Questão 01 - (FGV) Leia o fragmento. (...) entre os séculos XVII e XVIII ocorreram fatos na França que é preciso recordar. Entre 1660-1680, os poderes comunais são desmantelados; as prerrogativas militares, judiciais e fiscais são revogadas; os privilégios provinciais reduzidos. Durante a época do Cardeal Richelieu (1585-1642) aparece a expressão “razão de Estado”: o Estado tem suas razões próprias, seus objetivos, seus motivos específicos. A monarquia francesa é absoluta, ou pretende sê-lo. Sua autoridade legislativa e executiva e seus poderes impositivos, quase ilimitados, de uma forma geral são aceitos em todo o país. No entanto... sempre há um “no entanto”. Na prática, a monarquia está limitada pelas imunidades, então intocáveis, de que gozam certas classes, corporações e indivíduos; e pela falta de uma fiscalização central dos amplos e heterogêneos corpos de funcionários. (Leon Pomer, O surgimento das nações. Apud Adhemar Marques et al, História Moderna através de textos) No contexto apresentado, entre as “imunidades de que gozam certas classes”, é correto considerar a) os camponeses e os pequenos proprietários urbanos eram isentos do pagamento de impostos em épocas de secas ou de guerras de grande porte. b) a burguesia ligada às transações financeiras com os espaços coloniais franceses não estava sujeita ao controle do Estado francês, pois atuava fora da Europa. c) a nobreza das províncias mais distantes de Paris estava desobrigada de defender militarmente a França em conflitos fora do território nacional. d) os grandes banqueiros e comerciantes não precisavam pagar os impostos devido a uma tradição relacionada à formação do Estado francês. e) o privilégio da nobreza que não pagava tributos ao Estado francês, condição que contribuiu para o agravamento das finanças do país na segunda metade do século XVIII. Questão 02 - (UFPR) Tenho insistido também que a monarquia deve ser atribuída exclusivamente aos varões, já que a ginecocracia vai contra a lei natural; esta deu aos homens a força, a prudência, as armas, o poder. A lei de Deus ordena explicitamente que a mulher se submeta ao homem, não só no governo de reinos e impérios, mas também na família. (...) Também a lei civil proíbe à mulher os cargos e ofícios próprios ao homem. (...) É extremamente perigoso que uma mulher ostente a soberania. (...) No caso de uma rainha que não contraia o matrimônio – caso de uma verdadeira ginecocracia –, o Estado está exposto a graves perigos procedentes tanto dos estrangeiros como dos súditos, pois caso seja um povo generoso e de bom ânimo suportará mal que uma mulher exerça o poder. (Jean Bodin, Los seis libros de la republica. Edição espanhola de 1973, p. 224.) A citação extraída do livro do jurista francês Jean Bodin (1530-1596), publicado em 1576, refere-se ao exercício do poder soberano por mulheres, algo que seria contrário às leis da natureza, à lei de Deus e às leis civis, de acordo com o pensamento político da época. Contudo, uma importante monarca contemporânea a Bodin, Elizabeth Tudor, exerceu o poder político em condições adversas e muitas vezes ameaçadoras à sua integridade física, e seu longo reinado foi considerado pelos historiadores como a “época dourada” da Inglaterra. Sobre a monarquia e o exercício do poder soberano, é correto afirmar: a) Durante o século XVI, o poder soberano das monarquias europeias foi enfraquecido, devido ao renascimento dos impérios e do papado. b) A lei sálica, presente nas constituições de alguns reinos europeus, permitia que as mulheres exercessem o poder soberano, e é contra essa lei que se coloca Jean Bodin. c) O conceito de poder soberano foi determinante para o exercício da tirania dos reis absolutistas no século XVI, que governaram sozinhos ao fechar os parlamentos. d) Elizabeth exerceu o poder soberano por tanto tempo porque aceitou dividi-lo com a Igreja Anglicana. e) O poder soberano de monarcas como Elizabeth se fundamentava no princípio de não reconhecer poder superior ao do rei, a não ser o poder divino. Questão 03 - (ENEM) Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado). A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra-se fundamentada na a) b) c) d) e) imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano. abdicação dos interesses individuais e na legitimidade do governo. alteração dos direitos civis e na representatividade do monarca. cooperação dos súditos e na legalidade do poder democrático. mobilização do povo e na autoridade do parlamento. Questão 04 - (UFT TO) Os Estados nacionais, como Portugal, Espanha, Inglaterra e França, foram se constituindo gradativamente entre os séculos XII e XVI e envolveram interesses diferenciados da nobreza e da burguesia em formação. No que se refere aos interesses da burguesia é CORRETO afirmar que: a) b) c) As monarquias se desobrigaram de buscar a unidade monetária, diminuindo em muito a possibilidade do comércio entre as nações. As monarquias romperam com a nobreza, passando a adotar os princípios básicos do capitalismo nascente, o que facilitou a consolidação da burguesia. As monarquias buscaram a unificação das leis, da moeda e do território, medidas importantes na produção e comercialização dos produtos. d) e) Ao se aproximarem da nobreza, dada a facilidade que essa tinha no domínio tecnológico da produção fabril, os reis se distanciaram da burguesia nascente. O dinheiro acumulado pela burguesia impediu a consolidação dos Estados nacionais, em razão dos compromissos políticos entre as monarquias e a nobreza. Questão 05 - (UDESC SC) Em relação à Formação dos Estados Nacionais Modernos, é correto afirmar. a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno. b) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas. c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado Nacional Moderno. d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno. e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do povo para as cortes. Questão 06 - (UECE) A Europa no final do século XIII e no início do século XIV tem outro perfil em formação, com o estabelecimento de uma crise irreversível entre as duas maiores forças políticas do mundo medieval, o papado e o império. Sobre essa crise é correto afirmar-se que a) abalou uma cultura; os ideais teocráticos e universalistas tornaram-se anacrônicos diante de novos sujeitos políticos. b) impediu que novos sujeitos sociais, com seus valores calcados na burguesia nascente se consolidassem. c) mesmo com muita dificuldade, a instituição tradicional conhecida como papado sobreviveu ao império. d) bloqueou o desenvolvimento da economia mercantil e bancária. TEXTO: 1 - Comum à questão: 7 O período pós-medieval foi um período de vastas demarcações e de consolidações em grande escala. Dentro dos limites definidos do novo domínio territorial, estabeleceram-se áreas unificadas de administração. [...] Na Idade Média, o mosaico histórico constituído pelos privilégios, deveres e direitos feudais e municipais, fundados em dedicatórias, preempções, conquistas, cartas, casamentos, quase dispensaria referência; fora da Igreja não havia campo contínuo de governo. Mas o novo domínio territorial, ao contrário, podia ser visto ou pelo menos imaginado; era um todo visível, e cada país que fosse politicamente unificado tornava-se, por assim dizer, um quadro completo em si mesmo. Essa imagem mental do poder só se tornou possível quando a continuidade territorial passou a ser um atributo do Estado soberano. Ali onde as fronteiras geográficas vieram reforçar essa imagem, como na Inglaterra, o Estado nacional se desenvolveu mais cedo e continuou por mais tempo o seu desenvolvimento. (MUMFORD, 1958, p. 192-193). MUMFORD, L. Tradução de V. de Miranda Reis. A condição de homem: uma análise dos propósitos e fins do desenvolvimento humano. 