novena da imaculada

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Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus. Imaculada,
Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto a cruz.
Um coração que era sim para a vida, um coração que era sim para o
irmão. Um coração que era sim para Deus, Reino de Deus renovando
este chão.
Olhos abertos pra sede do povo, passo bem firme que o medo desterra.
Mãos estendidas que os tronos renegam, Reino de Deus que renova esta
terra.
Faça-se ó Pai, vossa plena vontade que os nossos passos se tornem
memória do amor fiel que Maria gerou, Reino de Deus atuando na história.
Oração:
Maria, Virgem Imaculada!
Tu, que és cheia de graça, a mulher toda de
Deus, toda de teu povo,
Faze-nos criar este espaço imaculado em
nosso ser.
Ensina-nos a acolher o Verbo em nossas
entranhas,
a gerar o novo jovem, a nova mulher
repleta da graça feminina doada pelo Criador.
Alarga nossa tenda interior, onde o amor
primeiro habitou,
repleto de luz e calor divino!
Contigo, a graça em nós, jamais seja vã,
que ela produza frutos segundo o Espírito!
Imaculada Auxiliadora! Estende teu manto de graça sobre os
pequenos, os mais amados por D.Bosco e Maria Mazzarello!
Faze-nos, contigo, sinais e transparências do Amor,
da graça libertadora para quantos se aproximam de nós!
Bibliografia: cf. textos do retiro orientado por
Pe. Paulo Roberto Gomes (MCJ), Vida Pastoral.
Colaboração: I.Vani A.Moreira – Brasília
Inspetoria Madre Mazzarello – BH
2008
NOVENA DA IMACULADA
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(Pausa orante)
Canto: (CD:Cantores de Deus em verso –Pe.Zezinho, 4)
Primeira cristã Maria da luz. Sabias, ó Mãe, amar teu Jesus.
Primeira cristã Maria do amor, soubeste seguir teu Filho e Senhor.
Nossa Senhora das milhões de luzes que meu povo acende pra te
louvar. Iluminada, iluminadora, Inspiradora de quem quer amar. E
andar com Jesus.
Primeira cristã Maria do lar, ensinas, ó Mãe, teu jeito de amar.
Primeira cristã, Maria da paz, ensinas, ó mãe, como é que Deus faz.
Primeira cristã sempre a meditar, vivias em Deus, sabias orar.
Primeira cristã fiel a Jesus, por todo o lugar, na luz e na cruz.
Com: Maria, segundo João, é o exemplo do discípulo firme ao pé da cruz
diante de um excluído e marginalizado, crucificado fora da cidade. Neste
lugar, a Virgem de Nazaré, representa o lugar que a Igreja deve
permanecer.
Todas: Ao pé da cruz, na “periferia” do mundo, diante de todos os
crucificados, marginalizados e excluídos da história.
Voz 1: Somente neste lugar poderá vivenciar o batismo e a Eucaristia
como sacramentos fundamentais do Povo de Deus e acolher o dom do
Espírito.
Todas: “Não desertem os calvários da terra onde os crucificados são
abandonados à própria sorte. Olhando Jesus, reencontrarão a coragem
de estar presentes onde a dor chamar: Eu estarei com vocês quando
se inclinarem sobre o sofrimento do mundo
para enxugarlhe o pranto e semear a esperança”. (XX CG)
Voz 2: Como em Caná, Maria é apresentada em sua identidade de mulher,
membro importante da comunidade e dada como mãe espiritual da Igreja.
Todas: “Não se esqueçam nunca de serem mães para que não faltem
no mundo a ternura e o sorriso. A vocês confio, de geração em
geração, os jovens, para que, no amor que vocês Ihes oferecem
reencontrem sempre as pegadas daquele amor infinito, que faz o
mundo viver”. (XX CG)
Com.: Pausa para refletir/rezar nossa maternidade espiritual, nossa
fecundidade na missão à luz de Maria: Virgem-Mãe.
Partilha... Preces...
Canto: (CD: Maria peregrina,8)
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mostra a face de Deus? Quem é essa mulher que caminha junto com o
povo seu?
Dia 29/11 - Alegra-te, Maria, cheia de Graça
Quem é essa mulher que se faz mãe, com todas as mães? Quem é essa
mulher que é senhora, que é serva, que é mãe? Quem é essa mulher, mãe
do povo, auxílio na cruz? Quem é essa mulher? É a mãe de Deus, a
Senhora da Luz!
Com.: Iniciemos a novena de Maria Imaculada Conceição, com alegria,
com o coração aberto à graça, pois Maria é toda abertura ao dom de Deus,
a mulher imaculada, porque toda de Deus e de seu povo, sem fratura e
divisão interior, sem mesclas de outro que não seja Deus e os interesses
do Reino anunciado por seu Filho.
Com.: Concluímos a novena rezando, no evangelho de João, a
maternidade espiritual de Maria, justamente na celebração de seu ser
Imaculada: total abertura para Deus, para a ação fecundante do Espírito,
que a torna não apenas mãe de Deus, mas mãe do povo novo, a Igreja de
seu Filho Jesus.
Voz 1: O capítulo 19 de João narra a condenação e morte de Jesus. A
alusão à túnica que não pode ser dividida, por ser sem costura (v.23), nos
remete possivelmente ao sacerdócio de Cristo (Ex 28,1-2.40) e sua oração,
pela unidade dos seus discípulos (Jo 17,21).
Voz 2: O texto fala do coração aberto que brota água – o batismo – e
sangue – a Eucaristia, como sacramentos fundamentais da Igreja (Jo 19,34;
1Jo 5,6s) e da entrega do Espírito Santo na morte de Jesus (Jo 19,30).
Voz 3: A tradução grega diz que “inclinando a cabeça entregou o Pneuma”
(o Espírito Santo). O cenário construído por João nos diz que:
Todas: com a morte de Jesus somos presenteados com os sacramentos
fundamentais da Igreja e com o Espírito Santo, que é derramado sobre a
humanidade.
Voz 1: Quem se encontra perto da cruz de Jesus?
(Jo 19,25-27) João cita 4 mulheres: a mãe de Jesus,
a irmã da mãe, Maria (mulher de Clopas) e
Madalena, junto com o discípulo amado. Quem é o
discípulo amado?
Todas: É o discípulo ideal, modelo de amor a
Jesus e testemunha por excelência.
Voz 2: Maria aparece como a discípula-mãe e
imagem do povo de Deus, modelo de fé, mãe dos
cristãos. Jesus, na cruz, revela uma nova
maternidade de Maria.
Voz 3: O discípulo amado, personificação do cristão por excelência, acolhe
Maria em sua intimidade, em sua familiaridade entre os seus bens e
valores mais preciosos.
Todas: Maria, acolhemos-te em nossa casa, fica conosco e ensina-nos o
segredo da maternidade espiritual a que somos chamadas.
Canto: (CD: Maria Mãe de Jesus,2)
Por ti, Maria, cheia de graça. Jesus Messias no mundo nasça!
Alegra-te, Maria, Mãe de Deus. Pois concebeste o Verbo do Senhor. E te
fizeste mãe da Salvação!
Alegra-te, Maria, Mãe de Deus. Pois foste a primeira no louvor e no
serviço. E proclamaste as maravilhas do Pai onipotente.
Alegra-te, Maria, Mãe de Deus, pois soubeste guardar todas as coisas e
meditá-las no silêncio do teu coração.
Com.: Alegra-te, Maria, cheia de Graça. Lucas utiliza o gênero literário de
anúncio, muito comum no Antigo Testamento, com um relato de missão (Jz
6,12-17), com “aparições” de anjos (Gn 17; Jz 13; Ex 3; Jz 6) confirmando
o que dizia Mateus a respeito da Virgindade de Maria. Depois da saudação
do anjo – o alegra-te – se diz que Maria é cheia de Graça.
Todas: Graça é gratuidade, sinônimo de salvação e de amor, é o próprio
Deus.
Voz 1: O que acontece na jovem de Nazaré não é nenhum merecimento de
sua parte, mas livre decisão do Senhor. Ela é a mulher cheia de
salvação, cheia de gratuidade, cheia de amor, cheia de Deus. Ela é a
contemplada.
Todas: Com–templ–ação significa ação de se tornar templo, ou seja,
deixar Deus ser Deus em nossa vida, em nosso ser.
