EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS NA MORFOLOGIA

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XIV Encontro Brasileiro de Patologistas de Organismos Aquáticos (XIV ENBRAPOA) - 2016 - Florianópolis/SC
PO059 - EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS NA MORFOLOGIA
INTESTINAL DE TILÁPIA DO NILO
Gustavo M. R. Valladão1; Sílvia U. Gallani2; Suzana Kotzent3; Thiago Fernandes Alves Silva4 &
Fabiana Pilarski5
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CAUNESP, [email protected]
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CAUNESP, [email protected]
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CAUNESP, [email protected]
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CAUNESP, [email protected]
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CAUNESP, [email protected]
O intestino desempenha um papel importante para os animais de produção, pois atua diretamente
sobre a digestão e assimilação de nutrientes, mas também tem função relevante no sistema
imunológico. Neste estudo, o efeito da inclusão dietética dos óleos essenciais das plantas
Melaleuca alternifolia e Mentha piperita sobre morfologia intestinal foi avaliado. Juvenis de
tilápias do Nilo Oreochromis niloticus (58,09 ± 5,87 g) foram distribuídos aleatoriamente em 20
tanques de 300 L (cinco tratamentos, quatro repetições e densidade de 20 peixes/caixa). Os óleos
essenciais de M. alternifolia e M. piperita foram adicionados à ração comercial (misturado a 4 %
de óleo de soja) na concentração de 100 mg/kg e 250 mg/kg. Após 60 dias de alimentação, três
peixes por tanque (12 por tratamento) foram anestesiados em benzocaína e eutanasiados para
coleta do intestino médio. O material foi fixado em formalina tamponada (10%) durante 24 h e
mantido em álcool 70% até o processamento histológico. Entre cinco e dez fotomicrografias, em
aumentos de 100X e 400X, de cada lâmina do intestino foram processadas utilizando
microscópico Nikon E200® equipado com sistema Moticam 2300®. As fotomicrografias em
aumento de 100X foram utilizadas para mensuração do comprimento e da espessura do vilo.
Enquanto que fotomicrografias em aumento de 400X foram utilizadas para quantificação de
células caliciformes e linfócitos. Os dados de quantificação foram dispostos em número destas
células para cada 100 enterócitos. O grupo de peixes alimentados com dieta contendo 250 mg/kg
do OE de M. alternifolia apresentou comprimento de vilo significativamente maior (p<0.05)
comparado ao controle, enquanto que a espessura do vilo foi similar entre todos os tratamentos
(p>0.05). Em relação à quantificação celular, as concentrações de OEs utilizadas neste estudo não
foram suficientes em aumentar significativamente o número de células caliciformes e de linfócitos
intestinais comparado ao controle (p>0.05). Alguns estudos recentes têm mostrado efeito benéfico
de fitoterápicos sobre o tecido intestinal de peixes. O aumento de vilo é relacionado a uma melhor
eficiência e aproveitamento dos alimentos, incrementando a saúde intestinal dos animais. Apesar
de não haver diferença significativa na quantificação das células intestinais, os grupos que
receberam fitoterápicos mostraram uma tendência de aumento do número das células caliciformes
e dos linfócitos. Este resultado indica que, concentrações maiores destes fitoterápicos podem ter
uma ação significativa nestas células. Os resultados deste trabalho revelam que os fitoterápicos,
em especial a M. alternifolia, pode alterar positivamente a morfologia intestinal dos peixes.
Ainda, nós indicamos para futuros trabalhos que concentrações maiores de fitoterápicos podem
gerar diferenças significativas em diversos outros parâmetros morfológicos e morfométricos.
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