2. ed. Rio de Janeiro; Porto Alegre; São Paulo: Globo, 1958. Considere o texto e os conhecimentos sobre a formação geopolítica europeia do início da Idade Média até a contemporaneidade. Questão 07 - (UEFS BA) O texto identifica como fator primordial para o estabelecimento do Estado nacional/soberano, que caracterizou a geopolítica europeia no período pós-medieval, a a) b) c) d) unificação entre todas as classes e seu apoio irrestrito à Igreja. presença de um poder hereditário, garantido por casamentos e privilégios. continuidade territorial, fortalecida por fronteiras geográficas precisas. consolidação de antigos privilégios dinásticos construídos desde o início da Alta Idade Média. e) aliança política e econômica entre os novos Estados, como garantia de preservação das fronteiras. Questão 08 - (ENEM) Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio. Que é indispensável convocar com frequência o Parlamento para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar as leis. (Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez 2011 – Adaptado) No documento de 1689, identifica-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa continental estão indicados, respectivamente, em: a) b) c) d) e) Redução da influência do papa – Teocracia. Limitação do poder do soberano – Absolutismo. Ampliação da dominação da nobreza – República. Expansão da força do presidente – Parlamentarismo. Restrição da competência do congresso – Presidencialismo. Questão 09 - (ENEM) TEXTO I O Estado sou eu. Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-1715. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011. TEXTO II A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo. Sua vontade é sempre legal; na verdade é a própria lei. SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Apud. ELIAS, N. Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. Os textos apresentados expressam alteração na relação entre governantes e governados na Europa. Da frase atribuída ao rei Luís XIV até o pronunciamento de Sieyès, representante das classes médias que integravam o Terceiro Estado Francês, infere-se uma mudança decorrente da a) ampliação dos poderes soberanos do rei, considerado guardião da tradição e protetor de seus súditos e do Império. b) associação entre vontade popular e nação, composta por cidadãos que dividem uma mesma cultura nacional. c) reforma aristocrática, marcada pela adequação dos nobres aos valores modernos, tais como o princípio do mérito. d) organização dos Estados centralizados, acompanhados pelo aprofundamento da eficiência burocrática. e) crítica ao movimento revolucionário, tido como ilegítimo em meio à ascensão popular conduzida pelo ideário nacionalista. Questão 10 - (FGV) "Nascido da dor, nutrindo-se da esperança, ele é na história o que é na poesia a saudade, uma feição inseparável da alma portuguesa". Desta maneira, o historiador português João Lúcio de Azevedo dimensionou a importância do sebastianismo para a cultura e para a história de seu país. Acerca desse fenômeno é correto afirmar: a) Trata-se de uma tendência literária vinculada à poesia barroca, que influenciou fortemente a cultura lusitana desde o início do século XVI. b) Trata-se de uma corrente da ilustração portuguesa desenvolvida no século XVIII e ligada a Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal. c) Trata-se de uma vertente do pensamento liberal português contemporâneo baseada nas obras do matemático José Sebastião e Silva. d) Trata-se de uma heresia protestante desenvolvida em Portugal, no século XVII, e muito difundida nas possessões coloniais, baseada no culto a São Sebastião. e) Trata-se de uma crença messiânico-milenarista vinculada ao desaparecimento do rei dom Sebastião no norte da África, em 1578. Questão 11 - (UFT TO) Avalie o texto descrito a seguir. “Para se compreender o caráter da colonização brasileira é preciso recuar no tempo para antes do seu início, e indagar das circunstâncias que a determinaram”. FONTE: PRADO JR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 11. A colonização do Brasil pelos portugueses, a partir do século XVI, foi consequência de um amplo processo histórico denominado: a) b) c) d) e) fragmentação total do sistema feudal do Ocidente europeu. expansão marítima e comercial dos países da Europa. cristalização