Voz 2: Maria, por sua abertura, por sua atitude de acolhimento deixa
Deus acontecer em sua história. O filho que trará no ventre – Jesus –
cujo nome significa “Deus salva” é a própria Graça e Salvação da parte de
Deus. Temos deixado Deus ser Deus em nossa vida? Maria é cheia de
amor, cheia de Deus, e eu?... (pausa)
Com: Maria aponta para aquilo que todo ser humano deve experimentar.
Ser templo do Altíssimo, deixar a Graça do Senhor atuar em nossas vidas.
Graça que acontece em nossa vida, na nossa história e no mundo. Ela
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pressupõe relações novas conosco, com os outros, com Deus e com o
universo inteiro. E por isso se verifica em sua vida o texto de hoje, Apc
22,1-7, a fecundidade própria de quem se abre ao dom da graça.
1ª Leitura: “O Anjo do Senhor mostrou-me um rio de água viva, o qual
brilhava como cristal. O rio brotava do trono de Deus e do Cordeiro. De
cada lado do rio, estão plantadas árvores da vida; elas dão frutos doze
vezes por ano, em cada mês elas dão fruto;suas folhas servem para curar
as nações [...] Eis que venho em breve. Feliz aquele que observa as
palavras da profecia deste livro”. Apc 22,1-2.7
Com.: Abro-me à fonte da graça que fecunda nossa vida e missão?
(pausa)
Canto: (Sl 147 - CD: Oficio da Mãe do Senhor,14)
Ave Maria, cheia de graça, Mãe do Senhor. Bendita és tu entre as
mulheres, diz Isabel. Todas as gentes celebram hoje o teu louvor. Tu
és na terra a Virgem bela que encanta os céus.
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Quem vai subir ao monte santo do Senhor, da sua casa vai ser morador,
quem tem as mãos bem limpas de toda maldade e puro o coração na
lealdade.
A bênção, a bênção do Senhor receberá. Justiça e salvação encontrará. Aí,
está a geração que busca Deus, a face do Senhor, Deus dos hebreus.
Partilha... Preces...
Empenho: Com Maria acolher vitalmente o apelo que a liturgia de hoje lhe
faz.
Oração: Ó Deus, cheio de ternura e misericórdia, que nos deste Maria por
mãe, que a seu exemplo, acolhamos a Palavra que nos pede conversão,
vida nova, preparando-nos para a festa natalina. Isto te pedimos por
J.Cristo Nosso Senhor, na unidade do E.Sto. Amém.
Festa da Imaculada Conceição
Louva, Jerusalém, louva o Senhor, teu Deus. Tuas portas reforçou e os
teus abençoou. Te cumulou de paz e o trigo em flor te traz.
Com.: Com imensa alegria celebramos hoje a festa
de N.Sra da Imaculada Conceição, a Virgem de Dom
Bosco e Madre Mazzarello. Ela foi a estrela-guia da
infância e juventude de nossos fundadores, o
paradigma da humanidade integrada, máxima
expressão do humano apontada para os jovens. Por
isso mesmo, marca o início, a gestação da grande
Família Salesiana. Iniciemos cantando a essa
Senhora da luminosidade, toda de Deus e de seu
Sua palavra envia, corre veloz sua voz. Da névoa desce o véu, unindo a
terra e o céu. As nuvens se desmancham, o vento sopra e avança.
Ao povo revelou palavras de amor, a sua lei nos deu e o mandamento seu.
Com ninguém fez assim, amou até o fim.
Voz 1: O homem e mulher agraciados vivem a liberdade e a autonomia
potenciadas por Deus, comportam-se como pessoas que se auto-possuem
– o que pressupõe consciência de si e responsabilidade –, administram o
domínio sócio-político na base da justiça; na comunhão com o Cosmo se
tornam responsáveis pela defesa do meio ambiente e vivem a afetividadesexualidade como dom e comunhão, prazer e ternura, brincadeira e
responsabilidade, comunicação e relação, saúde e libertação, como festa,
beleza e tarefa.
Voz 2: A Graça atua em nossa corporeidade, em nossa afetividade, em
nossa sexualidade, em nossas relações inter-humanas e sociais, em todas
as expressões humanas em que estamos por inteiro.
Com.: É Maria por inteiro no seu corpo, na sua afetividade, na sua
sexualidade, em suas relações que se encontra encharcada do amor de
Deus, mergulhada na Graça. Como a Graça de Deus tem atuado em nossa
povo.
Canto: (CD Maria, Mãe de Jesus, 11)
Quem é essa mulher tão formosa, vestida de sol? Quem é essa mulher tão
bonita como o arrebol? Quem é essa mulher coroada com estrelas do céu?
Quem é essa mulher de sorriso meigo, doce como o mel?
É Maria, a Mãe de Jesus! É Maria, a Senhora da Luz!
Quem é essa mulher de ternura expressa no olhar? Quem é essa mulher,
braços fortes, rainha do lar? Quem é essa mulher que aceitou dar ao
mundo a Luz? Quem é essa mulher que carregou em seu ventre, Jesus?
Quem é essa mulher companheira de caminhada? Quem é essa mulher
caminheira em nossa jornada? Quem é essa mulher que nos
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Com.: Rezemos os sinais em nossa vida e na sociedade de que esse Dia
está raiando. (pausa orante)
Com.: O mais importante não é o modo como o Dia do Senhor vai
acontecer, mas a transformação de tudo em “novos céus e nova terra,
onde habitará a justiça”, cantemos:
Canto: (CD: Consagração – J.Carlos, 5)
Eis que faço novas todas as coisas. Faço novas todas as coisas,
novas todas as coisas, todas as coisas faço novas.
Não haverá nem mais pranto, nem dor. E a morte não mais reinará. A
alegria que nasce do amor. E a vida é quem vai triunfar.
Vida, vida, vida que nasce do amor, derramada do alto da cruz.. Vida. Vida.
Vida que nasce do amor de quem ama Jesus.
Ele vai transformar nossas dores, nossas lágrimas vai enxugar. A Justiça
afinal vai vencer. Só o bem a vitória terá.
Todas: Maria, conduze-nos pelo Espírito do Senhor, na construção do
“novo céu e da nova terra” no tempo e no espaço que nos cabe vivenciar o
Sistema Educativo de D.Bosco e de Madre Mazzarello.
Com.: João Batista prepara e conduz a humanidade ao encontro daquele
que traz consigo a realização dos tempos messiânicos, Jesus, que vai
batizar com o Espírito Santo, o mesmo que O gerou no seio de Maria.
Voz 1: João Batista é profeta nas palavras e no modo de ser. Sua
pregação e vida são denúncia ainda hoje de nossa sociedade desigual,
basta olhar como o povo se veste e se alimenta. E é apelo do que será
implantado com a vinda do Messias que quer ser vida para os que dela são
privados.
Voz 2: Como o Batista, Maria continua “preparando os caminhos” de seu
“Filho Jesus” no coração de seus “filhos”.
Todas: Com ela somos convocadas a fazer o mesmo entre os jovens:
apontar para o encontro transformador com Jesus, fonte de vida fraterna e
solidária.
3ª Leitura: Mc 1,1-8 (leitura silenciosa e tempo de interiorização)
Canto: Sl 24 (CD: Ofício da Mãe do Senhor,16)
Ó Povos, vinde todos, louvemos ao Senhor, em honra de Maria,
Virgem Mãe do Salvador. Ó vinde, celebremos o Deus libertador.
O mundo e tudo o que tem nele é de Deus. A terra e os que ai vivem todos
seus. Foi Deus que a terra construiu por sobre os mares, no fundo do
oceano seus pilares.
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corporeidade, afetividade (relação consigo, com os outros, com o meio
ambiente e com Deus), em nossa relação sócio-política, em nossa
sexualidade? (pausa)
Canto: (Sl 147) CD: Oficio da Mãe do Senhor,2)
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois entre as
mulheres. Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. (bis)
Com.: Maria é a mulher cujo “poder do Altíssimo a cobre com sua sombra”.
Alusão à nuvem que cobre o povo de Israel depois da saída do Egito (Ex
13,21), quando a nuvem desce sobre o Sinai e cobre Moisés no momento
de receber os dez mandamentos (Ex 24,15), quando fala com Deus na
tenda da Aliança no deserto (Ex 33,9-11). Somado a este sentido teológico
temos o sentido cristológico quando Jesus é coberto com a nuvem no
batismo e no momento da transfiguração. Dizer que Maria é coberta pela
sombra do Altíssimo é remetê-la à imagem do tabernáculo (Ex 40,35; Nm
9, 18.22) como a nova arca da Aliança ( Lc 1,43; 2Sm 6,9; Lc 1,56; 2Sm
6,11).
