Disponível online http://ccforum.com/content/13/6/R194 Open Access O dispositivo de fechamento assistido a vácuo melhora a recuperação de pacientes em estado crítico após procedimento cirúrgicos de emergência Stefano Batacchi1, Stefania Matano1, Alessandra Nella1, Giovanni Zagli1, Manuela Bonizzoli1, Andrea Pasquini1, Valentina Anichini1, Valentina Tucci1, Giuseppe Manca2, Kevin Ban3, Andrea Valeri2 and Adriano Peris1 1Departamento de Emergência e UTI, Careggi Teaching Hospital, Viale Morgagni 85, 50139, Florência, Italia de Cirurgia Geral, Careggi Teaching Hospital, Careggi Teaching Hospital, Viale Morgagni 85, 50139, Florência, Italia 3Departmento de Medicina de Emergência, Beth Israel Deaconess Medical Center, Harvard Medical School, One Deaconess Road WCC-2, Boston, MA 02215 EUA 2Departmento Autor correspondente: Giovanni Zagli, [email protected] Recebido em: 5 de agosto de 2009 Revisões requisitadas em: 11 de setembro de 2009 Revisões recebidas em: 4 de novembro de 2009 Aceito em: 5 de dezembro de 2009 Publicado em: 5 de dezembro de 2009 Critical Care 2009, 13:R194 (doi:10.1186/cc8193) Este artigo está online em: http://ccforum.com/content/13/6/R194 © 2009 Batacchi et al.; licensee BioMed Central Ltd. Resumo Introdução - Pacientes em estado crítico de doenças com frequência desenvolvem hipertensão intra-abdominal (HIA), o que leva à síndrome do compartimento abdominal (SCA) com maior mortalidade subsequente. Comparamos dois sistemas de fechamento abdominal (saco de Bogotá e o dispositivo de fechamento assistido a vácuo (VAC)) no controle de pressão intra-abdominal (PIA). Metodologia - Este estudo prospectivo com controle histórico incluiu 66 paciente internado na unidade de tratamento intensivo (UTI) em um centro médico terciário (Careggi Hospital, Florença, Itália) de janeiro de 2006 a abril de 2009. O grupo de controle incluiu pacientes consecutivamente tratados com saco de Bogotá (Jan de 2006 - Out de 2007), enquanto o grupo prospectivo foi formado de pacientes tratados com VAC. Todos os pacientes passaram por cirurgia abdominal descompressiva. Os grupos foram comparados com base em seus PIA, pontuação SOFA, lactatos arteriais de série, a duração da abertura do abdômen, a necessidade de ventilação mecânica (VM) em conjunto com o tempo de internação na UTI e no hospital, e mortalidade. Os dados foram coletados a partir do momento da descompressão intestinal até o fim do monitoramento de pressão. Resultados – Os grupos do saco de Bogotá e VAC foram bem similares no que tange a demografia, diagnóstico de internação, severidade da doença, e grau de HIA. O sistema VAC foi mais eficiente no controle de PIA (P < 0,01) e na normalização de soro de lactatos (P < 0,001) em comparação com o saco de Bogotá durante as primeiras 24 horas após a descompressão cirúrgica. Não há diferença significativa entre as pontuações SOFA. Quando comparado ao Bogotá, o grupo VAC teve fechamento abdominal mais rápido (4,4 vs 6,6 dias, P = 0,025), menor duração de VM (7,1 vs 9,9 dias, P = 0,039), menor tempo de internação em UTI (TDI) (13,3 vs 19,2 dias, P = 0,024) e TDI em hospital (28,5 vs 34,9 dias; P = 0,019). A taxa de mortalidade não apresentou diferença significativa entre os dois grupos. Conclusões – Os pacientes com síndrome de compartimento abdominal que foram tratados com descompressão VAC obtiveram uma taxa de fechamento abdominal mais rápida e receberam alta mais cedo da UTI em comparação com pacientes similares tratados com o saco de Bogotá.