métodos diagnósticos para síndromes clássicas

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MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA SÍNDROMES CLÁSSICAS COM DESBALANÇOS CROMOSSÔMICOS
SUBMICROSCÓPICOS. O QUE A SÍNDROME DE WILLIAMS TEM A NOS ENSINAR?
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Autores
Ana Carolina de Araújo Lima Vergueiro , Marcella Araújo Franco , Rodrigo Ambrosio Fock
Instituição
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UNINOVE - Universidade Nove de Julho (Rua Vergueiro, 235/249 - Liberdade São Paulo - SP),
UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (Rua Sena Madureira, 1500 - Vila Clementino, São Paulo SP, 04021-001)
Resumo
OBJETIVOS
Nesse estudo, pretendeu-se comparar e discutir as técnicas de diagnóstico molecular para a Síndrome de Williams(
SW – OMIM: 194050), com a finalidade de entender suas aplicações e diferenças de indicação na prática clínica,
uma vez que as técnicas mais utilizadas são FISH, MLPA e Array genômico.
MÉTODOS
Revisão da literatura, de revistas indexadas ao PubMed, de casos com fenótipos atípicos para SW, cujo diagnóstico
foi obtido pela utilização de CGH-array, assim como revisão do uso das diversas técnicas citogenômicas para
diagnóstico de síndromes clássicas de microdeleção e microduplicação.
RESULTADOS
As técnicas de citogenética clássica, como o cariótipo, tem como finalidade o estudo da forma e do número dos
cromossomos e não são utilizadas para diagnósticos de síndromes de microdeleção e microduplicação, como a SW.
Entre as técnicas citogenômicas, a FISH (Fluorescense in situ hybridization), é usada para detectar e localizar a
presença ou a ausência de determinadas sequências de DNA, através de sondas fluorescentes que se ligam as
partes do cromossomo a que eles apresentem complementaridade, sendo o exame de escolha na literatura para
confirmação do diagnóstico de SW cujo fenótipo seja altamente sugestivo. O MLPA (Multiplex ligation-dependent
probe amplification) permite o estudo direcionado de regiões cromossômicas para as quais existe um número
limitado de sondas para a região sendo usado em alguns serviços como método de triagem para pacientes com
etiologia desconhecida, sendo um método rápido e rentável. O CGH-array, por sua vez, identifica desequilíbrios ao
nível de todo o genoma em um único ensaio e possibilita a determinação exata do tamanho do intervalo deletado ou
duplicado, sendo possível determinar o número e quais genes estão envolvidos. A técnica possibilita também
delineamento de novas síndromes e mapeamento de genes envolvido na etiologia de várias condições clínicas, e é
usado para diagnósticos diferencias, nos casos em que fenótipos atípicos que sugerem determinadas síndromes.
São registrados na literatura cinco casos cujo diagnóstico final é compatível com a microdeleção encontrada na SW
identificados por CGH-array, porem o fenótipo não era sugestivo, ou sugeria outra síndrome. Tais casos levantam a
discussão do uso de um método diagnóstico em detrimento do outro, considerando o custo e benefício das diferentes
técnicas.
CONCLUSÃO
Quando pensamos no grupo das doenças causadas por desbalanços cromossômicos, o CGH-array permite que o
genoma seja amplamente avaliado, sendo um excelente método caso o paciente apresente fenótipo atípico ou
duvidoso. Todavia, nos casos em que os sinais clínicos são evidentes, ele não substitui o FISH ou o MLPA, que são
métodos geralmente mais baratos e com maior acessibilidade. A escolha do método deve ser individualizada levando
em consideração a hipótese diagnóstica, a acessibilidade e o custo-benefício em cada caso.
Palavras-chaves: diagnósticos citogenômicos, diagnóstico síndrome williams, metódo diagnósticos
Agência de Fomento:
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