Voz 3 : “Ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para
escapar de tudo que que deve acontecer e para ficardes em pé diante do
Filho do homem”. Lc 21,36
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Empenho de vida: Visualizar a graça em relações novas conosco, com
os outros, com Deus e com o universo inteiro.
Oração: Maria, Mãe Cheia de Graça, ensina-nos a abertura sem reservas
ao dom da Graça que diariamente o Senhor nos oferece, para que também
nós sejamos plenas do Amor divino, irradiadoras da presença de teu Filho
Jesus, fecundas na missão de revelar aos jovens o “amor preveniente do
Pai”.
Dia 30/11 - Maria, primeira e perfeita discípula que
se faz serva
Com.: Iniciamos hoje com Maria, a Imaculada, o tempo de
ADVENTO, tempo de graça abundante, de espera alegre e
feliz. Acendamos a vela verde sinalizadora da Esperança de um tempo
novo. Tempo de vigilância, Deus é imprevisível e quer nos encontrar
sempre atentos à sua graça, como bons discípulos/as.
Todas: “Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o
momento. Vigiai!”
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Canto: (CD: Liturgia IV – Advento, 5 - VIGIAI, Sl 84)
Vigiai, vigiai eu vos digo. Não sabeis qual o dia ou a hora. Vigiai, vigiai
eu repito. Eis que vem o Senhor em sua glória! (bis)
Foste amigo antigamente, desta terra que amaste, deste povo que
escolheste. Sua sorte melhoraste, perdoaste seus pecados, tua raiva
acalmaste.
Vem de novo restaurar-nos sempre irado estarás, indignado contra nós? E
a vida não darás? Salvação e alegria, outra vez, não nos trarás?
Escutemos suas palavras é de paz que vai falar; Paz ao povo, a seus fiéis,
a quem dele se achegar. Está perto a salvação e a glória vai voltar.
Eis: amor, fidelidade vão unidos se encontrar, bem assim justiça e paz vão
beijar-se e se abraçar. Vai brotar fidelidade e justiça se mostrar.
E virão os benefícios do Senhor a abençoar e os frutos de amor desta terra
vão brotar: a justiça diante dele e a paz o seguirá.
Glória ao pai onipotente, ao que vem, glória e amor. Ao Espírito cantemos:
glória a nosso defensor! Ao Deus Uno e Trino demos a alegria do louvor.
Com. - Marcos apresentou Maria como alguém que faz parte do grupo dos
parentes de Jesus que tem dificuldades de crer nele. Mostrava-nos que a
dúvida faz parte da fé e, só depois de empreender um Caminho, é que se
chega à maturidade do discipulado. Mateus nos mostrou Maria como
Virgem e Mãe, participante da história de seu Filho que realiza em sua vida
o fato marcante da história de Israel: o êxodo.
Voz 1: Lucas nos apresenta a Virgem de Nazaré como a primeira e
perfeita discípula. Trata-se de uma mulher nada ingênua, que quando
recebe a proposta do anjo o questiona: “Como isto acontecerá se eu não
conheço homem algum?”.
Voz 2 : A pergunta da jovem de Nazaré mostra uma fé amadurecida que
necessita entendimento, pois crer não é um ato irracional.
Compreendemos para crer e cremos compreendendo. Diante da resposta
do anjo, Maria se pronuncia:
Todas : “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua
Palavra”.
Com. - Ao se intitular serva, Maria mostra ser alguém dotada de liberdade
que deseja servir. Difere da escrava que não possui liberdade e poder de
decisão. É o confronto com a Palavra de Deus que plasmará Jesus no
seio da Virgem.
Dia 7/12 – Com Maria à espera do Senhor
Com.: Celebramos hoje, com Maria, o II Domingo do
Advento, no desejo de que ela nos prepare para a
festa da Encarnação do Verbo, conforme nos convoca
o profeta Isaías:
1ª Leitura: Is 40,1-5.9-11
Com.: Maria preparou os caminhos de Jesus, não
somente acolhendo-O na fé, e no seu ventre, gerando
o Homem de Nazaré, mas sobretudo abrindo-lhe o
caminho de Messias, como já vimos anteriormente,
nas Bodas de Caná, dando-lhe suporte ao longo de
sua jornada terrena. No silêncio do coração, conversemos com ela acerca
dos caminhos que devemos abrir neste tempo de Advento, em nossa vida
e missão. (Pausa orante)
Exposição do Santíssimo
Canto: Sl 146 CD: Liturgia IV – Advento,8
Ouço uma voz lá no deserto a gritar: uma estrada preparai para o
Senhor! Endireitai os seus caminhos, pois, ele vem e logo mais
avistareis o Salvador!
Louva, Jerusalém – Louva o Senhor teu Deus; Tuas portas reforçou – E os
teus abençoou. Te cumulou de paz - e o pão do céu te traz.
Sua palavra envia - corre veloz sua voz. Da névoa desce o véu - Unindo a
terra e o céu - As nuvens se desmancham - o vento sopra e avança.
Ao povo revelou - palavras de amor. A sua lei nos deu - e o mandamento
seu. Com ninguém fez assim - amou até o fim.
A virgem, mãe será, - um Filho à luz dará. Seu nome, Emanuel: “Conosco
Deus” do céu - o mal desprezará, o bem escolherá.
Ao Pai do céu louvemos - e ao que vem, cantemos; E ao Divino, então, - a
nossa louvação! Aos Três, que são um Deus - exalte o povo seu!
Com.: Segundo a Carta de Pedro, o tempo presente, marcado pela espera,
faz parte do projeto de Deus, “que está usando de paciência para
conosco”, pois deseja que todos venham a se converter. É possível
apressar o “dia do Senhor” mediante o “esforço para sermos encontrados
numa vida pura e perfeita na paz com Deus”.
2ª Leitura: 2Pd 3,10-14
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Tantos trigos num só pão tantas uvas para o vinho todos num só coração
tanta fé, tanto carinho.
Voz 2: O fato do mestre-sala não saber de onde vem o vinho, mas só os
serventes se deve ao desconhecimento da origem última de Jesus, ou
seja, o Pai.
Todos: Os que ouvem o que Jesus diz e servem, os que se tornam
discípulos, conhecem sua origem.
Voz 3: O sinal de Caná aponta para o início de uma nova etapa salvífica
realizada em Cristo, que alcança o ponto alto na Páscoa. Os termos “hora,
“glória” e “terceiro dia” falam da morte e ressurreição de Jesus.
Voz 1: O relato das Bodas de Caná nos diz que a purificação não virá pela
Lei judaica, mas pelo Evangelho de Jesus Cristo e de sua Palavra. Jesus é
o vinho novo (Mc 2,19), o motivo da festa, a razão da alegria para homens
e mulheres.
Todas: Ele transforma nossas vidas aguadas, vazias e sem sentido, numa
vida com muito sabor.
Com.: No começo do relato percebemos Jesus, sua mãe e seus discípulos
separados. O sinal de Caná reúne a comunidade cristã ao redor de Jesus.
Maria aparece nesse texto como discípula, membro importantíssimo da
comunidade cristã, que provocada em sua fé dá provas de perseverança e
firmeza. Como Mulher, prepara a auto-revelação de Jesus. Como servidora
convida os outros a se tornarem discípulos e servos ao “fazer tudo o que
Ele vos disser”.
Todas: Maria, mãe-discípula, como no Cenáculo, ajuda-nos a reunir todos
ao redor de Jesus.
Pausa orante: Como Cristo tem transformado sua vida aguada em vida
saborosa? Qual o sentido que Maria ganha em sua vida após rezar este
texto?
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Empenho: Como Maria, ser presença que gera alegria,
o vinho novo da vida.
Oração: Maria, em Caná apontaste o caminho
missionário de teu Filho. O tempo da graça se inaugura
com a tua presença intercessora. Ajuda-nos a não
deixar faltar a água do Espírito e o vinho da alegria na
mesa de nossos jovens, onde um convidado nunca
pode faltar, o teu Filho Jesus Cristo.
7
Como o vaso mãos do oleiro ela se deixa moldar segundo o Projeto do Pai,
como discípula atenta ao Mestre. Aclamemos a palavra cantando.
Canto: (CD: Liturgia VIII – advento, 9)
Aleluia, aleluia!
