SAÚDE AUDITIVA DOS IDOSOS = FUTURIDADE

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Saúde Auditiva dos Idosos = Futuridade
Extraído das páginas 30 e 31 do livro
PERSPECTIVA BIOPSICOLÓGICA DO ENVELHECIMENTO
Um dos dez excelentes documentos que compõem o acervo do
programa FUTURIDADE, da SEADS – Secretaria Estadual de
Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, escritos por
gerontologistas ilustres, livros editados pela Fundação Padre Anchieta,
de São Paulo em parceria com a SEADs.
O programa Futuridade é fruto de profundas preocupações do exgovernador José Serra, e continuado pelo atual governador Alberto
Goldman, tendo sido implantado e se ampliado nas gestões do
Secretário Dr. Rogério Amato e da Sra. Rita Passos.
Autoria: Paulo Sérgio Pelegrino e colaboradores. Paulo Sérgio
Pelegrino é médico, diretor técnico do Instituto Paulista de Geriatria e
Gerontologia José Ermírio de Moraes e presidente do Conselho
Estadual do Idoso de São Paulo (gestão 2008 e 2009).
Todos nós que estamos envelhecendo, e em nosso caso específico, há muito
que estamos passando por esse processo e já atingimos o envelhecimento
pleno, percebemos que uma das coisas mais difíceis de aceitar, além das
rugas e demais transtornos trazidos pelos muitos anos que carregamos, é a
redução contínua da funcionalidade de nossos principais sentidos.
A visão é sempre muito atingida nos anos crepusculares do indivíduo e
uma das primeiras sensações desagradáveis de que chegamos com a corda
toda à velhice é quando pomos muito alto o volume da televisão e demais
aparelhos de som, ou quando os próximos de nós, amigos e parentes,
começam a falar gritado conosco o que logo tomamos como falta de
respeito, mas, às vezes, é a única forma de estabelecerem contato com a
gente.
Por tudo isso, a saúde auditiva dos idosos merece uma menção especial em
políticas públicas de benefício à velhice, ou terceira idade, como se queira
dizer.
Saúde auditiva dos idosos
A perda auditiva associada ao envelhecimento -, denominada presbiacusia,
tem sido apontada como a principal causa de deficiência auditiva nos
idosos, com prevalência de cerca de 30% na população com mais de 65
anos. O problema afeta não apenas a comunicação com outras pessoas,
podendo prejudicar a interação familiar e social, mas também atividades
como ouvir rádio e assistir à televisão, falar ao telefone, ir às compras,
tocar instrumentos musicais, ouvir música e cantar, fazer aulas de
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ginástica, ioga e hidroginástica, participar de cursos, seminários
palestras.
e
O diagnóstico e a intervenção precoce da perda auditiva associada à idade
são fundamentais para a boa qualidade de vida do indivíduo idoso. Para
diagnóstico, são necessárias avaliações otorrinolaringológicas e
audiológicas completas, realizadas por fonoaudiólogos, enquanto a
intervenção deve contemplar a adaptação de aparelho de amplificação
sonora individual (AASI), bem como o estabelecimento de um programa de
reabilitação auditiva. O acesso ao AASI é garantido por lei. Segundo o
Decreto no. 1.948/1996, que regulamenta a Lei no. 8.842/1994, a qual
dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, compete ao Ministério da Saúde
fornecer órteses e próteses necessárias à recuperação e reabilitação da
saúde do idoso, entre elas o AASI, classificacdo pelo sistema de saúde
como prótese auditiva.
A reabilitação auditiva inclui o treinamento auditivo e a instrução para a
compreensão da fala. Esse trabalho é fundamental para reduzir as
barreiras de comunicação das pessoas com perda auditiva, ajudando-as a
enfrentar melhor os impactos psicossociais, ocupacionais e educacionais
da perda.
É urgente, no atual cenário demográfico, estabelecer diretrizes para o
desenvolvimento de programas de diagnóstico, de aquisição de aparelhos
de amplificação sonora individual e, principalmente, de reeducação
auditiva para os idosos com esse problema, para que eles possam
participar e desfrutar as relações sociais, mantendo boa qualidade de vida.
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Digitado em S.Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier em 28 de maio,
2010.
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