das monarquias nacionais europeias. ascensão social e econômica da burguesia. adoção do protestantismo luterano. TEXTO: 2 - Comum à questão: 12 No século XVIII, emergiu nas Minas Gerais uma pequena elite, culta e letrada, que se ocupava de tarefas burocráticas e administrativas e se dedicava às artes e à literatura. Atraída pelo ideal iluminista, essa elite foi protagonista de um surto literário inédito no Brasil, produzindo obras de natureza poética. Os poetas líricos Tomás Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa exaltavam a vida bucólica e os amores tranquilos, seguindo a tradição dos modelos clássicos, em um movimento literário que ficou conhecido como Arcadismo. Formados em Coimbra, Portugal, ambos ocupavam cargos públicos nas Minas Gerais e, em 1789, protagonizaram uma das primeiras conspiraç ões separatistas na colônia: a Conjuração Mineira. (NAPOLITANO, Marcos; VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 293) Questão 12 - (PUCCamp SP) Deve-se associar ao Arcadismo, no Brasil, não apenas a paisagem bucólica e idealizada nos versos dos poetas, mas também a) o amadurecimento do sentimento nacionalista e dos ideais abolicionistas. b) a propagação de ideais políticos progressistas, como os que abraçaram os inconfidentes. c) a descrição dos novos espaços urbanos, dentro dos quais se louvava a vida da burguesia. d) a monumentalidade das paisagens tropicais, contra posta aos acanhados redutos da velha Arcádia. e) a natureza indômita do país, tomada como símbolo de resistência aos valores europeus. Questão 13 - (PUCCamp SP) A corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou, na segunda metade do século XV, conflitos e inúmeras controvérsias acerca do direito de posse sobre as terras descobertas ou a descobrir. Com o objetivo de definir os direitos de cada país, formularam-se diversos tratados, dos quais o primeiro foi o Tratado de Toledo, assinado em 1480. Esse tratado a) foi contestado pela Espanha por ter levado em consideração apenas os interesses de Portugal, excluindo os espanhóis e os demais países europeus da partilha dos territórios ultramarinos. b) reformulou a divisão das terras descobertas, ou a descobrir, entre portugueses e espanhóis e determinou que constituíam ato de posse e domínio, somente as terras habitadas e defendidas. c) garantiu à Coroa lusa as terras a descobrir ao sul das ilhas Canárias e constituiu uma importante vitória da diplomacia lusitana, pois assegurava a Portugal a rota das Índias pelo sul da África. d) tornou mais ampla para Portugal a possibilidade de conquistar os territórios a serem descobertos no Atlântico ocidental, cuja existência já era do conhecimento dos navegantes portugueses. e) promoveu a partilha do mundo entre Portugal e Espanha, por meio de um meridiano situado a 100 léguas de Cabo Verde: terras situadas a leste seriam dos portugueses e as do oeste seriam dos espanhóis. TEXTO: 3 - Comum à questão: 14 Parabolicamará Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo é muito grande Porque Terra é pequena Do tamanho da antena Parabolicamará GIL, G. Parabolicamará. Disponível em: <http://letras.mus.br/gilberto-gil/46234/>. Acesso em: 2 out. 2013. Questão 14 - (UESB) O fragmento da composição musical pode ser associado à perspectiva de horizontes geográficos que 01. defendiam que a terra, a partir do olhar renascentista, era o centro do universo, reforçando a concepção antropocentrista do homem como criador da natureza e da sociedade. 02. quebraram o monopólio comercial italiano, em consequência da busca de minas de ouro e de novas rotas para as Índias, resultando na expansão marítima e comercial da época moderna. 03. provocaram, em função das guerras napoleônicas que envolveram questões restritas a delimitações de fronteiras europeias, o isolamento da Europa do continente africano, asiático e americano. 04. se ampliaram com a política mercantilista, ao ocupar e colonizar a África e, através da Conferência de Berlim, dividir o continente em áreas espanholas e portuguesas. 