Eis a serva do Senhor! (bis) Que em mim venha cumprir-se. Tudo quanto
me disseste! Aleluia, aleluia!
1ª Leitura: (Is.64,1-8) Oh! Se rasgásseis os céus, se descêsseis para fazer
desabar diante de vós as montanhas, como o fogo faz fundir a cera, como
a chama faz evaporar a água, assim faríeis conhecer a vossos adversários
quem sois, e as nações tremeriam diante de vós, [...] Nenhum ouvido
ouviu, olho algum viu outro deus salvar assim aqueles que contam com ele.
Vós vindes à frente daqueles que procedem bem, e se recordam de vossas
vias. Eis que vos irritastes, e nós éramos culpados; isso perdura há muito
tempo: como seríamos salvos? Todos nós nos tornamos como homens
impuros, nossas boas ações são como roupa manchada; como folhas
todos nós murchamos, levados por nossos pecados como folhas pelo
vento. Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a
vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a
nossos pecados. E, no entanto...
Todos - Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o
oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos.
(pausa para rezar o ser argila na mão recriadora da Deus)
Canto: (CD: Em tuas mãos – Fr.Zeca, 4)
Toma, Senhor, este vaso quebrado que sou. Este barro disforme, sem
vida, minha fome de muito amor. Toma, Senhor, os meus passos que
buscam os teus, meu cansaço de tantas jornadas e a saudade de ti, meu
bom Deus.
Dá-me, Senhor, o teu sopro restaurador. Tua graça que me refez e a
paz que o mundo roubou. Estou em tuas mãos, como o barro nas
mãos do oleiro. Quero ser vaso novo, Senhor. Serei teu e só teu por
inteiro.
Abre, senhor, minhas mãos que não sabe doar e coloca aqui no meu peito
coração que aprenda a amar. Dá-me, Senhor, ombros fortes pro peso da
cruz, esperança e ardor missionário: neste mundo eu quero ser luz.
Com.: O serviço de Maria brota de seu silêncio, de sua fé, de sua vida de
oração enquanto escuta do Senhor e deixa-se fazer por Ele.
8
É um prestar atenção nos acontecimentos cotidianos que leva a Virgem de
Nazaré a descobrir Deus presente e atuante em todas as coisas. Com
Paulo afirma, também a nós é concedida a graça acolhida por Maria.
2ª Leitura: (1Cor 1,4-6.9) Não cesso de dar graças a Deus por vós, pela
graça divina que vos foi dada em Jesus Cristo.Nele fostes ricamente
contemplados com todos os dons, com os da palavra e os da ciência, tão
solidamente foi confirmado em vós o testemunho de Cristo. Assim,
enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, não vos
falta dom algum. Ele há de vos confirmar até o fim, para que sejais
irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, por quem
fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
Pausa para rezar: Como tenho vivido meu discipulado: na oração, no
discernimento, retendo os apelos de Deus na memória para aprofundá-los
e torná-los vida?
Canto: (CD: Oficio da Mãe do Senhor,16 - Salmo 23)
Ó Povos, vinde todos, louvemos ao Senhor, em honra de Maria,
Virgem Mãe do Salvador. Ó vinde, celebremos o Deus libertador.
O mundo e tudo o que tem nele é de Deus. A terra e os que ai vivem todos
seus. Foi Deus que a terra construiu por sobre os mares, no fundo do
oceano seus pilares.
Quem vai subir ao monte santo do Senhor, da sua casa vai ser morador,
quem tem as mãos bem limpas de toda maldade e puro o coração na
lealdade.
A benção, a benção do Senhor receberá. Justiça e salvação encontrará. Aí,
está a geração que busca Deus, a face do Senhor, Deus dos hebreus.
Com.: O discipulado é um caminho de escuta e discernimento, de fatos e
acontecimentos incompreendidos que levam tempo para a maturação.
Lucas apresenta Maria como a peregrina na fé ao dizer que “guardava tudo
isso em seu coração”.
Todas: A fé pressupõe riscos, comporta viver nas incertezas, na escuridão,
ao mesmo tempo, que se procura compreender o sentido dos apelos de
Deus em nossa vida.
Voz 1: Maria retém em seu coração palavra e fatos, da mesma forma que
o Povo de Israel devia reter em seu coração os acontecimentos centrais da
história da salvação.
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Elas são exemplo de perseverança no seguimento e testemunhas da
ressurreição.
Voz 1: A resposta de Jesus “minha hora ainda não chegou”, remete à sua
hora como o momento de sua morte na cruz, sua ressurreição e a
manifestação de sua glória.
Todas: A atitude de Maria com o “fazei tudo o que Ele vos disser”,
apresenta-a como a discípula exemplar, membro íntimo dos “amigos de
Jesus”.
Voz 2: Pois não faz somente aquilo que Jesus pede, mas também estimula
nos outros o gesto e a atitude de ouvir e praticar a Palavra do Senhor.
Diante da negativa do Filho, provocando-lhe a fé, Maria permanece firme e
perseverante.
Voz 3: O vinho simboliza o dom de Deus para alegrar a existência, sinaliza
prosperidade, a felicidade dos tempos messiânicos, o desejo recíproco, o
prazer, o amor que fascina e une, a novidade radical do Reino de Deus em
Jesus.
Voz 1: As seis talhas de pedras (vazias) recordam a imperfeita lei dos
judeus, escrita em tábuas de pedra. A água era usada como rito de
purificação. O sinal de Jesus aponta que há vinho em profusão (480-720
litros, a média era 600 litros), sinalizando a abundância que caracteriza o
novo tempo do Messias.
Voz 2: Enchem-se as talhas “até as bordas”, expressando a plenitude de
Graça que vem por Jesus. A água em João é fonte de vida, da Graça e
símbolo do Espírito Santo. Trata-se de uma água diferente: uma é a água
da purificação, outra a água apresentada a Jesus como fonte de vida.
(pausa orante)
Canto: (CD: Presente,4)
Ó Maria serve o vinho um copo pra todos nós, um pão pra todas as fomes
um só canto em toda voz!
O mesmo canto, o mesmo copo. Um grande brinde ao nosso amor.
Nos beijemos irmãos todos mulheres, jovens, criança. Os velhos contando
histórias comunhão de esperanças.
A luz sangra em nosso peito cheiro bom transborda no ar em cada rosto
um sorriso muito axé pra partilhar.
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Refrão: Vem, Maria vem, vem nos ajudar neste caminhar, tão difícil rumo
ao Pai.
Com.: O texto de Caná, que significa Bodas, se encontra na primeira parte
da obra joanina, no Livro dos Sinais. João não usa a palavra milagre, mas
sinal como algo que aponta para além. O relato de Caná se encontra
antecedido por uma semana programática. [...] no sétimo dia (três dias
depois) há uma festa em Caná da Galiléia.
Voz 1: Três dias aludem à ressurreição de Jesus, à nova criação. O sétimo
dia é o dia da Aliança, do término da Criação, o descanso de Deus
dedicado à gratuidade. No tempo da nova criação, da Nova Aliança, tempo
da Graça e do convívio com Deus e os irmãos, acontece a descoberta a
respeito de “quem é” esse Jesus.
Voz 2: Casamento e banquete nos remetem à Aliança de Deus com o
povo. Na festa falta vinho. Maria faz um pedido a Jesus, demonstrando
esperança em sua ação.
Refrão: Vem, Maria vem, vem nos ajudar neste caminhar, tão difícil rumo
ao Pai.
Voz 3: Jesus responde em desacordo, provocando sua fé, como em outras
situações. A resposta desconcertante de Jesus põe as pessoas em crise,
revela o que elas são e o que elas querem. (pausa orante - confronto com
a atitude de Maria frente a necessidade do outro e a seu Filho)
Canto: (CD: Olhar de Mãe,5)
Maria entregou-nos Jesus que é vida, caminho e verdade. Vamos
cantar a coragem de nova fraternidade.
Os donos daquela festa cheios de grande aflição viram faltar o bom
vinho. Maria foi a salvação.
Olhar o vinho a faltar pra aqueles que nada têm. Olha por eles, ó mãe, tão
sozinhos sem ninguém.
Aos pés da cruz confirmaste a mulher forte que és. Assumindo a
humanidade disseste sim ao teu Deus.
Só teu exemplo de mãe vai nos fazer entender que o sofrimento só vale se
a gente aceita e crê.
És tu minha alegria, contigo vou caminhar. Sorrir, dizer-te, Maria: quem
ama, espera, confia.
