Versão Comentada

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Faculdade de Medicina de Jundiaí
TESTE DE PROGRESSO UNIFICADO
OUTUBRO/2010
Nome do Aluno
Número
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INSTRUÇÕES
Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a
120.
Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
Para cada questão existe apenas UMA resposta correta.
Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta.
Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.
VOCÊ DEVE:
Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está
respondendo.
Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D, E) da resposta que você
escolheu.
Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço bem forte
no quadrinho que aparece abaixo dessa letra.
ATENÇÃO
• Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
• Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada
implicará anulação dessa questão.
• Responda a todas as questões.
• Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos
eletrônicos.
• Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a
Folha de Respostas.
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".
edudata
1.
Uma injeção intra-muscular “mal aplicada” na região glútea pode lesar o tronco do
nervo isquiático. Quais músculos poderiam apresentar seqüelas decorrentes desta lesão?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
os músculos glúteo médio e mínimo.
os músculos glúteo máximo e piriforme.
os músculos bíceps femoral e tríceps sural.
os músculos quadríceps femoral e sartório.
os músculos adutor longo e grácil.
1- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A alternatica C é a única alternativa que apresenta músculos inervados pelo nervo
isquiático. Os musculos assinalados na alternativa A são inervados pelo nervo glúteo
superior. O músculo glúteo máximo é inervado pelo nervo glúteo inferior e o músculo
piriforme pelo nervo de mesmo nome. Os músculos quadríceps femoral e sartório são
inervados pelo nervo femoral e os músculos adutor longo e grácil, pelo nervo obturatório.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Moore & Dalley. Anatomia orientada para a clínica. 4ed. Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan, 2001
2.
Um paciente é incapaz de sentir o gosto de um torrão de açúcar colocado na parte
anterior da língua. Que nervo craniano provavelmente está com lesão?
(A) Hipoglosso
(B) Vago
(C) Glossofaríngeo
(D) Facial
(E) Divisão maxilar do nervo trigêmeo
2- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A gustação dos 2/3 anteriores da língua é de responsabilidade do nervo facial, enquanto a
gustação do 1/3 posterior da língua é feita pelo nervo glossofaríngeo. O nervo vago é
responsável pela gustação da epiglote, o nervo hipoglosso inerva os músculos intrínsecos
e extrínsecos da língua (movimentação) e a divisão maxilar do nervo trigêmeo é
responsável pela sensibilidade geral dos 2/3 anteriores da língua (dor, temperatura, tato e
pressão). Portanto, todos os nervos citados tem alguma relação com a inervação da
língua.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Moore & Dalley. Anatomia orientada para a clínica. 4ed. Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan, 2001
2 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
3. No disco epifisário, a zona onde ocorre a morte dos condrócitos e a mineralização dos
delgados tabiques de matriz cartilaginosa é denominada de:
(A) Zona de repouso
(B) Zona seriada ou de multiplicação
(C) Zona hipertrófica
(D) Zona de calcificação
(E) Zona de ossificação
3- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Na zona de calcificação, com a secreção do fator VEGF e do colágeno X pelos
condrócitos hipertrofiados e a gradual calcificação da matriz cartilaginosa, ocorre morte
dos condrócitos e invasão local de células hematopoiéticas e osteoprogenitoras.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Junqueira & Carneiro. Histologia Básica. Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2004.
4. A identificação de uma mácula densa em um corte de rim identifica um:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
túbulo proximal
duto papilar
alça do néfron (de Henle)
túbulo coletor
túbulo distal
4- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A mácula densa representa uma modificação da parede do túbulo distal quando este se
encosta ao corpúsculo de Malpighi do mesmo nefron, constituída por células cilíndricas,
altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. Faz parte do complexo
justaglomerular. A mácula densa é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no
fluído tubular, produzindo moléculas sinalizadortas que promovem a liberação de renina
na circulação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
a
Junqueira & Carneiro. Histologia Básica. Editora Guanabara Koogan, 10 edição, 2004
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 3
5. O colesterol presente na LDL (lipoproteínas de baixa densidade):
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
liga-se a um receptor celular e se difunde através da membrana plasmática.
quando entra na célula, inibe a atividade da ACAT (acil-CoA colesterol acil
transferase).
uma vez dentro da célula é convertido em ésteres de colesterol pela LCAT (lecitina:
colesterol acil-transferase).
representa a fração “ruim” do colesterol porque relaciona-se diretamente com
incidência de aterosclerose.
representa principalmente o colesterol que foi removido dos tecidos extra-hepáticos.
5- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Em relação a alternativa correta:
A LDL corresponde a principal lipoproteína que transporta o colesterol através do plasma
sanguíneo para os tecidos extra-hepáticos. Assim, a LDL apresenta relação direta com
acidentes cardiovasculares.
Em relação as alternativas incorretas:
a) não é o colesterol que se liga ao receptor e sim a apolipoproteína B 100.
b) quando entra na célula, ativa a ACAT
c) a enzima LCAT encontra-se na superfície das HDLs, portanto não poderia esterificar o
colesterol dentro célula
e) representa o colesterol que é levado para os tecidos extra-hepáticos e não o removido
de tais tecidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
a
LEHNINGER, Princípios de Bioquímica. 3 . edição, 2002.
a
DEVLIN. Manual de Bioquímica, com correlações clínicas. 5 . edição, 2003
6.
Foi isolada uma proteína que é super-expressa em um determinado tipo de câncer.
Um anticorpo monoclonal, que foi preparado, demonstra que a proteína é localizada na
membrana celular das células cancerosas, onde é expressa em maiores quantidades
comparadas com as células normais do pulmão. Estudos de fração de membrana
demonstraram que esta proteína é uma parte integral da membrana celular. Esta proteína
provavelmente funciona como:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Fator de crescimento
Receptor de fator de crescimento
Receptor de apoptose
Fator de transcrição
Uma cinase ciclina-dependente
4 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
6- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Uma importante característica da célula cancerosa é sua diferença na velocidade e forma
de crescimento. A proteína com maior expressão na superfície de membrana deve
representar o receptor do fator de crescimento, e não ele em si, fator de transcric’~ao e
cinase não se aplicam. Há sim receptor de apoptose na superfície das membranas, que
uma das 2 vias possíveis de apoptose: via receptor e via liberac’~ao de proteína próapoptose pela mitocôndria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
John Axford & Chris O’Callaghan @ edição pg-27/33
7. Em relação ao equilíbrio ácido-básico do sangue, é correto afirmar que:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
o excesso de base (BE) se refere a problemas respiratórios do paciente.
a hiperventilação é a primeira resposta para uma acidose metabólica.
o paciente com BE > 0 apresenta alcalose respiratória.
+
a eliminação de íons H na urina é a primeira compensação para uma alcalose
metabólica.
a reabsorção de bicarbonato pelos rins é um dos mecanismos para compensar a
alcalose metabólica.
7- Resposta B
8. Um dos riscos do uso crônico de diuréticos é a perda excessiva de potássio, devida:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
à inibição da produção de aldosterona pelos diuréticos.
à inibição do sistema renina-angiotensina pelos diuréticos.
+
ao estímulo da Na-K ATPase do nefro distal pela maior carga distal de Na .
ao bloqueio dos canais de sódio no duto coletor.
ao estímulo da Na-K ATPase do nefro proximal causando aumento da carga distal
+
de Na .
8- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Os diuréticos usados em clínica, na maioria das vezes, age diminuindo a reabsorcão de
Na+ ao longo do nefron, esta carga age osmaticamente arrastando água levando à
diurese aumentada. Com o maior aporte de Na+ ao nefro distal ocorre estímulo da Na-K
ATPase com perda deste íon.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Guyton & Hall tratado de Fisiologia médica 9 edição pg-374/375
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 5
9.
Quando a razão entre as concentrações plasmáticas de insulina e glucagon é baixa
pode ser observado:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
aumento da neoglicogênese, da lipólise e da formação dos corpos cetônicos.
aumento da neoglicogênese e da lipólise e diminuição na formação de corpos
cetônicos.
diminuição da neoglicogênese e da lipólise e aumento na formação de corpos
cetônicos.
diminuição da neoglicogênese, da lipólise e da formação dos corpos cetônicos.
aumento da neoglicogênese e diminuição da lipólise e da formação de corpos
cetônicos.
9- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Níveis diminuídos de insulina e aumento da concentração de glucagon favorecem a
ativação da produção hepática de glicose (neoglicogênese), estimulam a mobilização de
ácidos graxos (lipólise), os quais serão β-oxidados no fígado (pela queda do malonil-CoA
e aumento da atividade da carnitina acil-transferase I) e aumenta a formação dos corpos
cetônicos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Berne & Levy – Fisiologia. Cap. 41 – pag. 815-843, 2004
a
Aires – Fisiologia . Cap. 71 – pag. 842-854, 2 ed., 1999
10.
A necrópsia de um homem de 25 anos apresentou medula óssea hipercelular às
custas de células imaturas da série mielóide, raros eritroblastos e megacariócitos; polpa
vermelha do baço preenchida por células mielóides. Assinale o diagnóstico CORRETO:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Leucemia linfóide aguda e infiltração esplênica.
Leucemia mielóide aguda e esplenite reacional.
Leucemia mielóide crônica e infiltração esplênica.
Leucemia linfóide aguda e esplenite reacional.
Leucemia mielóide aguda e infiltração esplênica.
10- Resposta E
6 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
11.
Mulher, não fumante, apresenta queixa de tosse e dor torácica há 3 meses e no
exame radiológico de tórax observa-se nódulo pulmonar de aproximadamente 2,5 cm de
diâmetro, periférico, sem evidência de necrose e invasão de estruturas adjacentes. O
estudo histológico da lesão demonstra tratar-se de neoplasia maligna pulmonar. Qual o
tipo histológico mais provável?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Linfoma pulmonar
Carcinoma indiferenciado de grandes células
Adenocarcinoma
Carcinoma espinocelular
Carcinoma de pequenas células (oat cell carcinoma)
11- Resposta C
12. Qual é a melhor explicação para o fato de que 8 a 10% das mulheres heterozigotas
para a distrofia muscular de Duchenne apresentarem fraqueza muscular?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Expressão variável do gene da doença.
Doença ligada ao X- recessiva.
Uma alta proporção de cromossomos X carregando a mutação está ativa nessas
mulheres.
Relaxamento de imprinting.
A inativação do X não afeta todo o cromossomo.
12- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Normalmente as mulheres só têm um cromossomo X ativo por célula, mas as células
podem ter o X paterno ou o materno ativo. Em geral a proporção é de 50% de X inativo
paterno e 50% de materno. Em doenças ligadas ao X -recessivas, heterozigotas não
apresentariam quadro clínico porque em 50% das suas células o X com o gene alterado
estaria inativo. Caso haja um desvio a favor da ativação do cromossomo X portador da
mutação em um tecido onde este gene seja importante, eventualmente, poderia haver
sintomatologia da doença.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Nussbaum RI, McInnes RR, Willard HF. Padrões de Herança Monogênica in Thompson &
Thompson Genética Médica. Tradução de PA Motta. 6a ed. Guanabara-Koogan, Rio de
Janeiro, 2002. Capítulo 6. p56-64
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 7
13. Que condição está freqüentemente associada ao polidrâmnio?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A atresia de esôfago, porque nesta condição o feto não consegue deglutir o líquido
amniótico.
A agenesia renal, porque nesta condição há falta de contribuição de urina fetal para
o fluido amniótico.
A ausência do ducto mesonéfrico pode induzir a formação do apêndice vesiculoso,
resultando em excesso de líquido amniótico.
A extremidade cranial do ducto paramesonéfrico pode persistir como apêndice
anterior, resultando em falta de fluido amniótico.
A extremidade cranial do ducto mesonéfrico pode persistir como apêndice
vesiculoso, resultando em falta de líquido amniótico.
13- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Um grande volume de fluido amniótico (polidrâmnio) ocorre porque devido a obstrução do
esôfago o liquido amniótico não é absorvido pelo trato digestivo distal. A maioria dos
casos (60%) é idiopática, 20% são causados por fatores maternos e 20% têm origem fetal,
como por exemplo atresia esofágica. A atresia esofágica resulta de um desvio do septo
traqueoesofágico em uma direção posterior; como resultado, há uma separação
incompleta do esôfago do tubo laringotraqueal. A atresia de esôfago pode estar associada
a outras anomalias congênitas, por exemplo, atresia anorretal e anomalias do sistema
urogenital. Nesses casos, a atresia resulta da falta de recanalização do esôfago durante a
oitava semana do desenvolvimento. Acredita-se que a parada do desenvolvimento seja
causada por proliferação defeituosa de células endodérmicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
14. Estudante de biologia de 24 anos deve apresentar seu trabalho de conclusão de
curso para uma banca. Como em apresentação anterior para seus colegas ele apresentou
sudorese palmar e palpitações, o que o impediu de concluir sua apresentação, teme que o
mesmo aconteça agora. Qual dos seguintes fármacos pode aliviar seus sintomas sem
produzir sonolência ou sedação excessiva?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hidrato de Cloral
Propanolol
Zoplicona
Medazepam
Alprazolam
8 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
14- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS
O propanolol, um beta bloqueador, pode se útil no alívio de sintomas autonômicos, tais
como palpitações, sudorese palmar, sintomas estes frequentemente associados ao medo
e à fobia. Assim, a sua administração em uma única dose, poucas horas antes de um
evento estressante, pode contribuir para promover alívio. Os outros fármacos produzem
sedação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Katzung, B.G. Farmacologia Básica & Clínica, Editora Guanabara-Koogan, 9ª edição,
2006.
15. Quanto às reações de hipersensibilidade, é correto afirmar:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Nas reações de hipersensibilidade do tipo I os anticorpos da classe IgG ligam-se
com alta afinidade aos receptores para a fração Fc na superfície de mastócitos
tissulares e basófilos sanguineos.
Nas reações de hipersensibilidade do tipo I a exposição a um alérgeno ativa células
B a se diferenciarem em plasmócitos secretores de IgE, sob influência das células
CD4+, produtoras de interferon – gamma.
A dermatite de contato é uma das manifestações clínicas das reações de
hipersensibilidade do tipo I.
As reações a transfusões sanguíneas incompatíveis, a eritroblastose fetal e a
anemia hemolítica autoimune são manifestações típicas das reações de
hipersensibilidade causadas pela deposição de imunocomplexos nos tecidos.
O termo hiposensibilização é usado para designar a imunoterapia com injeções
repetidas de doses crescentes de alérgenos, utilizada principalmente para reduzir as
reações de hipersensibilidade do tipo I, como a asma.
15- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS
A alternativas são claras no sentido de permitir ao aluno indicar qual delas propõe um
mecanismo correto envolvido nas várias formas de reações de hipersensibilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a
Abbas A.K., Lichtman A.H., Pober J.S. Imunologia celular e molecular 5 ed. Livraria e
Editora Revinter Ltda, 2005
a
Goldsby R.A., Kindt T.J.,Osborne B.A. Imunologia, 4 ed. Livraria e Editora Revinter Ltda,
2002
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 9
16.
A resposta imune divide-se em inata e específica. Representam células da
imunidade inata:
(A) Monócitos, neutrófilos e linfócitos B.
(B) Neutrófilos, monócitos e células NK.
(C) Células NK, linfócitos B e macrófagos.
(D) Linfócitos B, células dendríticas e células NK.
(E) Macrófagos, linfócitos B e células dendríticas.
16- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
As células da imunidade inata representam a primeira linha de defesa do organismo, não
necessitam de ativação prévia, desempenhando sua função efetora logo após o
contato/encontro com o antígeno. De modo geral, são descritas como fagócitos mono e
polimorfonucleares. Representam as células da imunidade inata: neutrófilos, monócitos,
macrófagos, células dendríticas e células NK. Os mastócitos, eosinófilos e basófilos
também são descritos como células da imunidade inata pelo fato de não expressarem
receptores que reconhecem o antígeno de modo específico. No entanto, para exercerem
sua função efetora, necessitam da presença das imunoglobulinas que interagem com
receptores na superfície destas células. Os linfócitos B e T representam as células da
imunidade específica, sendo os linfócitos T divididos em populações de linfócitos T CD4+
(auxiliares) e T CD8+ (citotóxicos). Todos os linfócitos B e T expressam receptores que
reconhecem o antígeno de modo específico, embora existam diferenças no
reconhecimento de antígenos por linfócitos B e T. Os linfócitos necessitam de vários dias
para que ocorra a ativação e expansão (proliferação) dos clones que reconheceram o
antígeno específico nos órgãos linfóides secundários. A ativação destas células resulta na
realização de sua função efetora e na diferenciação de células de memória
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a
Abbas A.K., Lichtman A.H., Pober J.S. Imunologia celular e molecular 5 ed. Livraria e
Editora Revinter Ltda, 2005
a
Goldsby R.A., Kindt T.J.,Osborne B.A. Imunologia, 4 ed. Livraria e Editora Revinter Ltda,
2002
17. A razão para a necessidade de vacinação anual contra influenza é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A rápida queda da imunidade gerada pela vacina entre idosos, pois estes têm
resposta imune comprometida.
A curta meia-vida dos anticorpos protetores gerados pela vacina com vírus mortos,
pois esta tem baixa imunogenicidade.
A vantagem de vacinações repetidas (efeito ‘booster’), com ganho de imunidade
progressivamente mais protetora contra influenza.
A freqüente recombinação entre vírus influenza de diferentes espécies animais,
gerando cepas potencialmente pandêmicas.
Acúmulo de mutações pontuais durante a transcrição pela RNA-polimerase RNAdependente viral, o que gera variantes antigênicas sem imunidade cruzada
significante.
