61o. Congresso Nacional de Enfermagem

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Trabalho 2438 - 1/3
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DIABETES
MELLITUS E INSUFICIÊNCIA ADRENAL EM AMBIENTE
HOSPITALAR
FILHO,José Carlos Teixeira¹
OLIVEIRA, Cleyciane Rejane Marques¹
SILVA, Joseane Sousa da¹
DIAS, Rosilda Silva²
Diabetes Mellitus é uma disfunção endócrina relacionada com um grupo de
distúrbios caracterizado pela elevação da taxa de glicose no sangue.
Normalmente encontramos certa quantidade de glicose no sangue, que resulta da
absorção da glicose proveniente da alimentação. A insulina é responsável pela
facilitação da entrada da glicose nas células; ela regula a produção e o
armazenamento desse nutriente no sangue. Quando ocorre o diabetes, o
organismo perde a capacidade de produzir insulina em quantidade adequada para
manter a taxa de glicose normal no sangue. A Insuficiência Adrenal é uma
emergência médica grave e rara que se instala em pacientes submetidos ao
estresse e que se desenvolve em decorrência da queda súbita e/ou níveis
insuficientes dos hormônios adrenais. O cortisol e a aldosterona são os hormônios
mais importantes secretados pela suprarrenal, embora mais de 50 esteróides são
produzidos nessa glândula. O Processo de Enfermagem de WANDA DE AGUIAR
HORTA, fundamentado na Teoria das Necessidades Humanas Básicas orienta
este estudo clínico cujo objetivo é elaborar e implementar uma assistência de
Enfermagem a uma paciente com Diabetes Mellitus e Insuficiência Adrenal.
Pesquisa qualitativa descritiva, realizada no período de 09 a 18 de junho de 2009
no Hospital Universitário (HU/UFMA), São Luís-Ma. Na coleta de dados utililizouse o modelo I e II de Horta e exame físico completo de Porto. Resultados: dados
do histórico (A.J.M.N.; 65a; lavradora; viúva; parda; ensino fundamental
incompleto, natural de Granja-CE, motivo que a trouxe ao serviço de saúde foi à
¹ Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, e-mail:
[email protected]
² EnfermeiraProfessora Mestra da Universidade Federal do Maranhão
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presença de vômitos, edemas em membros inferiores, diarréia e cefaléia. Déficit
de conhecimento acerca da doença e tratamento. Internada na UTI de 22/12/08 a
17/01/09 do hospital de Urgência de Teresina-PI devido coma hiperglicêmico;
refere preocupação com a doença. Ingesta hídrica de 750 ml/dia; baixa autoestima e auto-imagem; hipocorada; rede venosa periférica pouco visível e
perfusão tissular prejudicada com presença de hematomas nos locais de AVP;
situação vacinal incompleta refere apenas para gripe, foi orientada a procurar
unidade básica de saúde; refere filho diabético; viroses da infância: sarampo,
catapora e caxumba; doenças de base: Diabetes Mellitus e Hipertensão arterial,
Sistemática, com uso de aradois, citalopram, cloridrato de donepezila e cloridrato
de clorpromazina; ex-tabagista, fumou durante 20 anos e parou aos 47 anos;
relata dores na cabeça, estômago e nos MMII edemaciados com intensidade 5 na
escala de 0 a 10 e mobilidade prejudicada. A observação relevante notada é a
perda ponderal significativa nos últimos 6 meses de aproximadamente 30kg.
Principais DE: (percepção sensorial dolorosa, déficit de conhecimento da
patologia, diagnostico e terapêutica, cuidado corporal e oral insatisfatório,
dificuldade na locomoção, descontinuidade da integridade cutâneo-mucosa,
ingestão hidra insuficiente, eliminação prejudicada e estado emocional alterado),
envolvendo o grau de dependência (FAOS). Implementou-se o plano assistencial
e de cuidado por meio das ações: (F): Monitorização dos sinais vitais, avaliação
da queixa álgica e edemas em MMII e controle peso e glicemia capilar;
administração da terapêutica medicamentosa, preparo de exames, além de
realizar o rodízio na administração da insulina; aplicação de medidas de conforto
ao paciente; (A): No autocuidado, apoio emocional, mudança de decúbito e visita
de familiares; (O e S): Sinais vitais; administração de medicamentos, insulina e
glicemia capilar prescritos; dieta; ingestão hídrica; deambulação; edema e
intensidade álgica em membros inferiores esquerdo; AVP, estado emocional,
patologia, tratamento; complicações e prognóstico. Evolução de Enfermagem
registrou-se melhora no aspecto da ferida operatória em membro inferior
esquerdo operado e da escoriação no dorso do pé esquerdo; maior grau de
conhecimento sobre a cirurgia e tratamento; freqüência regular das eliminações
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intestinal e vesical e ingestão hídrica e alimentar após cirurgia. O prognóstico de
Enfermagem apresenta dependência parcial com regular potencial para
recuperação e boa compreensão da doença e tipo de tratamento; compreende
sobre a terapêutica e cuidados com saúde e demonstra boa resposta à
terapêutica. Paciente orientada para o autocuidado; deambulação diária em caso
de redução da dor em MMII; supervisonar peso diariamente Conclui-se que os
resultados em curto e longo prazo correspondem à potencialização das ações de
humanização do cuidado, individualização e garantia da qualidade da assistência,
além disso, contribui para a formação acadêmica ao propiciar a experiência de
uma assistência integral e humanizada. A Enfermagem cuida do ser humano
visando o seu bem estar orientada pelo Processo de Enfermagem como
instrumento da prática social do cuidado.
Palavras-chave: diabetes mellitus; insuficiência adrenal, cuidados de enfermagem
BIBLIOGRAFIA
HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. EPU, 1979.
FILHO, Lúcio. V. R. Insuficiência Adrenal. UFPE: Centro de terapia intensiva do
hospital das clínicas, dez.2000. Disponível em:
http://www.ufpe.br/utihc/adrenal/htm. Acesso em: 21 de jun.2009,09:47:00.
FIGUEIREDO, Nebia. M. A.; VIANA, Dirce. L.; MACHADO, William. C.A. Tratado
Prático de Enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul: Yendis, v.1, 2008.
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