Com.: A palavra mulher traduz a importância e o valor evangelizador das
mulheres na comunidade do discípulo amado.
9
Com.: O discipulado pressupõe um peregrinar na escuridão, nas incertezas
e no arriscar-se. Como respondemos aos apelos de Deus nesses
momentos? (Pausa para rezar/refletir)
Partilha... Preces....
Canto: (CD Liturgia VIII - Advento,11 Cântico de Maria)
A minha alma engrandece o Senhor, meu coração muito se alegrou
em Deus, meu Salvador, em Deus, meu Salvador!
Ele voltou seu olhar para a pequenez de sua servidora e todas as gerações
me proclamarão feliz e ditosa!
Ele que é todo poder me fez grandes coisas, santo é seu nome! Sua
bondade se estende de pais para filhos, sobre os que o temem!
Ele agiu com braço forte e os cheios de orgulho Ele dispersou! Botou
abaixo os potentes; humildes, pequenos ele elevou!
Ele enricou os famintos e os ricos, sem nada, embora mandou. Ele a seu
povo acudiu de sua promessa aos pias se lembrou!
Ele aliou-se a Abraão e a seus descendentes, sem fim, também!
Glória ao Pai por seu Filho, no Espírito Santo, para sempre. Amém!
Empenho de vida: Viver este tempo de advento deixando-se modelar pelo
Espírito.
Oração: Concede-nos, ó Pai, viver este tempo de Advento, na companhia
de Maria, gestando em nosso coração o Verbo. E como discípulasmissionárias sejamos portadoras do teu Amor preveniente aos jovens. Isto
te pedimos por Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do E.Sto. Amém
Dia 1/12 O Senhor está contigo
Com.: A liturgia de hoje nos faz um convite: “Vinde, todos da
casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor”
(Is.2,5), a mesma luz que brilhou na vida de Maria, no grande
momento da anunciação do Senhor. A primeira parte da Ave
Maria – Alegra-te, Maria, Cheia de Graça, o Senhor está
contigo, bendita és tu entre as mulheres, bendito é o fruto do
teu ventre – é rezada pelo anjo no momento da visitação. Iniciemos
cantando esta saudação, assumindo-a com Maria.
Canto: (CD: Maria Mãe de Jesus,3)
Maria, Cheia de Graça não teme o que possa vir. “Palavra de Deus não
10
passa, sem antes tudo florir”.
Na casa de Nazaré um sim ecoou sereno. Na casa de Nazaré Deus
mesmo se fez pequeno.
José não temeu agrura. Maria foi sempre forte. E Deus encontrou ternura e
o povo uma nova sorte.
Maria foi resistente. Falou pelo povo seu. “O braço do prepotente Deus
mesmo desmereceu”.
Maria, toda humildade, não foge nem mesmo à cruz. Confia: Deus é
bondade, perdão, fortaleza e luz.
Com.: “O Senhor está contigo” é uma expressão Vétero-testamentária,
composta por Lucas, que nos remete ao sentido de Maria dentro da história
da salvação. É reservada para as pessoas as quais Deus tem um projeto
especial para cumprir.
Todas: O projeto de Deus para Maria é ser discípula, ser peregrina na fé,
profetisa da Libertação, serva, ícone da Trindade como filha dileta do Pai,
mãe-educadora do Filho feito homem e esposa do Espírito Santo.
Com.: Ser peregrina na fé. O evangelho de hoje nos desafia a uma
resposta de fé, acolhamos essa palavra com o coração aberto de Maria:
2ª Leitura: (Mt 8,5-10) Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a
ele e lhe fez esta súplica: Senhor, meu servo está em casa, de cama,
paralítico, e sofre muito. Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. Respondeu o
centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei
uma só palavra e meu servo será curado. Pois eu também sou um
subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele
vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz...
Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade
vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel.
- Como tenho peregrinado na fé? O que Jesus diz de minha fé?
(Pausa para refletir/rezar)
Canto: (CD Vozes e Mantras,12)
Jovem Maria, dentro da vida normal. Tão simples vivias, do pobre a história
real. Junto a teu povo, clamavas por libertação. Teu grande desejo, ao Pai
se tornava oração.
Ave Maria, trilhaste na fé nosso chão.
Deus te escolhia e tu acolheste a missão
23
Age no mundo levando-o à transparência, à busca da justiça, à defesa
do meio ambiente, dos direitos humanos, à libertação dos pobres e dos
excluídos.
− Age tornando o mundo mais cheio da presença do Cristo
Ressuscitado.
− Maria participa de tudo isso como o ícone do acolhimento do Espírito.
Todas: Como símbolo da Igreja Missionária, do Povo de Deus e do Mundo
em atitude de abertura e acolhimento, Ela revela o que pode ser a
humanidade transformada pela ação de Deus.
−
(Para rezar/refletir a própria abertura ao Espírito e aos outros, a
relação entre eucaristia, Espírito Santo e missão?)
Partilha... preces...
Empenho de vida: Atenção e acolhida à voz do Espírito.
Oração: Maria do Cenáculo, que és totalmente aberta ao Espírito que
edificou a Igreja nascente, ensina-nos a perceber, escutar e acolher o
Espírito que quer agir em nós, como o fez em Ti, realizando grandes
coisas. Intercede por nós junto a teu Filho.
Dia 6/12 - Maria em Caná: aliança, prazer e
ternura
Com.: Em sintonia com a liturgia de hoje
iniciamos o 8º dia da novena rezando a realização
da promessa messiânica anunciada por Isaias
(30,19-23): Maria em Caná introduz seu Filho na
missão. A esperança renasce: “O Reino de Deus
está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os
mortos... de graça recebestes, de graça dai” (Mt
9,7-10,1).
Leitura: Sim, povo de Sião, que habitas em
Jerusalém, não terás mais de que chorar. À voz
de tua súplica ele te fará misericórdia; assim que a ouvir, ele te
atenderá.[...] aquele que te instrui não se esconderá mais, e verás com
teus olhos aquele que te ensina.
Ouvirás com teus ouvidos estas palavras retumbarem atrás de ti: É aqui o
caminho, andai por ele, quando te desviares quer para a direita, quer para
a esquerda.[...] O Senhor dará chuvas às sementes com que proverdes o
solo e o pão que produzir a terra será nutritivo e saboroso. (Is 30,19-23).
22
Canto: (CD Mantras, Frei Turra,11)
Vinde Santo Espírito, Vinde, Santo Espírito, Vinde Santo Espírito!
Com.: O Antigo Testamento, já falava do Espírito pairando sobre as águas.
O ato criador é realizado pelo Pai, mas na Trindade uma vez que tudo é
comunhão e participação, o Espírito é também co-criador.
Voz 3: Simbolizado por uma pomba como expressão da nova criação
depois do dilúvio, manifestação da liberdade, Ele é a fonte de vida, alegria,
Defensor dos fracos, dos pobres e dos injustiçados.
Com.: Maria permanece unida aos outros discípulos em oração. Como
primeira e perfeita discípula, fazendo o elo entre o tempo da promessa, do
cumprimento e, da Igreja, é a irmã mais velha que anima os outros a
permanecerem firmes para acolher o Espírito. Com ela cantemos a alegria
da acolhida ao Espírito.
Canto: (CD Mãe peregrina,22)
Alegra-te, Maria, és cheia de graça. O Senhor te escolheu a ser Mãe de
Jesus. O Filho de Deus, o Filho de Deus.
Rainha dos apóstolos. Nossa Mestra, nossa Mãe. Escuta nossa prece,
dá-nos teu Jesus.
Rezaste no Cenáculo, ao lado dos apóstolos, esperando receber o Espírito
de amor e de ressurreição, e de ressurreição.
À Igreja que nascia, deste apoio e coragem para a luta enfrentar.
Silenciosa e orante, foste Mestra, foste Mãe.
Com.: Lucas revela que o lugar do acolhimento do dom do alto é o
Cenáculo, lugar da Ceia derradeira, da instituição da Eucaristia. União,
perseverança, oração, sentido do discipulado e da Eucaristia são
essenciais para o acolhimento do Paráclito e para o apostolado
missionário.
Voz 1: Como membro da comunidade-mãe de Jerusalém, ao lado dos
onze apóstolos, de outras mulheres, parentes e discípulos de Jesus, Lucas
destaca o seu nome. Não cita o nome de nenhuma outra mulher. A
expressão “todos” e o número de 120 irmãos mostra 12 multiplicados por
10, simbolizando a totalidade do povo de Deus que recebe a Graça do
Espírito. Todos pelo Espírito são enviados em missão.