10 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
17- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A vacinação deve ser repetida anualmente por causa da rápida variação antigênica de
influenza, sem que haja imunidade cruzada entre cepas atuais e previamente circulantes
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pffaler MA - Medical Microbiology. Cap 56
18. Vírus da família Herpesviridae causam infecções de grande importância médica, com
manifestações clínicas muito variáveis e freqüentemente recorrentes. Dentre as
características biológicas citadas abaixo, assinale a que é comum a todos os elementos
da família e essencial para o caráter caracteristicamente crônico das infecções por esses
agentes:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Estrutura viral dotada de envoltório lipoprotéico, capsídeo icosaédrico e genoma de
DNA de fita dupla.
Organização genômica que permite expressão gênica de modo trifásico.
Capacidade de permanecer em latência em células de diversos tecidos, variáveis de
acordo com a espécie de vírus.
Capacidade de transmissão inter-humana direta.
Presença de proteínas virais que são inibidoras da resposta imune CD8+ essencial
para eliminar células infectadas.
18- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A característica biológica comum a todos os elementos da família Herpesviridae que é
essencial para a cronicidade das infecções é a capacidade de permanecer em estado de
latência, interrompida por reativações durante as quais manifestações clínicas aparecem.
Membros diferentes da família Herpesviridae estabelecem-se em latência em tecidos
diferentes do hospedeiro. Alguns exemplos são: herpes simplex e varicella-zoster em
neurônios, vírus de Epstein-Barr em linfócitos B e epitélio da nasofaringe, CMV em células
T e macrófagos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pffaler MA - Medical Microbiology. Cap 51
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 11
19. Homem, com problemas intestinais consultou um gastroenterologista. Após ouvir e
anotar as queixas do paciente, o médico solicitou um exame de fezes. Analisando o
resultado do exame laboratorial e considerando as queixas do paciente, o médico concluiu
que ele estava com amebíase e giardíase porque:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O paciente queixou-se de fortes dores abdominais, com exame laboratorial
indicando cocos Gram positivos.
No exame de fezes foram encontradas apenas formas de resistência dos respectivos
parasitos.
O exame de fezes não detecta a giardíase e amebíase porque os parasitas se
localizam no duodeno.
O paciente queixou-se de diarréia e o exame detectou presença de sangue e
gordura nas fezes.
No exame de fezes foi detectado sangue com presença de esporozoários associado
com lesões da musculatura do trato gastrointestinal, principalmente esofagiana.
19- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
No exame de fezes foram encontradas apenas formas de resistência dos respectivos
parasitos.
Comentarios: Comprovacao da eliminacao dos cistos de Giardia e Entamoeba sp nas
fezes do paciente. Não se aceita a resposta D - "O paciente queixou-se de diarréia e o
exame detectou presença de sangue e gordura nas fezes" porque são indicadores da
patologia.
As outras respostas (A, C e E) são conceitualmente erradas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
> Rey, L. Parasitologia, Guanabara Koogan, 3ª ed. 2001.
20. Adolescente de 15 anos procura o serviço porque decidiu iniciar vida sexual e deseja
método anticoncepcional. Informa que a mãe não sabe da sua decisão. A conduta correta
é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
prescrever um ACHO e retornar após ter tido relação
desaconselhar a paciente a iniciar a atividade sexual, pois a mesma é muito jovem
chamar a mãe ou responsável para participar da consulta a despeito do desejo da
paciente
orientar a paciente sobre DST, expor métodos anticoncepcionais e agendar retorno
para verificar adesão às orientações e ao método escolhido
prescrever preservativo pois o ACHO está contra-indicado na adolescência
12 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
20- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Tema bastante controverso na literatura médica e que muitas vezes é conduzido de forma
inadequada. Nesta faixa etária é muito importante prevenir gestação e também as DST. A
paciente precisa estar envolvida na decisão e assumir algumas responsabilidade. A
simples prescrição do método sem orientações adequadas não permite um vínculo de
confiança entre o profissional e a adolescente e o segredo médico não deve ser violado se
a paciente não deseja que a mãe saiba.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Manual de orientação da FEBRASGO
21.
Dos desafios institucionais para expandir e qualificar a atenção básica no contexto
brasileiro destaca-se:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
a expansão e estruturação de uma rede de unidades básicas de saúde que
permitam a atuação das equipes na proposta da saúde da família.
a contínua revisão dos processos de trabalho das equipes de saúde da família,
reforçando o papel do médico como condutor da equipe.
a elaboração de protocolos assistenciais dirigidos aos problemas mais freqüentes do
estado de saúde da população, com ênfase na atenção curativa.
a definição de mecanismos de financiamento que contribuam para a redução das
desigualdades regionais, com maior aporte de recursos por parte do Município.
o planejamento e programação definidos pelo nível federal.
21- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo
assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes
multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são
responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias,
localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de
promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos
mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A
responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes
saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos
para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS (MS).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Brasil. Atenção Básica e a Saúde da Família.
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php#desafios
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 13
22.
Um pequeno município do interior de São Paulo tem 100% da atenção básica
formada por unidades do Programa de Saúde da Família (USF). Tendo em vista os
princípios do SUS, para que o referido município obtenha adequado funcionamento da
rede de atenção à saúde, no nível primário, é necessário:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
alocação de médicos especialistas nas USF para ampliar a resolutividade do
trabalho em equipe.
conhecer adequadamente a área de abrangência de cada USF, suas principais
características demográficas, sócio-culturais e econômicas e os principais problemas
de saúde de cada região das USF.
limitar o papel da enfermagem à gerência das USF e coordenação do trabalho das
auxiliares de enfermagem, tendo em vista sua restrita capacidade de cuidado,
diagnóstico e atendimento aos pacientes.
valorização e racionalização do trabalho em equipe visando priorizar a recuperação
da saúde e o atendimento às necessidades dos pacientes com doenças mais
graves.
garantir o acesso aos recursos diagnósticos quando requeridos pelos pacientes,
independente de quem ou onde foram solicitados.
22- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Estudantes de medicina devem ter conhecimento sobre os princípios da atenção primária
e sobre o SUS.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
23. Em relação ao conceito de saúde que está colocado no Relatório Final da VIII
Conferência Nacional de Saúde como: “Direito à saúde significa a garantia, pelo Estado,
de condições dignas de vida e de acesso universal e igualitário às ações e serviços de
promoção, proteção e recuperação da saúde, em todos os seus níveis, a todos os
habitantes do território nacional, levando ao desenvolvimento pleno do ser humano em
sua individualidade (Brasil/MS,1986)”, pode-se fazer a seguinte consideração:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
É um conceito utópico, altamente idealizado, pois o Estado não é capaz de garantir
este direito.
Discute que há necessidade de articulação entre diferentes setores e políticas
governamentais, rompendo com um modelo de atenção baseado na medicina.
É semelhante ao conceito da OMS “Saúde é um bem estar físico, mental e social
não somente ausência de doença”.
A promoção à saúde e a prevenção da forma como estão colocadas são sinônimos
uma vez que os dois tipos de ações evitam que as pessoas adoeçam.
A promoção à saúde envolve medidas específicas para que as pessoas não sejam
acometidas pela doença cujas ações específicas estão sendo realizadas.
14 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
23- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Traz o conceito amplo de saúde. Reconhece oficialmente que o modelo de atenção, que
busque a saúde das pessoas deve integrar as dimensões: ambiental, social, política,
econômica, comportamental, biológica e médica.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Czeresnia, Dina (org), Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendência. Rio de
Janeiro: editora Fiocruz, 2003.
24. Quando se pensa em educar para a saúde, normalmente pensamos que a base para
este processo deve se pautar nos preceitos de Paulo Freire, um grande educador de
nosso país. Portanto, a posição do médico em relação a seu paciente em um processo
pedagógico deve ser:
(A) Relação dialógica, entendendo que são dois sujeitos portadores de verdades
distintas e que delas é que se deve emergir uma proposta comum.
(B) O médico é sabedor do que é bom ou não para a saúde de seu paciente e deve
impor ao paciente as condutas que ele deve ter.
(C) O paciente é portador de uma cultura e compete ao médico acatar a verdade
popular sem interferir.
(D) O médico conhece mais, mas para convencer o paciente aceita seus argumentos e
no fim acaba viabilizando sua verdade.
(E) Um médico não precisa preocupar-se com o aspecto pedagógico. Se há dificuldades
de entendimento do paciente, solicita-se ao enfermeiro que faça o processo
educativo.
24- Resposta A
25.
Em 2004, numa unidade de Saúde da Família que abrange 60.000 habitantes, foi
detectado uma elevada taxa de mortalidade perinatal. As seguintes estratégias devem ser
adotas para o enfrentamento do problema:
(A) Garantia de atendimento, encaminhamento e monitoramento para as gestantes em
que foi diagnosticado risco e alto risco gestacional.
(B) Adequação das informações sobre o coeficiente de mortalidade infantil que pode
estar sujeito às seguintes distorções: sub-registro de nascimentos, erro na definição
de nascido vivo no ano e o número incorreto de perdas fetais tardias, componente
do numerador do coeficiente de mortalidade infantil.
(C) Melhora dos registros do atendimento às gestantes, que deve ser feito
exclusivamente por médicos obstetras, para garantir a qualidade dos mesmos.
(D) Garantia de apoio diagnóstico e de imunização à gestante com a realização precoce
de sorologia para sífilis e HIV; tipagem sanguínea; vacinação anti-tetânica e antirubéola.
(E) Adoção de medidas que assegurem o respeito à gestante durante a realização do
pré-natal, como atendimento com maior flexibilidade quanto ao início do pré-natal e
quanto ao número de consultas do mesmo, de acordo com a livre escolha da
paciente.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 15
25- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Deve ser feita a detecção de gestantes de risco e alto risco gestacional e as mesmas
devem ser acompanhadas na Unidade de Saúde da Família pela equipe, e devem ser
encaminhadas para referência de especialidade obstétrica objetivando a redução da
mortalidade perinatal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
26.
Entre as dificuldades encontradas para o controle da tuberculose, assinale a
alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
necessidade de recursos diagnósticos de alta complexidade.
falta de leitos hospitalares.
inexistência de um esquema terapêutico eficaz.
aumento das infecções respiratórias nos meses de inverno.
abandono do tratamento antes de sua conclusão.
26- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Hoje se dispõe de medidas eficazes para o controle da doença (métodos
diagnósticos,terapêuticos e preventivos efetivos), mas é necessário que estas medidas
possam ser cumpridas de maneira regular e contínua, garantindo que os métodos
utilizados para o controle da doença estejam disponíveis à todos. Os principais problemas
que impedem o controle adequado da tuberculose (abandono do tratamento, emergência
de bacilos resistentes, principalmente à isoniazida e à rifampicina) estariam sendo
evitados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Frieden T.R., Sterling T.R., Munsiff S.S., Watt C.J., Dye C. Tuberculosis. LANCET, Vol
362, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro de Referência Prof.
Hélio Fraga. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Controle da tuberculose:
a
uma proposta de integração ensino serviço, 5 ed,FUNASA/CRPHF/SBPT, 2002
16 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
27.
O campeonato mundial de futebol de 2006 foi na Alemanha; país que registrou a
ocorrência de diversos casos de sarampo neste ano. No Brasil, a transmissão autóctone
desta doença está interrompida desde 2000, dada a boa cobertura vacinal alcançada no
país. Qual alternativa abaixo melhor expressa a decisão tomada pelo Ministério da Saúde
brasileiro diante deste quadro:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Tornou obrigatória a vacinação contra o sarampo para todos aqueles que viajaram
para a Alemanha no período.
Recomendou a quimioprofilaxia de todos viajantes à Alemanha comunicantes de
doentes de sarampo.
Recomendou a vacinação com a tríplice viral, a todos que se dirigissem aquele país,
no mínimo duas semanas antes da viagem.
Recomendou que todos os viajantes recebessem a vacina DPT, antes de viajarem.
Tranqüilizou os viajantes àquele país que dada a boa cobertura vacinal contra o
sarampo não seria necessário vaciná-los.
27- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Dado que na região norte da Alemanha 1.106 casos de sarampo haviam sido registrados
em 2006, o MS publicou nota a respeito do risco de transmissão desta enfermidade. Neste
informe recomendava que aqueles que fossem viajar a este país recebessem a vacina
tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) no mínimo duas semanas antes da viagem.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
a
Fundação Nacional de Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 5 . ed. Brasília:
FUNASA, 2002.
www.saude.gov.br/svs
www.cve.saude.sp.gov.br
28. Homem de 22 anos recebeu hoje diagnóstico de Hanseníase na forma tuberculóide.
Assinale as ações relativas à vigilância epidemiológica do caso:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Convocação de todos os familiares do paciente para consulta médica.
Investigação dos casos suspeitos de Hanseníase na vizinhança onde reside o
paciente.
Realização de vacinação com BCG intradérmico em todos os familiares e vizinhos
do paciente.
Orientação quanto ao afastamento do doente até a negativação da baciloscopia.
Realização de vacinação com BCG intradérmico dos contatos intradomiciliares sem
diagnóstico de Hanseníase.
28- Resposta E
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 17
29. Estudante de 19 anos foi atendido com quadro clínico sugestivo de meningite
meningocócica. Foi providenciada a sua internação, iniciado o tratamento específico e de
suporte, mantido em isolamento nas primeiras 24 horas da antibioticoterapia, coletado
sangue e líquor para diagnóstico laboratorial (bacterioscopia, cultura e
contraimunoeletroforese) e iniciada investigação epidemiológica para localizar a possível
fonte de infecção. Que outra ação de saúde coletiva está indicada neste caso?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Vigilância dos contatos por um período de 4 dias.
Imunização imediata de todos os contatos com vacina polivalente contra
meningococo.
Realização de profilaxia com antibiótico dirigida aos profissionais de saúde que
atenderam o paciente.
Realização de profilaxia com antibiótico dos contatos íntimos do doente.
Quimioprofilaxia e vacinação dos contatos e da equipe de saúde.
29- Resposta D
30. Paciente adulto do sexo masculino foi atendido em serviço de saúde com sintomas
de febre (T=38,5°C), de início súbito, acompanhada de mialgia, artralgia e cefaléia frontal,
com duração aproximada de dois dias. Apresentou episódio de sangramento nasal de
pequena intensidade, que motivou sua ida ao serviço. Foi aferida sua pressão arterial
(PAS=9 cm Hg; PAD=6cmHg). Não relatava nenhuma viagem à áreas endêmicas de
malária ou febre amarela. Havia sido vacinado contra febre amarela há 2 anos. Negou
contato com roedores urbanos ou silvestres. Foram solicitados alguns exames, com
resultados expostas a seguir:
1. Hemograma: leucopenia sem desvio à esquerda, com ligeiro aumento de linfócitos.
2. Hematócrito: normal.
3. Plaquetas: aparentemente normais em quantidade.
4. Prova do torniquete (laço): negativa.
A notificação ao sistema de vigilância epidemiológica deverá ser feita como caso suspeito
de:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Dengue clássico.
Síndrome do choque por dengue.
Dengue hemorrágico, sem choque.
Dengue clássico, após confirmação sorológica.
Não deve ocorrer notificação.
18 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
30- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Paciente apresenta quadro clínico compatível com dengue, muito embora outras doenças
não possam ser descartadas. A notificação de dengue é feita à simples suspeita,
aguardando-se os resultados dos exames virológicos e sorológicos para confirmação
diagnóstica. Os exames apresentam apenas alterações qualitativas indicativas de se tratar
de um quadro de natureza viral, sem sinais que levariam a pensar em dengue
hemorrágico. O sangramento nasal de pequena magnitude pode ocorrer em casos de
dengue clássico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Guia de Vigilância Epidemiológica – Ministério da Saúde.
31. A hipertensão arterial é sabidamente o principal fator de risco para doença cérebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência renal crônica e doença vascular
periférica. Estima-se que sua prevalência esteja entre 22,3% a 43,9% da população adulta
brasileira. Em vista disto, qual medida abaixo melhor representa uma ação de prevenção
primária desta condição:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Aferição da pressão arterial a cada dois anos em adultos.
Diminuição da ingestão de potássio.
Parar de fumar.
Identificação e tratamento precoce dos indivíduos hipertensos assintomáticos.
Perda de peso.
31- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Em consenso publicado em 2002, um grupo de trabalho americano (National High Blood
Pressure Education Program Working Group) atestou a eficácia das seguintes medidas
para a prevenção primária da hipertensão: perda de peso, redução na ingestão de sódio,
aumento da atividade física, diminuição do consumo de bebidas alcoólicas,
suplementação alimentar de potássio e modificações na dieta (rica em vegetais e frutas,
pobre em gordura saturada).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Silva A S, Passos, A D C. Prevenção Primária da Hipertensão Arterial. In: Brandão A,
Amodeo C, Nobre F, Fuchs F D. Hipertensão. Rio de Janeiro, Elsevier, 2006, p. 269-75.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 19
32. Uma equipe do Programa de Saúde da Família identifica uma determinada doença
que é responsável por uma grande porcentagem de mortes. Decidem implantar um
programa para detecção precoce das pessoas que estariam apresentando essa doença,
por meio de um teste diagnóstico. Qual a principal característica que esse teste deve ter?
(A) Alta especificidade
(B) Ter valor preditivo positivo elevado
(C) Ter valor preditivo negativo elevado
(D) Alta sensibilidade
(E) Ter baixo valor adscrito
32- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A sensibilidade de um teste é a capacidade de efetuar diagnósticos corretos quando a
doença está presente (verdadeiro positivo)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Rouquayrol, MZ e Almeida Filho, N. Epidemiologia e Saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: Medsi.
33.
Analise as afirmativas sobre a mortalidade materna baseadas no quadro abaixo e
assinale a alternativa CORRETA:
Razão de mortalidade materna
Nº de óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos, Brasil, 1996 – 2002.
Brasil
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
47,94
59,92
64,19
58,56
47,36
69,19
73,05
I - Valores elevados da mortalidade materna podem estar refletindo os esforços
realizados, em cada estado, para melhorar a qualidade da informação.