05. determinaram a expansão territorial dos Estados Unidos para o oeste, no século XIX, e a ampliação dos direitos civis a toda população constituinte da sociedade estadunidense. Questão 15 - (PUC SP) “Enquanto as caravelas cruzavam os mares obedecendo a cálculos precisos, multidões se deliciavam, na Corte, com os espetáculos de Gil Vicente, onde se abria espaço às práticas cotidianas do povo comum, eivadas de magismo e de maravilhoso. Os processos quinhentistas da Inquisição atestam como era corriqueiro o recurso a filtros e poções mágicas, e difundida a crença nos poderes extraordinários do Demônio.” Laura de Mello e Souza. Inferno atlântico. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 21-22 O texto caracteriza a época da expansão marítima europeia (séculos XVe XVI) e destaca a) a vitória definitiva do pensamento racional sobre os valores rel igiosos e obscurant istas que caracterizavam a Idade Média. b) uma cruzada religiosa contra os infiéis e a tentativa cristã de libertar Jerusalém do domínio islâmico. c) a convivência entre pensamento racionalista e diversas formas de crenças no caráter maravilhoso do mundo. d) um esforço europeu para impor sua hegemonia militar, política e comercial sobre a América e o litoral atlântico da África. e) a ampliação do poder da Igreja, que passava a controlar as manifestações artísticas populares e perseguia os hereges. Questão 16 - (UFT TO) Vendo do mar, o sertão nos pareceu muito grande, porque, ao estender os olhos, não podíamos ver senão terras com arvoredos a perder de vista. Até agora não pudemos saber que haja aqui ouro, prata, ou alguma coisa de metal ou ferro, nem o vimos. Porém, a terra em si tem um ótimo clima, frio e temperado (...) As águas são muitas, infindas. E esta terra é tão graciosa, que, querendo aproveitá-la, tudo dará, em razão das águas que tem. Porém, o melhor fruto que se pode tirar desta terra me parece ser salvar essa gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza deve lançar nesta terra. AUSTURIANO, P. e MATIAS, R. A Carta de Pero Vaz de Caminha. Versão ilustrada em linguagem atual. São Paulo: FTD, 2000, p. 75-77. Sobre as Grandes Navegações, considere as alternativas abaixo: I. II. III. IV. As viagens de Colombo provocaram desavenças entre os reis de Portugal e da Espanha. Ambos afirmavam ter direitos sobre as terras que fossem descobertas. A questão foi solucionada com a assinatura do Tratado de Madri, em 07 de junho de 1494, que dividia o mundo entre os dois países. Em 1498, o português Vasco da Gama chegou à Calicute, na Índia. Estava descoberto o caminho para o Oriente e suas riquezas. Em 1500, a esquadra de Pedro Álvares Cabral partiu com a missão de chegar novamente à Índia, comprar grande quantidade de especiarias e firmar acordos com os comerciantes indianos. Os descobrimentos iniciados pelos portugueses provocaram profundas mudanças na visão de mundo dos europeus. Ampliou-se o conhecimento da Geografia Física. O contato direto com diversas civilizações, algumas muito antigas e complexas, como as da China e da Índia, e com culturas tão diferentes, como as da América, da África e da Oceania, abriu caminho para o nascimento de uma ideia mais ampla de humanidade. A chegada dos portugueses à América não provocou o mesmo entusiasmo da Viagem de Vasco da Gama às Índias. Durante as três primeiras décadas do século XVI, o Brasil, praticamente, serviu ao reino português apenas como local para abastecimento dos navios em viagem para as Índias. V. Após a chegada de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se em garantir seus direitos de posse sobre as novas terras. Para isso pediram a intervenção do Papa Alexandre VI, que por meio de um documento, conhecido pelo nome de Tratado de Tordesilhas, assinado em 04 de maio de 1493, estabeleceu que as novas terras descobertas seriam divididas entre as coroas de Portugal e Espanha. Assinale a alternativa que contém apenas as informações CORRETAS em relação às Grandes Navegações: a) b) c) d) e) II, III e IV II, III, e V I, III e V