Curso on-lin gratuito de c do aprendiza Museu itinerante apresenta

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neuronovas
VISITA A ESCOLAS
Pesquisadores de várias universidades do país participaram de
reunião do projeto em São Paulo; objetivo é articular troca de
informações entre estudiosos do cérebro e educadores
M
uitos dos problemas da
educação no Brasil decorrem
certamente da carência material
das escolas e da maioria dos
estudantes. Mas, mesmo em uma
situação hipotética e ideal na qual
todos os recursos fossem supridos,
ainda assim haveria dificuldades
de aprendizado a serem superadas
ou maneiras para desenvolver
ainda melhor o potencial de cada
aluno. Nesse sentido, pesquisadores
brasileiros estão articulando uma
base de troca de informações
entre laboratórios sobre iniciativas
aplicáveis à educação: a Rede
Nacional de Ciência para Educação
(Rede CpE), fundada pelo
neurocientista Roberto Lent, diretor
do Instituto de Ciências Biomédicas
da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
Em abril, cientistas de
universidades renomadas do
país se reuniram na sede do
Instituto Ayrton Senna (IAS), em
São Paulo, para falar sobre suas
pesquisas e discutir sobre como
elas se relacionam com a educação.
Um deles foi o neurocientista
Fernando Louzada, coordenador
do Laboratório de Cronobiologia
10
neuroeducação
Humana da Universidade Federal
do Paraná (Labcrono-UFPR), que
discorreu sobre como horários
escolares raramente seguem o
ritmo natural de sono de crianças
e adolescentes. “Um modelo que
deve ser repensado, considerandose a importância do sono para
a consolidação de memórias e
aprendizagem”, diz.
O neurocientista Augusto
Buchweitz, coordenador do
Projeto Acerta (avaliação de
crianças em risco de transtorno de
aprendizagem) falou ao público
sobre as bases neurobiológicas
da aprendizagem da leitura e da
dislexia e a já existente colaboração
entre PUC-RS, Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC)
e Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) para
tentar estabelecer bases para
modelos computacionais capazes de
predizer o transtorno.
Colaboração, aliás, parece
ser a palavra-chave da rede em
formação, que demandará, além
do mapeamento e articulação de
laboratórios que desenvolvem
pesquisas aplicáveis à educação,
o importante compartilhamento
O neurocientista Roberto Lent, da
UFRJ, coordenador da Rede CpE
de informações com gestores,
pessoas multiplicadoras na área
de educação. “O educador que
está na sala de aula sabe de coisas
que nós, cientistas, ignoramos
completamente. É isto que estamos
querendo construir: uma rede
inicialmente constituída por
neurocientistas do Brasil que se
proponham a trocar ideias com
gestores, professores, educadores,
para que daí possam vir sugestões,
indicações, novas práticas”.
Um novo encontro ocorrerá nos
dias 5 e 6 de julho, no Rio de Janeiro,
o Simpósio Internacional de Ciência
para Educação. Entre os palestrantes,
a neurocientista Patricia Kuhl, da
Universidade de Washington, autora
de trabalhos reconhecidos sobre a
aquisição de linguagem por bebês,
além de outros nomes internacionais.
O neurobiólogo Sidarta Ribeiro,
do Instituto do Cérebro da UFRN,
abrirá o evento com uma discussão
sobre a interação entre biologia,
psicologia e educação. Inscrições
e programação completa no link
http://bit.ly/1EkvcxT.
Museu itinerante apresenta maravilhas
do cérebro para jovens
C
omo parte de suas ações para divulgar a neurociência, o Museu
Itinerante de Neurociências (MIN), da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), oferece o “Dia do Cérebro” para escolas
privadas e públicas do Rio: pesquisadores visitam o colégio para
ministrar palestras sobre o funcionamento do cérebro, a ação das
drogas, doenças neurológicas e outros assuntos que fermentam as
discussões da neurociência.
Os estudantes participam também de atividades práticas e lúdicas.
São apresentados ao cérebro humano, fazem testes neurossensoriais e
experimentam aparelhos de laboratório, como microscópios.
As visitas são oferecidas para alunos de ensino fundamental 2 (do
5o ao 9o ano) e do ensino médio e acontecem sempre às sextas-feiras
no turno da tarde, das 13h às 17h. Escolas interessadas, públicas
ou privadas, devem fazer sua inscrição on-line no site do museu.
Podem participar unidades do Rio de Janeiro e cidades da região
metropolitana do Rio. O MIN é uma ação do Núcleo de Divulgação e
Ensino de Neurociências da UFRJ.
© shutterstock
Cientistas brasileiros discutem formação de
Rede Nacional de Ciência para a Educação
CURRÍCULO
Curso on-line
gratuito de ciência
do aprendizado
R
Divulgação / www.cienciasecognicao.org
© Juan Guerra/ Instituto Ayrton Senna
CONHECIMENTO APLICADO
econhecida por seus institutos
de medicina e de educação, a
Universidade Johns Hopkins, em
Maryland (EUA), abriu o curso on-line gratuito “A ciência do ensino e
do aprendizado”.
Com duração de seis semanas,
o curso apresenta descobertas
científicas da neurociência que
podem contribuir para novas
estratégias na sala de aula e propõe
novos formatos de aulas para as
gerações mais jovens. O material
é composto por vídeos e textos,
disponíveis por enquanto apenas
em inglês na plataforma Coursera
(pt.coursera.org), que oferece
também cursos relacionados já
legendados em português. Vale a
pena conhecer.
neuroeducação
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