II – Este indicador representa a precariedade da assistência à saúde da mulher durante
o ciclo gravídico-puerperal.
III – Pode servir como um indicador de transição epidemiológica devido a baixa
fidedignidade das informações.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
As afirmativas I, II e III estão corretas
As afirmativas I e II estão corretas
As afirmativas I e III estão corretas
As afirmativas II e III estão corretas
A afirmativa II está correta
20 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
33- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O problema deste indicador é de que as informações não são fidedignas, provavelmente
pelo desconhecimento do medico que preenche a declaração de óbito
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Medronho, Roberto (ed). Epidemilogia. São Paulo: Atheneu. 2004.
34. Constitui uma desvantagem de estudos de caso-controle em relação aos estudos de
coorte:
(A) São mais caros e longos.
(B) Maior dificuldade para estudar doenças raras.
(C) É mais difícil encontrar controles.
(D) Possibilidade de viés quanto à informação sobre exposição.
(E) É mais difícil assegurar a comparabilidade entre casos e controles.
34- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A resposta é D. Nos estudos de caso controle existe o viés de memória: o caso e o
controle tem que se lembrar da exposição que aconteceu no passado. De modo geral,
essa dificuldade é maior ainda para os controles. A alternativa A está errada porque
estudos de caso controle são mais curtos e menos caros do que as coortes. A B está
errada porque ele é o tipo de estudo mais adequado para doenças raras já que se parte
dos casos da doença em vez de se esperar que ela aconteça como nas coortes. A C está
errada porque não é tão dificil conseguir os controles embora seja mais dificil do que
conseguir os casos. A E está errada porque não há dificuldade em comparar casos e
controles.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
35. Em um estudo epidemiológico de coorte encontrou-se um risco relativo (RR) de
úlcera gástrica (UG) associada ao tabagismo igual a 2,0 (IC95% 1,4-2,9). Quando os
dados foram ajustados por história de consumo de álcool, o RR foi de 1,4 (IC95% - 0,92,0). Baseado nessas informações, assinale a alternativa correta:
(A) Tabagismo é um fator de risco para UG.
(B) Tabagismo é variável de confusão para a associação entre UG e consumo de álcool.
(C) O indivíduo que bebe tem 1,4 vezes mais risco de UG comparado aquele que não
bebe.
(D) Existe gradiente biológico nesta associação.
(E) Consumo de álcool é uma variável de confusão para a associação entre UG e
tabagismo.
35- Resposta E
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 21
36.
O gráfico abaixo mostra a evolução dos componentes de um certo indicador de
saúde no Estado de São Paulo, de 1970 a 2004.
45
40
35
25
20
15
I
10
5
II
0
19
70
19
71
19
72
19
73
19
74
19
75
19
76
19
77
19
78
19
79
19
80
19
81
19
82
19
83
19
84
19
85
19
86
19
87
19
88
19
89
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
Por mil
30
Se esse indicador for
(A) A mortalidade infantil
a linha I pode ser
o componente
e a linha II pode ser
o componente
neonatal
pós-neonatal.
(B) A mortalidade geral
feminino
Masculino.
(C) A mortalidade por AIDS
infantil
adulto.
(D) A mortalidade infantil
pós-neonatal
neonatal.
(E) A mortalidade geral
transmissível
não transmissível.
36- Resposta A
22 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
37. Foi feito estudo caso-controle de base hospitalar (hospitais públicos), para avaliar se
a classe sócio-econômica (classificada pela propriedade de carro próprio) influía na
ocorrência de infarto agudo do miocárdio (IAM = casos). O estudo mostrou que os casos
tinham melhor nível sócio-econômico do que os controles (pacientes internados por outros
motivos que não doenças do aparelho circulatório). Considerando que cerca de 30% dos
óbitos por IAM ocorrem fora do ambiente hospitalar, que tipo de viés pode ter afetado os
resultados deste estudo?
Viés de
Porque
(A) Seleção
os grupos não são comparáveis.
(B) Confusão
o IAM não foi medido da mesma maneira em casos e controles.
(C) Aferição
o IAM foi distorcido pela propriedade de carro próprio.
(D) Seleção
a propriedade de carro próprio e o IAM estão associados.
(E) Confusão
a propriedade de carro próprio não está associada à classe
socioeconômica.
37- Resposta A
38. Com relação à comunicação de acidentes do trabalho (CAT) é correto dizer que:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Deve ser feita por meio da CAT, pelo médico do pronto socorro, imediatamente após
o atendimento.
Cabe ao médico do pronto socorro fazer a comunicação, se ele for também médico
do trabalho.
O preenchimento da informação médica cabe ao médico assistente (que atendeu o
paciente no pronto socorro), independente de sua especialidade.
O preenchimento da informação médica cabe ao médico do trabalho da empresa ou
que dá assistência de medicina do trabalho à empresa, ouvido o médico que
atendeu a vítima.
Só deve preencher o laudo médico da CAT, o médico assistente se ele for médico
do trabalho ou do diretor clínico, independente da sua especialidade.
38- Resposta C
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 23
39. Você presta serviço a uma empresa e em exame admissional. Descobre que um
candidato a uma vaga é portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Assinale a
alternativa com a conduta adequada baseada no código de ética médica:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Comunicar ao empregador que o candidato é portador do HIV e o aconselha a não
contratá-lo para preservar a empresa de prejuízos futuros.
Comunicar ao empregador que o candidato é portador do HIV, mas aconselha a sua
admissão se este estiver apto para o trabalho para o qual será contratado.
Não comunicar ao empregador, mas comunica à seção de pessoal da empresa que
o candidato é portador do HIV para que esta tome as medidas legais cabíveis.
Não comunicar ao empregador e nem à seção de pessoal da empresa, mas
aconselha a empresa a não contratá-lo, para preservá-la de prejuízos futuros.
Não comunicar ao empregador, nem à seção de pessoal da empresa, informando
apenas quanto à capacidade ou não do candidato exercer determinada função.
39- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
De acordo com o artigo 105 do código de ética é vedado ao médico revelar informações
confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência
dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos
empregados ou da comunidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:)
CFM. Legislação - Código de Ética. Resolução CFM nº 1.246/88, DE 08.01.88 (D.O.U
26.01.88)
40.
Vai ser feita uma pesquisa sobre um novo esquema para tratamento da AIDS
neonatal em um país em desenvolvimento. O grupo internacional de pesquisadores decide
testar o novo esquema de tratamento contra um grupo controle de gestantes HIV+ que
receberão somente placebo. Trata-se de pesquisa:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
adequada do ponto de vista ético.
justificável do ponto de vista ético, se não houver esquema de tratamento para
gestantes HIV+ disponível no país onde o estudo será realizado.
justificável do ponto de vista ético se os pesquisadores se responsabilizarem pelo
acompanhamento e tratamento dos bebês que nascerem durante o estudo.
justificável do ponto de vista ético, se houver aprovação do Ministério de Saúde do
país envolvido e for realizada de acordo com a legislação do país onde o estudo
será realizado.
condenável do ponto de vista ético.
40- Resposta E
24 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
41.
Diante de um paciente com icterícia cutâneo-mucosa deve-se investigar
determinados achados clínicos e/ou laboratoriais que podem ajudar no diagnóstico
diferencial do paciente. Assinale a afirmativa CORRETA:
(A) O achado de níveis sangüíneos elevados de bilirrubina indireta ajuda na suspeita
diagnóstica de colestase.
(B) Aranhas vasculares, eritema palmar e hipocratismo digital ajudam no diagnóstico de
insuficiência hepatocelular.
(C) Mucosas hipocoradas e esplenomegalia fazem suspeitar de anemia grave por
deficiência de ferro.
(D) Prurido, hipocolia fecal e colúria ajudam na suspeita diagnóstica de icterícia
hemolítica.
(E) Níveis sanguineos elevados de gamaGT ajudam na diferenciação de colestase intra
e extra hepática.
41- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Aranhas vasculares, eritema palmar e hipocratismo digital são achados típicos de insu
hepatocelular que devem ser considerados no diagnóstico diferencial de icterícia
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cecil – Medicina Interna
Harrison - Principles of Internal Medicine
42.
Homem de 40 anos, com hipertensão arterial desde os 20 anos de idade,
assintomático, não utilizava medicação anti-hipertensiva apesar de ter sido orientado para
tal. Aos 30 anos, apresentou acidente vascular cerebral isquêmico com nível de PA de
240x140 mmHg. Após esse episódio começou a fazer uso regular de nifedipina, alfa metil
dopa e diurético. Há 10 horas, ao se deitar, começou a sentir quadro agudo de dor
torácica lancinante irradiada para o abdome e dificuldade em movimentar os membros
inferiores. Exame físico: pressão arterial bastante elevada e membros inferiores frios e
com pulsos arteriais assimétricos. Qual o provável diagnóstico?
(A) Pericardite
(B) Infarto agudo do miocárdio
(C) Dissecção da aorta
(D) Pancreatite necrohemorrágica
(E) Doença de Takayasu
42- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A dissecção da aorta é um dos diagnósticos diferenciais de dor torácica aguda de grande
intensidade. A irradiação da dor e a presença de sinais vasculares detectados no exame
físico praticamente selam o diagnóstico desta patologia
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cecil – Medicina Interna
Harrison - Principles of Internal Medicine
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 25
43. Mulher de 60 anos apresenta na face: lesão nodular com pontos perláceos e
telangiectasias, com sangramento fácil. O diagnóstico mais provável é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Carcinoma espinocelular
Lentigo maligno
Melanoma nodular
Carcinoma basocelular
Queratose actínica
43- Resposta D
44. Homem de 25 anos, estudante, procura serviço médico com queixa de erupção
cutânea. Nega cefaléia, febre ou mialgia. Exame físico: erupção maculopapular
ligeiramente pruriginosa observada no abdome, tronco e regiões palmar e plantar.
Linfoadenopatia inguinal, occipital e cervical também foi detectada. Lesões ulceradas
planas com fundo limpo em torno da área anal. O teste laboratorial mais útil neste
paciente é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Cultura de raspado da lesão
Teste de VDRL (Venereal Disease Research Laboratory)
Título de antígenos para Chlamydia
Hemoculturas
Biópsia de uma das lesões anais
44- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Esse é um quadro clássico de sífilis secundária com lesão anal. O tipo de exantema, lesão
e adenomegalia justificam essa hipótese.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
26 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
45. Homem de 35 anos chegou ao pronto-socorro com diminuição de força muscular em
hemicorpo direito há 5 dias que progrediu impedindo a deambulação nos últimos 2 dias.
Referiu cefaléia holocraniana, negou febre e negou crise convulsiva. Antecedentes: negou
hipertensão arterial sistêmica, cardiopatia, heterossexualidade, relações sexuais sem
preservativo, várias parceiras. Ao exame físico apresentava candidíase oral e hemiparesia
desproporcionada à direita. Em relação às condutas iniciais, assinale a alternativa
CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Realização da tomografia computadorizada de crânio com contraste e introdução de
terapia empírica para toxoplasmose com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.
Realização de punção liquórica, seguida de tomografia computadorizada de crânio
com contraste e introdução de terapia empírica para toxoplasmose com sulfadiazina,
pirimetamina e ácido folínico.
No tratamento da encefalite por toxoplasmose no paciente imunocomprometido, o
uso de dexametasona está contra-indicado.
O tratamento supressivo (profilaxia secundária) para toxoplasmose de acordo com
as recomendações atuais está indicado de forma contínua e perene.
De acordo com o consenso de terapia antiretroviral brasileiro o esquema inicial
sugerido consiste no uso de um inibidor da transcriptase reversa análogo de
nucleosídeo associado a um inibidor da protease reforçado (“boosted”).
45- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Trata-se de um paciente jovem com encefalopatia focal, sem febre, antecendentes de
exposição sexual sem preservativos e monilíase oral, assim a principal hipótese
diagnóstica é neurotoxoplasmose associada a aids. A alternativa a esta correta quanto ao
manejo diagnóstico e terapêutico. A “B” incorreta pelo risco de herniação, portanto a
punção LCR esta contra-indicada. A “C”: a dexametasona está indicada para redução do
edema cerebral, mesmo sendo o paciente imunocomprometido. A “D”: a recomendação
atual é de que o tratamento supressivo deve ser suspenso após a estabilização do CD4 e
não de forma perene. A “E”: o regime recomendado pelo consenso consiste na associação
de dois inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo associado a um
inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo ou associado a um inibidor
da protease.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Bonasser Filho; Masur H; Marques AR. Clínica e tratamento das infecções oportunistas.
In: Veronesi Tratado de Infectologia 3ª edição/ editor científico Roberto Focaccia. São
Paulo: editora Atheneu, 2005.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 27
46. Homem de 24 anos, previamente saudável, há 2 dias está com tosse seca e
dispnéia. Três dias antes, apresentou quadro gripal. A esposa havia contraído infecções
o
das vias superiores há 10 dias. Exame físico: T= 38,5 C e estertores crepitantes na base
esquerda. Radiograma torácico com opacidades na base esquerda. Para esse paciente, o
antibiótico mais adequado é:
(A) Penicilina
(B) Sulfametoxazol-trimetropim
(C) Ciprofloxacina
(D) Azitromicina
a
(E) Cefalosporina de 4 geração
46- Resposta D
47. Quais as conseqüências mais significativas de SASO (Síndrome de Apnéia do Sono
Obstrutiva):
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Complicações cardiovasculares e hipersonolência diurna.
Insuficiência hepática e nefrolitíase.
Insônia e crises de ausência.
Sonilóquio e bruxismo.
Complicações cardiovasculares e hipotensão arterial.
47- Resposta A
48.
Homem de 22 anos está com falta de ar, chiado no peito e tosse seca
aproximadamente uma vez ao dia. Acorda duas vezes por semana com falta de ar de
madrugada. Nestas ocasiões utiliza beta 2 agonista de ação curta inalado com melhora
dos sintomas. O exame físico e a espirometria realizados no momento da consulta são
normais. Considerando que os dados de história e exame físico são compatíveis com o
diagnóstico de asma, assinale qual a gravidade da doença e o tratamento recomendado.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Asma persistente leve, corticosteróide inalado em dose baixa de manutenção.
Asma persistente grave, corticosteróide inalado em dose alta associado com beta 2
agonista de longa duração de manutenção.
Asma persistente grave, corticosteróide oral durante sete dias seguido por
corticosteróide inalado em dose alta associado com beta 2 agonista de longa
duração de manutenção.
Asma persistente moderada, corticosteróide inalado em dose média associado com
beta 2 agonista de longa duração de manutenção.
Asma persistente moderada, corticosteróide inalado em dose média associado com
modificadores do leucotrieno de manutenção.
48- Resposta B
28 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
49.
Mulher de 47 anos vem com ganho de peso recente, acompanhado de cansaço,
fraqueza muscular, “depressão”, discreto aumento de pêlos na face e tronco e
espaniomenorréia. O ginecologista constatou hipertensão arterial recente e glicemia de
jejum de 134mg/dL. Qual a hipótese diagnóstica e quais procedimentos iniciais são
recomendáveis?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Diabetes mellitus tipo 2. Curva oral de tolerância à glicose, insulina basal e
microalbuminuria.
Síndrome da hipertecose do climatério. Estradiol, progesterona, LH/FSH e perfil
androgênico.
Síndrome de Cushing por microadenoma hipofisário. Cortisol livre urinário e cortisol
plasmático após 1mg oral de dexametasona.
Síndrome fibromiálgica do hipotiroidismo. TSH, T4 livre e velocidade de condução
nervosa.
Síndrome de Cushing por adenocarcinoma adrenal. Cortisol e testosterona após
teste de supressão com 8mg de dexametasona e estímulo com DDAVP (desmoato
de vasopressina).
49- Resposta C
50.
Mulher de 48 anos apresenta perda de peso inexplicada, turvação visual e
candidíase vaginal de repetição há várias semanas. Exame físico: bom estado geral, com
2
índice de massa corporal de 29 Kg/m , PA 140x90 mmHg e coloração acastanhada da
pele em base do pescoço e axilas. Foi colhido sangue para realização de exames gerais,
quando se evidenciou uma glicemia de jejum de 168 mg/dL. Que exame deve ser
solicitado a seguir, para confirmação do diagnóstico mais provável desta paciente?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Cortisol matinal após ingestão de 1 mg de dexametasona noturna.
Teste de tolerância à glicose.
Glicemia de jejum.
Insulinemia basal.
Hemoglobina glicosilada.
50- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A paciente apresenta sobrepeso, acantose nigricans e sintomas sugestivos de diabetes.
Segundo o Consenso Brasileiro de Diabetes, o diabetes mellitus é diagnosticado na
presença de 2 glicemias de jejum maiores ou iguais a 126 mg/dL. Esta paciente já
apresenta uma glicemia de 168, portanto, a confirmação do diabetes mellitus só necessita
de outra glicemia de jejum
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Sociedade Brasileira de Diabetes. Consenso Brasileiro de Diabetes. São Paulo, SBD,
2002
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 29
51. Homem de 37 anos, com antecedente de diabetis mellitus tipo 1, chega ao prontosocorro com quadro de polis, hálito cetônico e desidratado +2/4+. Apresentando cetonúria
+
+
4+/4+, Na = 143 mg/dL, K = 3,5 mg/dL, glicemia = 480mg/dL, gasometria arterial com
pH = 7.1, pO2 = 93 mmHg, pCO2 = 20 mmHg e Bicarbonato = 10 mEq/L. Sua conduta
inicial será:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hidratação com salina 0,9%, reposição de K, e insulina regular IV após iniciar a
reposição de potássio.
Hidratação com salina 0,9%, reposição de K, insulina regular IV, e reposição de
bicarbonato.
Hidratação com salina 0,9%, reposição de K, e insulina subcutânea.
Hidratação com salina 0,45%, insulina regular subcutânea, e reposição de
bicardonato.