Todas: O Espírito Santo age na interioridade de cada um que se faz
discípulo.
− Age no Povo de Deus-Igreja levando-a a vivenciar a Unidade, a
Apostolicidade, a Catolicidade e a Santidade.
11
Santa Maria, sempre viveste na fé. E tudo fazias confiante no amor de
Javé. Tão feminina, tão meiga e com tanto vigor. Não temes tornar-te a
Mãe de Jesus Salvador.
Ó Mãe de Cristo, temos confiança em ti. Pois tu compreendes a nossa real
situação. Tu és amparo nas lutas, nas horas de dor. Tu dás esperança, dos
filhos, tu és proteção.
Voz 1: Maria traz Aquele que herdará o trono de Davi, o Filho do Altíssimo.
Como primeira discípula cristã, através de seu gesto de aceitação e
entusiasmada (escuta), inicia um longo processo de aprendizagem.
Exemplo vivo e perfeito do seguidor de Jesus.
Todas: Maria é a primeira a dar o seu sim ao ouvir a Palavra de Deus,
colocá-la em prática na vivência da Aliança.
Voz 2: Mulher faz o elo entre as três etapas da história da Salvação: o
tempo da Promessa (Antigo Testamento), do cumprimento (Novo
Testamento) e o tempo da Igreja (Atos dos Apóstolos). Como a nova arca
da Aliança carrega no seu ventre o autor da própria Aliança.
Voz 3: Maria, Mulher: pobre, leiga, jovem, virgem, de uma cidade sem valor
como tantas Marias de hoje. Peregrina na fé busca reter os fatos e
palavras no coração para discernir e aprofundar o sentido da ação de
Deus.
Voz 4: Maria é a Agraciada, Templo Vivo do Filho Eterno do Pai, cuja
Graça divina se faz sentir na sua ligação com o Espírito Santo na
anunciação e em Pentecostes. Serva do Senhor, decidida em sua
liberdade em cooperar com os planos divinos. Participante do grupo dos
bem-aventurados do Reino.
Voz 5: A saudação “O Senhor está contigo” mostra que o ser humano
nunca está só. Remete-nos à presença de Deus como o grande
companheiro e caminheiro de nossa história.
Todas: Ele é o fundamento de nossa vida. Dele nos alimentamos nos
momentos de dúvida, cansaço, doença, conflito e desânimo.
Ele é o amparo nos momentos de crise que não nos deixa desistir, pois
uma pessoa pode fazer e faz toda a diferença.
(Pausa para refletir/rezar a presença de Deus na própria vida/missão)
Partilha... preces...
Empenho de vida: Rever e aprofundar a própria fé.
Oração de fé: (dois coros)
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12
CREIO na bondade de Deus Pai e na onipresença da salvação que cada
dia me é oferecida.
CREIO na força do amor de Jesus, em sua presença no meio de nós.
CREIO no poder do Espírito Santo que escolhe o humilde, e assim realiza
grandes maravilhas.
CREIO na mediação de Maria que nos recomenda a seu Filho,
intercedendo por nós.
CREIO na tarefa da pessoa humana, chamada a colaborar com Deus para
a salvação do mundo.
CREIO na fé, com sua força criadora, capaz de realizar o que só Deus
consegue.
CREIO e vou lutando, sereno nas horas difíceis, modesto na alegria,
trazendo comigo esta certeza: Deus está presente, há sempre um
caminho, e o futuro será de Deus.
CREIO e me esforçarei a dizer com Maria: “Faça-se comigo assim como
Deus quer!”
Dia 2/12 -
“Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre”.
Com.: A liturgia de hoje nos anuncia o Reino, cujo
Salvador derrama sobre nós os dons do Espírito. Maria
abre-se ao dom maior do Espírito e por isso é bendita.
Cantemos o texto de Is 11,1-10.
Canto: (CD: Ofício da Mãe do Senhor, 18).
Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor, da
flor nasceu Maria, de Maria, o Salvador.
O Espírito de Deus sobre Ele pousará; de saber, de entendimento este
Espírito será. De conselho e fortaleza, de ciência e de temor; achará sua
alegria no temor do seu Senhor.
Não será pela ilusão do olhar, do ouvir dizer que Ele irá julgar os homens,
como é praxe acontecer. Mas os pobres desta terra com justiça julgará, e
dos fracos o direito ele é quem defenderá.
A palavra de sua boca ferirá o violento e o sopro de seus lábios matará o
avarento. A justiça é o cinto que circunda sua cintura e o manto da
lealdade é a sua vestidura.
Nesse dia, nesse dia, o incrível, verdadeiro coisa que nunca se viu morar
lobo com cordeiro, a comer do mesmo pasto, tigre, boi, burro e leão, por
um menino guiados se confraternizarão.
totalmente aberta à ação do Espírito. Invoquemos esse mesmo Espírito.
Canto: (CD Mantras, Frei Turra,11)
Vinde Santo Espírito, Vinde, Santo Espírito, Vinde Santo Espírito! (primeira
parte)
Leitura: Naquele tempo os surdos ouvirão as palavras de um livro; e,
livres da obscuridade e das trevas, os olhos dos cegos verão.
Os humildes encontrarão cada vez mais alegria no Senhor e os homens
mais pobres, graças ao Santo de Israel, estarão jubilosos.[...]
bendirão o meu nome. Glorificarão o Santo de Jacó e temerão o Deus de
Israel. Os espíritos desencaminhados aprenderão sabedoria, e os que
murmuravam receberão instrução.
Canto: CD: Mãe peregrina,14
O Espírito de vida vem e cobre com sua sombra a Mãe. Maria
pode compreender quanto ao pobre Deus quer bem.
E onde ela passa e vai, chega também o Espírito de Deus. As forças refaz
pra responder com firmeza e paz.
Maria, que se iguala ao simples, ao pobre e ao sofredor. Não tem receio de
assumir sua luta, sua dor.
E onde ela passa e vai, gera também o espírito de união, se torna pra
todos, Nossa Senhora da Libertação.
Com.: Lucas apresenta Maria relacionada intimamente com o Espírito
Santo já na concepção. O Espírito gera o Cristo no ventre da Virgem
Mãe. Aquela que concebe o autor da salvação, que peregrina na fé, que se
faz discípula, serva, mulher silenciosa, orante, profetisa da Libertação se
encontra como a irmã mais velha no lugar da Ceia (Cenáculo).
Voz 1: Para Lucas há uma continuidade entre os discípulos que seguiram
Jesus e a comunidade que forma a Igreja.
Todas: Maria é parte integrante da comunidade, símbolo do Povo de Deus
(Filha de Sião) e enviada em missão.
Voz 2: O Espírito – ruah em hebraico e pneuma em grego – é vento, ou
seja, Aquele que coloca tudo em movimento, ação. Simbolizado por
línguas (comunicação) e fogo (amor), Ele é derramado pelo Pai através
do Filho sobre a Igreja nascente e sobre aqueles que estão abertos a
Deus.
(Pausa orante, dispondo-nos com Maria a acolher o Espírito Santo)
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Com.: Contemplar a face de Maria, profetiza da libertação, percebendo e
acolhendo os apelos... (Pausa para rezar/refletir)
Canto de libertação:
Virá o dia em que todos ao levantar a vista, veremos nesta terra reinar
a liberdade.
Minh’alma engrandece o Deus libertador, se alegra o meu espírito em
Deus, meu Salvador, pois ele se lembrou de seu povo oprimido e fez de
sua serva, a mãe dos esquecidos.
Imenso é seu amor, sem fim sua bondade, pra todos que na terra o
seguem na humildade. Bem forte é o nosso Deus, levanta o seu braço,
espalha os soberbos, destrói todos os males.
Derruba os poderosos dos seus tronos erguidos com sangue e o suor do
seu povo oprimido. E farta os famintos, levanta os humilhados, arrasa os
opressores, os ricos e os malvados.
Protege o seu povo com todo o carinho, fiel é o seu amor em todo o
caminho, assim é o Deus vivo que marcha na história, bem junto do seu
povo, em busca da vitória.
Louvemos nosso Pai, Deus da libertação, que acaba co’a injustiça, miséria
e opressão. Louvemos os irmãos que lutam com valia, fermentando a
história, pra vir o grande dia.
Partilha... Preces...
Empenho: Rever minhas idéias e gestos na linha da libertação.