I, II, e V I, II, e IV Questão 17 - (UFV MG) É INCORRETO afirmar que o processo de conquista e formação dos impérios coloniais na América no século XVI: a) foi favorecido pela expansão comercial e marítima, pelo fortalecimento das monarquias absolutistas e pela política mercantilista. b) dizimou populações indígenas e destruiu as estruturas sociais existentes anteriormente. c) colocou em contato civilizações que se confrontaram pelo choque de culturas e pelo reconhecimento do Outro. d) deslocou o eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico, passando o comércio a ter proporções de empreendimento regional. Questão 18 - (UNIMONTES MG) A organização política da Europa em Estados Nacionais, a partir do século XV, pode ser considerada a) o resultado da união das várias dinastias reinantes após as dificuldades políticas da época medieval. b) a expansão do individualismo no campo econômico, tendo por base o poder temporal da igreja. c) uma forma de articulação das forças sociais em conflito e do progresso econômico decorrente das novas condições de vida. d) decorrente da expansão das fronteiras territoriais turco-otomanas, após a tomada de Constantinopla em 1453. Questão 19 - (UNIMONTES MG) Em relação à expansão marítima e comercial europeia, nos séculos XV e XVI, leia as seguintes afirmativas: I. O papel de protagonistas da expansão marítima e comercial moderna foi dos países ibéricos, cabendo o pioneirismo a Portugal. II. As conquistas espanholas, durante o século XV, ameaçaram os avanços náuticos portugueses na costa da África. III. A Revolução de Avis foi o marco inicial da expansão francesa pelo Ocidente. IV. A grande importância dada por Portugal à Índia deveu-se à produção e ao comércio de especiarias. Estão CORRETAS as afirmativas a) b) c) d) II e III, apenas. I e IV, apenas. III e IV, apenas. I e II, apenas. Questão 20 - (ESPCEX) As grandes navegações produziram o expansionismo do século XV e contribuiram para acelerara transição do feudalismo/capitalismo. Provocaram mudanças no comércio europeu, tais como: a) deslocamento do eixo econômico do Atlântico para o Pacífico; ascensão econômica das repúblicas italianas paralelamente ao declínio das potências mercantis atlânticas; acúmulo de capitais nas mãos da realeza. b) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos; declínio econômico das potências mercantis atlânticas; intenso afluxo de metais preciosos da América para a Europa. c) empobrecimento da burguesia europeia; deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; ascensão econômica das repúblicas italianas, paralelamente ao declínio das potências mercantis atlânticas. d) intenso afluxo de metais preciosos da América para a Europa, o que determinou a chamada “revolução dos preços do Século XVI”; deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; acúmulo de capitais nas mãos da burguesia europeia, em consequência da abundância de metais que afluiu para a Europa. e) ascensão econômica das repúblicas italianas, paralelamente ao declínio econômico de países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda; incorporação das áreas do continente americano e do litoral africano às rotas já tradicionais de comércio Europa – Ásia; acumulação de capitais nas mãos da nobreza e realeza europeias. Questão 21 - (USF SP) Leia o excerto a seguir. Com o advento da Idade Moderna, ocorreu uma profunda transição do feudalismo para o capitalismo. Nesse período, a posse da terra deixou de ser um dos principais indicadores de riqueza, dando lugar ao comércio. O recurso comum, portanto, para aumentar nossa riqueza e tesouro é pelo comércio externo, no qual devemos observar esta regra: vender mais aos estrangeiros, anualmente, do que consumimos de seus artigos (...) porque a parte de nosso stock que não nos for devolvida em mercadorias deverá necessariamente ser paga em dinheiro (...). Qualquer medida que tomemos para obter a entrada de dinheiro neste reino, este só permanecerá conosco se ganharmos na balança comercial... Adaptado de: MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1976. V. II, p. 223. Analisando o contexto histórico, é possível concluir que o texto faz menção ao a) mercantilismo, cujo objetivo era fortalecer o Estado, adotado pelas monarquias europeias na Idade Moderna. b) liberalismo econômico, que defende a livre concorrência econômica dentro da nação. c) capitalismo industrial, que exalta o superávit da balança comercial como elemento básicos da economia da era moderna. d) socialismo, que exalta o metalismo como base da economia de mercado. e) neoliberalismo, que defende a não intervenção do Estado na economia, favorecendo, dessa forma, o comércio intercolonial. Questão 22 - (UFPEL RS) O Antigo Sistema Colonial Moderno estava assentado no _____________ que fazia da colônia um mercado ___________ para a _____________. A ___________ e a expansão dos mercados tornaram o Sistema Colonial inoperante. As contradições econômicas ganhavam expressão teórica na crítica ao _______________ feita em nome de princípios ___________. A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto acima é a) livre-cambismo, exclusivo, burguesia metropolitana, Revolução Industrial, Absolutismo, democráticos. b) livre-cambismo, aberto, burguesia, Revolução Comercial, mercantilismo, absolutistas. c) monopólio comercial, exclusivo, burguesia mercantil colonial, Revolução Industrial, absolutismo, liberais. d) monopólio comercial, exclusivo, burguesia metropolitana, Revolução Comercial, absolutismo, mercantis. e) monopólio comercial, exclusivo, burguesia metropolitana, Revolução Industrial, mercantilismo, liberais. f) I. R. Questão 23 - (UNIUBE MG) (...)”a primeira preocupação dos Estados Colonizadores será a de resguardar a área de seu império colonial face às demais potências; a administração se fará a partir da metrópole.(...) Mas a médula do sistema, seu elemento definidor, reside no monopólio do comércio colonial...” NOVAIS. F. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial. In: Brasil em perspectiva. São Paulo: /difusão Europeia do Livro, 1996. Nesse contexto o autor define a política utilizada por Portugal em relação ao Brasil. Essa política econômica é conhecida como: a) Imperialismo industrial b) Globalização c) Liberalismo d) Mercantilismo e) Fisiocracismo Questão 24 - (ESPM) A primeira providência a tomar é impedir que o metal precioso saia do país. Para isso se toma toda uma série de medidas intervencionistas nos mais diversos domínios indiretamente para evitar as importações, e diretamente para evitar a evasão do metal. Desde o fim do século XV já Fernando e Isabel proíbem a saída dos metais: ouro e prata em barra, ouro e prata amoedados, baixelas de ouro e prata e uma infinidade de objetos de luxo que podem ser feitos desses metais. A inobservância dessas interdições é punida com penas severas, até mesmo com a pena de morte. (Paul Hugon. História das Doutrinas Econômicas) O texto deve ser relacionado com o: a) b) c) d) e) Fisiocratismo; Liberalismo; Neoliberalismo; Socialismo; Mercantilismo. Questão 25 - (UNIUBE MG) Dentro da política mercantil, o sistema colonial representava uma peça fundamental para o enriquecimento da Metrópole. A partir daí, temos o sentido que marcou a colonizaçção da América e de algumas regiões da África e da Ásia. Entretanto, essa colonicação não foi igual em todas as regiões conquistada. A América Portuguesa foi colonizada dentro dos objetivos que nortearam a Idade Moderna e com algumas peculiaridades. Podemos afirmar que a Metrópole implantou, na América Portuguesa, o sistema de: a) b) c) d) e) colônicas de exploração colônias de povoamento colônias de livre comércio com as demais nações europeias colônias imperialistas colônias de agressivo militarismo nas novas regiões conquistadas GABARITO: 1) Gab: E 2) Gab: E 3) Gab: B 4) Gab: C 5) Gab: A 6) Gab: A 7) Gab: C 8) Gab: B 9) Gab: B 10) Gab: E 11) Gab: B 12) Gab: B 13) Gab: C 14) Gab: 02 15) Gab: C 16) Gab: A 17) Gab: D 18) Gab: C 19) Gab: B 20) Gab: D 21) Gab: A 22) Gab: E 23) Gab: D 24) Gab: E 25) Gab: A