Hidratação com salina 0,45%, insulina regular IV, reposição de K, e bicarbonato.
51- Resposta A
52. Homem de 76 anos foi admitido no hospital com uréia de 134 mg/dL (48 mmol/L) e
creatinina de 5,9 mg/dL (520 µmol/L). Assinale qual dos seguintes dados adicionais
sugeriria que ele tem uma insuficiência renal crônica (IRC)?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hiperfosfatemia.
Hiponatremia.
Rins com tamanho aumentado no exame de ultrassom.
Níveis séricos elevados da atividade da fosfatase alcalina.
Hipercalcemia.
52- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Hiperfosfatemia e hiponatremia ocorrem na insuficiência renal aguda (IRA) e na crônica
(IRC). Os rins estão geralmente diminuídos em tamanho na IRC (exceto devido a doença
policística ou amilóide). Pacientes com IRC apresentam osteodistrofia renal, o que causa
elevação da fosfatase alcalina.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Marshall, WJ. Clinical Chemistry. Fourth Edition. Mosby (Harcourt Publishers Limited),
London, UK, 2000.
30 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
53. Homem de 28 anos, mulato, pedreiro, chega ao pronto-socorro com fraqueza intensa
e palidez há 2 dias. Há um dia observou que a urina estava acastanhada. Refere que na
semana anterior teve forte resfriado, com febre alta e ingeriu antibióticos e analgésicos
(não sabe referir quais). Nunca foi transfundido. Nega episódios anteriores semelhantes e
sempre teve boa saúde. Nega antecedentes semelhantes na família. Tem um primo com
anemia falciforme que faz tratamento no Hemocentro. Exame físico: moderadamente
descorado, discretamente ictérico. PA = 130x85mmHg, P=FC=100bpm. Sem outras
3
3
anormalidades. Hemograma Hb = 7,7 g/dL; VCM = 98 fL, GB = 9,3 x 10 /m , neutrófilos =
3
3
3
3
7,8 x 10 /m , plaquetas = 200 x 10 /m , reticulócitos = 24%, Coombs Direto e eluato
negativos, eletroforese de hemoglobina demonstra a presença de Hb A (62%), Hb S
(34%), Hb F (1,4%) e Hb A2 (2,7%). Assinale a alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O paciente apresenta, provavelmente, crise hemolítica decorrente de traço falciforme
e deve ser hidratado.
Trata-se, provavelmente, de crise hemolítica devido à anemia falciforme e deve-se
transfundir o paciente.
Trata-se provavelmente de crise hemolítica devido à deficiência de G6PD e a
conduta é expectante.
Trata-se, provavelmente, de crise hemolítica devido à anemia falciforme e deve-se
hidratar o paciente, evitando a transfusão.
Trata-se provavelmente de anemia hemolítica imune.
53- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A eletroforese mostra que o paciente é portador de traço falciforme e não de anemia
falciforme ( afasta alternativas b , d) o Coombs direto e eluato são negativos ( improvável
anemia hemolítica auto-imune, alternativa e.
Há casos de hemólise leve em que o numero de moléculas de Ig é pequeno e o Coombs
pode ser negativo , necessitando de técnicas mais sensíveis. isto além de raro, não
ocorreria num paciente com quadro tão evidente de hemólise.
O paciente tem traço falciforme, mas esta condição não cursa com crise hemolítica ( exclui
a) A defi de G6PD no Brasil é muito freqüente, atinge cerca de 3% da população
masculina miscigenada ( é ligada ao cromossomo X) da região sudeste do Brasil. A
variante comum é a africana ( o paciente é mulato) Os indivíduos são habitualmente
assintomáticos por toda a vida e apenas em situação especial de infecção associada ao
uso de agnete oxidantes (antibióticos e analgésicos que não sabe o nome) pode ter crise
de hemólise. além disto é comum ocorrer hemólise intravascular o que explica a urina
acastanhada
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cecil ou Current ou Harrison
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 31
54. Mulher de 55 anos refere cansaço e dor não caracterizada em região cervical,
lombar, ombros, joelhos e nas pernas há cerca de 2 anos, com piora há 6 meses. Nega
edema articular, diz que a dor é constante e acha que piora com o frio e quando se sente
nervosa. Refere também enxaqueca crônica e sensação de formigamento em ambos os
braços, sem um trajeto específico. A conduta mais adequada para o caso é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
explicar o diagnóstico, orientar atividade física regular, prescrever antidepressivos
tricíclicos e orientar quanto a psicoterapia.
solicitar eletroneuromiografia para confirmar o diagnóstico de neuropatia periférica e
somente após sua exclusão, fazer algum tipo de tratamento.
solicitar pesquisa de auto-anticorpos para confirmar doença inflamatória sistêmica,
pois a paciente apresenta múltiplas queixas.
encaminhar ao psiquiatra para iniciar tratamento com antidepressivos, pois a
paciente apresenta sinais de depressão.
Prescrever antiinflamatórios não hormonais, se não houver melhora solicitar
ressonância magnética de coluna cervical.
54- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O diagnóstico mais provável do caso é fibromialgia, que se caracteriza por dor crônica e
difusa, freqüentemente acompanhado de cansaço crônico, enxaqueca e parestesias que
não obedece distribuição metamérica. O tratamento inclui explicar o que é a doença, para
diminuir a ansiedade da paciente quanto à evolução e prognóstico, fazer atividade física
aeróbica e o tratamento medicamentoso mais utilizado é o uso de antidepressivos
tricíclicos. A psicoterapia poderá ajudar no tratamento das queixas destes pacientes. Não
se deve fazer exames desnecessários, o que eleva o custo e pode reforçar o receio da
paciente de que tem uma doença mais grave. Embora o uso de antidepressivos possa
melhorar, não deve ser feito tratamento exclusivamente medicamentoso, pois os
resultados não são muito bons.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
32 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
55. Homem de 54 anos queixa-se de fraqueza. Vem acompanhado por familiar referindo
que o paciente está com a memória fraca, esquecendo facilmente fatos recentes, além de
inventar “estórias sem sentido”. Conta que o paciente sempre ingeriu bebida alcoólica (1 a
2 copos de aguardente/dia). Ao exame físico o paciente apresenta-se confuso,
desorientado, nistagmo horizontal, tremor fino de extremidades e marcha atáxica. Qual a
hipótese diagnóstica e etiologia mais prováveis são:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Esclerose Combinada Sub-Aguda da Medula – Deficiência de B12.
Síndrome de Korsakof – Deficiência de B2.
Síndrome Demencial da Pelagra – Deficiência de Nicotinamida.
Síndome de Abstinência – Deficiência de B12.
Síndrome de Wernicke-Korsakof – Deficiência de B1.
55- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O quadro clínico é de Síndrome Wernicke-Korsakof por deficiência de vitamina B1, o
quadro de confabulação é característico desta. Esclerose Combinada Sub-Aguda:
apresenta Neuropatia periférica com alteração motora (do tipo “liberação piramidal”).
Síndrome Demencial da Pelagra não apresenta confabulação. Síndrome de Abstinência
não se relaciona com deficiência vitaminíca.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cecil – Medicina Interna
Harrison - Principles of Internal Medicine
56. Caminhoneiro de 63 anos, com cefaléia frontal em região hemicrânia esquerda há 2
semanas, edema de face e tosse não produtiva, apresenta epidemiologia positiva para
doença de Chagas. Fuma 15 cigarros/dia, há 4 anos descobriu ter diabetes mellitus e seu
avô paterno faleceu de câncer de cólon. Ao exame físico: leve estridor, face e pescoço
edemaciados, as veias do pescoço não pulsáteis e na região súpero-anterior do tórax
observa-se veia superficial túrgida. Quais exames devem ser solicitados?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Exame simples de urina e proteinúria de 24h e tomografia computadorizada do tórax.
Radiograma simples e tomografia computadorizada do tórax.
Radiograma simples do tórax e prova de função pulmonar.
Proteinúria de 24 horas e ultrassonografia de abdome.
Radiograma simples de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 33
56- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Trata-se de um caso de síndrome de compressão da veia cava superior e os exames
necessários para o diagnóstico são radiograma simples e tomografia computadorizada do
tórax. As alternativas A, D e E trazem diagnósticos diferenciais de edema [(A) síndrome
nefrótica; (D) insuficiência hepática; (E) Insuficiência cardíaca] – o edema em todas essa
situações não acomete apenas a face e a turgência jugular é pulsatil. A alternativa C tratase de DPOC que não tem relação com o edema.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Kasper D.L., Harrison T.R et al. Harrison’s principles of internal medicine. McGraw-Hill,
2005, Capítulo de emergências oncológicas.
57. Homem de 47 anos, tabagista, vem ao pronto-socorro com queixas de dor precordial
há 20 minutos. À admissão apresenta o ECG acima. Após administração de aspirina,
metoprolol, captopril e nitrato evolui com melhora da dor e desaparecimento das
alterações eletrocardiográficas. Com base nestes dados qual o diagnóstico do paciente?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Infarto agudo de parede inferior do miocárdio.
Infarto agudo de parede ínfero-posterior do miocárdio.
Angina Prinzmetal.
Infarto evoluído de parede inferior do miocárdio.
Infarto evoluído de parede ínfero-posterior do miocárdio.
34 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
57- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Paciente com Síndrome Coronariana com Supra de ST (afetando parede ínfero-posterior
de miocárdio), cuja sintomatologia regrediu após 20 minutos de dor, com uso de nitrato e
aspirina, sem necessidade de trombolítico. O diagnóstico é de Angina Variante ou
Prinzmetal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cecil – Medicina Interna
Harrison - Principles of Internal Medicine
58. Homem de 65 anos procura a unidade de emergência com desconforto precordial
súbito, sudorese profusa e sensação de morte iminente há 30 minutos. Refere ser
cardiopata, porém não sabe os medicamentos que usa. Você já tomou as condutas iniciais
de respiração de resgate, oxigênio, acesso venoso, monitorização (PA = 70X40mmHg,
FC = 50bpm) e intubação oro traqueal. Infelizmente não havia acompanhantes para ajudálo na história do paciente. Após esses cuidados, você solicita um ECG, que mostra o
seguinte traçado:
Qual a próxima conduta frente a esse caso na sala de emergência?
(A) Atropina 0,5 a 1,0mg IV.
(B) Marcapasso transcutâneo.
(C) Adrenalina 2 a 10 microgramas/minuto.
(D) Cardioversão elétrica com 200J.
(E) Adenosina 6mg IV em 1 a 3 segundos.
58- Resposta B
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 35
59.
Homem de 56 anos, portador de hipertensão arterial e antecedente de infarto do
miocárdio há 5 anos, queixa-se de dispnéia progressiva aos esforços há 4 anos. No
momento da consulta referia dispnéia aos pequenos esforços e inchaço acentuado nas
pernas, que se acentua durante o dia. Nega acompanhamento médico prévio, uso de
medicações ou antecedente para doença de Chagas. Exame físico: estado geral regular,
corado, hidratado, anictérico, cianótico (+/4+), taquipnéico (2+/4+), consciente e orientado.
Murmúrio vesicular presente e estertores crepitantes na metade inferior de ambos os
hemitórax. Íctus desviado para a esquerda, globoso, ritmo cardíaco regular, com 3ª bulha,
FC = 110bpm. Fígado a 6cm da borda costal direita, doloroso à palpação. Edema de MMII
2 a 3+/4+. O ECG mostrou ritmo sinusal e bloqueio completo de ramo esquerdo. Raio-X
de tórax: aumento global da área cardíaca, inversão da trama vascular e presença de
linhas B de Kerley. Ao ecocardiograma: dilatação acentuada de ventrículo esquerdo, com
insuficiência mitral acentuada e fração de ejeção de 28%. Quais os medicamentos
comprovadamente reduzem a mortalidade neste paciente?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Digoxina, IECA(inibidor da enzima conversora da angiotensina), Bloqueador de
Receptor de Angiotensina.
Espironolactona, IECA, Diuréticos de Alça.
Beta Bloqueador, Digoxina, Espironolactona.
IECA, Beta Bloqueador, Espironolactona.
Diurético Tiazídico, AAS, Beta Bloqueador.
59- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Trata-se de um paciente com Insuficiência Cardíaca Congestiva Sistólica
(fração de ejeção de 28%) com múltiplos fatores de risco para tal, como:
Cardiopatia isquêmica, Hipertensão arterial e insuficiência mitral. Neste
sentido, as drogas que modificam a mortalidade são: os IECA, Bloqueadores de Receptor
da Angiotensina, Beta-Bloqueadores (apenas carverdilol, metoprolol e bisoprolol),
antagonistas da aldosterona (espironolactona e eplerenona), Hidralazina+nitato. Os
diuréticos de alça (ex: furosemida, bumetamida), diuréticos tiazídicos (ex: hidroclorotiazida
e clortalidona), e os
digitálicos (ex: digoxina e digitoxina) não modificam a mortalidade,
melhorando apenas os sintomas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cecil e Harrison
36 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
60.
Comparando-se publicações de ensaios clínicos com financiamento da indústria
farmacêutica com estudos semelhantes sem esse tipo de financiamento, pode-se afirmar
que
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
os estudos financiados pela indústria têm uma probabilidade maior de terem
resultados favoráveis à medicação estudada.
os estudos financiados pela indústria têm uma probabilidade menor de terem
resultados favoráveis à medicação estudada.
os estudos financiados e os não financiados pela indústria têm uma probabilidade
equivalente de terem resultados favoráveis à medicação estudada.
os estudos financiados e não financiados pela indústria tem uma probabilidade maior
de terem resultados favoráveis à medicação estudada apenas quando o estudo não
é duplo-cego.
não há estudos realizados pra determinar se existe essa diferença.
60- Resposta A
61.
Em relação ao tempo de aleitamento materno, você explica para a mãe que,
atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Aleitamento materno exclusivo por 4 a 6 meses e aleitamento materno com
alimentação complementar oportuna até, pelo menos, 2 anos.
Aleitamento materno exclusivo por 6 meses e aleitamento materno com alimentação
complementar oportuna até, pelo menos, 2 anos.
Aleitamento materno exclusivo por 4 a 6 meses e aleitamento materno com
alimentação complementar oportuna até 2 anos.
Aleitamento materno exclusivo por 6 meses e aleitamento materno com alimentação
complementar oportuna até 2 anos.
Aleitamento materno exclusivo por 4 a 6 meses e aleitamento materno com
alimentação complementar oportuna até 1 ano.
61- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A recomendação atual para a duração do aleitamento é aleitamento materno exclusivo por
6 meses e aleitamento materno com alimentação complementar oportuna até, pelo
menos, 2 anos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
WHO. Global strategy for infant and young child feeding. WHA55/ 2002/ REC/1, Annex 2.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 37
62.
Recém-nascido com 2 meses de idade chega para consulta de puericultura, em
aleitamento materno exclusivo, ganho diário de 40 g/dia e queixa de que a criança está
sem evacuar há 5 dias com cólicas freqüentes, nega outras queixas. Exame físico: sem
alterações. A conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Tranquilizar a mãe, iniciar alimentação laxativa (fibras e frutas).
Iniciar supositório glicerina, manter aleitamento.
Iniciar laxante VO e aleitamento exclusivo até o sexto mês.
Pedir exames complementares.
Tranquilizar a mãe, manter aleitamento exclusivo.
62- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
A freqüência, cor e consistência das fezes variam de modo no mesmo
lactente e entre lactentes de idade semelhante.
A freqüência de evacuações é extremamente variável em lactentes normais e varia de
nenhuma a sete por dia.É possível que um lactente alimentado ao seio passe 1-2
semanas sem qualquer evacuação e então elimine fezes pastosas normais. O termo
cólica descreve um complexo de sintomas de dor abdominal paroxística e choro intenso,
costuma ocorrer em lactentes menores de 3 meses com manifestações clínicas típicas:
choro é alto e mais ou menos contínuo, repentino, com distensão abdominal, a face pode
estar ruborizada ou pode haver palidez perioral, havendo alívio temporário com eliminação
de fezes ou gases.Certos lactentes parecem ser peculiarmente susceptíveis à cólica.A
etiologia dos episódios não é evidente , podendo estar associados a fome e deglutição de
ar.Pode haver melhora com posicionamento do bebê, compressa quente e manobras de
massagem para
facilitar a eliminação de gases.A cólica raramente persiste após 3 meses de idade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Nelson – Tratado de Pediatria
63.
Recém-nascido com 25 dias de vida vem à consulta por apresentar icterícia.
Amamentação ao seio exclusiva. Na avaliação laboratorial: bilirrubina total de 12 mg/dL
com bilirrubina indireta de 3 mg/dL e bilirrubina direta de 9 mg/dL. Mãe refere fezes
esbranquiçadas e urina escura, manchando fraldas. Que grupo de exames você considera
prioritário neste momento?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Ultra-sonografia de vias biliares e biópsia hepática.
Ultra-sonografia de vias biliares e tripsina imunorreativa.
Ultra-sonografia de vias biliares e dosagem de hormônios tireoidianos.
Ultra-sonografia de vias biliares e pesquisa de antígeno Austrália.
Ultra-sonografia de vias biliares e pesquisa de substâncias redutoras na urina.
