COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” MÓDULO PROFISSIONAL lll ANO: 2012 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Caro Aluno (a) O Colégio Técnico São Bento está no mercado de trabalho desde 1996, tendo como objetivo promover a formação integral do aluno. Parabéns pela decisão em continuar seus estudos procurando um curso Técnico Profissionalizante. Colocamos nossa equipe a inteira disposição para atendê-lo da melhor maneira possível. É importante o uso da apostila nas aulas, facilitando assim seu aprendizado, assim se sentirá preparado para executar a prática de laboratório e posteriormente o estágio supervisionado. Todos os direitos do conteúdo da apostila são reservados ao Colégio Técnico São Bento Ltda. 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Você terá aulas teóricas e práticas (a mesma em laboratório específico do curso), onde disponibilizamos aos professores vídeos, DVDs, transparências, com o intuito de que o aprendizado seja completo, abrangendo a todos de forma nivelar. Disponibilizamos aos alunos do Colégio técnico São Bento sala de internet, de uso gratuito para pesquisa, o uso é liberado fora do horário de aula para a realização de trabalhos, pesquisas e currículos. Temos um acervo de livros para pesquisa, para utilizá-los basta solicitar na secretaria. Lembrete: Os boletos serão emitidos mensalmente e deverão ser retirados na secretaria antes do vencimento do mesmo. Caso não receba até 24hs antes do vencimento favor entrar em contato com a secretaria. CONTROLE DE ACOMPANHAMENTO DE NOTAS - MÓDULO II Disciplinas Avaliação Escrita Trabalho Avaliação Escrita Avaliação Prática Avaliação Substitutiva Recuperação Média Final Faltas 1. Noções de Exames Contrastados ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ _______ __/__/__ Pf:_____ 2. Noções de Tomografia ____,__ _/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ _/__/__ Pf:_____ _______ __/__/__ Pf:_____ 3. Noções de Mamografia ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ _______ __/__/__ Pf:_____ 4. Noções de Radiologia Veterinária ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ _______ __/__/__ Pf:_____ 5. Noções de Radiologia Odontológica ____,__ __/__/_ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ _______ __/__/__ Pf:_____ 6. Noções de Densitometria Óssea ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ _/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,_ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/_ Pf:_____ _______ _/__/_ Pf:_____ 7. Noções de Ultrassonografia ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ _/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ _______ __/__/__ Pf:_____ 8. Noções de Radiologia Industrial ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,__ __/__/__ Pf:_____ ____,_ __/__/_ Pf:_____ _______ __/__/_ Pf:_____ Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO NOÇÕES DE EXAMES CONTRASTADOS Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Sumário 1. Exames Contrastados ......................................................................................................................10 2. Por que os meios de contrastes são necessários? ..........................................................................10 3. Classificação de solubilidade dos meios de contraste ....................................................................10 4. Meios de Contraste .........................................................................................................................11 5. Composição dos meios de contraste ...............................................................................................11 6. Alguns exames contrastados ...........................................................................................................11 7. Sulfato de Bário ...............................................................................................................................13 Contraindicação ao Sulfato de Bário ................................................................................................14 8. Duplo contraste ...............................................................................................................................15 9. Defecação ........................................................................................................................................15 10. Contraste Iodado ...........................................................................................................................15 Preparo da sala .................................................................................................................................16 Material ............................................................................................................................................16 11. Reações ao meio de contraste ......................................................................................................17 Resultados ........................................................................................................................................17 Hiterossapingografia ........................................................................................................................23 Indicações Clínicas ............................................................................................................................23 Contra Indicação ..............................................................................................................................23 Preparo do Paciente .........................................................................................................................23 Material do Exame ...........................................................................................................................24 Contraste ..........................................................................................................................................24 Téc. do Exame ..................................................................................................................................24 12. Flebografia ou venografia dos MMII .............................................................................................25 Indicação Clínica ...............................................................................................................................25 Preparo do Paciente .........................................................................................................................25 Preparo do Exame ............................................................................................................................25 Tec. do Exame ..................................................................................................................................25 5 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 13. Flebografia ou Venografia MMSS ..................................................................................................26 Indicações Clínicas ............................................................................................................................26 Contra Indicação ..............................................................................................................................26 Preparo Paciente ..............................................................................................................................26 Tec. de Exame ..................................................................................................................................26 14. Arteriografia renal .........................................................................................................................27 Sialografia .........................................................................................................................................27 Indicação Clinica ...............................................................................................................................27 Preparo do Paciente .........................................................................................................................27 Preparo do Exame ............................................................................................................................28 Tec. do Exame ..................................................................................................................................28 Fistulografia......................................................................................................................................28 Indicação Clinica ...............................................................................................................................28 Preparo do Paciente .........................................................................................................................29 Preparo do Exame ............................................................................................................................29 Tec. do Exame ..................................................................................................................................29 13. Pneumoartrografia do Joelho........................................................................................................29 Indicação Clinica ...............................................................................................................................29 Contra Indicação ..............................................................................................................................29 Preparo do Paciente .........................................................................................................................30 Preparo do Exame ............................................................................................................................30 Preparo do Exame ............................................................................................................................30 Posicionamento e tec. do Exame .....................................................................................................31 14. Mielografia Lombar .......................................................................................................................32 Preparo do Paciente .........................................................................................................................32 Técnica e Posicionamento do Exame ...............................................................................................32 Bronco grafia ....................................................................................................................................33 IC (Indicações Clínicas) .....................................................................................................................33 Preparo do Paciente .........................................................................................................................33 Tec. do Exame ..................................................................................................................................33 15. Uretrocistografia............................................................................................................................34 6 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Indicação Clinica ...............................................................................................................................34 Preparo do Paciente .........................................................................................................................34 1°Uretrocistografia Retrógada Posicionamento e Tec. do Exame ....................................................35 Tec. do Exame ..................................................................................................................................35 2ª Uretrocistografia Mecaonal Masculina Feminina e Criança .........................................................35 Tec. do Exame ..................................................................................................................................35 3ª Uretrocistografia para sistoceles (medida de ângulos ou bexiga caída) ......................................36 Posicionamento e tec. de Exame ......................................................................................................36 16. Enema Opaco/Baritado com duplo contraste ..............................................................................36 Indicação Clínica ...............................................................................................................................37 Apendicite ........................................................................................................................................37 Neoplasia..........................................................................................................................................37 VOLVO ..............................................................................................................................................37 Diverticulite ......................................................................................................................................37 Colite ................................................................................................................................................38 Funcional ..........................................................................................................................................38 Congênitos .......................................................................................................................................38 Constipação (Prisão de Ventre) ........................................................................................................38 Posicionamento e téc. do Exame .....................................................................................................38 Preparo do Exame ............................................................................................................................38 Preparo do Material .........................................................................................................................39 A Sonda para o enema .....................................................................................................................39 Preparo do Contraste .......................................................................................................................39 Introdução da Sonda ........................................................................................................................40 Posicionamento do Paciente ............................................................................................................40 17. Esofagografia .................................................................................................................................41 Indicação Clinica ...............................................................................................................................41 Anomalias .........................................................................................................................................41 Dificuldade na Deglutição.................................................................................................................41 Corpo Estranho.................................................................................................................................41 Refluxo Gastro Esofágico ..................................................................................................................41 7 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Varizes Esofágicas.............................................................................................................................42 Fistula de Esôfago.............................................................................................................................42 Preparo do Paciente .........................................................................................................................42 Exame ...............................................................................................................................................42 Refluxo Esofágico .............................................................................................................................42 Fistula de Esôfago. ............................................................................................................................43 Estômago e Duodeno (EED)..............................................................................................................43 Indicação Clinica ...............................................................................................................................44 Hérnia de Hiato ................................................................................................................................44 Úlcera péptica ..................................................................................................................................44 Gastrite.............................................................................................................................................44 Tumores ...........................................................................................................................................44 Divertículo ........................................................................................................................................44 Bezoar ..............................................................................................................................................44 Preparo do Paciente .........................................................................................................................45 Exame ...............................................................................................................................................45 18. Trânsito Intestinal ..........................................................................................................................45 Serio grafia do Intestino Delgado (SID) .............................................................................................46 Indicação Clinica ...............................................................................................................................46 Neoplasia..........................................................................................................................................46 Síndrome de Má Absorção ...............................................................................................................46 Ílio ....................................................................................................................................................46 Téc. e posicionamento do Exame .....................................................................................................46 Preparo do Paciente .........................................................................................................................46 19. Colecistograma Oral ......................................................................................................................47 Vesícula Biliar ...................................................................................................................................47 Indicação Clinica ...............................................................................................................................48 Posicionamento Téc. do Exame ........................................................................................................48 Prepara do Paciente .........................................................................................................................48 NO DIA DO EXAME ...........................................................................................................................48 EXAME ..............................................................................................................................................48 8 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 20. Colangiografia pós-operatória.......................................................................................................49 Posicionamento e Téc. do Exame .....................................................................................................49 Sistema Urinário ...............................................................................................................................49 Rins...................................................................................................................................................50 Ureteres ...........................................................................................................................................50 Uretra Masculina ..............................................................................................................................50 Uretra Feminina ...............................................................................................................................50 Vias Urinárias Simples ......................................................................................................................50 21. Urografia Excretora .......................................................................................................................51 Indicações Clínicas ............................................................................................................................51 Contra Indicação ..............................................................................................................................51 Posicionamento e Téc. do Exame .....................................................................................................51 Contraste Iodado ..............................................................................................................................51 Reações do Paciente ........................................................................................................................52 Preparo do Paciente .........................................................................................................................52 Preparo de Exame ............................................................................................................................52 Exame ...............................................................................................................................................53 22. Urografia com retardo (Radiografias Tardias)...............................................................................54 23. Urografia Hipertensiva 1 2 3 ou Minutadas. .................................................................................54 Preparo do Paciente .........................................................................................................................54 24. Urografia Retrógada ou Pielografia ...............................................................................................55 25. Referências Bibliográficas..............................................................................................................56 26. Agradecimentos .............................................................................................................................56 9 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 1. Exames Contrastados São exames radiológicos somados com composições químicas líquidas, onde as mesmas absorvem a radiação em que o paciente foi exposto, e nos locais onde essa composição se encontra temos maior definição de imagens e possíveis anormalidades. 2. Por que os meios de contrastes são necessários? Dois órgãos de densidade e número atômico médio semelhante não são distinguíveis aos raios-X. Os meios de contraste são, portanto, necessários para criar um contraste artificial entre o órgão a ser diagnosticado e o tecido circundante. Todos os meios de contraste são baseados no princípio de suspensão ou solução atóxica que contém proporção significativa de elementos com alto número atômico – como o meio de contraste contendo iodo. Quando raios-X atingem o iodo em um meio de contraste, a área aparece branca no filme de raios-X e então destaca o detalhe do órgão por onde se espalhou. 3. Classificação de solubilidade dos meios de contraste Hidrossolúveis- são aqueles meios de contraste que se dissolvem em água. Lipossolúveis- são aqueles meios de contraste que se dissolvem em lipídios (gordura). Insolúveis- são aqueles meios de contraste que não se dissolvem em água ou gordura. 10 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 4. Meios de Contraste Positivos ou radiopacos- Aqueles que quando presentes em determinados órgãos, absorvem mais radiação do que as estruturas anatômicas adjacentes. Negativos ou radiotransparentes- Aqueles que quando presentes em determinados órgãos absorvem menos radiação do que as estruturas adjacentes. 5. Composição dos meios de contraste Iodado- Aqueles que contem iodo como elemento radiopaco. Essa solução pode ter natureza iônica ou não iônica conforme sua estrutura química, mas todos apresentam algumas propriedades que estão relacionadas à concentração do soluto. Sulfato de bário- Aqueles que não contem iodo, mas outro átomo como elemento radiopaco. 6. Alguns exames contrastados Angiografia: Representação dos vasos sanguíneos por injeção de um meio de contraste positivo em um vaso sanguíneo. A angiografia no seu verdadeiro sentido é a representação dos vasos sanguíneos por intermédio de uma injeção de um meio de contraste em uma artéria, com observação do pleno enchimento das artérias e veias. Artrografia: Representação contrastada das articulações nas cavidades da articulação, também em forma de uma representação por duplo contraste. Urografia excretora: Representação dos rins, pelve renal, ureteres e bexiga, por injeção de um meio de contraste positivo que é eliminado pelos rins. Bronca grafia: Representação dos brônquios com introdução de um meio de contraste positivo por intermédio de um cateter colocado pela boca ou pelo nariz, atravessando a laringe, a traqueia 11 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO e por fim os brônquios. Colangiografia: Representação das vias biliares por meio de injeção intravenosa de um meio de contraste positivo que é eliminado no fígado ou por esvaziamento da vesícula. Também se fazem colangiografias cirúrgicas por injeção direta de um meio de contraste positivo no canal colédoco ou colangiografia pós-operatória por injeção de um meio de contraste positivo em um dreno colocado no canal durante a cirurgia. Angiografia retrógada: Representação de parte dos vasos sanguíneos que se situam corrente acima do ponto de injeção (nas artérias, portanto no sentido do coração), como também dos vasos que partem das artérias maiores, por meio de injeção de um meio de contraste positivo em um vaso sanguíneo (na maioria das vezes, uma artéria) contra a direção da corrente, com a utilização de uma pressão injetora superior a pressão do vaso em estudo. Histerosalpingografia: Representação das cavidades do útero e das trompas uterinas por injeção de um meio de contraste positivo na tuba uterina através de um instrumento especial. Também se destina ao controle da permeabilidade das vias de ligação das trompas e do útero. Angiografia das coronárias: Representação das artérias coronárias por injeção de um meio de contraste positivo, através de um cateter colocado por dentro da aorta, na entrada de cada artéria coronária; ou também em uma coronariográfica geral, por injeção do meio de contraste positivo na aorta, através de um cateter especialmente moldado, colocado junto ao coração na porção inicial da aorta. Clister opaco: Representação do intestino grosso por instalação através do reto (mediante um tubo intestinal) de um meio de contrate positivo não assimilável, na maioria das vezes usando o método de duplo contraste. Colecistografia: Representação da vesícula biliar após administração por via oral ou por injeção intravenosa de um meio de contraste que se elimina pelo fígado (colecistografia oral ou intravenosa). 12 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Cistografia: Representação da bexiga com um meio de contraste positivo: 1. Após enchimento da bexiga por um cateter; 2. No decurso de uma urografia excretora Fistulografia: Representação das fístulas externas na superfície do corpo por instalação de um meio de contraste positivo na abertura da fístula. GALACTOGRAFIA Representação dos canais de secreção do leito no seio materno por injeção de um meio de contraste positivo na entrada do canal a examinar. Uretrografia de micção: Representação da uretra por um meio de contraste positivo após enchimento preliminar da bexiga (ou por urografia excretora, ou por um cateter introduzido na bexiga). Mielografia: Representação das cavidades subaracnoideas (entre a aracnoide e a pia-máter) na altura da medula espinhal, por injeção de um meio de contraste positivo, de vez em quando também negativo, através de punção do canal da medula espinhal na altura da coluna lombar (punção lombar) ou limito do pescoço com a cabeça (punção suboccipital). Pneumografia: Representação contrastada com um meio de contraste negativo (designação generalizada). Pneumo-encefalografia: Representação das cavidades com líquido no interior e na periferia do cérebro por injeções de um meio de contraste negativo no canal da medula espinhal. Pneumocistografia: Representação da bexiga com um meio de contraste negativo. Angiografia seletiva: Representação das artérias ou veias de um determinado órgão por injeção de meio de contraste positivo no vaso sanguíneo respectivo, após a colocação do cateter através de um vaso da perna ou do braço, diretamente no vaso do órgão a examinar. Si alografia: Representação das glândulas salivares por injeção de um meio de contraste positivo através de seus canais de saída. Planigrafia: Método de radiografia de planos de corte por um movimento paralelo recíproco dos tubos de raios X e do filme. 