Oração: Maria, foste corajosa na proclamação do hino ao Deus Libertador
de seu povo. Ousaste profetizar a derrocada do poder opressor e a
exaltação dos pequenos que se unem e se organizam, em nome de seu
Filho, em favor da vida abundante para todos. Ensina-nos essa ousadia e
coragem de lutar para que, mediante a educação solidária, sejamos
instrumentos de libertação e de mais vida na
humanidade sofrida de hoje.
Dia 5/12 - Maria na sua relação com o
Espírito Santo
Com.: No sétimo dia da novena, o profeta Isaías,
29,17-24 anuncia a alegre libertação da cegueira
humana, que se realizará em Jesus Cristo, vindo a
nós por Maria, a mulher
13
Com.: A visita de Maria à sua prima Isabel pode ser lida na ótica do
serviço, porém o texto é muito mais rico. Isabel representa o Antigo
Testamento: envelhecido, estéril que se abriu a Graça de Deus – sua
Promessa – e por isso se tornou fecundo. Maria representa o Novo
Testamento que compreende as rupturas de Deus na história.
•
•
•
•
•
Isabel idosa, antes estéril; pertencente a uma família sacerdotal,
moradora de uma cidade importante, de uma classe abastada.
Maria, jovem, pobre, leiga, virgem, moradora de uma cidade destituída
de valor.
Encontro de duas mulheres e de dois Testamentos, o Antigo e o Novo,
encontro das duas Alianças.
Encontro de duas crianças: João, cujo nome é “Deus é misericórdia” no
seio de Isabel e Jesus, cujo nome significa “Deus salva” presente no
ventre de Maria.
Um é o último dos profetas do Antigo Testamento, o precursor. O
outro, o Filho de Deus. Encontro de duas mulheres e de duas crianças:
o clima é a alegria da salvação.
Todas: Isabel saudará Maria dizendo: “Bendita és tu entre as mulheres” e
“Bendito é o fruto do teu ventre”.
Voz 1: A primeira saudação, tirada por Lucas do Antigo Testamento, se
refere às mulheres destemidas, corajosas, que participaram ativamente de
fatos marcantes da história do Povo de Israel. O uso do adjetivo
bendita/abençoada remete ao autor da benção (Deus) e a destinatária
(Maria).
Voz 2: A benção não é mérito, mas gratuidade de Deus. A expressão
“bendito é o fruto do teu ventre” corresponde, com base no Antigo
Testamento, à resposta de Deus àqueles que escutam sua Palavra,
cumprem a aliança e realizam sua vontade (Dt 7,11-15; 28,1-5.9; 30,1-10).
A razão da benção de Maria se deve a sua fé e não a sua maternidade
biológica: “bendita és tu que acreditaste”.
(pausa para refletir/rezar: Olhando sua vida, quais são as bênçãos
realizadas por Deus em sua história?)
2ª Leitura:(Lc 10,21) “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos
pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado”.
Com.: Os simples, os pequenos que acolhem o Senhor, na fé, são
benditos.
Canto: (CD: Maria, Mãe de Jesus,1)
• Tu és bendita sobre todas as mulheres. Foste escolhida para Mãe do
Salvador. Tu és a glória e alegria do teu povo. És nosso orgulho, nossa
14
mãe e nosso amor.
Ave Maria, cheia de graça. Bendito aquele que nasceu do teu
amor.(bis)
• Tu és formosa, de beleza encantadora. Nenhum pecado empobreceu
os planos teus. Tu és a serva que tornou-se uma rainha. Tu és a filha
transformada em Mãe de Deus.
Voz 1: A outra expressão dita por Isabel “donde me vem que a mãe do
meu Senhor me visite?” faz alusão a Maria como a nova arca da Aliança
(2Sm 6,9). O uso da palavra Senhor é pascal, refere-se à fé das
comunidades cristãs que confessam Jesus como o Cristo Ressuscitado.
Lado 1: A fé, enquanto razão da benção e da resposta de Deus, realiza-se
na entrega total de Maria nas mãos do Senhor.
Todas: Fé é abandono,entrega, confiança, perseverança e fidelidade.
Lado 2: A fé possui as dimensões pessoal, comunitária e sóciotransformadora. Parte sempre de uma opção pessoal que requer rupturas.
Lado 1: A fé de Maria é uma fé a qualquer prova. Alicerça-se no Deus da
Promessa conhecido por Israel pela sua infinita fidelidade.
Pausa para rezar/refletir: Como você avalia sua fé (entrega, abandono,
confiança radical) nas dimensões pessoal, comunitária e sóciotransformadora?
Canto: CD:Ofício da Mãe do Senhor, 13) – Sl 24
Feliz és tu que acreditaste, pois se fará como escutaste.
A ti, Senhor, eleva a minh’ alma, em ti meu Deus e muito eu confio. Jamais
eu fique envergonhada, jamais triunfe meus inimigos.
Fica mesmo envergonhado quem sua esperança em si coloca,
envergonhado há de ficar, quem sem motivo te abandona.
Partilha... Preces...
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Voz 3: Maria participa da dupla condição de seu povo: é pobre, no sentido
sócio-econômico, e faz parte do grupo dos anawin (pobres de espírito).
Aquela imensa multidão dos pequenos e excluídos que se entregam
humildemente nas mãos de Deus.
(Pausa orante)
Canto: CD: Ofício da Mãe de Deus, 27
Ela era pobre e silenciosa. E até sofrida, olhava com ternura a rosa, e
amava a vida. Ao receber o mensageiro inesperado ficou surpresa o dia
inteiro com seu recado. Ofereceu-se então sozinha ao bom mistério,
sabendo que era Deus que vinha a seu critério.
Disse que Ele aos prepotentes esvaziaria e que aos mais pobres e
carentes elevaria. Sentiu que nessa tão secreta maternidade, nascia a
compreensão completa da liberdade. Cantemos hoje com Maria a
esperança, louvando a Deus com alegria que foi criança.
Voz 4: Lucas apresenta Maria, neste hino, como profetisa proclamando a
misericórdia de Deus. No Antigo Testamento, o profeta é aquele que
anuncia a Palavra, denuncia a situação de injustiça e consola o povo
sofrido.
Voz 1: A misericórdia, proclamada pela Virgem de Nazaré, significa – na
língua de Jesus – aquela atitude que brota das entranhas maternas de
Deus. Não é um sentimento, mas uma atitude, uma reação diante da
situação concreta em que o povo se encontra. Como experimento e
proclamo a misericórdia de Deus? (pausa orante)
Canto: CD: Olhar de mãe, 2
Eu te vejo Maria assim. Simplicidade nos braços do Pai, vai crescendo teu
amor em mim.
Empenho: Reafirmar com palavras e ações a própria fé.
Olha por nós ó mãe, fica conosco e vê que a libertação precisa
acontecer.
Oração: Maria, mulher de fé a toda prova. Ensina-nos a fé
abandono, entrega, confiança, perseverança e fidelidade a
teu Filho Jesus. Amém.
Maria eu te vejo humildade, no teu sim de coragem e fé, és exemplo para a
humanidade.
Dia 3/12 - Maria confrontada com a Palavra de
Deus
Com.: Lucas mostra que Maria e José fazem parte do povo
fiel, cumpridor das leis religiosas. Segundo Levítico 12,
toda família devia entregar ao sacerdote um cordeiro de um ano para ser
sacrificado, por ocasião da purificação da mulher depois do parto.
Eu te vejo mulher caridade partilhando aos filhos teu Dom. Virgem Mãe
carinho e bondade.
Voz 1: Maria proclama que “Deus derruba os poderosos de seus tronos,
confunde os orgulhosos e exalta os humildes. Sacia de bens os que têm
fome e despede os ricos de mãos vazias”.
Voz 2: Deus, com seu rosto materno, partilha a condição de pobreza e
humilhação da maioria do povo e proclama sua ação transformadora sobre
as relações humanas, impulsionada pela vinda do Reino.
15
18
Com.: O Magnificat é um canto confeccionado por
Lucas a partir do Cântico de Ana (1Sm 2,1-10) se
dividindo em 3 partes. Nos v. 46-50, Maria recorda o que
Deus fez nela, louvando o Senhor pela salvação recebida
pessoalmente. Na segunda parte, confessa o que Deus
faz no conjunto da humanidade, louvando a Deus pela
sua atuação em defesa dos pequenos e oprimidos (v.5153). Por fim, relembra sua ação em Israel, o povo da
promessa, louvando-o por sua fidelidade misericordiosa.