38 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
63- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
É difícil diferenciar clinicamente a colestase intra-hepática da colestase extra-hepática, isto
é, a atresia de vias biliares (AVB) de outras formas de colestases não atrésicas, como por
exemplo, as diferentes formas de hepatite neonatal. Ambas podem apresentar acolia fecal
e colúria. Toda icterícia que persista além dos 14 dias de vida deve ser investigada e
afastada a possibilidade de colestase de causa cirúrgica. Devem ser evitados exames
laboratoriais não discriminativos. Na AVB, a acolia fecal ocorre habitualmente a partir do
15º ao 20º dia de vida. Dos exames laboratoriais que permitam estabelecer o diagnóstico
diferencial nenhum é suficientemente discriminativo. A ultra-sonografia é o exame de
imagem indicado e o exame mais preciso para diferenciação entre colestase intra e extrahepática com percentual de acerto diagnóstico de 80 a 97% é a biópsia hepática
percutânea.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Zerbini M.C.N. Diagnóstico Diferencial Morfológico das Colestases Neonatais, Cap 76:
900-922
Macksoud J.G. Cirurgia Pediátrica, vol II, 2ª ed., Revinter
64. Recém-nascido, masculino, é trazido à consulta pediátrica de rotina. Nasceu de parto
normal, termo, sem intercorrências, PN = 3.500g, EN = 50cm. Apresentou icterícia ao
nascimento, porém não necessitou de fototerapia. Clinicamente está assintomático. Ao
exame físico detecta-se apenas hérnia umbilical. Traz exame de triagem neonatal (exame
do pézinho), colhido com 72 horas de vida por punção do calcanhar: TSH = 140 mUI/L
(normal até 20). Qual a conduta?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Repetir TSH no soro e reavaliar em 1 mês.
Aguardar a realização do mapeamento de tireóide.
Iniciar tratamento imediato com levotiroxina sódica.
Não tratar já que paciente é assintomático.
Aguardar a realização da ultrasonografia de tireóide.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 39
64- resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
Trata-se de quadro compatível com hipotireoidismo congênito, que deve ser considerado
uma emergência endocrinológica e a principal causa evitável de deficiência mental.
Apesar de recém-nascido assintomático, o tratamento deve ser iniciado o mais precoce
possível, de preferência nas primeiras 4-6 semanas de vida. Os sintomas, quando
presentes, podem ser inespecíficos, já que não existe nenhum sinal ou sintoma
patognomônico da doença. A realização de exames complementares para determinar a
etiologia (agenesia, ectopia, hipoplasia ou defeito de síntese) ou confirmar exame inicial
alterado não devem retardar o início do tratamento, que deve ser realizado com
levotiroxina sódica
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
American Academy of Pediatrics; Rose SR; Section on Endocrinology and Committee on
Genetics, American Thyroid Association; Brown RS; Public Health Committee, Lawson
Wilkins Pediatric Endocrine Society; Foley T, Kaplowitz PB, Kaye CI, Sundararajan S,
Varma SK. Update of newborn screening and therapy for congenital hypothyroidism.
Pediatrics, 117: 2290-303, 2006.
65.
Ao nascer, por meio de cesariana de urgência devido descolamento prematuro de
placenta, criança apresenta-se em apnéa, hipotônica e com cianose generalizada. A
seqüência correta para imediata reanimação é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Secar, aspirar vias aéreas superiores, entubar e iniciar ventilação com pressão
positiva.
Secar, aspirar vias aéreas superiores, avaliar freqüência cardíaca, posicionar e
iniciar ventilação com pressão positiva através de balão e máscara.
Entubar e iniciar ventilação com pressão positiva, secar, avaliar freqüência cardíaca
e cor.
Aspirar vias aéreas superiores, secar, iniciar ventilação com pressão positiva através
de balão e máscara e avaliar freqüência cardíaca.
Secar, aspirar vias aéreas superiores e iniciar, de modo sincronizado a massagem
cardíaca e a ventilação com pressão positiva através de balão e máscara.
65- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
American Heart Association, American Academy of Pediatrics. 2005
Neonatal Resuscitation Guidelines
Socioedade Brasileira de Pediatria. Programa de Reanimação Neonatal.
40 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
66. Em relação à insuficiência respiratória aguda assinale a alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A obstrução de vias aéreas superiores é caracterizada pela presença de estridor e
rouquidão, evidentes na fase expiratória.
Quando ocorre alterações do parênquima pulmonar podemos observar cianose,
sibilos e expiração prolongada.
Nas doenças parenquimatosas ocorrem alternância do padrão respiratório e
hipoventilação.
A obstrução de vias aéreas inferiores se caracteriza por sibilância e esforço
respiratório aumentado, durante a fase expiratória.
Nas doenças pulmonares obstrutivas predomina a ausculta de estertores alveolares
e roncos.
66- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O médico no atendimento de urgência deve diferenciar os vários tipos de insuficiência
respiratória aguda através do exame clínico. Verificando o padrão respiratório, as fases do
ciclo respiratório, a presença de hipoxemia e a semiologia pulmonar, o médico fará suas
hipóteses diagnósticas que poderão ser confirmadas com os achados radiológicos e
laboratoriais. Segue abaixo as principais características:
1) Obstrução de vias aéreas superiores: mais evidente na fase inspiratória, estridor,
rouquidão ou alteração da voz e do choro, retrações inspiratórias, utilização de
musculatura acessória e batimento de asa de nariz, aumento moderado de FR.
2) Obstrução de vias aéreas inferiores: sinais clínicos mais evidentes durante fase
expiratória, sibilância, esforço e expiração prolongada, FR elevada, aumento do esforço
respiratório prejudicando inspiração e expiração
3) Alteração do parênquima pulmonar: diminuição da complacência, hipoxemia acentuada
por colapso alveolar ou acúmulo de fluidos e debris nos alvéolos, taquipnéia, respiração
ruidosa e gemência.
4) Controle anormal da ventilação: padrão respiratório anormal, alternância da freqüência
respiratória, hipoventilação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
67. O resultado do exame de gasometria mais provável de ser encontrado em uma
criança de 15 meses, gravemente desidratada e sem comprometimento do sistema
respiratório é:
(A) pH = 7,40; PaCO2 = 40; HCO3 = 24 mEq/L
(B) pH = 7,50; PaCO2 = 40; HCO3 = 31 mEq/L
(C) pH = 7,10; PaCO2 = 60; HCO3 = 17 mEq/L
(D) pH = 7,20; PaCO2 = 45; HCO3 = 15 mEq/L
(E) pH = 7,25; PaCO2 = 23; HCO3 = 10 mEq/L
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 41
67- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
A criança gravemente desidratada que não tem comprometimento do sistema respiratório
irá apresentar gasometria com acidose metabólica compensada com alcalose respiratória.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Santana J.C.B., Lago P.M., Loch L.F., PivaI J.P. Distúrbios hidroeletrolíticos e do hormônio
antidiurético na criança gravemente doente, pag 433-473.
Piva J.P., Carvalho P., Garcia P.C. Terapia Intensiva em Pediatria. 4ª ed MEDSI, 1997
68. Menina de 3 anos, previamente hígida, é trazida ao pronto-socorro pelo SAMU,
vítima de acidente automobilístico. Exame físico: FC = 45bpm, PA = 100x50mmHg, via
aérea pérvia, respiração irregular, tempo de enchimento capilar = 3seg, pulso fino,
Glasgow = 10, ausência de sinais de sangramento externo, hematoma em região occipital
e várias escoriações em região torácica e abdominal. A conduta imediata é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Imobilização cervical, tubação oro-traqueal (TOT), massagem cardíaca, venóclise.
TOT, massagem cardíaca, venóclise.
Imobilização cervical, TOT, venóclise, TC (tomografia computadorizada) de crânio.
Imobilização cervical, venóclise e TC de crânio.
Avaliação de neurocirurgia, venóclise e TC de crânio.
68- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
Paciente politraumatizado, instável com TCE. Seguir as recomendações do PALS:
-estabilizar coluna cervical
-A: via aérea pérvia
-B: respiração irregular: indicar TOT
-C: FC<60 iniciar massagem cardíca e venóclise
O CT só deve ser realizado quando o paciente estiver estável.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1-Apostila do PALS
2- No site c2005 da American Heart association
Part 6: Pediatric Basic and Advanced Life Support
Circulation 2005 112 [Suppl I]: III-73 - III-90,
doi:10.1161/CIRCULATIONAHA.105.16647Oi
42 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
69. Menino de 18 meses de idade, com doença falciforme SC, fazendo rotineiramente a
profilaxia com penicilina. Há um dia com febre (38°- 39°C) e inapetência. Nega tosse,
coriza e diarréia. Exame físico: bom estado geral, otoscopia e orofaringe sem alterações,
pulmões limpos, abdome sem alterações. A conduta é:
(A) Expectante, com reavaliação em 3-4 dias dos exames solicitados de hemograma e
urina I.
(B) Expectante, internação com observação durante 24 horas e antibioticoterapia
endovenosa.
(C) Penicilina Benzatina intramuscular com reavaliação em uma semana.
(D) Internar para hidratação preventiva de crise de falcização, realizar hemograma, urina
I e antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro.
(E) Internar, realizar exame do líquor, hemocultura, urocultura, radiografia de tórax e
antibioticoterapia endovenosa com cobertura para pneumococo e Haemophilus.
69- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
As crianças com menos de 5 anos e portadoras de anemia falciforme tem
risco 30 a 100 vezes maior de adquirir infecções por organismo s
encapsulados (pneumococo e Haemophilus)em decorrência da asplenia
(auto-esplenectomia e di inuição da capacidade fagocítica. Portanto a
abordagem destes pacientes devem ser altamente eficazes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Anemia falciforme e infecções - Di Nuzzo e Fonseca. Jornal de Pediatria, 2004; 80(5):
347-354.
70.
Menina de 15 anos está com febre intermitente há 4 semanas. Ao exame físico
observa-se “rash malar” em asa de borboleta, úlceras orais, artrite de joelhos e fenômeno
de Raynaud. Qual a alteração mais provável no hemograma?
(A) anemia, plaquetose e leucocitose com desvio para a esquerda.
(B) anemia, leucopenia e plaquetopenia.
(C) anemia, neutrofilia e linfocitose.
(D) policitemia, neutrofilia e plaquetose.
(E) leucopenia e plaquetose.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 43
70- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
A paciente apresenta manifestações clínicas comumente observadas no lúpus eritematoso
sistêmico (LES): “rash malar” em asa de borboleta, úlceras orais, artrite e fenômeno de
Raynaud. Nesta entidade, as alterações laboratoriais mais freqüentes são a presença de
anticorpos antinúcleo, aumento nas provas de atividade inflamatória (velocidade de
hemossedimentação e proteína C reativa) e pancitopenia (leucopenia, anemia e
plaquetopenia), decorrente da formação de anticorpos contra as células do sangue. Na
tabela abaixo, deve-se considerar a presença de 4 ou mais critérios para a classificação
do LES.
Critérios de classificação para o lúpus eritematoso sistêmico.
1. Eritema em asa de borboleta
2. Lúpus discóide
3. Fotossensibilidade
4. Ulceração em nasofaringe ou mucosa oral
5. Artrite não erosiva
6. Serosite (pleurite/pericardite)
7. Alteração no sedimento urinário: proteinúria acima de 0,5 g/ dia e/ou hematúria e/ou
cilindrúria
8. Alterações neurológicas: psicose e/ou convulsões
9. Alterações hematológicas: anemia hemolítica ou leucopenia (menor que 4.000/mm3) ou
linfopenia (menor que 1.500/mm3) ou trombocitopenia (menor que 100.000/mm3)
10. Presença de anticorpos antinucleares
11. Achados imunológicos: anti-DNA nativo ou anti-antígeno Sm ou reação falso-positiva
para lues, anticardiolipina
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Petty RE, Laxer R. Systemic lupus erythematosus. In: Cassidy JT, Petty RE, Laxer R,
Lindsey C RE. Textbook of pediatric rheumatology. 5rth ed. Philadelphia: Elsevier
Saunders, 2005, p 342-391.
Ferraz MB, Goldenberg J, Hilário MOE, Bastos WA, Oliveira SK, Azevedo ECL et al.
Evaluation of the 1982 ARA lupus criteria data set in pediatric patients. Clin Exp
Rheumato, 12:83-7, 1994.
Hochberg MC. Updating the American College of Rheumatology revised criteria for the
classification of systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum, 40;1725, 1997.
Terreri MT, Hilário MOE. Lúpus eritematoso sistêmico. Ped Mod, 32:127-32, 1996.
44 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
71. Em um encontro familiar, um parente mostra o álbum de aniversário de seu filho de
2 anos. Em uma das fotos da criança você observa um reflexo branco no olho direito e
reflexo vermelho no olho esquerdo. Você recomenda que seu parente leve seu filho ao
oftalmologista o mais rapidamente possível, pois este achado pode corresponder a:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
estrabismo a direita, devendo-se investigar a paralisia de pares cranianos.
hiperemia conjuntival à esquerda, devendo-se investigar a presença de conjuntivite.
catarata à esquerda, devendo-se investigar a presença de infecção congênita.
descolamento de retina à esquerda, devendo-se investigar a presença de trauma
ocular.
leucocoria à direita, devendo-se investigar a presença de retinoblastoma.
71- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA correta e/ou sobre as alternativas erradas:
O retinoblastoma é o tumor ocular maligno mais freqüente da infância sendo a idade
média ao diagnóstico ao redor de 24 meses. O sinal mais comum à apresentação é a
leucocoria (reflexo do olho de gato) que é o reflexo pupilar branco quando a luz atinge o
tumor. È freqüentemente diagnosticado através de fotografia com flash em festas de
aniversário. Outros sinais oculares do retinoblastoma são estrabismo, heterocromia da íris
secundária a neovascularização, inflamação ocular, celulite pré-septal e proptose. No caso
clínico descrito não há descrição de estrabismo à direita e o olho esquerdo não está
alterado pois é normal observarmos em fotografias com flash um reflexo pupilar vermelho
decorrente da vascularização da retina.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Macedo C.R.D. Tratado de Clínica Médica, Capítulo 288, Retinoblastoma. Editor Antonio
Carlos Lopes. Editora Roca 2006.
72. Adolescente de, 17 anos, masculino, negro, com dificuldade para andar, devido dor
em articulação coxo-femural direita e distúrbio do sono, ficando sonolento durante o dia,
inclusive chegando a atrapalhar o rendimento escolar. Ao exame físico: peso = 115Kg,
estatura = 1,70m, pressão arterial = 150x95mmHg, hiperpigmentação da pele em regiões
de dobras do pescoço. Resultados de exames laboratoriais: Colesterol total = 178 mg/dL,
HDL = 29 mg/dL, LDL = 99 mg/dL, VLDL = 50 mg/dL, Triglicérides = 250 mg/dL, Glicemia
de jejum = 117 mg/dL, Insulina de jejum = 28 µU/mL. Assinale a alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O diagnóstico de síndrome metabólica pode ser feito neste caso.
Anorexígeno e exercícios de alta intensidade devem ser prescritos para este
paciente.
O distúrbio do sono não pode ser relacionado com o excesso de peso.
Trata-se de uma hipercolesterolemia familiar e deve ser tratada com pravastatina.
O paciente deve ser avaliado para artrite reumatóide juvenil.
72- Resposta A
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 45
73. Menino de 3 anos apresenta, ao exame clínico, pêlos pubianos – grau 3 de Tanner,
testículos simétricos com volume de 1,0 ml e avanço da idade óssea. Qual o diagnóstico
mais provável?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Pilificação pubiana idiopática.
Tumor do córtex supra-renal .
Uso exógeno de andrógenos.
Puberdade precoce verdadeira.
Tumor de testículo.
73- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A presença de pelos pubianos em criança abaixo de 4 anos, com volume testicular
adequado para a idade, indica que o local da origem da secreção dos andrógenos é a
supra-renal (tumor ou hiperplasia).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Monte O. Puberdade Precoce. In: Monte O, Longui CA, Calliari LEP. Endocrinologia para a
Pediatria. 2.ed. São Paulo: Atheneu; 1998. p.61-67.
Setian N. Anomalias Puberais no sexo masculino. In: Setian N. Endocrinologia Pediátrica.
2.ed. São Paulo: Sarver: 2002. p. 532-537.
74.
Menino de 8 anos sente dor abdominal há 5 meses, cerca de duas vezes por
semana, com duração de aproximadamente 1 hora, em episódios diurnos e noturnos. Não
há relação com exercícios físicos ou outras atividades ou algum hábito. Exame físico sem
alterações. A conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Detalhar a história e a dinâmica familiar. Solicitar: diário da dor, protoparasitológico
seriado de fezes, hemograma completo com VHS, urina I e urocultura.
Solicitar: diário da dor, protoparasitológico seriado de fezes, hemograma completo,
urina, urocultura e eletroencefalograma.
Solicitar: diário da dor, protoparasitológico seriado de fezes, hemograma completo,
urina, urocultura e sangue oculto nas fezes.
Solicitar: diário da dor, protoparasitológico seriado de fezes, hemograma completo,
urina, urocultura e ultrassonografia abdominal.
Solicitar: diário da dor, hemograma completo com VHS, urina, urocultura e
ultrassonografia.
74- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Pediatria em Consultório. Ana Cecília S Sucupira et al, 2000 – Sarvier
46 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
75.
Menina de 13 meses de idade apresenta febre alta há quatro dias, irritabilidade,
inapetência para alimentos sólidos e palidez cutânea. Exame Físico: FC = 120 bpm, FR =
36irpm, regular estado geral, palidez cutânea, sem outras alterações. Exames: Radiografia
de tórax: sem anormalidades. Hemograma: leucocitose com neutrofilia e desvio à
esquerda. Urina 1:250.000 leucócitos/mL, 20.000 hemácias/mL, nitrito positivo,
leucocitoesterase positivo. Assinale a alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Colher urocultura e aguardar o resultado para iniciar antibioticoterapia no domicílio.
Internar, colher urocultura e aguardar o resultado para iniciar antibioticoterapia.
Internar, colher urocultura e iniciar antibioticoterapia sistêmica empírica com
aminoglicosídeo ou ceftriaxona.
Internar, colher urocultura e iniciar antibioticoterapia oral empírica com
sulfametoxazol-trimetoprim.
Colher urocultura, iniciar antibioticoterapia oral empírica com sulfametoxazoltrimetoprim no domicílio e retornar em 48 horas para reavaliação e resultado da
urocultura.
75- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Trata-se de lactente, com quadro febril associado a manifestações sistêmicas, com
sintomas de alarme (irritabilidade, inapetência e recusa alimentar) e sinais clínicos
sugestivos de alterações circulatórias (palidez cutânea e taquicardia). Nesta situação, em
virtude da faixa etária de risco (< 2 anos) e com hipótese fortemente sugestiva de I.T.U
(pielonefrite), indica-se obrigatoriamente internação, coleta de exames para identificação
do agente bacteriano, e sem demora, antibioticoterapia empírica para gram negativos, por
via endovenosa. Este antibiótico poderá ser trocado para via oral somente após melhora
do quadro clínico, desaparecimento da febre e orientado pelo antibiograma.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Koch VH, Zuccolotto SMC. Infecção do trato urinário. Em busca das evidências. J Pediatr
(Rio J) 2003, 79(supl.1): S97-S106.
76. Criança desidratada entre 1º e 2º grau , chegou ao hospital com história de vômitos e
diarréia aguda. Foi iniciada reidratação oral, porém, criança não aceitou a solução
hidratante (OMS). Assinale a conduta correta a ser tomada:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Oferecer solução hidratante após perdas.
Adoçar a solução hidratante da OMS com sacarose para a melhor aceitação.
Oferecer soro de hidratação com chás, sucos e refrigerantes ao meio.
Reidratação por sonda naso-gástrica.
Reidratação endovenosa.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 47
76- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Foi descrito que a criança recusou a reidratação oral (SRO-OMS) e esta continua
apresentando perdas agudas (vômitos e diarréia). Nessa situação, já com sinais de
desidratação de 1º para 2º grau, estão em curso alterações metabólicas do jejum
prolongado, tais como: exaustão das reservas de glicogênio hepático e muscular,
catabolismo das gorduras causando cetogênese, miólise liberando aminoácidos para
neoglicogênese, além da espoliação hidroeletrolítica. Estando já internada num Hospital a
programação então é iniciar a reidratação por sonda nasogástrica, utilizando o soro da
OMS (osmolaridade de 311 mOsml), infundindo o líquido na velocidade de 30 mL/Kg/hora,
nos primeiros 15 minutos, e não ocorrendo vômitos, aumentar para 50 mL/Kg/hora. Após 2
horas de hidratação pesa-se a criança, e caso continue a perda de peso aguda, poderá
então ser instalado hidratação endovenosa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Issler H, Leone C, Marcondes E. Pediatria na atenção primária. Sarvier, SP, 1999.
Grisi SJE, Escobar AMU. Prática pediátrica. Atheneu, SP, 2000.
77. Menina de 4 anos está em tratamento ambulatorial para pneumonia lobar com
penicilina procaína (400.000 U cada 12 horas) há 72 horas. Houve piora da freqüência
respiratória e a criança passou a referir dor abdominal, além de manter febre. Qual sua
impressão sobre a evolução, etiologia e conduta para essa criança?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Bactéria resistente e complicação local da infecção, fazer novo RX de tórax e colher
hemocultura, internar para tratamento com antibiótico de largo espectro (cobertura
para bactérias GRAM positivas e negativas).
Complicação local, fazer novo RX de tórax, internar para tratamento com penicilina
cristalina endovenosa, porque o pneumococo é o agente mais freqüente, mesmo
com derrame pleural.
Bactéria resistente, colher hemocultura, internar para tratamento com associação
penicilina e cloranfenicol, porque as bactérias como hemófilos e pneumococo podem
ser resistentes à penicilina.
Complicação local, fazer novo RX de tórax, internar para tratamento com oxacilina,
porque o estafilococo é o agente mais freqüente de derrame pleural.
Bactéria resistente, colher hemocultura, internar para tratar com penicilina associada
a inibidor de β-lactamase, porque o pneumococo é o agente mais freqüente e pode
ser resistente à penicilina.
48 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
77- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Tratando-se de uma criança procedente da comunidade, o agente etiológico mais provável
dessa pneumonia é Streptococcus pneumoniae, justificando o acometimento lobar e o uso
de penicilina procaina como antibiótico de escolha. Todavia, mesmo em uso correto do
antimicrobiano e obedecendo aos cuidados gerais recomendados nessa situação,
apresentou sinal de alerta após 72 horas (dor abdominal e manutenção da febre) que
justificam a hipótese e a confirmação de presença de derrame pleural. Para isso, o exame
radiológico é útil e decidirá a indicação de punção pleural ou mesmo a drenagem
contínua, procedimentos que justificam a hospitalização. O uso de penicilina cristalina
endovenosa permitirá alcançar maior concentração sanguínea e tecidual da droga
devendo ajudar na eliminação do agente patogênico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Benguigui Y, Antuana FJL, Schmanis G, Yunes J. Infecções respiratórias em crianças.
OPAS, Washington, 1998.
Gomes FMS, Valente MH. Pneumonias, In: Issler et al. Pediatria na atenção primária.
Savier, SP, 1999.
78. Lactente de 8 meses, sem imunização prévia é admitido para tratamento hospitalar
por septicemia causada por Haemophilus influenzae tipo b. Criança evoluiu bem com o
tratamento instituído tendo alta. A orientação adequada no momento da alta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
indicar a vacina conjugada anti-Haemophilus influenzae tipo b, pois a doença não
confere imunidade.
não indicar imunização com qualquer vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b,
pois a doença confere imunidade permanente.
indicar a vacina conjugada anti-Haemophilus influenzae tipo b duas semanas após a
alta, para aproveitar o estimulo inicial produzido pelo contato com a bactéria durante
a infecção.
aguardar até a idade de dois anos para indicar a vacina tetravalente.
indicar a vacina polissacarídica pura anti- Haemophilus influenzae tipo b por ser
melhor indutora de imunidade.
78- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Há vários fatores de risco de doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b. A
hospitalização prévia por doença invasiva, está associada a doença invasiva, além de
outros fatores tais como: idade do paciente, desmame precoce, tabagismo intradomiciliar,
irmãos em idade escolar ou menores e a freqüência a creche. Por isso a vacina está
indicada.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Brasil-Ministério da Saúde – Manual de Normas de Vacinação. Brasília, DF., 2001
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 49
79. Adolescente de 16 anos é interno, há 3 anos, de uma instituição para recuperação
de menores. Usuário de cocaína, dos 10 anos até ser retirado da comunidade e internado.
Recebeu, em uma campanha de vacinação, quando ele estava com 14 anos de idade, o
esquema completo para vacina contra a Hepatite B e também a vacina dupla adulto. Há
um mês, uma investigação sorológica entre os internos revelou que este adolescente
apresentava HBsAg negativo, anti-HBc total positivo, HBc IgM negativo e anti-HBs
positivo. Esta sorologia revela que o adolescente:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
teve infecção pelo vírus B e está evoluindo para cronicidade, o que é revelado pela
presença de anti-HBc.
está imunizado contra a hepatite B, como conseqüência da vacinação prévia.
está provavelmente em fase precoce de infecção aguda, o que deverá ser
confirmado pela repetição da sorologia em 2 semanas.
está provavelmente na fase de infecção crônica pelo vírus, o que deve ser
confirmado pela positividade do anti-Hbe.
teve infecção pelo vírus B, recuperou-se e está imune à doença.
79- Resposta E
80. Dois irmãos com 9 e 11 anos de idade, que moram em uma fazenda, começam a
apresentar cólicas e vômitos, além de transpiração excessiva após jogarem futebol com
uma bola feita de um saco de inseticida que havia sido utilizado como defensivo agrícola.
Assim que percebe que os filhos estão com tremores e confusos, falando coisas sem
sentido, o pai os leva ao hospital onde o médico observa, além das alterações referidas,
uma importante miose bilateral, nos dois meninos. A substância tóxica responsável pelo
acidente, seu mecanismo de ação e o medicamento a ser utilizado são, respectivamente:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
organoclorado; inibição da citocromo-oxidase; hipossulfito de sódio.
organoclorado; inibição da colinesterase; barbitúrico.
organoclorado; inibição da monoamino-oxidase; barbitúrico.
organofosforado; inibição da citocromo-oxidase; barbitúrico.
organofosforado; inibição da colinesterase; atropina.
80- Resposta E
50 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
81. Mulher de 18 anos, com vida sexual ativa, procura o serviço com queixa de feridas
dolorosas em região genital há 3 dias. Ao exame observam-se úlceras coalescentes e
dolorosas em face interna de pequenos lábios. A hipótese diagnóstica é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Candidíase
Cancro duro
Herpes genital
Linfogranuloma
Condiloma acuminado
81- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Candidíase não costuma cursar com úlcera genital; cancro duro não dói; linfogranuloma
pode se iniciar com úlcera mas não dói e condiloma são verrugas
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Manual DST do Ministério da Saúde do Brasil
82.
uso
é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Mulher de 21 anos está com sangramento vaginal intermitente desde que iniciou o
de contraceptivo oral combinado de baixa dose há 17 dias. Nessa situação a conduta
Interromper a cartela e prescrever contraceptivo com maior dose hormonal.
Suspender o método, usar condom até o final do ciclo e então reiniciar o uso.
Mudar para método não-hormonal, como DIU ou preservativo.
Afastar gravidez ectópica e então prescrever antiinflamatório não-hormonal.
Explicar que se trata de sintoma comum e passageiro.
82- Resposta E
83. G2P0A2 (2 gestações, zero parto, 2 abortos) de 23 anos, retorna à unidade básica de
saúde com o resultado da citologia de rastreamento para o câncer de colo uterino:
presença de alterações celulares compatíveis com lesão de baixo grau e infecção pelo
HPV. A conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Realizar a colposcopia e tratar as lesões encontradas com cirurgia de alta
freqüência.
Repetir a avaliação citológica em um intervalo de 6 meses.
Realizar o teste de Shiller e cauterizar alguma eventual lesão encontrada.
Solicitar a tipagem do vírus HPV para definir o risco oncogênico.
Não valorizar o resultado, este achado é muito comum e não tem relevância clínica.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 51
83- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A correlação entre a citologia e o diagnóstico definitivo nos casos de lesão de baixo grau
do colo uterino é muito boa e nestes casos a maioria das lesões regride
espontaneamente, sendo seguro realizar um controle citológico com intervalo inferior ao
rastreamento rotineiro anual.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Projeto Diretrizes AMB – CFM – FEBRASGO
84. Mulher de 54 anos, assintomática, traz mamografia mostrando microcalcificações
agrupadas e de aspecto pleomórfico. A conduta é:
(A) Expectante
(B) Repetir o exame
(C) Prescrever tamoxifeno
(D) Biópsia excisional
(E) Mastectomia
84- Resposta D
85. Mulher de 51 anos, menopausa há 2 anos, apresenta sintomas de fogachos, insônia,
irritabilidade, depressão e atrofia da mucosa vaginal. Refere corrimento sanguinolento há
3 meses. Refere hipertensão arterial controlada com medicação. Tabagista 10 cigarros/dia
há 16 anos. Ao exame mamas, útero e anexos sem alterações. Mamografia realizada há
1 mês: BIRADS I. Deseja terapia hormonal para o alívio dos sintomas e melhora da
qualidade de vida. Assinale a alternativa CORRETA:
(A) Progesterona isolada para proteger o endométrio.
(B) Terapia estroprogestativa de baixa dose, muito sintomática.
(C) Contra-indicada a terapia hormonal até avaliação endometrial.
(D) Estrogênio terapia isolada, pois a progesterona pode causar sangramento.
(E) Contra-indicada a terapia hormonal pela hipertensão arterial e tabagismo.
85- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Diante do quadro clínico, a paciente está na pós-menopausa sintomática. Os benefícios
da terapia hormonal são conhecidos. A terapia estroprogestativa é a escolha para o alívio
dos sintomas climtéricos. A estrogênio-terapia isolada é indicada apenas para mulheres
histerectomizadas. E a utilização isolada de estrogênios não teria benefícios no alívio dos
sintomas. Entretanto pela história desta paciente é contra-indicado os estrogênios por esta
apresentar sangramento na pós-menopausa, o que deverá ser investigado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
52 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
86.
Mulher de 68 anos, na pós-menopausa, sem terapia hormonal, em consulta
ginecológica de rotina, assintomática, deverá apresentar quais achados:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Aumento da população de lactobacilos vaginais.
Teste de Schiller positivo no colo uterino e paredes vaginais .
Colonização da vagina por cocos gram-positivos e enterobactérias.
Aumento das células ricas em glicogênio em toda a parede vaginal e colo.
Aumento do conteúdo vaginal fisiológico, com muco cervical cristalino.
86- Resposta C
87. Mulher de 67 anos, na pós-menopausa há 15 anos, apresenta queixa de perda
incontrolável de urina, nictúria e episódios de enurese noturna. No exame físico, não há
distopia genital. A urocultura é negativa. Qual o possível diagnóstico e o tratamento mais
adequado?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Bexiga hiperativa – prescrever anticolinérgicos.
Instabilidade do detrusor – prescrever drogas alfa-agonistas.
Incontinência urinária por defeito esfincteriano uretral – cirurgia de alça.
Incontinência urinária mista – indicar fisioterapia do assoalho pélvico.
Incontinência urinária de esforço – indicar cirurgia de Burch.
87- Resposta A
88. Uma cidade apresentou os seguintes dados:
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 53
Ano 2005
Partos
Número total
2611
Abortamentos
73
Neomortos
65
Natimortos
109
Nativivos
2502
Mortes Maternas
4
Em relação a esses resultados, podemos afirmar que:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O número de casos de mortes maternas é baixo, podendo ser local de adequada
assistência pré-natal, ao parto e ao puerpério.
A razão de mortalidade materna é baixa; portanto a qualidade da assistência à
mulher no ciclo gravídico- puerperal é boa.
A razão de mortalidade materna é muito alta, mostrando falta ou má qualidade da
assistência pré-natal, ao parto e ao puerpério.
O número de casos de mortes maternas é moderado, havendo necessidade de
melhorias na qualidade da assistência obstétrica.
Não é possível avaliar a qualidade da assistência à mulher no ciclo gravídicopuerperal com esses dados.
88- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A medida da mortalidade materna (MM) proposta pela OMS é a razão de mortalidade
materna (RMM), que se calcula por meio do número de mortes maternas dividido pelo
número de nascidos vivos de uma mesma área geográfica, durante um ano, multiplicado
por 100.000. A RMM nesse caso é de aproximadamente 160 MM/100.000NV, considerada
muito alta (classificação da OPAS/OMS, 1990 e WHO, 2000). Uma das intervenções para
diminuição da MM é a intervenção sobre a assistência à gravidez, parto e puerpério
(aumento da cobertura e da qualidade).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Faúndes A, Cecatti JG, Parpinelli MA, Serruya SJ. Mortalidade Materna.
Neme B. Obstetrícia Básica. 3ª ed. São Paulo. Sarvier, 2005; 607-13.
54 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
89. Mulher de 22 anos, branca, refere atraso menstrual de 12 semanas e sangramento
vaginal discreto há um mês. Exame físico: pele seca e quente, FC = 120 bpm,
PA = 150x90 mmHg. Exame especular: sangramento genital em pequena quantidade
vindo da cavidade uterina. Toque vaginal: colo impérvio, útero aumentado para 16
semanas, massas anexiais palpáveis bilateralmente. Batimentos cardíacos fetais ausentes
ao sonar-Doppler. Qual a principal hipótese diagnóstica?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Abortamento evitável
Abortamento em curso
Aborto retido
Mola hidatiforme
Óbito fetal
89- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A e B estão erradas pois não se ouve BCF. C e E geralmente cursam com altura uterina
menor que o tempo de amenorréia. A resposta correta é D pois na DTG geralmente
observa-se altura uterina maior que o esperado, pode haver sangramento vaginal
intermitente, cistos teca-luteínicos, ausência de BCF e sinais de tireotoxicose.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Complicações Clínicas na Gravidez - Burrow-Ferris
Tratado de Ginecologia- Edmund Novak
Tratado de Ginecologia: Hans Halbe
90.
Mulher com 10 semanas de gestação, retorna à consulta de pré-natal com o
resultado da cultura de urina apresentando mais de 100.000 colônias/mL de Escherichia
coli. Nega disúria, polaciúria. Exame físico: sinal de Giordano negativo. A conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Aguardar até a 13ª semana de gestação para iniciar o tratamento.
Iniciar tratamento com cefalexina ou ampicilina, por via oral, por 7 a 10 dias.
Iniciar tratamento com cefalotina ou ampicilina por via intravenosa por 7 a 10 dias.
Repetir a cultura de urina para confirmar a infecção urinária 15 dias após o primeiro
exame.
Orientá-la quanto a contaminação do material para exame e explicar que não há
necessidade de tratar.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 55
90- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Este é o problema urinário mais comum durante a gestação. O quadro clínico varia de
bacteriúria assintomática (mais de 100.000 colônias/mL de urina), que acomete de 2 a 10
% das gestantes até o quadro de pielonefrite. Em 80% dos casos de bacteriúria
assintomática, E.coli é o agente etiológico identificado. A bacteriúria assintomática requer
o mesmo tratamento dos casos leves de infecção urinária, com tratamento ambulatorial e
a antibioticoterapia deve ser feita por via oral durante 7 a 10 dias e os antibióticos mais
utilizados são ampicilina (2g/dia), cefalosporina de 1ª geração (2g/dia) e a nitrofurantoína
(300mg/dia)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Milanez HNBP. Infecção do trato urinário. Neme B. Obstetrícia Básica. 3ª ed. São Paulo.
Sarvier, 2005; 607-13.
Ministério da Saúde. Infecção Urinária. Ministério da Saúde. Gestação de Alto Risco –
Manual Técnico. 3ª ed. Brasília. Ministério da Saúde, 2000; 73-4.
