15.09 Novos Movimentos Sociais

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15/09/2011
Sociologia II
“Novos Movimentos Sociais”
 Os novos movimentos sociais contemplam os movimentos feministas, antipsiquiatria, de
gênero, de contracultura, de liberdade sexual,negro, etc.
 O paradigma da sociedade fordista era a luta de classes.
 O surgimento dos novos movimentos sociais não significa o fim da luta de classes.
 De acordo com o autor, a luta de classes não explica os novos movimentos sociais, uma vez
que atravessa as classes sociais. Exemplo: o movimento feminista é o movimento das
mulheres, não o movimento das mulheres de classe média.
 Paradigma das classes sociais:
1. Identidade dos agentes sociais - estrutura social (objetivo)
2. Tempo (estágios sucessivos)
3. Espaço político onde a luta de dá – relações de produção, uma vez que é ali que se
dá a exploração capitalista. Quando a luta de classes se dá, o Estado se transforma
uma “arena das lutas de classes”, as classes buscam uma representação no Estado.
Os conflitos sociais surgem no âmbito econômico da sociedade, mas são
representados no âmbito do Estado.
 Antigamente, as classes sociais eram definidas de modo objetivo, através da posição das
pessoas nas relações de produção, ou seja, não era necessária uma consciência de classes
para a existência delas. O que determina as relações sociais é a posição das pessoas na
estrutura econômica, nas relações de produção.
 No marxismo, as relações de produção estruturam toda a sociedade. As relações de
produção definem as lutas de classes.
Novos Movimentos Sociais
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As lutas desses novos movimentos giram em torno da questão “quem somos nós”,
tangenciando a verdade e identidade.
As pessoas buscam o direito de se autoafirmarem.
O movimento antipsiquiatrico mostrava de maneira clara como um tipo de saber se
impunha sobre a identidade individual.
Os novos movimentos sociais são definidos a partir pela autonomia, pelos próprios
discursos de sua identidade dos grupos envolvidos. Não são definidos pelas classes sociais.
Os movimentos não são mais definidos de maneira objetiva. A identidade dos agentes é
definida discursivamente e subjetivamente.
Sendo o discurso a forma de identificação dos grupos sociais, a mobilidade e a flexibilidade
é muito grande. A identidade vai mudando de acordo com o discurso. Dessa forma, não é
possível estabelecer uma totalidade da sociedade.
Se a sociedade é pensada como “social”, formada a partir de diversas identidades, não é
possível pensar em estágios. As próprias pessoas afirmam sua identidade, nunca se sabe
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Sociologia II
quando se formará um novo movimento, não existe um caminho certo e necessário. É uma
dimensão muito mais caótica.
As lutas sociais tem uma forma política diferente, uma vez que elas se dão no cotidiano.
Elas não esperam sua representação no Estado. A representação é só uma forma de
formalizar. Dessa forma, ocorre uma politização do cotidiano.
É impróprio chamar de novos movimentos sociais uma vez que cada um é específico, não
sendo passível de generalização. O ideal é tratar esses novos movimentos na
multiplicidade.
A diferença fundamental dos ovos movimentos sociais e a luta de classes é os novos
movimentos são caracterizados pela sujeição(impor uma verdade sobre a identidade de
alguém) e as lutas de classe pela exploração. Os novos movimentos sociais podem nunca
por em pauta uma revolução, ao contrário da luta de classes. A luta de classes põe o
capitalismo diretamente em causa, os novos movimentos sociais não.
O equívoco da esquerda é tentar reduzir uma causa à outra.
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