7. Sulfato de Bário O sal de Sulfato de Bário é uma substância em pó com aspecto de pó de giz, que é misturado à água, apesar disso é muito importante saber que o sal de bário não se dissolve na água, dessa 13 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO forma, é necessário misturar muito bem a solução com uma espátula antes de seu uso. Este é o tipo de contraste mais utilizado para a visualização do sistema digestório e não deve de forma alguma ser utilizado no sistema circulatório. Todos os outros sais de bário tendem a ser tóxicos ou venenosos para o ser humano. Portanto, o sulfato de bário usado em departamentos de radiologia deve ser quimicamente puro. Recentemente dezenas de pacientes morreram ao fazer exames contrastados com preparos comerciais de bário que foram adulterados nos laboratórios e ao invés de conterem sulfato de bário, possuem em sua fórmula carbonato de bário. Atenção, todos os sais de bário são venenosos ao organismo humano. Existem várias preparações comerciais de sulfato de bário, sendo apresentados nas formas de copo para exames de esôfago, estômago e duodeno (E.E. D) e na forma de galões para enemas. Várias marcas possuem diferentes odores e sabores, como chocolate, baunilha, laranja, morango, limão, etc. Os preparos de Sulfato de Bário são divididos em Bário fino, composto de uma parte de bário para uma parte de água, tendo consistência de creme, e é usado para o estudo de todo o sistema digestório, e o Bário espesso, composto de três partes de bário para uma de água, tendo consistência de cereal cozido, e é usado par o estudo do esôfago. Contraindicação ao Sulfato de Bário O uso de Sulfato de bário para o estudo do sistema digestório é contraindicado se houver alguma possibilidade de mistura escapar para a cavidade peritoneal, através da uma víscera perfurada, ou se for prevista cirurgia após o exame radiológico, pois ele não é absorvido pelo organismo, exigindo a sua retirada cirúrgica em qualquer lugar em que se encontre fora do canal alimentar. Nestes casos é recomendado o uso de contraste iodado hidrossolúvel já que o organismo o absorve facilmente, mas deve-se avaliar se o paciente não possui hipersensibilidade a este tipo de contraste o que ocorre frequentemente do que em relação ao Sulfato de Bário. Quanto à hipersensibilidade ao Sulfato de Bário os casos relatados são raríssimos, porém é importante observar o paciente quanto a qualquer sinal de reação alérgica. 14 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 8. Duplo contraste Esta técnica foi desenvolvida no Japão, onde há uma elevada incidência de carcinoma do estômago e consiste em pedir para que o paciente beba o bário do copo através de um canudinho com furinhos feitos com alfinete, dessa forma o Sulfato de Bário e o ar entram juntos criando um contraste negativo e positivo ao mesmo tempo. Esta técnica é indicada para melhor visualização de pólipos, divertículos e úlceras. 9. Defecação Alguns pacientes sentem dificuldade em evacuar após um exame contrastado do sistema digestório com Sulfato de Bário, sendo necessário à prescrição de algum tipo de laxativo, se o uso de laxativos for contraindicado ao paciente ele deverá ingerir muito líquido ou usar óleo mineral até as fezes fiquem totalmente livres de resíduos de branco. Isso ocorre porque uma das funções naturais do intestino grosso é absorver água, dessa forma ao absorver da mistura de bário só o que sobra é o sal que tende a solidificar em bolo solidificando sendo difícil a sua eliminação. 10. Contraste Iodado Os contrastes líquidos a base de iodo se dividem em iônicos e não iônicos. Foi descrito que os pacientes apresentam menor reação aos não iônicos. Os meios de contraste iodado podem ser usados para qualquer exame contrastado inclusive em substituição ao contraste a base de bário, porém, o contrário não pode ser feito, em nenhuma hipótese o contraste a base de bário deve ser injetado em veia ou artérias, pois isso causaria uma parada cardíaca no paciente. Apesar do contraste mais versátil que existe ele também é o que mais apresenta reações alérgicas nos pacientes, podendo inclusive levá-los a morte, por esse motivo o conhecimento profundo das possíveis reações e os cuidados especiais nestes casos se tornam essenciais. Também foi relatado que a maioria das reações ao meio de contraste iodado se dá quando ele é injetado diretamente na corrente sanguínea. 15 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Preparo da sala Os técnicos em radiologia jamais devem realizar exames contrastados sem a presença do médico de preferência radiologista, na prática, porém, o que mais ocorre é que o médico fique por perto em estado de alerta para qualquer chamado do técnico. Um bom preparo de sala pode significar a diferença entre a vida e a morte de um paciente, além de transmitir ao técnico uma segurança psicológica para a realização do exame. É claro que na maioria dos casos nenhuma reação será observada, mas, quando o técnico realiza um exame contrastado já esperando alguma reação do paciente tudo fica mais fácil quando isso realmente ocorre, para esse preparo são necessários certos materiais descritos a seguir: Material Carrinho de parada Equipamento de intubação Equipamento para traqueotomia de emergência Esfignomanômetro (aparelho de pressão) Estetoscópio Equipo de soro fisiológico Equipo de soro glicosado Seringas de 5, 10 e 20 ml Agulhas para aspiração Bacia para omito Toalha 4 ampolas de algum corticoide (antialérgico) 2 ampolas de algum anti-histamínico 2 ampolas de adrenalina Buterfly (Scalpe) de vários calibres 2 ampolas de Diazepam 16 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 11. Reações ao meio de contraste As reações alérgicas geralmente ocorrem poucos minutos após a injeção do meio de contraste iodado, raramente ocorrem reações tardias, portanto o paciente não pode ser deixado sozinho por um período de uma hora após a injeção do meio de contraste. Muitos hospitais adotam como rotina à aplicação de duas ampolas de algum corticoide por via endovenosa, antes da injeção de contraste, como método preventivo às reações alérgicas. Esse método profilático tem se mostrando muito eficiente em casos graves. OBS: Quando realizar exame contrastado por via endovenosa, utilize Buterfly (Scalpe), permitindo via de acesso para a utilização de medicamentos caso haja algum tipo de reação adversa ao meio de contraste. Resultados Do total de 270 exames realizados no período citado, 115 (42,5%) apresentavam alterações radiológicas e 155 (57,5%) exames foram normais. Observamos que, em relação ao sexo, 133 pacientes (49,2%) eram do sexo masculino e 137 (50,8%) eram do sexo feminino. Quanto à idade, o paciente mais novo tinha 11 dias de vida e o mais velho, 87 anos, sendo a idade média de 43,5 anos. Quanto à faixa etária, 197 (72,9%) eram pacientes de zero a 12 anos incompletos e 73 (27,1%) pacientes tinham mais de 12 anos. Os dados relativos à faixa etária estão demonstrados na Tabela 1. Quanto à região de moradia, a cidade de São Gonçalo, com 121 pacientes (44,8%), foi a de maior predomínio. A Tabela 2 mostra a origem dos pacientes quanto às diferentes cidades da região. 17 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Do total de 161 diagnósticos e achados radiológicos, podemos observar que 67 (41,6%) dos achados foram por refluxo gastresofágico. A hérnia de hiato por deslizamento foi evidenciada em 24 (14,9%), o trânsito esofagiano além-tecido em 11 (6,8%), e ondas terciárias também em 11 (6,8%) casos. 18 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 19 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Na avaliação do custo-benefício da realização deste exame, observamos que no período estudado obtiveram-se, em média, nos exames de crianças, R$ 16,12 de gasto direto nos exames realizados, e o pagamento foi, em média, de R$ 65,00 para os exames realizados; portanto, o lucro no período estudado foi, em média, de R$ 48,88, sem contar os insumos. Nos exames de adultos, obtiveram-se R$ 19,76 de gasto direto nos exames realizados, e o pagamento foi, em média, de R$ 83,00 para os exames realizados, só o lucro no período estudado, em média, de R$ 63,24. Dessa forma, observou-se que a porcentagem de lucro nos exames de adultos foi de 46% do pagamento e nos de criança, de 47%. 20 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Atualmente, observando o grande declínio no uso da SEED e até do interesse dos radiologistas em aprender a realizar e interpretar os exames contrastados optamos por mostrar o real benefício deste exame e a importância deste procedimento diagnóstico dentro de um hospital geral. A SEED pode ser utilizada de acordo com a experiência de cada serviço, mas também pode servir como procedimento de acompanhamento, que muitas vezes é conclusivo, e quando comparado com a melhora clínica do paciente pode-se não necessitar da utilização de outros exames. É certo que a endoscopia é o exame de escolha para as doenças do TGIS, já que pode informar sobre a morfologia e proporcionar a retirada de biópsias, aumentando e muito sua sensibilidade diagnóstica. Já a SEED pode informar sobre a mobilidade, distensibilidade e anatomia do TGIS, o que faz destes métodos exames complementares e não excludentes no diagnóstico e na avaliação dos pacientes. No nosso trabalho, o grande número de exames com o diagnóstico de refluxo gastresofágico (67; 41,6%) encontrado é, na sua maioria, dado pela faixa etária dos pacientes estudados, já que 197 (72,9%) eram pacientes de zero a 12 anos incompletos e 73 (27,1%) tinham mais de 12 anos. A principal queixa destes pacientes era a pneumonia de repetição. Estes muitas vezes possuíam o diagnóstico cintilo gráfico de refluxo e estavam realizando a SEED para observar a coexistência de alterações funcionais ou morfológicas que estivessem levando à doença. Maglinte et al. estudaram 500 exames contrastados do esôfago, estômago e duodeno e observaram, em 15% dos exames, achados referentes a doenças do esôfago. Na nossa casuística este valor foi de 54,5% e se deu, novamente, pela faixa etária dos pacientes do nosso estudo. O exame contrastado do TGIS ainda é um exame com grande valia para o estudo pré e pósoperatório visualização de anastomoses, fístulas e demonstração da condição cirúrgica do segmento submetido ao procedimento no pós-operatório. A avaliação pré e pós-operatória talvez seja a grande indicação deste método atualmente. 