91. Gestante de 30 semanas traz resultado de sorologia para sífilis com VDRL 1:2 e
TPHA negativo além de sorologia para toxoplasmose com IgM e IgG positivos e avidez de
0,10. Com relação a esse quadro podemos afirmar:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
trata-se de sífilis recente e toxoplasmose com IgM falso positivo; deve-se usar
penicilina benzatina na dose total de 7.200.000.
Há risco de toxoplasmose congênita, mas não de sífilis. Iniciar espiramicina e
recomendar punção de líquido amniótico para PCR para toxoplasmose e readequar
tratamento a depender desse resultado.
Trata-se de reação cruzada ou IgM residual para toxoplasmose. Pesquisar síndrome
do anticorpo anti-fosfolipide pelo VDRL positivo.
Tratar sífilis e toxoplasmose; recomendar punção de líquido amniótico para PCR
para toxoplasmose e realização de VDRL mensal.
O risco de sífilis e toxoplasmose congênita é muito baixo e não há necessidade de
qualquer medida terapêutica.
91- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Frente a uma sorologia com VDRL positivo e TPHA negativo, afasta-se a presença de
sífilis. Com relação ao IgM positivo para toxoplasmose, associado e uma avidez baixa,
existe a presença de infecção recente, havendo necessidade de investigação da infecção
fetal pela análise do LA e readequar tratamento a depender desse resultado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Infecções na gestação – PF Monteleone
56 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
92. De acordo com a figura abaixo, ao exame obstétrico, o examinador está avaliando:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Dilatação cervical
Apresentação fetal
Altura da apresentação
Posição do colo uterino
Diâmetro conjugado diagonal
92- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Na avaliação do estreito superior da bacia utiliza-se a regra de Smellie que é a subtração
de 1,5 a 2,0 cm do diâmetro conjugado diagonal (promontório à borda inferior da sínfise
púbica) e se obtém o diâmetro conjugado obstétrico ou verdadeiro, do promontório à face
posterior da sínfise púbica (ponto retropúbico de Crouzat), que deve medir de de 10,5 a
11,0 cm
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Neme B. Propedêutica Obstétrica. Neme B. Obstetrícia Básica. 3ª ed. São Paulo. Sarvier,
2005; 71-98.
93. Mulher dá entrada no pronto-socorro com quadro de dor abdominal baixa, súbita,
atraso menstrual de 15 dias. Ao exame constata-se PA 90x60 mmHg, pulso 120 bpm,
temperatura 36,8°C, mucosas descoradas. Abdome doloroso com leve descompressão
brusca dolorosa em fossa ilíaca direita, sangramento uterino discreto e dor intensa ao
toque vaginal, principalmente no fundo de saco posterior. O diagnóstico é:
(A) Doença inflamatória pélvica
(B) Ameaça de aborto
(C) Aborto incompelto
(D) Apendicite aguda
(E) Prenhez tubária rota
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 57
93- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
o diagnostico é prenhez tubária rota, pelo quadro clinico apontado: dor é devido à irritação
peritoneal, amenorréia com spotting e com sinais de hipovolemia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cunnungham, FG et al. Williams Obstetrícia. 20 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
2000.
94. Gestante com 32 semanas, hipertensa crônica, refere dor súbita em baixo ventre
acompanhada por sangramento genital há 1 hora. Ao exame apresenta: hipertonia uterina
e BCF 100 bpm. Assinale a alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Realizar ultra-som e se houver coágulo retroplacentário, cesárea imediatamente.
Ministrar 12 mg de betametasona e cesárea após 24 horas.
Venóclise, coleta de tipagem, hematócrito-hemoglobina e cesárea imediatamente.
Se houver cervicodilatação, realizar amniotomia e aguardar parto normal.
Ministrar betametasona e uterolítico para corrigir a hipertonia uterina.
94- Resposta C
95. G1P0A0, 16 anos, inicia pré-natal com 18 semanas de gestação e segue sem
a
intercorrências até a 34 semana quando apresenta na consulta de pré-natal ganho
ponderal de 2,0Kg em 14 dias, edema pré-tibial de +++/4+, pressão arterial de
140x95mmHg que se mantém após 4 horas de repouso e fita urinária com proteína ++. A
conduta mais adequada é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Iniciar medicação antihipertensiva e retorno no pré-natal em 7 dias.
Iniciar medicação antihipertensiva , solicitação de exames laboratoriaias
(hemograma, urina tipo I, ácido úrico) e retorno em 7 dias no pré-natal.
Avaliação da vitalidade fetal através de cardiotocografia e dopplerfluxometria e se
exames normais retorno no pré-natal em 7 dias.
Controle da pressão arterial e coleta de exames para avaliar critérios de gravidade
da pré-eclâmpsia.
Internação para resolução da gestação.
58 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
95- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Há critérios para o diagnóstico de pré-eclâmpsia, assim o próximo passo é avaliar os
critérios de gravidade da doença que deverá ser feito nesse caso com a gestante
internada, pois existem sinais e sintomas que devem ser cuidadosamente avaliados (PA,
ganho ponderal, proteinúria, vitalidade fetal, perfil renal e hepático entre outros)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Willians Obstetrics, section VII, cap 24
96. G2P1A0 (Parto normal), 23 anos, 38 semanas de gestação com rotura espontânea da
bolsa, com líquido claro com grumos. A apresentação é cefálica e a dilatação cervical
permaneceu em 5,0 cm em um período de 4 horas. Nesse intervalo, a dinâmica uterina foi
de 1 contração em 10 minutos. Nessa situação a melhor conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Utilização de ocitocina IV
Utilização de misoprostol por via vaginal
Analgesia de parto
Conduta expectante
Parto cesárea
96- Resposta A
97. Primigesta com 22 anos, 33 semanas de gestação queixa-se de perda de líquido por
via vaginal há dois dias. Ao exame físico apresenta-se febril, taquicárdica e com saída de
secreção amarelada pelo orifício externo do colo do útero. Ao toque vaginal: colo médio,
medianizado, pérvio para 2 cm e amolecido, apresentação cefálica e altura da
apresentação -1 de De Lee. A melhor conduta para o caso é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Internação, vigilância infecciosa e de vitalidade fetal rigorosa e interrupção da
gestação com 34 semanas.
Administração de antibióticos e indução do parto.
Administração de antibióticos e interrupção da gestação por cesárea.
Administração de corticóide, antibióticos e interrupção da gestação.
Internação, vigilância infecciosa e de vitalidade fetal rigorosa e interrupção da
gestação com 36 semanas.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 59
97- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Nas gestantes com rotura prematura de membranas ovulares preconiza-se a realização
de antibioticoterapia de amplo espectro e indução do parto, se não houver contraindicação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
98. G8P8A0, 27 anos, com 39 semanas de gestação, hipertensa crônica foi internada
para assistência ao trabalho de parto às 14:00, com 3cm de dilatação e bolsa íntegra.
Apresentou parto vaginal as 15:35h. Recém-nascido com 4120g. Na avaliação de 30
minutos pós-parto, útero hipotônico acima da cicatriz umbilical, pressão arterial de
150x100mmHg, pulso de 110bpm e sangramento vaginal aumentado. A conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Curetagem uterina
Derivados do ergot intramuscular
Ocitocina endovenosa
Histerectomia pós-parto
Hidratação endovenosa e observar sangramento
98- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A conduta correta é a utilização da ocitocina endovenosa. Não deve ser
escolhido o derivado do ergot pois a paciente é hipertensa e se apresenta com
PA de 150x100mmHg. A curetagem uterina é inadequada pela hipotonia uterina e o risco
de perfuração. A histerectomia é uma conduta somente utilizada em casos graves após
esgotadas todas as outras medidas. Hidratação e observação do sangramento também
pode ser considerado inadequado pela presença de sinais clínicos de hipotonia uterina.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Obstetrícia Básica – Bussamara Neme – Capítulo 24 pág 195.3ª Edição, 2006. Editora
Sarvier
60 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
99.
Mulher de 37 anos, G1P1A0, parto normal há 25 dias, queixa-se de dor intensa em
mama esquerda há 2 dias, com área endurecida em quadrantes laterais, pele
avermelhada e quente, com dificuldade para amamentação. A hipótese diagnóstica é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Neoplasia maligna da mama
Alterações funcionais benignas da mama
Mastite infecciosa
Carcinoma inflamatório da mama
Mastite granulomatosa
99- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A sintomatologia de dor, calor, rubor e tumor são típicos de processo inflamatório
infeccioso agudo e a mastite aguda infecciosa é mais comumente relacionada ao ciclo
grávido-puerperal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Obstetrícia Básica - Bussâmara Neme
Tratado de Ginecologia - FEBRASGO
Diretrizes AMB (site FEBRASGO)
100. Primigesta de 24 anos, informa que foi vítima de estupro e mostra que, há dois
meses, no dia da ocorrência, fez registro policial. Apresenta gestação de 9 semanas
confirmada pelo ultra-som. Deseja interromper a gestação. Para a realização do
procedimento o médico deve:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Requerer autorização judicial.
Solicitar consentimento por escrito da paciente.
Pedir o posicionamento da Comissão de Ética do hospital.
Requerer autorização judicial e consentimento por escrito da paciente.
Informar que esse procedimento não é permitido por lei.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 61
100- Resposta B
COMENTÁRIO SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Documentos necessários para garantir a legalidade do atendimento e interrupção da
gestação em caso de estupro:
* Solicitação da mulher ou de seu representante legal, por escrito. Se não houver
representante legal, pede-se o suprimento de consentimento judicial. No caso de menor
de 14 anos, embora não seja exigência legal, é necessário que o médico tenha o
consentimento dela própria e do seu representante legal, por escrito. A vontade da menor
grávida deve prevalecer, se quiser continuar a gestação.
* Boletim de Ocorrência: Embora a lei não exija o boletim de ocorrência, é recomendável
que seja apresentado, para prevenir futuros problemas para a mulher e também para os
serviços e/ou para os médicos. Deverá ser anexado ao prontuário da mulher.
* Laudo do IML: Não é uma exigência, mas quando for possível obtê-lo em, no máximo, 48
horas após o exame do corpo de delito, é recomendável que seja solicitado. Existindo o
laudo, a instituição deverá anexá-lo ao prontuário da mulher.
* Mandado ou alvará judicial: Não é necessário e não é recomendável solicitá-lo, porque o
tempo necessário à sua obtenção retardará a interrupção da gestação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
I Fórum Interprofissional para Implementação do atendimento ao aborto previsto na lei http://www.cemicamp.org.br/forum/Relatorio_I_Forum.pdf
Outras referências sobre o assunto:
http://www.cemicamp.org.br/forum/Relatorio_II_Forum.pdf
http://www.cemicamp.org.br/forum/Relatorio_III_Forum.pdf
http://www.cemicamp.org.br/forum/Relatorio_IV_Forum.pdf
http://www.cemicamp.org.br/forum/Relatorio_V_Forum.pdf
http://www.cemicamp.org.br/forum/Relatorio_VI_Forum.pdf
Referências sobre Saúde Sexual e Reprodutiva:
http://www.ipas.org.br/biblioteca
101. Para a profilaxia do tétano em um ferimento corto-contuso a melhor conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
lavar exaustivamente a ferida com SF, retirar corpos estranhos e tecidos
desvitalizados
vacina antitetânica
soro antitetânico
antibióticos VO
gamaglobulina IV
62 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
101- Resposta A
COMENTÁRIO SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A conduta imediata é lavagem e debridamento da ferida com remoção de tecidos
desvitalizados e corpos estranhos. Após o procedimento inicial chegar a vacinação se está
em dia. Isto é se tomou pelo menos três doses de tríplice ao longo da vida e se o último
reforço com dupla foi à menos de 10 anos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
102. Homem de 75 anos, na avaliação pré-operatória de cirurgia cardíaca, apresenta ao
exame físico sopro sistólico na região da bifurcação carotídea. Para definir o grau e o local
de acometimento, qual o melhor exame não invasivo?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Tomografia craniana e cervical, sem contraste.
Ressonância magnética.
Ultrassom transcraniano.
Angiografia digital cervical.
Dúplex Scan.
102- Resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Existem inúmeros estudos comparativos, multicêntricos, cegos e randomizados dos quais
o ACAS (Estudo em indivíduos assintomáticos com estenose carotídea) é o exemplo mais
emblemático demonstrando que indivíduos com estenose importante da carótida interna
(no caso do ACAS > 60%) se beneficiam de tratamento cirúrgico visando a evitar o risco
de acidente vascular cerebral. A estenose de carótida externa não apresenta repercussão
clínica e não possui indicação de tratamento operatório.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Executive Committee for the Asymptomatic Carotid Atherosclerotic Study.
Endarterectomy for Asymptomatic Carotid Stenosis. JAMA 1995; 273: 1421-8.
Hunt JR. The role of the carotid arteries in the causation of vascular lesions of the brain,
with remarks on certains special features of the symptomatology. Am J Med Sci 1914; 147704.
Bettmann MA. Carotid stenting and angioplasty – a statement for healthcare professionals
from the Councils on cardiovascular radiology, stroke, cardio-thoracic and vascular
surgery, epidemiology and prevention, and clinical cardiology. Circulation 1998; 97: 121-3.
Byrne, J. et al. Combined carotid endarterectomy and coronary artery bypass grafting in
patients with asymptomatic high-grade stenoses: an analysis of 758 procedures. J. Vasc
Surg 2006; 44: 67-72.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 63
103. Paciente com icterícia, colúria, acolia fecal, febre acompanhada de calafrios, dor
em hipocôndrio direito, e elevação de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase, tem como diagnóstico mais provável:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hepatite aguda
Colecistite aguda
Colangite aguda
Abscesso hepático
Pseudocisto de pâncreas
103- Resposta C
104. Mulher de 46 anos apresenta, há 14 horas, dor contínua no andar superior do
abdome, de forte intensidade, que piora com ingestão de alimentos e está associada a
vômitos. Ao exame se encontra com fácies de dor, desidratada (++/4+), anictérica, com a
FC = 115 bpm, PA = 140 x 90 mmHg. O abdome está com a tensão aumentada no andar
superior com dor a palpação superficial e profunda e descompressão brusca dolorosa. Os
ruídos hidro-aéreos estão ausentes. Ela refere ter tido episódios anteriores de dor, em
cólica, no quadrante superior direito, principalmente com a ingestão de alimentos
gordurosos. Nega etilismo ou o uso de medicamentos. Foi feito o diagnóstico de
pancreatite aguda. Entre os exames complementares o hemograma revelou: Hb – 12 g/dL;
3
GB – 16500 cel/mm (bastões – 4%; segmentados – 85%); plaquetas – 290000. Qual é o
melhor exame para verificar a etiologia da doença?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Amilase sérica
Lípase sérica
Endoscopia digestiva alta
Ultra-sonografia
Tomografia computadorizada do abdome
64 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
104- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
No caso descrito a paciente apresenta um quadro de Abdome agudo (dor
abdominal contínuo, taquicardia, ausência de ruídos hidro-aéreos e dor a
descompressão brusca no andar superior do abdome) e o enunciado já define o
diagnóstico como pancreatite aguda.
Para estabelecer a etiologia da
pancreatite aguda, a história nos dá pistas pelo fato da paciente ser do sexo
feminino, com mais de 40 anos, sem antecedentes de etilismo ou uso de
medicamentos, com episódios prévios de colica no quadrante superior direito
desencadeado por ingestão de alimentos gordurosos. Este antecedente sugere um
quadro de colecistite crônica calculosa. Até 80% das pancreatites agudas são de etiologia
biliar ou alcoólica. Neste caso, como não há história de etilismo, a suspeita principal é da
etiologia
biliar.
O
melhor
exame
para
confirmar esta suspeita é a ultrasonografia abdominal, que tem uma
sensibilidade e especificidade maior que 95% para detecção de litíase
vesicular. Na vigência de pancreatite aguda este exame pode ser um pouco
prejudicado pela distenção das alças intestinais, mas caso persista a dúvida
o exame pode ser repetido após resolução do abdome agudo. A amilase e a
lipase sérica auxilia no diagnóstico de pancreatite aguda mas não para
estabelecer a etiologia. A tomografia computadorizada também é importante
para o diagnóstico e estadiamento da pancreatite, mas não é o melhor exame
para detectar litíase biliar. A endoscopia digestiva alta seria útil na
pancreatite aguda quando for necessário realizar a colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada, que não é comum.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Feldman: Sleisenger & Fordtran's Gastrointestinal and Liver Disease, 7th ed.,
Copyright © 2002 Saunders, Paginas 923, 926, 928 e 1075.
105. Homem de 72 anos, com antecedente de gastrectomia parcial com reconstrução a
Billroth II há 40 anos por úlcera péptica, apresenta-se com epigastralgia, empachamento e
emagrecimento de 8 Kg há 3 meses. Qual a conduta?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Introduzir inibidores da bomba de prótons (omeprazol) por 6 semanas, pois a
principal hipótese é gastrite alcalina.
Realizar endoscopia digestiva alta pois este paciente tem fator predisponente para o
desenvolvimento de neoplasia no coto gástrico remanescente.
Pesquisar Helicobacter pylori e, caso positivo, tratá-lo com claritromicina, amoxicilina
e omeprazol por 2 semanas.
Realizar exame contrastado de esôfago e estômago para excluir o diagnóstico de
síndrome da alça aferente.
Orientar a paciente quanto a evitar alimentos gordurosos, cítricos, bebidas
gaseificadas e tabagismo e reavaliá-lo em 4 semanas.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 65
105- Resposta B.
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O paciente apresenta faixa etária, emagrecimento importante e cirurgia anterior de coto
gástrico que são fatores de risco para neoplasia gástrica. Assim é mandatório a
realização de endoscopia digestiva alta para realização de diagnóstico
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
106. Homem de 68 anos, procedente da região sul de Minas Gerais, queixa-se de dor
abdominal difusa, em cólica há dois dias, acompanhada de vômitos há um dia. Refere
hábito intestinal de uma vez a cada quatro dias, fezes endurecidas. Evacuou última vez há
três dias. Exame físico: desidratação leve, distensão abdominal importante, ausência de
ruídos hidroaéreos, timpanismo difuso a percussão do abdome, toque retal com ampola
vazia e sem massas tumorais a palpação. A primeira hipótese diagnóstica e a conduta
adequada é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Fecaloma; realização de enteroclisma.
