A-Expansão-Marítima-Portuguesa-e-Espanhola

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A Expansão Marítima Portuguesa
Antecedentes: A viagem de Cabral marcou o começo da história da dominação
portuguesa em nosso país. Todavia, tal feito não foi um fato isolado, fés parte do
processo conhecido como expansão marítima.
A partir do século XV, os europeus se lançaram a exploração de mares
desconhecidos com o objetivo de estabelecer novas rotas comerciais com o oriente para
alcançar as especiarias, ate então monopolizadas pelos comerciantes italianos.
Além disso, desejavam descobrir novas fontes de metais preciosos para solucionar a
crise econômica pela qual passava o continente europeu desde o século XIV. Os
portugueses não foram os únicos com tais objetivos; a riqueza das cidades italianas de
Genova, Veneza e Florença eram invejadas por todos os nascentes estados europeus.
A primazia portuguesa: O processo de busca de novas rotas comerciais para o Oriente
iniciou-se em Portugal, que reuniu características distintas das outras regiões da Europa
durante a idade media. Os fatores que explicam a primazia portuguesa são:
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Centralização Politica Precoce – Ao contrário dos outros países da Europa, em
1143, Portugal já era um reino unificado e independente do reino de Leão, que
por sua vez, viria a fazer parte da Espanha. O condado Portucalense conseguiu
expulsar os invasores Mouros antes dos outros reinos Ibéricos e reuniu forças
politicas e militar para declarar sua independência sob a liderança de D. Afonso
Henrique de Borgonha.
Interesse da Coroa – Em 1385, com a revolução de Avis, subiu ao trono Dom
João I, apoiado pela burguesia mercantil. Até então, Portugal fora governado
pela dinastia Borgonha, ligada as atividades rurais. Após uma grave crise
dinástica, os portugueses conseguiram manter a sua independência ao apoiar a
ascensão de D. João de Avis. O grupo Burguês passou a exercer grandes
influencia sobre o rei, que incentivou o desenvolvimento das atividades
comerciais e marítimas.
Burguesia Forte – Portugal mantinha relações econômicas com a Inglaterra,
com a região de Flandres e com as cidades italianas. Essas relações,
intensificadas no século XIV por conta de interdição das estradas entre o sul e o
norte da Europa no período da peste negra, favoreceram o enriquecimento da
burguesia mercantil.
Posição geopolítica favorável – Portugal estava voltado para o mar por conta
da inimizade com os reinos espanhóis. Além disso, é possível considerar sua
posição geográfica favorável (mas não determinante) para as navegações porque
estava entre o mar do norte e o mediterrâneo. Logo, Lisboa tornou-se um ponto
de encontro entre os navegadores da época.
Desenvolvimento de técnicas náuticas – O país se tornou um centro de estudos
e desenvolvimento das técnicas de navegação, principalmente a partir da
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iniciativa e D. Henrique, o navegador. O monarca reuniu um grupo de
cartógrafos, astrônomos e navegadores para desenvolver, por meio de discussões
e trocas de experiências, os conhecimentos náuticos necessários ao
desenvolvimento de expedições marítimas. O grupo ficou conhecido como
Escola de Sagres. Logo, Portugal aprimorou as técnicas e os instrumentos
náuticos, como a cartografia, bússola, astrolábio e a criação das caravelas.
Conjugação dos interesses sociais – os diversos grupos sociais do país tinham
motivos para apoiar o projeto expansionista, como se pode notar por meio do
quadro abaixo:
Força social ou politica
Rei
Nobreza
Interesse
Ampliar o poder politico
Obter terras e prestígios
Participação
Organização
Liderança militar
Burguesia
Igreja
Ampliar o comércio
Conquistar fiéis
Financiamento
Legitimação
O Périplo Africano: Os navegadores portugueses objetivavam chegar ao Oriente
contornando o sul da África de forma gradativa, pois a viagem era considerada por
muitos perigosa. A circunavegação pela costa ocidental africana, portanto, consistiu na
conquista lenta e gradativa do continente africano por Portugal.
O avanço pela costa ocidental da África foi bastante lucrativa, pois foi criado o
sistema de feitorias, que garantia a ocupação militar e a exploração econômica do litoral
africano (ouro, marfim e escravos). Em 1488, Bartolomeu Dias dobrou o cabo das
tormentas e rebatizou-o como cabo da boa esperança.
Em 1498, finalmente, Vasco da Gama chegou às índias, mais precisamente a
Calicute. A burguesia pode comemorar o lucro com a venda das especiarias, que chegou
a 6.000% de lucro.
A Expansão Marítima Espanhola
Enquanto Portugal dominava o continente africano, a Espanha ainda não havia se
unificado. Os reinos de Aragão e Castela lutavam contra os mulçumanos na península
Ibérica.
Apenas em 1492, quinze anos após o casamento de Isabel de Castela e Fernão de
Aragão, ocorreu a expulsão dos mouros de seu ultimo reduto, a cidade de Granada.
Assim surgia a Espanha como uma monarquia nacional.
Nesse mesmo ano, iniciou-se a Expansão Marítima espanhola com um grande
feito: Colombo, seguindo a rota do ocidente (pelo atlântico a oeste) com três caravelas,
atinge a ilha de Guanaari, na América Central.
Os navegadores da Espanha buscaram uma nova rota para as Índias, alternativa ao
mediterrâneo e ao atlântico sul, controlados, respectivamente, por italianos e
portugueses. Foi essa busca que acabou levando o Genovês Cristóvão Colombo, em
nome da Espanha, a chegar á América, em 1492. Ficava provada a tese conhecida como
“el levante por el poniente”, pois seria possível chegar ao oriente pelo ocidente. Ficava
provada a esfericidade da terra.
A chegada ao Brasil
A viagem de Cabral não pode ser considerada um fato isolado, e sim uma expedição
oficial para o reconhecimento das novas terras.
Dessa forma, ficou consolidada a Hegemonia portuguesa sobre a rota do atlântico sul
para o comercio de especiarias orientais. O principal registro da chegada ao Brasil em
22 de abril de 1500 foi feito pelo escrivão Pedro Vaz de Caminha. Em sua famosa carta,
o Brasil era visto como uma terra bela e exuberante que se assemelhava ao paraíso.
Inicialmente, as novas terras foram chamadas de ilha de Santa Cruz, nome que foi
modificado para Terra de Santa Cruz, e, posteriormente, Brasil.
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