21 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Observamos que muitas clínicas de radiologia estão deixando de realizar o exame contrastado. Muitos alegam que o convênio não paga, outros que não se tem benefício com a realização do exame, e na verdade as desculpas são inúmeras. É certo que, atualmente, com os outros métodos de diagnóstico, a radiologia convencional passou a ficar em segundo plano e os lucros obtidos com outros exames sem sombra de dúvida são maiores. Porém, estamos exercendo a arte da radiologia e precisamos, acima de tudo, nos preocupar com o paciente e com o real benefício que podemos proporcionar ao realizar cada exame. Toda a consideração em relação ao lucro deve ser avaliada de maneira mais profunda. É óbvio que o preço destes exames é menor do que de uma ressonância magnética ou de uma tomografia computadorizada, por exemplo. Entretanto, se considerarmos os valores recebidos, a pouca depreciação relativa dos equipamentos de radiologia convencional em comparação com os de ressonância magnética e tomografia computadorizada, e se tivermos um serviço que tenha direcionamento destes exames numa determinada cidade ou região, associando-se 22 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO com a otimização do tempo e da técnica radiológica, com absoluta certeza poderíamos garantir que estes exames justificariam seu custo. Outro dado importante é que estamos num momento, no país, de revalorização da radiologia convencional, e precisamos programar o ensino e a execução deste tipo de exame. A SEED já é realizada há quase um século, tendo inegável importância no estudo das doenças e da anatomia do TGIS, além de ser um exame barato, rápido, simples e quase sem riscos para o paciente. A SEED não deve cair em desuso, principalmente nos casos cirúrgicos (pré e pós-operatório), pelo seu real benefício aos pacientes. Dessa forma, temos que ter em mente que a SEED e a endoscopia são exames complementares e nunca excludentes, considerando-se as limitações e as vantagens de cada método. A SEED é um exame que, mesmo com os insumos, ainda continua a dar lucro para o serviço de radiologia. Em vista do que apresentamos, esperamos ter contribuído para a melhor assistência nos serviços de radiologia. Hiterossapingografia Exame de útero e das trompas. Por meio de contraste injetado no útero. Indicações Clínicas Hemorragia uterina anormal, infertilidade, anomalias massas pélvicas esterilidade primária secundária da mulher. Contra Indicação Infecção ativa, suspeita de gravidez, tuberculose genital etc. Preparo do Paciente Colocar 2 supositórios de glicerina duas horas antes do exame, tomar anti espasmódico (medicação para tornar-se rígido com espasmos), uma hora antes do exame não manter relação sexual. O paciente deve realizar o exame até 10 dias após a menstruação. 23 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Material do Exame Devemos ter uma caixa de inox contendo especulo original (P, M, G) pinças de MITZE e POZZEL intrometas, cânula der inox para fixar no orifício no útero (canal estético) e também precisamos de gases estéreis seringas descartáveis de 10 ml ou 20 ml. Contraste O Contraste é hidrossolúvel à pólio iodatado, encontramos no mercado hoje sendo o mais usado o telebril estéreo. Devemos colocar 10 ml desse contraste numa seringa descartável e injetar na condula de inox até tirar todo o ar. Téc. do Exame O paciente deve tirar toda a roupa da cintura para baixo e colocar um avental, colocar o paciente deitado na mesa na posição ginecológica realizar uma radiografia simples, depois do tamanho adequado na vagina da paciente liberando o colo do útero e pinçado na parte superior do orifício (Canal Estemico) em seguida fixamos no orifício externo do canal vaginal a ponteira da condula de modo que fique bem presa, não extravasando o contraste na vagina. As radiografias serão realizadas a critério médico no início do antes e depois do contraste, com pequeno médio e grande enchimento normal, é realizado quatro radiografias onde devemos estudar as trompas, e a forma e volume caso haja necessidade de realizar uma radiografia tardia temos também outro tipo de cânula para injetar contraste no orifício do útero, é a condula vaginal de vidro que tem um sistema ovulado na ponta com uma direção ao útero onde é fixo com base de vão, ou seja, introduz a ponta no orifício e seu sistema ovulado prende no cólon do útero ficando total fixo sem precisar pinçá-la. *Sempre que esse contraste é injetado pó paciente sente cólicas fortes por isso devemos alertá-lo no início do exame. 24 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 12. Flebografia ou venografia dos MMII Exame para estudar as veias dos membros inferiores. Indicação Clínica Trombose e Obstruções Contra Indicações: Hipersensibilidade ao contraste indicado iodado Preparo do Paciente O paciente deve comparecer no dia do exame de jejum no mínimo 4hs. Preparo do Exame Devemos preparar o contraste, é aconselhável que deixamos o paciente sentado na mesa de RX com as pernas penduradas para uma melhor visualização das veias dos pés, pois assim elas ficam mais visíveis. Tec. do Exame Devemos puncionar a veia do pé com escalpe buterflay n°21 deitar o paciente em DD com a perna a ser radiografada na LCM, colocar a mesa de RX de modo que o paciente fique na posição contrária de Trendelemburg. Feito isso colocamos o seguinte procedimento, usamos um torniquete de borracha (garrote) na parte mais próxima da coxa por concentrar o máximo possível de contato nas veias superficiais e profundas, preparamos o chassi 30x40 na longitudinal proporcionando a perna e pegando também o tornozelo em seguida injetamos aproximadamente 20 ml de contraste em seguida realizaremos os raios x: 1 Tornozelo e Perna 2 Perna e Joelho 25 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 3 Injetaremos mais 10ml e radiografando a coxa num filme 30x40 panorâmico. 4 Soltamos o torniquete (garrote) radiografamos a região da pelve num filme de 24x30 longitudinal panorâmico a veia ilíaco. Terminando o exame devemos deixar o paciente no repouso, correndo um soro fisiológico através da perna que foi injetado o contraste devemos recomendar os pacientes para não se esforçar muito com as pernas durante o resto do dia com a perna elevada. O soro fisiológico aplicado é de 250 ml após o termino de soro libera o paciente. 13. Flebografia ou Venografia MMSS Exame para estudar as veias do antebraço axilas ou subclávias ou veia cava superior. Indicações Clínicas Para algumas obstruções das veias subclávias e axilares. Contra Indicação Hipersensibilidade ao contraste iodo. Preparo Paciente Jejum de aproximadamente 4hs. Tec. de Exame Devemos pressionar a veia do dorso da mão, garrotear a parte mais próxima do úmero a fim de ter maiôs concentração de contraste no MMSS em seguida prepararmos o chassi 30x40 dividido na longitudinal, com o antebraço a ser radiografado no LCM em seguida injetamos o contrate tirando as radiografias da seguinte maneira. 1 Do antebraço pegando o punho 30x40 26 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 2 Do braço pegando o cotovelo no filme 30x40 3 Em seguida soltamos o garrote (torniquete) e radiografamos a região do ombro para detectar a veia subclávia e cava sup.chassi 24x30 na transversal 14. Arteriografia renal Sialografia Exame que estuda as glândulas Por meio de contraste oleoso enchendo os canais de parótidas ou submandibulares e lingual. Indicação Clinica Esse exame é indicado para pacientes com suspeitas de cálculos podendo também detectar alguma ou outra patologia como tumores etc. Preparo do Paciente Não existe preparo apenas devemos pedir ao paciente um limão que usaremos durante o exame. 27 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Preparo do Exame Para realizar-se esse exame devemos ter guias de preferência de três espessuras fino médio e grosso para delatar o conduto protídeo. Tec. do Exame Antes de iniciar devemos pedir ao paciente a prótese dentaria (dentadura) corrente brinco etc. Em seguida realizaremos a radiografia simples para detectar a existência de cálculos; feito isso devemos cortar o limão e espremer o caldo na boca do paciente, pedindo que ele movimente a boca para estimular a saliva ficando mais fácil a localização do conduto parotodito em seguida pegamos os dilatadores começando pelo fino, depois médio e se precisar o grosso passamos várias vezes pelo conduto para dilatar ficando mais fácil a introdução do contraste através do cateter que pode ser um scalpe n°21 ou 23 já contendo o contraste e radiografamos nas posições PA-Mandibula e oblíqua para detectar resíduos e o seu esvaziamento. Obs.; Nesse exame devemos pegar os canais e glândulas cheias de contraste e sem falhas de enchimento quando foram obstruídos por cálculos ou tumores podem deslocá-los por um tumor maligno, causa um enchimento irregular dos canais. Fistulografia Exame que estuda um trajeto através do qual se eliminam secreções variadas que podem ser em qualquer parte do corpo. Indicação Clinica Analisar os pontos de saída desse trajeto, ou seja, onde ele se comunica em um dois ou mais pontos. 28 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Preparo do Paciente Não há necessidade de preparo, apenas o orifício da fistula deve estar saindo secreção para podermos realizar o exame. Preparo do Exame Devemos preparar cerca de 20 ml de contraste iodado em uma seringa e uma sonda duetral da fistula que podem ser os n°04, 06,08 etc. Tec. do Exame Devemos realizar o RX simples no local da fistula em filme 24x30 longitudinal em alguns casos usa-se 18x24 feito isso introduzimos a sonda lubrificada com xilocaína gel e também podemos colocar a xilocaína no orifício da fistula e injetamos o contraste até que se reflua, e realizaremos as radiografias em PA e PERFIL no local examinado. Obs.: Esse exame se completa quando injetamos o contraste e conseguimos estudar onde o trajeto está se comunicando. 13. Pneumoartrografia do Joelho Exame que estuda os meniscos que fica entre o fêmur e a tíbia. Indicação Clinica Suspeita de Ruptura da cápsula dos meniscos e também para detectar possível cisto de Baker. Contra Indicação Hipersensibilidade ao contraste iodado ou anestesia local. 29 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Preparo do Paciente Não existe preparo a fazer devemos ao paciente que venha ou traga bermuda ou short para facilitar o exame. Preparo do Exame Existe bandeja especial descartável para e podemos improvisar igual e eficiente usamos uma cuba rim ou bandeja contendo: *1 campo estéril azul ou branco no meio. *1 seringa de 50 ml vazia. *1 seringa de 50 ml contendo 3 ml de anestesia (xilocaína) *Luvas *Solução Antisséptica *1 Aparelho de barbear *1 bandagem de 10 cm *Gases Esterilizados * Agulhas para aspirar contraste *Agulhas para puncionar o joelho. Preparo do Exame Antes do procedimento devemos explicar ao paciente para saber se ele autoriza ou não a realização do exame. Feito isso devemos bater uma radiografia simples do joelho AP e Perfil em seguida usamos a seguinte rotina: 30 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 1 Devemos fazer tricotomia no local da pinça em seguida fazer assepsia em todo o joelho. 