O Apetite Sexual Excessivo é uma Doença?

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O Apetite Sexual Excessivo é uma Doença?
Já ouviu falar em ninfomania? Ou quem sabe em satiríase? Pois é, estes são nomes dados ao
desejo sexual hiperativo (DSH) em mulheres e homens, respectivamente.
“É uma doença? É normal? Faz parte da natureza humana?”
Bom, o nível de apetite sexual só é classificado como transtorno psicológico quando começa a
afetar a vida social/afetiva do indivíduo. Ou seja, seu desejo sexual interfere negativamente na
sua rotina de trabalho, nos seus relacionamentos afetivos, passeios, eventos e etc. O DSH se
encaixa melhor na categoria “vícios”, pois assim como todos os outros, é um gerador de prazer
que foge completamente do controle.
A pessoa que sofre deste transtorno deseja o sexo incessante, quer alcançar o orgasmo várias
vezes seguidas, custe o que custar. O ato sexual e masturbação normalmente é seguida de
culpa e arrependimento, o que não impede de continuar em busca do prazer através do sexo,
assim como acontece com qualquer outro vício.
Veja o relato de duas pessoas distintas que sofrem deste mal que tive a oportunidade de
aconselhar:
“Por mim faria o sexo o dia todo, todos os dias. Acho que quando casar vai melhorar… Vou
poder transar umas 10 vezes ao dia. Isso é normal né?” (mulher jovem solteira)
“Eu quero sexo o tempo todo. Quando não tenho me masturbo… Não penso em outra coisa. É
24 por dia, 7 dias na semana, 365 dias no ano, sem interrupção.” (homem de 28 anos casado)
Agora observe o relato dos parceiros destas pessoas, respectivamente:
“Não consigo satisfazer minha namorada, ela é insaciável. Não sei se dou conta disso, é
desesperador. Ficamos até assados, machucados… Não consigo manter a ereção, preciso de
viagra pra dar conta. Não quero entrar num casamento assim…”
“Eu me sinto um lixo, impotente, não sou capaz de suprir meu marido. Faço sexo 3 vezes ao
dia e ele vive se masturbando pelos cantos. Parece um filme de terror. Não tenho vontade de
viver… Eu sou o problema? Preciso de mais fogo? Será que sou frígida demais? Ele fala que
sim…”
O apetite sexual excessivo pode destruir vidas, relacionamentos e famílias inteiras. Se sofre
deste mal, precisa agir o quanto antes!
Como identificar se sofro desse distúrbio? Aqui estão os principais sintomas:
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- O indivíduo passa por cima de qualquer limite de certo e errado para obter o sexo: adultério,
pornografia, swing, prostituição, masturbação descontrolada, sexo em locais inapropriados,
com pessoas comprometidas e etc. Não mede consequências e com frequencia coloca em jogo
a vida do cônjuge, filhos, seu emprego, amizades e relacionamentos em geral;
- Fantasias sexualmente excitantes frequentes e intensas, impulsos ou comportamentos
sexuais “anormais” que persistam durante um período de pelo menos seis meses. O que
entendemos por anormal? Tudo aquilo que foge do sexo convencional dentro de um
relacionamento afetivo maduro e saudável;
- As fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais causam desconforto ou comprometimento
na sua vida social, trabalho, amizades e relacionamentos afetivos;
- Os sintomas não estão relacionados ao uso de drogas ou estimulantes;
- Doença de Pick, lesões cerebrais, sífilis e demências também podem causar um aumento na
sexualidade, impulsividade e obsessão sexual além de outros comportamentos socialmente
inadequados similares.[1]
Se suspeita que sofre deste transtorno, quero te dar uma boa notícia: há uma saída. O primeiro
passo para a cura éreconhecer. Quanto mais negar aos outros e a si mesmo, mais destruição
trará para sua vida e para vida daqueles que ama. Se permanecer preso a este transtorno,
dificilmente conseguirá construir uma família e manter uma vida equilibrada.
A terapia cognitivo-comportamental é uma destas saídas. Ela ensina o paciente a controlar
seus impulsos e a manter relacionamentos sexualmente saudáveis e satisfatórios. Pode
também ser voltada para o desenvolvimento de habilidades para lidar melhor com a ansiedade,
desconforto e carência afetiva.[2]
Existem também antidepressivos que regulam a serotonina e podem ajudar a diminuir a libido,
a ansiedade, os pensamentos obsessivos e aumentar o auto-controle e bom humor.
Psicoterapia de casal e psicoterapia de grupo especialmente voltada para adicção sexual
também tem demonstrado bons resultados.[3] [4]
Para os que creem na existência de Deus e na Bíblia como verdade e regra de fé, deve estar
ciente do mundo espiritual: “pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e
autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal
nas regiões celestiais”. Efésios 6:12
Existem poderes malignos atuando em todas as áreas, nos cercando por todos os
lados: “Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo
e procurando a quem possa devorar”. 1 Pedro 5:8
Tive a oportunidade de acompanhar o caso de uma moça com suspeita de ninfomania. Durante
o processo ela confessou estar totalmente envolvida com forças malignas. O espírito que ela
recebia tem o nome de “pomba gira”, um demônio relacionado a área sexual. Resumindo,
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depois de muita conversa, ela reconheceu que a única forma de trilhar um caminho de vida,
salvação e libertação, era Cristo. Ela optou por conhecer e viver a vontade Dele. A luta
continua. Ela se dipos a estudar a Palavra e aos poucos está recebendo conhecimento e
discernimento do alto, o que não dispensa o acompanhamento de um profissional, é claro.
Creio que muito em breve estará liberta.
Assim como qualquer outro vício, existem portas que te levarão mais para dentro e outras para
mais longe deste transtorno. Se são amizades, corte-as. Se é a internet, corte-a. Se é a TV,
corte-a. Se é o celular, jogue-o no lixo. O que é melhor, viver uma vida equilibrada e
harmoniosa sem estas portas ou acabar num inferno (ainda em vida) com todas elas? A
escolha é toda sua.
[1] Cummings, J. L.. Dementia: A clinical approach (2nd ed). Boston: Butterworth-Heinemann
[2] Meg S. Kaplan; Richard B. Krueger, “Diagnosis, assessment, and treatment of
hypersexuality” , The Journal of Sex Research, March-June 2010
[3] http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?10
[4] Kafka, M. P. (2007). Paraphilia-related disorders: The evalution and treatment of
nonparaphilic hypersexuality. In S. R. Leiblum (Ed.), Principles and practice of sex therapy (4th
ed.) (pp. 442-476). New York: Guilford.
Va: Salve meu casamento
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