Neoplasia de reto; realização de cirurgia de urgência.
Fecaloma; realização de cirurgia de urgência.
Neoplasia de reto baixo; realização de preparo de cólon para cirurgia posterior.
Volvo de sigmóide; realização de retossigmoidoscopia ou colonoscopia.
106- resposta E
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Questão sobre suboclusão intestinal, com história típica de volvo de sigmóide. A
epidemiologia do paciente já sugere o diagnóstico de megacólon chagásico com provável
volvo ou fecaloma e o exame físico confirma a hipótese de volvo e não fecaloma. A
conduta é a padronizada neste caso.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cataneo, AJM, Kobayasi, S. Clínica Cirúrgica. Revinter, 1ª edição, Rio de Janeiro. 2003.
107. Na diverticulite aguda, qual situação não é indicação de cirurgia de urgência?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Peritonite difusa
Abscesso pericólico
Espessamento de parede colônica com grande plastrão palpável
Enterorragia
Obstrução colônica
66 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
107- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Comentários- A enterorragia inicialmente não é indicaçÃo de cirurgia ao contrario das
outras alternativas A, B, C e E que são indicações de intervenção imediata. O
sangramento deve ser observado e na recidiva freqüente ou em grande quantidade deve
ser indicada cirurgia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
108. Homem de 25 anos, vítima de acidente automobilístico, chega ao pronto-socorro
apresentando déficit de consciência e aparente saída espontânea de sangue pela uretra.
Constata-se fratura de membros inferiores e de ossos da pelve. A hipótese diagnóstica
principal e a conduta são:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Lesão de uretra bulbar; uretrocistografia.
Lesão de uretra bulbar; ultra-sonografia.
Lesão de uretra membranosa; uretrocistografia.
Lesão de uretra membranosa, ultra-sonografia.
Sangramento da lesão óssea, Raio X de quadril.
108- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS
ERRADAS:
A
resposta
correta
é
a
C.
Cerca de 5% dos homens com fratura pélvica apresentam trauma da uretra
posterior, assim como 90% dos traumatismos da porção posterior são
consequentes a fratura da bacia. As roturas da uretra membranosa são quase
sempre totais e completas, devido ao mecanismo de guilhotina por
desgarramento da aponevrose perineal média. A confirmação do diagnóstico
deve ser feito por meio da uretrocistografia que identifica o local de
extravasamento
de
contraste
na
uretra.
Alternativa D - incorreta porque o ultra-som não identifica o local de lesão
da
uretra
Alternativa A e B - incorretas devido a etilogia do trauma, paciente
politraumatizado
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Nelson Rodrigues Netto Jr. Urologia Prática, 4 edição, Editora Atheneu, São
Paulo, 1999.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 67
109. Adolescente com dor escrotal aguda associado a aumento súbito do volume
escrotal, náuseas e sudorese, compõe quadro clínico do que se chama:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Tumor testicular
Escroto agudo
Cisto de cordão
Tuberculose testicular
Dermatite
109- Resposta B
110. Durante uma briga um rapaz alcoolizado foi vítima de um ferimento por arma
branca em tórax. Inicialmente, não procurou atendimento médico, mas após 4 horas
começou a apresentar “cansaço e falta de ar”. Procurou o Posto de Saúde e na avaliação
médica constatou-se taquipnéia (FR = 30 irpm), presença de ferimento de 1 cm em quinto
espaço intercostal para-esternal esquerdo, e diminuição importante do murmúrio vesicular
à esquerda, com submacicez à percussão. FC = 110 bpm e PA = 100 x 70 mmHg. Quais
as hipóteses diagnósticas (principal e secundária), conduta inicial, e eventual motivo para
transferir este paciente para hospital de referência?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hemotórax + lesão cardíaca; drenagem torácica esquerda; indicação de janela
pericárdica diagnóstica.
Contusão pulmonar + lesão de artéria torácica interna; RX de tórax; necessidade de
tomografia computadorizada de tórax.
Pneumotórax + lesão de brônquio; drenagem torácica esquerda; indicação de
broncoscopia.
Hemotórax + lesão de esôfago; antibioticoterapia precoce; indicação de endoscopia
digestiva alta.
Hemotórax + lesão de estruturas do mediastino; drenagem torácica esquerda;
investigação com broncoscopia, esofagograma, endoscopia digestiva e respiratória,
além de arteriografia.
68 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
110- Resposta A
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
1. ferimento de 1 cm em quinto espaço intercostal para-esternal esquerdo, e
diminuição importante do murmúrio vesicular à esquerda, com submacicez à
percussão = quadro clínico de HEMOTÓRAX (hipóteses A, D e E)
2. outra hipótese: ferimento exatamente na área de risco de lesão de
coração, que precisa ser descartada, independente de já ter passado 4 h. e
paciente continuar estável. (hipóteses A e E).
3. a indicação de drenagem torácica é inquestionável, mesmo sem exame de
imagem (hipóteses A e E).
4. o coração fica no mediastino, e para investigar lesão cardíaca existem
opções: USG / ecocardio, ou toracoscopia ou janela pericárdica, todos estes
exames feitos quando o paciente está estável, como apresentado.
Portanto, alternativa A.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. ATLS. Na verdade, no capítulo de trauma torácico o livro não cita a
janela pericárdica, pois os americanos tem preferência pelo FAST /
ecocardio. Porém, não é a realidade Brasil, inclusive no nosso serviço.
Todos internos que passam no Trauma tem seminário comigo de RX de tórax no
qual chamo a atenção das maneiras de investigar lesão cardíaca. Muitos
confundem de início com pericardiocentese, que é outro procedimento, que é
realizado em doente instável. Além disso é procedimento realizado com
relativa frequência, sendo discutidos estes casos em visita.
2. Suporte básico e avançado de vida no trauma. Mantovani M.
111.
Homem de 65 anos, fumante há 50 anos, apresenta febre alta há 3 dias,
indisposição, inapetência, escarro amarelado com estrias de sangue. Refere ainda dor
torácica de características pleurais, localizada na região posterior do tórax. Nega
antecedentes pulmonares, diabetes ou hipertensão arterial. Refere emagrecimento de
6Kg, nestes últimos 4 meses (antes pesava 65Kg). Exame físico: área do campo pulmonar
inferior com diminuição do murmúrio vesicular e crepitações finas. Qual o diagnóstico
provável e a melhor conduta:
(A) Pneumonia em base pulmonar – antibioticoterapia.
(B) Infecção brônquica - cultura do escarro e antibioticoterapia.
(C) Pneumonia - radiografia do tórax e antibioticoterapia.
(D) Pneumonia por obstrução – antibioticoterapia e encaminhamento para investigação
diagnóstica.
(E) Infecção da cavidade pleural após pneumonia - punção pleural diagnóstica e
antibioticoterapia.
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 69
111- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O aluno precisa reconhecer que a história é mais longa do que os 3 dias do início do
quadro infeccioso e que existem outros acompanhantes como o acometimento do estado
geral com perda de peso significativa. A história de pneumonia em tabagista, poderia ser a
primeira manifestação da neoplasia do pulmão.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cataneo, AJM, Kobayasi, S. Clínica Cirúrgica. Revinter, 1ª edição, Rio de Janeiro. 2003.
112. Criança com 4 anos de idade, portadora de cardiopatia congênita cianótica, com
dedos em baqueta de tambor e quando corre adota com freqüência a posição de cócoras.
O diagnóstico mais provável é:
(A) Comunicação interventricular (CIV)
(B) Comunicação interatrial (CIA)
(C) Tetralogia de Fallot
(D) Anomalia de Ebstein
(E) Transposição dos grandes vasos da base
112- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A tetralogia de Fallot é uma cardiopatia congênita que consta de: comunicação interventricular (CIV), estenose pulmonar, dextroposição da aorta e hipertrofia do ventrículo
direito. Essas alterações anatômicas resultam em cardiopatia cianosante crônica, que
justifica os dedos em baqueta de tambor, e levam ao hipofluxo pulmonar, daí a criança
adotar a posição de cócoras para facilitar o retorno venoso. Essa é uma atitude
patognomônica da Tetralogia de Fallot.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Tratado de Cardiologia – Sociedade de Cradiologia do Estado de São Paulo.
113. Paciente jovem, 23 anos, deu entrada na sala de emergência trazido com urgência
por policiais, apresenta-se deitado na maca, semi-consciente, respiração agônica, sangue
na face anterior do tórax, pulso imperceptível, sinais de liberação esfincteriana e estase
jugular. Nota-se orifício de entrada por projétil de arma de fogo no 3º espaço intercostal
esquerdo na linha hemi-clavicular esquerda. O possível diagnóstico clínico-cirúrgico desse
paciente é:
(A) Tamponamento Cardíaco
(B) Choque Hemorrágico
(C) Pneumotórax Hipertensivo
(D) Rotura Traumática de Aorta
(E) Ferimento Toraco-abdominal
113- Resposta A
70 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
114. Homem, pedreiro, chega ao pronto socorro vítima de queda de laje há 30 minutos.
Segundo a acompanhante, imediatamente após o trauma o paciente apresentou perda de
consciência e um episódio de vômito. À admissão, encontrava-se 15 pontos na Escala de
Coma de Glasgow, com pupilas isocóricas fotorreagentes, sem déficits. Radiografia
simples de crânio: fratura em região temporal direita. Enquanto aguardava tomografia de
crânio, evoluiu com rebaixamento do nível de consciência (11 pontos na escala de
Glasgow), hemiparesia esquerda e anisocoria D>E. A hipótese é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hematoma subdural agudo com herniação uncal
Lesão axonal difusa
Contusão temporal esquerda
Hematoma extradural com herniação uncal
Hematoma intraparenquimatoso
114- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
A presença de breve perda de consciência e intervalo lúcido evoluindo com obnubilação,
hemiparesia contralateral e dilatação pupilar ipsilateral, tem como primeira hipótese
diagnóstica sem nenhuma dúvida o hematoma extradural (HED). A presença de fratura de
crânio, especialmente na região temporal (território de artéria meningea média), fortalece
ainda mais a hipótese de HED, que se diagnosticado e tratado em tempo correto pode ter
evolução extremamente favorável. A lesão axonal difusa geralmente cursa com imediato e
severo rebaixamento de consciência (baixa pontuação na escala de Glasgow) sem sinais
de hipertensão intracraniana. O hematoma subdural agudo habitualmente evolui com
rebaixamento mais progressivo da consciência, com mecanismo de trauma produzindo
lesões primárias e secundárias mais graves e letais que o HED. As demais alternativas (C
e E) poderiam apresentar os sinais e sintomas relatados, porém em caráter de exceção,
principalmente se comaprada à hipótese de HED.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ª
Greenberg M.S. Handbook of Neurosurgery, 5 ed, THIEME: 626-679
115. Mulher de 55 anos apresenta dor intensa no olho direito com diminuição da
acuidade visual neste olho, acompanhada de náuseas e vômitos. Inspeção: hiperemia
ocular, midríase paralítica e edema de córnea. Nessa situação a hipótese diagnóstica é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Iridociclite
Glaucoma agudo
Ceratite
Coriorretinite
Descolamento da retina
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 71
115- Resposta B
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
O glaucoma primário de ângulo fechado ou glaucoma agudo acomete preferencialmente
pacientes do sexo feminino de meia-idade. Afeta geralmente olhos hipermétropes (que
têm diâmetro ântero-posterior diminuido). É desencadeado pelo bloqueio pupilar que
aumenta a pressão na câmara posterior e desloca a raiz da íris anteriormente bloqueando
a saída do humor aquoso pelo seio camerular, o que desencadeia um aumento súbito da
pressão intra-ocular. é uma emergência oftalmológica.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Vaughan DG, Asbury T, Rordan-Eva P. Oftalmologia geral. 4ª ed. São Paulo: Editora
Atheneu, 1998, pg 219-20.
Miller SJH. Enfermidades dos olhos de Parsons. 16ª ed. Artes Médicas LTDA, 1981, pag.
224-8.
116. Homem apresenta-se para drenagem de abscesso na face lateral da coxa direita. O
cirurgião propõe a utilização de anestesia local (infiltrativa) com lidocaína a 1%. Embora o
paciente concorde com a indicação, a anestesia não é eficaz. A causa provável é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Anestésico local vencido.
Dose insuficiente do anestésico local.
Concentração insuficiente do anestésico local.
Interferência do pH tissular ácido.
Aumento da circulação local, com eliminação rápida do anestésico local.
116- Resposta D
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
a velocidade de ação dos anestésicos locais depende pka do fármaco e do ph do meio,
por exemplo o ph dos tecidos infectados é ácido, portanto interferindo na eficácia dos
anestésicos locais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Morgan Jr, GE; Mikhail M.; Murray M. Clinical Anesthesiology. 3 ed. Mc Graw Hill: 235
Manica, J. Anestesiologia: principios e tecnicas. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. cap 38.
72 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
117. Menino de sete anos é trazido ao pronto-socorro pelo resgate, com história de dor
no membro superior direito, após queda de patins há cerca de uma hora.
Exame físico: (cotovelo direito) à inspeção nota-se edema com equimose medial, dor a
palpação, com limitação funcional importante do membro superior; ausência de pulso
radial e apesar da dificuldade de avaliação, aparente déficit da extensão dos dedos pela
dor. Sem outras alterações
Radiografia de cotovelo (duas posições): fratura supracondilar do úmero, com desvio
póstero lateral importante (Gartland Grau III).
Qual a conduta a ser adotada?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Tala gessada e encaminhamento para o planejamento cirúrgico ambulatorial.
Redução com anestesia local e gesso.
Redução no centro cirúrgico com anestesia geral e fixação óssea.
O nervo lesado, provavelmente, é o mediano e, portanto, deve ser explorado
cirurgicamente.
A ausência de pulso denota, com certeza, lesão da artéria braquial e, portanto, deve
ser explorada cirurgicamente.
117- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
Fratura supracondilar do úmero é considerada uma urgência ortopédica por envolver em
alguns casos a artéria braquial, levando-a a um espasmo que pode ser tratado, na maioria
das vezes, com redução da fratura e estabilização. Muitas vezes pode também envolver,
como no caso, o nervo radial.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Lovel W.W. & Winter R.B. Ortopedia pediátrica. 5.ed, Ed. Manole, 2004. pag 1466-1472.
Rockwood JR C.A. Fraturas em criança. 5.ed, Ed. Manole, 2004. pag 577.
118. Com relação às queimaduras de 2º grau, assinale a alternativa CORRETA:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Indolor, atinge só epiderme, cicatriza sem seqüelas.
Dolorosa, atinge só epiderme, cicatriza com seqüelas.
Indolor, atinge epiderme, derme parcialmente, pode cicatrizar sem seqüelas.
Dolorosa, atinge epiderme, derme total, cicatriza com seqüelas.
Dolorosa, atinge epiderme, derme parcialmente, pode cicatrizar sem seqüelas.
118- Resposta E
Teste do Progresso Unificado – outubro/2010 - 73
119. Paciente adulto foi admitido no pronto atendimento com ferimento lacerado cutâneo
na face medial da perna. A perda cutânea estava sem exposição óssea ou de tendões,
era de formato retangular e longitudinal, com 10 cm de comprimento e 4 cm de largura,
porém ainda pediculada em seu lado menor e distal, contendo pele e fina camada de tela
subcutânea com cerca de 5 mm de espessura. A conduta mais indicada é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Reposicionar o retalho cutâneo em seu leito e suturá-lo.
Reposicionar o retalho cutâneo em seu leito sem suturá-lo.
Ressecar o retalho cutâneo e suturar as margens da ferida.
Ressecar o retalho cutâneo e, imediatamente, cobrir a perda com retalho
fasciocutâneo ou musculocutâneo.
Ressecar o tecido subcutâneo do retalho cutâneo, e suturar a pele como enxerto.
119- Resposta E
120. Homem, motorista profissional, chega ao setor de Emergência do Hospital vítima de
grave acidente na rodovia. Apresenta quadro de choque hipovolêmico, com hemopneumotórax à direita, fratura exposta de fêmur à direita, fratura de bacia e inconsciente.
Mesmo com todas as medidas adotadas a pressão continua a cair. Nos seus documentos
existe um cartão onde consta que é Testemunha de Jeová e não admite a transfusão de
sangue em hipótese alguma. Os familiares chegam ao Hospital e pedem que a vontade do
paciente seja respeitada, mesmo depois que você informa sobre a gravidade da situação
e risco de morte iminente, não mais cabendo uso de substitutos do sangue. O que você
faz?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Acata a decisão prévia do paciente, considerando a autonomia do mesmo sobre sua
vida, tratando-o somente com substitutos do sangue até o óbito do mesmo.
Solicita ordem judicial para a realização da transfusão.
Tenta convencer os familiares do contrário, pedindo para que tratem do assunto com
seus líderes religiosos e, não conseguindo convencê-los considerando a
necessidade de preservar a vida, transfunde o sangue.
Nega-se a atender ao pedido, transfunde sangue e não admite qualquer diálogo com
familiares.
Mesmo sendo uma emergência e não havendo outro profissional que o substitua,
recusa-se a continuar o atendimento e afasta-se do caso pois considera que sua
autonomia como médico está ameaçada.
120- Resposta C
COMENTÁRIOS SOBRE A RESPOSTA CORRETA E/OU SOBRE AS ALTERNATIVAS ERRADAS:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Bioética. Revista publ. Semestral CFM
74 - Teste do Progresso Unificado – outubro/2010
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