2 Abrem-se o joelho com um campo aberto no local e anestesia no local a ser puncionando com cerca de 3ml de xilocaína 3 Depois de anestesiado o local introduz-se uma agulha de calibre 20 através da pele e tecido até o espaço articular feito isso se injeta 50ml de contraste iodado (positivo) e em seguida injeta-se 40ml de contraste negativo (ar ambiente) 4 Feitos esse procedimento tira-se a agulha e ajudamos o paciente a fazer movimentos de flexão extensão da perna e coxa para obter uma boa mistura dos contrastes da articulação. Posicionamento e tec. do Exame Existem equipamentos acessórios para uma radiografia e também faixa compressiva para fixar o joelho e algumas maneiras de posicionamento para esse exame usando radioscopia. Vamos passar aqui a nossa maneira de realizá-lo. Devemos colocar o paciente em DV com a perna a ser radiografado na LCM com o diafragma do hagiógrafo mais ou menos fechada, mostrando únicos os meniscos lateral ou medial, ou seja, dependendo por onde o profissional começar as radiografias deve- se colocar as radiografias na gaveta o filme 24x30 na transversal e realizar nove ou quinze incidências localizadas no menisco lateral dependendo do critério médico. As incidências variam entre: 1 (*Dor si) flexão do tornozelo com rotação lateral ou medial da perna. 2 Flexão plantas do tornozelo com rotação lateral ou medial da perna. Obs.: Essa rotação pode variar de 20° e 30° de cada rotação dependendo da necessidade. 3 Depois de analisar todas as incidências devemos fazer a radiografia panorâmica de frente e de perfil do joelho pra detectarmos a existência de cisto de Backer. 31 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 14. Mielografia Lombar Exame que introduz contraste na medula a fim de torná-lo quando realizarmos a radiografia para estudarmos medula espinhal e suas raízes nervosas. CI(contra Indicação) Araquinoitite (Inflamação da membrana aracnoide) aumento da pressão intracraniana ou pressão lombar recente. IC (Indicação Clinica) Tumores na medula espinhal hérnia de disco invertebrais e algumas lesões inflamatórias e também neoformação vasculares. Preparo do Paciente Em geral uma hora antes do exame deve se administrar sedativos e relaxantes musculares injetados a critério médico para tranquilizar os pacientes durante o exame. Técnica e Posicionamento do Exame A injeção do contraste pode ser usada como opcional é feito na região lombar no espaço aracnoide o local da punção depende de dados clínicos E/O a critério do médico neurocirurgião existem em relação à punção no exame ou posicionamento da mesa e do paciente deve ser feito e pedido pelo médico que está realizando o exame, mas em geral é o seguinte: Após a punção e a introdução do contraste que varia 6 a 12 ml o médico observa o (*dejeitos do canal com as fluoroscopia e realiza radiografias em várias posições: PA oblíqua e perfil, em chassis 24X30 OBS 1: O paciente deve ser internado para realizar esse exame e permanecer sobre cuidados médicos após o termino do exame o paciente deve ficar com a cabeça e tronco bem mais alto 32 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO que os pés para evitar que o contraste se mova para a cavidade craniana causando algum tipo de lesão cerebral. OBS 2: Mielografia também é realizada na região cervical. Broncografia É o estudo da árvore brânquia através de contraste e com um controle de radioscopia ou fluroscopia. Exame para analisar árvore ou um dos dois pulmões e localizar doenças. IC (Indicações Clínicas) Suspeitam de tumores bronquiogenitores, tuberculose pulmonares anomalias e outros. Contra Indicações Insuficiência respiratória alérgica, asma brônquica, infecções ajudas. Preparo do Paciente Jejum de aproximadamente 4hs antes do exame, administrar uma medicação de 100ml de seccional ou Embu tal com 60 ml de Coima e outros medicamentos dependendo do paciente a critério médico 1hora antes do exame esses medicamentos são para preparar e dilatar os brônquios. A anestesia é a critério médico pois depende do paciente para cada tipo de anestesia a ser administrada. Tec. do Exame Após ter anestesiado com êxito o paciente, o médico insere um cateter traqueobrônquico na traqueia ou brônquio desejado, injetado o contraste que pode ser aplicado diretamente no brônquio (dionosil) esse processo é feito com o paciente sentado na mesa ou semi ereto em seguida coloca-se à mesma em posição de Trendelemburg e depois na horizontal observando na radiografia o enchimento desejado dos brônquios. Feito isso se realiza várias incidências panorâmicas localizadas a critério médico e também com esforço e sem esforço respiratório. 33 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO OBS: Existem várias outras ocorrências neste exame não citados assim por ser critério exclusivo do médico que realiza o exame. 15. Uretrocistografia Exame que estuda a forma e função da bexiga. Indicação Clinica Bexigoma de verstículos, traumatismos refluxo vesícula uretral cistos medida ângulo (bexiga caída tumores de ureteres e hipertrofia prostática benigna, pode variar de acordo com os tipos de útero). Preparo do Paciente Colocar dois supositórios de glicerina 2hs antes do exame. Preparo do Material Varia para cada exame. 34 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 1°Uretrocistografia Retrógada Posicionamento e Tec. do Exame Usamos 40 ml de contraste iodado em s seringas de 20 ml montaram um soro de 500 ml em uma seringa de 10 ml com xilocaína e o aparelho do ureter masculino. Tec. do Exame Pedimos ao paciente que tire toda a roupa e coloque um avental do hospital e urine para esvaziar a bexiga, realizamos uma radiografia simples de bexiga no filme 18X24 feito isso pegou o aparelho com a seringa contendo xilocaína e injetamos no aparelho até que saia todo o ar em seguida fixamos o aparelho na glande e injetamos a xilocaína no canal da uretra para que o paciente não sinta dor durante o exame logo após pedimos ao paciente que faça um quatro com as pernas obliquando o corpo de frente para o téc. em seguida com o contraste e começamos a injetar quando a seringa estiver quase vazia, ou seja, mais de 50% injetado pedimos para auxiliá-lo bater uma radiografia que chamamos de retrógada essa incidência deve pegar toda a uretra e bexiga para uma boa documentação do exame chassi 24x30 transversal 4 cm abaixo da uretra. RC 4 cm acima da sínfise pubiana. 2ª Uretrocistografia Mecaonal Masculina Feminina e Criança Esse exame documentou a bexiga cheia e a uretra quando em micção nos paciente masculino adultos usaremos o próprio aparelho citado acima para encher a bexiga. Tec. do Exame Nas mulheres devemos passar uma sonda uretral n°08 ou n°10 injetar através da sonda 40 ml correndo através da sonda até que o paciente sinta vontade de urinar então radiografamos a bexiga dia no filme 24x30 com o paciente em DD depois uma oblíqua D e outra oblíqua E outra oblíqua D com micção (fazendo xixi) uma no filme 24x30 e outra 30x40 para possível refluxo vesicuouretral em crianças usamos o mesmo procedimento usando sonda n°4 e 6 de 10 a 20 ml de contraste iodado s soro fisiológico de 250 ml e os chassis de acordo com a idade da criança que varia em 18x24 ou 24x30. 35 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO OBS: Em todas as radiografias devemos pegar o abdome todo, ou seja, bexiga e rins nas posições em AP oblíqua direta e esquerda. 3ª Uretrocistografia para sistoceles (medida de ângulos ou bexiga caída) O uretrocisto com cornetinha esse exame é feito em mulheres é o mesmo procedimento da uretrocisto miccional para encher a bexiga, depois da bexiga cheia retiramos a sonda e colocamos no canal da uretra uma cornetinha de uma sonda n°10 cheia de bário para que o radiologista possa fazer a medida dos ângulos. Posicionamento e tec. de Exame Devemos bater radiografia com a cornetinha e o paciente na posição DD e com e sem esforço urinário todas 24x30 em 4 cm abaixo do púbis. O critério do médico radiologista essas incidências podem ser realizadas com o paciente em (*decúbito ou ortostática) 16. Enema Opaco/Baritado com duplo contraste 36 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Exame para analisar forma e função do intestino grosso e para detectar condições anormais já no caso do defeco grama, estuda a parte do intestino grosso como o ânus e o reto. Indicação Clínica Apendicite diverticulite neoplasia colite, constipação megacólon. Apendicite Pode ser causada por infecção ou bloqueio dos vasos sanguíneos que o nutrem, apendicite (massa fecal) o apêndice inflamado. Neoplasia O carcinoma do intestino grosso é uma grande causa de morte de homens e mulheres, sua aparência leva aos termos conhecidos como, lesões e mordidas de maças ou anel de gordura tendo os tumores benignos como malignos podem começar como pólipos. (É um procedimento que se estende na parede da mucosa ao contrário do divertículo ela nasce para dentro do intestino). VOLVO É quando uma parte do intestino fica torcida comprometendo, elevando a obstrução e necrose localizada do tecido. É comum aparecer na região do ceco por motivo de o intestino grosso da região do cólon transverso que está preso no mesentério (parede que segura o intestino) não há problemas mais com o cólon sigmoide e seco não ficam presos a ele fica bastante mobilidade possibilitando essa torção. Diverticulite Diverticuliculos são pequenos defeitos circulares que se apresentam na parede do cólon sendo uma saliência de mucosa por causa de uma herniação da parede externa se possui numerosos divertículos e chamado de divertículos e se forem infectado passa a ser chamado de diverticulite. 