Canto: CD Ofício da Mãe do Senhor, 17
No Senhor se alegrou meu coração, no meu Deus minha força se
firmou. (bis)
Dos inimigos está rindo a minha boca, eu faço festa pela tua salvação
como o Senhor nunca existiu um santo igual. Nem um rochedo como Deus
existe não. Não multipliquem as palavras arrogantes nem a soberba dos
seus lábios vá brotar, pois o Senhor, sim, é um Deus que sabe tudo,
nossas ações é ele que vai julgar. Enquanto o arco dos valentes é
quebrado, os sem coragem muita força estão ganhando, gente abastada
se empregando por comida e os famintos estão todos engordando.
Quem era estéril e ter filhos não podia, a sete filhos deu a luz, é mãe de
tantos. Enquanto a mãe de tantos filhos perde as forças, perde o vigor a
robustez e o encanto. É o Senhor quem faz morrer e faz viver, quem faz
descer às profundezas e subir. É o Senhor quem torna pobre e enriquece,
é quem humilha e também faz reluzir.
Ele levanta quem é fraco da poeira e do chão ele retira os indigentes e os
faz sentar entre os príncipes da terra. Herdar o trono glorioso e reluzente.
Voz 1: No cântico, a expressão “Ele olhou para a humilhação de sua
serva”, qualifica a situação de fraqueza do pobre e do pequeno, muitas
vezes em oposição ao rico e poderoso (Eclo 13,23).
Se fosse uma família pobre poderia tomar duas rolas ou pombinhos. É o
reconhecimento do Senhor como único absoluto.
1ª Leitura: (Is 25,9-10) “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos
salvou; este é o Senhor nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar
por nos ter salvo”.
Com.: Este Deus que nos salva é Jesus, apresentado ao templo,
reconhecido por Simeão e Ana.
Canto: CD: Maria Mãe peregrina,16
Nossa Senhora vai por entre o povo, à luz do sol, à luz das profecias. Leva
nas mãos o seu menino lindo, no coração certezas e agonias. Leva seu
filho ao templo e o sacerdote ofereceu Jesus ao Pai na luz. Maria ergueu
também as mãos em prece e nunca mais ficaram sem Jesus.
E cada vez que eu abro as mãos feliz para ofertar com gosto o coração, eu
me enriqueço, o mundo se enriquece. Renovo os gestos da apresentação.
Voz 1: Maria e José, alegres, vão ao Templo e encontram o velho Simeão
e a profetisa Ana. Ambos representam o Antigo Testamento esperançoso
pela realização das promessas de Deus.
Voz 2: O nome Simeão significa “Deus ouviu” e Ana, “Graça de Deus”.
Simeão toma o menino no colo e diz que ele será “causa de contradição,
uma luz que colocará em destaque o que estava escondido” (Lc 5,22; 6,8;
9,46; 24,38) e “uma espada transpassará a alma” de Maria.
Voz 3: Infelizmente o pouco conhecimento de muitos cristãos das
Sagradas Escrituras faz com que muitos falem da espada de dor.
Biblicamente, a espada é uma metáfora da Palavra de Deus penetrante
no coração humano (Cf. Is 49,2).
Voz 1: A mensagem de Jesus provoca divisão entre o povo. Para quem
crê, sua Palavra torna-se força de soerguimento. Para quem não crê,
torna-se escândalo, motivo de queda.
Todas: Além do sentido sócio-econômico de pobre está presente o sentido
espiritual como aquele que depende e coloca sua vida nas mãos de Deus
(Sf 2,3).
Todas: Maria, como representante do Povo de Deus e primeira discípula,
deve se confrontar com esta espada – Palavra de Deus – que é o próprio
Filho. (pausa para reflexão/oração)
Voz 2: A humilhação se refere à carência de bens materiais. O pobre por
não ter o suficiente para sobreviver é humilhado na sua dignidade.
Canto: (CD: Liturgia III,20)
Maria, cheia de graça, Virgem mãe do Salvador. Ensina-nos a escutar
a palavra do Senhor. (bis)
16
Com.: A Palavra como uma espada penetra profundamente, separa, abre,
distingue e torna claro o que estava confuso. No texto de Lc 2,1-20, o
evangelista ao descrever o nascimento de Cristo num clima de
simplicidade, mostrou que o Filho de Deus vem ao mundo na condição de
pobre, nasce num estábulo, envolvido em faixas é colocado num coxo.
Voz 1: Seus primeiros visitantes são pastores marginalizados e malquistos
na região. Sua própria pessoa não foi acolhida, pois “não havia lugar para
eles” (v.7). Lucas assinala que não havia lugar para uma mulher grávida:
prestes a dar à luz, a necessitar de resguardo e de cuidados.
Voz 2: Este menino num cocho e num curral, partilhando a sorte dos
pobres excluídos e rejeitados “serve de sinal”. Algo escandaloso e de difícil
entendimento para nós.
Todas: Uma criança pobre é Deus feito homem a nos convidar a mudar
esquemas e nos converter (Cf. At 2,43).
Voz 3: A atitude de Maria (Lc 2,19) “guardar as coisas no coração” nos faz
ver que também Ela se confronta com este sinal que pede conversão.
Todas: Como discípula, a importância de Maria encontra-se na sua
capacidade de ouvir a Palavra, confrontar sua vida com o Cristo-Verbo.
Voz 1: Jesus já havia corrigido uma mulher (Lc 11,27-28) que pensava na
importância de sua mãe por causa de laços de sangue. “Bendita as
entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram”. “Entranhas e
seios” no judaísmo referem-se à maternidade biológica. Jesus responde:
Todas: “Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a
colocam em prática”.
Com.: O que define Maria é seu confronto com a Palavra (espada), com o
sinal (chamado à conversão), tornando-a discípula. No evangelho de hoje
nos confrontamos com Jesus que sente compaixão de seu povo e faz um
apelo à partilha solidária.
2ª Leitura: Mt 15,32-36
(Pausa para rezar/refletir a importância da Palavra de Deus diária –
apelo ao confronto/conversão)
Canto: CD: Olhar de Mãe,1
No teu olhar de Mãe eu vejo a esperança brilhar pra quem deseja a
paz e já não sabe acreditar.
•
•
•
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Eu confio no teu coração. Só amor ele tem pra nos dar. Vida, luz e um
sentido novo, és auxilio na vida de um povo.
Nem sempre se enxerga o caminho que teu filho deseja pra nós. A
certeza de tua bondade grita forte que não estamos sós.
Eu exalto teu nome de mãe. Vou cantar nesta celebração. É Maria que
eu quero louvar, vamos juntos o amor proclamar.
Partilha... Preces...
Empenho: Como Maria, abertas ao confronto, à mudança, acolher a
Palavra que suscita transformação.
Oração: Maria, que guardavas no coração a Palavra, a meditavas e dela
fazia sua norma de vida, ensina-nos essa abertura, essa capacidade de
trazermos para o coração e a vida a Palavra de teu Filho Jesus.
Dia 4/12 - Maria, profetisa da Libertação
Com.: Iniciemos nossa oração saudando
assumindo com ela o Projeto de Deus para nós.
Maria,
Canto: (CD Maria peregrina com o povo,2)
Eu te saúdo Maria Mãe, Mãe do meu Salvador. Eu te
saúdo Maria, mãe, Mãe do Libertador.
Eu te saúdo em cada mulher desta nossa nação que
acredita na vida. Não teme o poder do dragão. Mulheres
na história oprimidas tamanha discriminação. Levantam
a voz e proclamam é hora de libertação.
Eu te saúdo na mãe nordestina, mulher do sertão. Mãe nordestina,
operária, rosário de toda aflição. Mulheres na história oprimidas...
Eu te saúdo nas mães, índia e negra, mulheres de cor. Raças que trazem a
marca mais triste da mão do opressor. Mulheres na história oprimidas.
Com.: A leitura de Is.26,1-6, da liturgia de hoje, dentro da dinâmica do
Magnificat, fortalece o sentido da profecia.
Leitura: “Abri as portas, deixai entrar um povo justo, que respeita a
fidelidade, que tem caráter firme e conserva a paz, porque tem confiança
em vós. Tende sempre confiança no Senhor, porque o Senhor é o
rochedo perene. Ele derrubou os que habitavam nas alturas e destruiu
a cidade soberba; derrubou-a por terra e ao nível do chão a reduziu”.
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