleto modifica a morfologia das células -Gel separaador -Tubo incompleto produz volume baixo de soro/plasma podendo obstruir analizadores automáticos Tech Talk •Porta Tubos: Qual utilizar? • Porta Tubos Reutilizável ou Descartável ? •Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo? • EDTA : K2 EDTA ou K3 EDTA? • Citrato: Concentração a 3.2 ou a 3.8% • Hemólise: • Causas • Efeitos Tech Talk • Porta Tubos Reutilizável ou Descartável? •Não foram detectados diferenças clinicamente significativas •Conselho Internacional para a Padronização em hematologia recomenda a utilização de K2EDTA Um paciente, um porta-tubos A reutilização do porta-tubos aumenta o risco de contaminação cruzada Tech Talk Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo? • EDTA : K2 EDTA ou K3 EDTA? K2 EDTA K3 EDTA Suspensão seca na parede do tubo de plástico Solução líquida no tubo de vidro Morfologia eritrócito sem alterações Alteração da parede do eritrócito (“encolhimento”) Valores de MCV mais baixos comparativamente com K3 EDTA Aumento do MCV até 1,3%, comparativamente com K2 EDTA Anticoagulante liofilizado na parede do tubo Efeito Diluição amostra (1-2%), que pode levar a contagens diminuidas •Não foram detectados diferenças clinicamente significativas •Conselho Internacional para a Padronização em hematologia recomenda a utilização de K2EDTA Tech Talk Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo? • Citrato: Concentração a 3.2 ou a 3.8% Responsive reagents Non - Responsive reagents Ocorrência de diferenças estatisticamente significativas depende dos reagentes usados • Os serviços têm de aferir as suas técnicas • Padronização é o Objectivo Tech Talk Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo? • Testes Especiais – Tubos Normais? Tubo RST - Contém trombina como activador de coagulação, o que permite a coagulação nos 5 minutos seguintes à extracção Tubos para provas de glicose - Contêm conservantes que actuam como inhibidores glicolíticos: Fluoruro sódico + EDTA, fluoruro sódico + oxalato potássico, fluoruro sódico + heparina sódica, iodo acetato de litio + heparina de litio. Tubos CPT™ - desenvolvidos para permitir num único passo e em tubo primário a separação e transporte das células mononucleares (PBMCs) em 20 minutos, estandardizando e simplificando o processo. Tubos PPT™ - Ideais para determinação da Carga Viral, pois contém um anticoagulante seco micronizado (EDTA K2) e um gel de separação. Os processos de extracção de sangue, centrifugação e processamento realizam-se no mesmo tubo. Tech Talk Tubos Colheita Sangue – Como o escolher o certo? • Testes Especiais – Tubos Normais? PAXgeneTM Blood RNA - sistema revolucionário que permite consolidar e integrar os principais passos da extracção de sangue total, estabilização intracelular e purificação de RNA. Tubos para detecção de Metais - contêm quantidades mínimas de elementos a detectar (zinco, magnésio, ferro, chumbo, cálcio, cobre, arsénico, manganésio, cádmio, crómio, …) pelo que não interferem com a fase analítica. A tampa do tubo foi submetida a um processo de lavagem ácida, eliminando os metais residuais da borracha. Tubos para hormonas - com EDTA tripotássico e aprotinina, para determinações de hormonas em sangue total. Hemólise - Libertação da Hemoglobina após a ruptura dos eritrócitos -Não ocorre sempre a libertação do conteúdo intracelular, sendo que também pode haver lise de plaquetas e glóbulos brancos, não sendo portanto visível. Hemólise in-Vitro • Origem química: •Alteração ou uma distenção das membranas dos eritrócitos até à sua ruptura • Origem Mecânica: •Transformação de um fluxo laminar num fluxo turbulento Activação das plaquetas e formação de micro-coágulos Alteração de resultados de bioquímica, coagulação e hematologia Hemólise in Vitro • Causas: • Escolha de “mau” local para punção • Garrotação prolongada • Mau posicionamento agulha/veia • Agulhas de calibre muito grande ou muito pequeno • Transferência amostra seringa – tubo • Colheita através do cateter • Tubos com volume de colheita insuficiente. • Agitação vigorosa • Não respeitar tempos de coagulação • Centrifugação Incorrecta • Exposição ao calor • Transporte Inadequado Hemólise Extracção por sistema convencional apresenta 4 zonas de turbulência: Cone da agulha Entrada na câmara de refluxo sanguíneo a câmara de refluxo sanguíneo Saída da câmara de refluxo Fluxo recto: A prevenção da hemólise durante as extracções só é possível com a manutenção de um fluxo laminar • Efeitos: • Alteração resultados – Especialmente Química Clínica • Concentração dos analitos existentes no interior eritrocito • Interferência em algumas metodologias – espectrofotometria • Grau de interferência proporcional ao grau de hemólise • Uma das principais causas de recusa da amostra pelo LAB Obrigado