37 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Colite É uma inflamação do intestino grosso causado por vários fatores com: dieta, stress, infecção bacteriana e outras tendo sua forma mais grave a colite ulcerativa. Megacólon É uma dilatação do intestino sua causa pode ser 3 tipos orgânico,funcional,e congênito. É causado por uma lesão que obstrui o cólon levando a uma dilatação. Funcional É causado por hábitos intestinais defeituosos em crianças. Congênitos É causado por uma dilatação de toda a parte do cólon como hipertrofia das paredes. Constipação (Prisão de Ventre) Na maioria dos casos são de uma alimentação desregulada. Posicionamento e téc. do Exame Deve se fazer uma limpeza completa do intestino grosso através de alguns laxantes entroclismas (lavagens) e uma dieta leve no dia seguinte anterior ao exame caso que não indicam laxantes os pacientes com sangramento diarreia intensa obstrução e crianças com suspeita de megacólon. Preparo do Exame Realizar-se uma radiografia para ver se o paciente está preparado para realizar o exame antes pedimos para o paciente tirar toda a roupa e colocar o avental, se o paciente estiver bem preparado devemos preparar o material (contraste) 38 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Preparo do Material Existem várias maneiras de se preparar o material de acordo com o que temos no local de trabalho, mais em geral devemos ter: 1 Recipiente para colocar o contraste. 2 Sonda retal para o(* enema). O recipiente deve ser de sistema fechado para possibilitar a introdução do ar durante o exame normal usamos um recipiente de vidro com duas entradas para as saídas de bário e ar. Existe também material mais moderno um kit enema opaco que já vem completo inclusive com sonda e instruções de como preparar o contraste. Temos também uma maneira bem simples de fazer o enema opaco quando não temos o kit ou o vidro é uma aubarim colocando o contraste dentro dela e injetamos pela sonda de uma seringa de 100 ml. A Sonda para o enema Podem ser sonda retal n°16 ou alguns pacientes (idosos ou com dificuldade para segurar o contraste) usando sonda de retenção retal contendo nas mesmas um balão de retenção inflável (sonda de Óleo) Preparo do Contraste Normal se mistura 50% de contraste e 50% de água mais também podemos fazer 50% de contraste e 100% de água. OBS: Nunca podemos colocar água quente na mistura, pois essa poderá queimar a mucosa dos cólons. Exame: Antes de qualquer procedimento devemos explicar ao paciente todo o processo a ser feito, pois é um exame que deixa o paciente em situação desagradável em seguida coloca-se o paciente na posição de Sins (DL E inclinando o corpo um pouco para frente sentido a perna direita de modo que o corpo todo fique o mais confortável possível). 39 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Introdução da Sonda Nesse procedimento devemos expor o paciente o mínimo possível ajustando o avental de modo que possamos deixar apenas à região anal descoberta a sonda deve ser lubrificada com xilocaína gel que não deve de maneira alguma ser forçado, devendo penetrar sem esforço e suave, se isso não acontecer deve-se interromper a introdução da mesma. E chamar o médico para que ele decida o que fazer. Se a sonda entrar normalmente não deve ultrapassar 4 cm para evitar lesões na parede do reto feito isso devemos fixar a sonda com fita adesiva com esparadrapo através das nádegas do paciente. Em alguns pacientes principalmente idosos pode ser necessários usar sonda fique presa no reto através do balão de retenção. Posicionamento do Paciente 1 Piloto de abdome 35x43 2 Introdução do contraste 3 Abdomen DV 35x43 4 Abdomen DD 35x43 5 AE (oblíqua anterior esq.) pegando o ângulo esplênico isto é colocar até a altura do mamilo 30x40. 6 OAD colocando a borda superior pouco abaixo do mamilo. 7 Perfil cóccix 24x30. 8 Localizado de bexiga em AP.2 dedos abaixo do umbigo 24x30, mandar o paciente ir ao banheiro e soltar o contraste e repete a localizada de bexiga vazia. 40 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 17. Esofagografia Exame para analisar forma e função do esôfago. Indicação Clinica Analisar a anatomia, dificuldades a deglutição, localização de corpo estranho refluxo esofágico, varizes esofágicas e fistula. Anomalias Podem ser congênitas ou devido a doenças de chagas. Dificuldade na Deglutição Também causada por câncer AVC (Acidente Vascular Cerebral). Corpo Estranho Algo que o paciente possa ter engolido como, por exemplo: moedas, prótese dentária, espinha de peixe etc. Refluxo Gastro Esofágico É causado por anomalias na função esôfago gástricas e produz azia. 41 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Varizes Esofágicas São veias da porção distal dilatada podem ser causada por cirroses e chegam até mesmo a sangrar nos casos mais agudos. Fistula de Esôfago Lesão congênita ou adquirida que se caracteriza por um trajeto através do qual se eliminam secreções variadas. Preparo do Paciente Jejum de Aproximadamente 6horas. Exame O paciente deverá tirar a roupa da cintura para cima e colocar o avental. Esse exame devera ser realizado se possível com radioscopia (aparelho com tela dinâmica) e na posição obliqua, com o paciente segurando um copo com bário (contraste) pede-se para o paciente encher a boca e não engolir fará somente quando solicitado preparar o filme 24x30 e no serio grafo dividido um longitudinal e pede-se ao paciente que engula o contraste quando o paciente estiver engolindo fazer a radiografia nas posições de OAE e OAD, e se precisar, fazer outras incidências como Perfil AP ou PA. Refluxo Esofágico Para detectar pede-se ao paciente que encha a boca com bário sem engolir em seguida coloca-se a mesma do aparelho na posição em que o paciente fique em posição trendelemburg com filme 18x24 dividido transversal pede ao paciente que engula o bário fazendo em seguida esforço respiratório, batendo a radiografia que além de detectar o refluxo esofágico podemos também detectar uma possível hérnia hiatal. 42 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Fistula de Esôfago. Neste caso deve-se ter bastante atenção no pedido médico e na história clinica não deverá tomar o contraste de bário e sim de iodo diluído com soro fisiológico. Devemos realizar radiografias em PA, PERFIL e OBLIQUIA. Paciente em ortostático ou sentado em perfil com os braços para trás e mãos unidas com projeção na coluna cervical na LCE o exame deve ser feito com o paciente em respiração lenta, mais profunda para o ar da traqueia diferenciá-la do esôfago. Chassi 24x30 tendo sua borda superior na clavícula da 4ª vértebra da coluna cervical (*KV) baixo e mais alto. Estômago e Duodeno (EED) Exame para estudar a forma do esôfago distal, estômago e duodeno. 43 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Indicação Clinica Hérnia de hiato, úlcera péptica gastrite ou crônica, carcinoma, divertículo, tumores e bezoar. Hérnia de Hiato É quando uma parte do estômago hérnia através da abertura do diafragma onde pode ser uma pequena ou grande hérnia. Nos casos mais graves a maior parte do estômago encontra-se dentro da cavidade do tórax acima do diafragma. Úlcera péptica Pode ser úlcera gástrica ou duodenal são (*alusões) dessas mucosas causadas por condições do ambiente ou fisiológicas tais como: stress, alimentação, cigarro, ou secreção gástrica ou por bactérias. Não tratadas pode levar a perfuração do estômago ou duodeno. Gastrite É uma inflamação da mucosa gástrica causando dor e desconforto agudo e na crônica. Tumores Carcinomas ou pólipos é uma massa pequena que nasce na parede da mucosa pode ser maligno ou benigno. Divertículo É quando há um enfraquecimento da parede provocando uma protuberância (saliência) para fora podendo causar perfuração. Bezoar É uma massa de alimentos não digeridos que se acumulam podendo obstruir com o tempo. 44 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Preparo do Paciente Jejum de aproximadamente 6 horas. Exame Pedimos ao paciente que retire a roupa toda da parte de cima até a cintura coloque o avental ou roupão do hospital. Em seguida pedimos para o paciente beber aproximadamente 250 ml de bário deixando o último gole grande na boca sem engolir colocaremos a mesa de modo que o paciente fique na posição trendelemburg pedimos que o paciente engolisse o bário em seguida que ele faça o esforço respiratório (com a barriga) chassi 18x24 dividido transversal localizando a parte distal do esôfago para que possamos detectar se existe hérnia, depois disso faremos várias posições às incidências mais usadas são AP em DD, obliqua anterior Esquerda OAE panorâmico e localizada do bulbo duodenal PA dividido em ortostático compreende a região do bulbo e também do duodeno em pelo menos duas incidências chassi nas incidências panorâmico usamos 24x30 dividido em 4 com exceção da pesquisa de hérnia que é dividido em dois na transversal. OBS Podemos fazer outras incidências a critério médico. 18. Trânsito Intestinal 45 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Serio grafia do Intestino Delgado (SID) Exame para analisar a forma e função do intestino delgado estudando os três componentes (duodeno, jejuno e ílio) e também para detectar suas condições anormais. Neste exame temos que controlar o tempo das radiografias a partir do momento que o paciente engolir o contraste. Indicação Clinica Enterite ou gastroenterite, neoplasia síndrome da má absorção. Enterite. É uma inflamação ou infecção do intestino que chamamos de gastroenterite, quando essa inflamação envolve o estômago. Neoplasia Que significa novo crescimento que pode ser benigno ou maligno (canceroso) que pode demonstrar um estreitamento ou bloqueio devido à angioplastia. Síndrome de Má Absorção O sistema GI (gastro intestinal) é incapaz de processar determinados nutrientes e também absorver mostrando a mucosa espessada devido à constante irritação. Ílio Síndrome de parada intestinal devido à ausência, peristaltismo ou obstáculo mecânico (anatomicamente). A terceira e última porção do intestino delgado a qual se estende do final do jejuno a válvula ileocecal. Téc. e posicionamento do Exame Preparo do Paciente Jejum de aproximadamente 6horas. 46 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Radiografia simples do abdome em seguida ingestão de aproximadamente 300 ml de bário logo em seguida fazer outra com 20, 40, 80, 120, 160 mts dependendo da necessidade este exame determina quando o bário chega ao intestino grosso se no tempo acima o contraste não chegar continua-se o exame com intervalo de 1hora a em alguns casos até de 2horas há caso que se pode ser necessário fazer uma radiografia com 24 horas. OBS: É importante quando o contraste chegar ao ílio terminal faz uma radiografia comprimindo esta área para obtermos maiores detalhes chassi 30x40 ou 365x43 na longitudinal com Buck. 19. Colecistograma Oral Vesícula Biliar A vesícula biliar é um saco pisiforme que tem 3partes: fundo, corpo, e colo que continua com o ducto cístico. A sua função é armazenar e concentrar a bili e contraírem-se quando estimulada. 