DIVISÃO DE CLÍNICA OTORRINOLARINGOLÓGICA HOSPITAL

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DIVISÃO DE CLÍNICA OTORRINOLARINGOLÓGICA
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO
INFORMAÇÃO E CONSENTIMENTO INFORMADO SOBRE A
“CIRURGIA DO IMPLANTE COCLEAR”
NOME DO PACIENTE:____________________________________________________
A- INTRODUÇÃO
Você ou seu familiar irá se submeter a uma cirurgia para colocação de um implante coclear.
Neste consentimento você será informado sobre a cirurgia a ser feita, o tempo de hospitalização e os
riscos e complicações inerentes ao tratamento. Estas informações já foram conversadas com você
pela equipe médica e qualquer dúvida que apareça após lê-las deve ser tirada com o seu médico.
B- CIRURGIA
A colocação da unidade interna (que vai dentro do ouvido) do implante coclear é realizada
através de uma incisão (corte) atrás da orelha que se amplia para cima, de forma que o paciente tem
que ter o cabelo cortado antes da cirurgia (apenas no local do corte). A cicatriz portanto vai ficar
embaixo do cabelo,quando este crescer, e não vai aparecer.
A cirurgia para colocação do aparelho tem como base uma cirurgia chamada
mastoidectomia. Nesta cirurgia, o osso atrás da orelha é retirado para se ter a visão de uma parte do
ouvido chamada ouvido médio, onde se encontra projetada a cóclea (órgão sensitivo da audição).
Por meio de uma pequena broca, faz-se uma abertura na cóclea por onde se colocam os eletrodos do
implante coclear. A outra parte da unidade interna, que é a antena receptora, é fixada no osso acima
da orelha, ficando embaixo da pele e dos músculos.
O tempo de internação é variável, dependendo da recuperação do paciente após o ato
cirúrgico, mas, em média, dura 1 semana.
C- RISCOS E COMPLICAÇÕES
Em toda cirurgia existem riscos e complicações que são raras, mas podem acontecer e todos
os pacientes devem ter conhecimento. Nesta cirurgia estamos explicando o que pode acontecer em
alguns casos. Qualquer dúvida pergunte ao seu médico que ele lhe explicará com detalhes.
1. Infecção: podemos ter infecção na cicatriz cirúrgica ou no ouvido operado, que são
facilmente tratadas com medicamentos. Em casos raros, pode ser necessária outra cirurgia
caso a infecção comprometa a posição da unidade implantada (extrusão do implante, isto é,
a saída da unidade implantada pela pele).
2. Zumbido: é bastante raro o seu aparecimento (barulho no ouvido) depois da cirurgia, mas
pode ser uma complicação pós-operatória. Seu tratamento, algumas vezes, é bastante difícil.
3. Tontura: este tipo de cirurgia muito raramente dá tontura. Se isto acontecer normalmente
dura apenas algumas semanas e é facilmente controlada com medicamentos. Algumas
vezes, é necessário a reintervenção cirúrgica para restabelecer o equilíbrio do paciente.
4. Distúrbio de paladar e boca seca: não é raro ocorrer. Surge devido à manipulação ou
secção do nervo corda do tímpano. Em alguns casos, o paciente pode sentir um gosto
metálico ou diferente na boca durante algum tempo, o qual cessa espontaneamente em
algumas semanas.
5. Paresia ou Paralisia do Nervo Facial: outra complicação rara é a paresia ou paralisia do
nervo facial, que acontece quando o nervo da facial é acometido durante a cirurgia
(exposição, anormalidade ou edema do nervo). Pode ser temporária ou definitiva.
Normalmente essa fraqueza volta após alguns meses, mas pode ser, em casos muito raros,
uma paralisia permanente devido à lesão do nervo durante a cirurgia. Está indicada nestes
casos a exploração do nervo facial e realização de enxerto com nervos oriundos da perna ou
do pescoço, a fim de restabelecer a função do nervo facial.
D- CONCLUSÕES
Declaro que li o texto acima e que as informações me foram passadas de viva voz pelo
médico(a), tendo sido perfeitamente entendidas e aceitas, compromissando-me a seguir
e respeitar integralmente as instruções que foram fornecidas pelo(a) médico(a), ciente
que sua não observância poderá acarretar riscos e efeitos colaterais a si (ou ao
paciente).
Declaro,igualmente, estar ciente de que o tratamento adotado não assegura a garantia de
cura e que a evolução da doença e do tratamento podem obrigar o(a) médico(a) a
modificar as condutas inicialmente propostas, sendo que, neste caso, fica o(a)
mesmo(a) autorizado(a), desde já, a tomar providências necessárias para tentar a
solução dos problemas surgidos, segundo seu julgamento.
Finalmente, declaro ter sido informado a respeito de métodos terapêuticos
alternativos e estar atendido em minhas dúvidas e questões, através de linguagem
clara e acessível.
Assim, tendo lido, entendido e aceito as explicações sobre os mais comuns riscos e
complicações deste procedimento, expresso o meu consentimento para sua
realização.
São Paulo, _____/_____/_____
Nome do Paciente: ________________________________________________
Nome do Responsável: _____________________________________________
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Assinatura do Paciente
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Ass. Responsável (se for o caso)
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