47 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Indicação Clinica Náuseas, vômitos e algumas condições anormais como cálculos ou colitiase agudo ou crônico neoplasia benigna ou malignas anomalias. Posicionamento Téc. do Exame Prepara do Paciente O paciente deve estar em jejum de 8 horas, a última refeição deve ser leve, sem gorduras ou alimentos fritos, o paciente deve tomar 12 comprimidos de Filipac de 10ª 12 horas antes do exame em jejum absoluto no dia do exame. NO DIA DO EXAME Devemos perguntar ao paciente se tomou todos os comprimidos, em que horas e se ele não teve náuseas seguida de vômitos porque se isso acontecer os comprimidos tomados, não fará efeito. É importante saber se o paciente não fez cirurgia para extrair a vesícula (colecistectomia) EXAME Antes do exame devemos realizar a radiografia piloto nesta radiografia já é avaliada a presença ou não da vesícula, faremos a radiografia em AP e obliqua num chassi 18x24 panorâmico, aparecendo à vesícula normal e sem a presença de cálculos devemos tomar o seguinte procedimento. Pedir ao paciente que tome uma gemada e após 10 minutos fazer a próxima radiografia onde iremos estudar o seu esvaziamento se parecer cálculos devemos realizar as radiografias também em DV e OBL para a confirmação, podemos também realizar radiografias em outras incidências com perfil DL etc. ou critério médico. Quando é detectados cálculos não se deve dar a gemada ao paciente, não será necessário. 48 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 20. Colangiografia pós-operatória Esse exame é realizado no setor radiológico antes da remoção do dreno Kher. É realizado para observar o fluxo livre para dentro do duodeno e os canais podem ser vistos livres de falhas de enchimento conferida pós-cálculos. Quando existem cálculos na vesícula aparece uma imagem negativa dentro do meio do contraste. Esse exame demonstra também estenose ou dilatações nos ductos biliares entre outras. Posicionamento e Téc. do Exame Devemos preparar a sala se possível com radioscopia preparar o contraste de iodo aproximadamente 20 ml verificar se o paciente não é alérgico a iodo. Realizar a radiografia simples (piloto) com a projeção direita do abdome na LCM com o chassi 24x30 localizada com a borda superior na crista ilíaca. Em seguida injeta-se o contraste batendo radiografia com pequeno médio e grande enchimento ou a critério médico. Existem meios diferenciados do exame das vias biliares que são colangiografialaporoscopia em jejum novo procedimento cirúrgico colangiopancreatografia retrógada endoscopia dos médicos cirurgião gástrico. Sistema Urinário O sistema urinário é constituído de rins, ureteres uretra. 49 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Rins O rim normal é uma estrutura em forma de feijão localizado um de cada lado da porção média inferior da coluna lombar. Ureteres Conduz a urina dos rins até a bexiga à pelve renal deixa cada rim no ílio para se tornar ureter e situam na superfície anterior. Bexiga A bexiga normal é uma esfera arredondada cuja face anterior se projeta 5 a 10 cm acima da sínfise pubiana até funciona como um reservatório de urina que quando alcança aproximadamente 25 ml de urina vem o desejo de urina (micção) sua capacidade total de urina varia de 350 ml a 500 ml. Uretra Masculina Ela vai do ostio uretral interno até o extremo na extremidade do pênis estende-se através da próstata e do comprimento do pênis sua função é eliminar a urina armazenada na bexiga em três porções prostática, membranosa e peniana. Uretra Feminina É um canal com cerca de 4 cm de comprimento que vai do ostio uretral interno até o extremo com apenas a função de eliminação da urina. Vias Urinárias Simples O exame das vias urinárias começa com uma radiografia simples de abdome em DD. Nesta radiografia podemos ver imagens renais, presença de cálculos massas e tumores. Os músculos (*psoas) são bem visualizados podendo notar assimetria e anormalidade a imagem formada pela bexiga também é vista outras calcificações. 50 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 21. Urografia Excretora A urografia excretora ou intravenosa é um método de mostrar o sistema excretor Indicações Clínicas Cálculos renais ou uretrais, traumas renais, dores na região posterior lateral do abdome, hematuria, hipertensão, infecção urinaria. Contra Indicação Hipersensibilidade ao contraste de iodo, na presença de doença renal ou hepática. Posicionamento e Téc. do Exame Contraste Iodado Existem várias marcas, devemos ter sempre uma mesa de carrinho de emergência com todos os medicamentos deve também conter ressucitação cardiovascular, oxigênio, aparelho de respiração. 51 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Reações do Paciente Podem ser leves como náusea, vômitos, coceira no corpo, queimação nos braços no local da aplicação e calor no corpo, convulsões, pressão baixa, parada cardíaca, edema, dificuldade respiratória. Preparo do Paciente O preparo para UIV (Urografia Intra Venosa) é o intestino estar livre de material fecal (fezes e gases) o preparo é variado de hospital para hospital, mas em geral é: *Refeição leve na véspera do exame. *Limpeza Intestinal com laxantes *Jejum após o jantar, ou seja, de 6 a 8 horas antes do exame, existem casos que não há preparo que são os de urgência ou pediatria até aproximadamente 2 anos de idade. OBS: Esses preparos já existem no local de trabalho. Preparo de Exame Devemos ter em nossa sala de exame: *Contraste *Seringas *Agulhas para aspirar ao contraste. *Escalpe n°25, 23, 21,19 o mais usado é o 21 em adulto e em crianças o 25. *Bacia para caso o paciente tenha vômito. *Álcool e Algodão. 52 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO *Letras de chumbo para marcar o tempo e o tipo da radiografia. *Carro de Emergência para possíveis reações com medicamentos. *faixa de Compreensão. Exame Com o paciente já trocado, com roupão e o avental devemos realizar um radiografia do abdome simples (piloto) antes da injeção do contraste para saber se o preparo do paciente foi adequado. Feito isso sabendo da história do paciente e com o questionário em mãos sobre as reações do contraste injetado no paciente realizaremos a radiografia: 1ª Localizada de rins no filme 24x30 transversal que estuda a fase inicial do contraste nos rins. 2ª Uma radiografia de 5 minutos panorâmico no filme 30x40 ou 35x35 em AP. Logo após devemos passar a faixa para comprimir a região da pelve. 3ª Uma radiografia de 10 minutos com a faixa de compressão abdominal 24x30 localizada de rins. OBS: Se o paciente por algum motivo não puder receber essa faixa de compressão deveremos realizar essa incidência em posição trendelemburg. 4ª Soltamos a faixa ou voltamos o paciente em posição horizontal e batemos uma radiografia panorâmica no filme 30x40 ou 35x35 de 20minutos. OBS: quando soltamos a faixa de compressão o contraste é lançado dos rins para os ureteres rapidamente e conseguimos documentá-los com mais detalhes e precisão. 53 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 5ª Depois pedimos ao paciente que aguarde na sala de espera para fazermos uma radiografia com a bexiga cheia após 30 minutos que terminamos o exame, depois com a bexiga vazia (pós miccional) que é feita com o paciente acima de 50 anos no filme 18x24 ou 24x30. *Isso tudo se o paciente não tiver nenhuma anormalidade ou patologia. 22. Urografia com retardo (Radiografias Tardias) Esse procedimento geralmente é usado quando há existência de cálculos renais ureteres ou vesicais, deixando o rim lento ou às vezes sem funcionamento nestes casos devemos variar as incidências fazendo radiografias com o paciente em DV em oblíqua, depois se pede que o paciente aguarde na sala de espera onde chamaremos de 1 em 1 hora para realizar as radiografias variadas e tardias, até chegarmos a uma conclusão. Ex: Urografia com 5,10,20,60,90,150,210 minutos ou mais se necessário. Podemos também realizar radiografias com 24 horas isso tudo com acompanhamento médico. 23. Urografia Hipertensiva 1 2 3 ou Minutadas. Esse exame estuda a função renal seus contornos através do nefograma (parte dos rins) são feita em pacientes hipertensos para saber se a hipertensão arterial é de origem renovascular. Como é de nosso dever ter muita atenção nos pedidos médicos nem sempre vem escrito urografia hipertensiva vem somente escrito hipertensão arterial. Preparo do Paciente Laxantes e dietas leves no dia do exame. Devemos fazer uma radiografia simples de abdome panorâmico e podemos realizar uma radiografia localizada dos rins um filme 24x30 a fim de nos orientar com relação ao posicionamento. 54 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO Em seguida prepararemos 3 chassis 24X30 para usarmos. Feito isso devemos injetar rapidamente com escalpe n°19 90 ml de contraste para realizarmos as radiografias 1,2,3 minutos depois continuaremos os exame de radiografia. 24. Urografia Retrógada ou Pielografia É outro tipo de exame das vias urinárias é realizada quando queremos confirmar alguma irregularidade o sistema urinário principal superior. Para realizar esse exame é necessário cistopocopia e cateterismo dos ureteres as radiografias são realizadas depois da loja renal através dos cateteres depois de remover os cateteres, todo o exame fica a critério médico. Esse exame tem sua indicação limitada inicial, a rim excluso onde não se define urografia normal. 55 COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO 25. Referências Bibliográficas BONTRAGER K.L. Tratado de técnica radiológica e base anatômica 3 edição, Ed. Guanabara Koogan Rio de Janeiro 1996. E – Anatomy, imagens radiológicas, WWW. Eanatomy.com WOLKOFF A.G. Dicionário ilustrado de termos médicos e saúde. Ed. Rideel, São Paulo 2005. NOVELINE R.A. Fundamentos de radiologia de Squire. 5 edição Porto Alegre Ed. Artes médicas sul Ltda 1999. 26. Agradecimentos Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial ao Professor João de Farias Filho que participou da revisão desta apostila. 56