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Revista do Hospital
São Vicente de Paulo
Ano 4 • Número 15 • Jan/Fev 2015
Em 2015, coloque a
saúde no seu prato
Mudança de hábitos à mesa diminui
risco de doenças cardiovasculares.
Saiba quais alimentos não podem
faltar no cardápio
Cirurgia Bariátrica
Redução de estômago por
videolaparoscopia chega ao HSVP
Qualidade comprovada
Hospital é eleito o 5º melhor do Brasil
pela consultoria América Economia
Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo
TEMPO DE
COMPARTILHAR
Caro amigo,
A chegada do Ano Novo é mais uma oportunidade para agradecermos pelas conquistas alcançadas e nos prepararmos para os desafios que nos esperam durante os próximos meses. Aproveite
este momento para compartilhar amor, fé, esperança, amizade e gratidão com todos aqueles que
fazem parte da sua vida.
Para o Hospital São Vicente de Paulo, esse também é o momento de partilhar, com alegria, nossos
avanços assistenciais em 2014. Ao longo deste ano, inauguramos um novo CTI, dobrando o número
de leitos de alta complexidade; abrimos um Centro Avançado de Urologia; e adquirimos tecnologias
de ponta para diversos serviços, como a Oftalmologia e a Hemodinâmica.
Nesta edição da Revista do HSVP, você vai perceber como todos esses investimentos, aliados à
excelência de nossas equipes, contribuíram para que fôssemos eleitos, pelo segundo ano consecutivo, o 5º melhor hospital do Brasil pela consultoria América Economia. Nas próximas páginas,
trazemos também dicas importantes dos nossos especialistas para que você já comece 2015
cuidando melhor da sua saúde.
Um Ano Novo de muitas realizações!
Boa leitura!
Ir. Marinete Tibério – Diretora Executiva do HSVP
SUMÁRIO
EXPEDIENTE
Personalidade – Paulo Roberto Lazarini, Presidente da SBO
Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121.
Cirurgia bariátrica por vídeo chega ao HSVP
FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.
A importância do Banco de Sangue no pré-operatório
Incidência de inflamações no ouvido cresce no verão
HSVP é eleito o 5º melhor hospital do Brasil
Ano Novo, coração saudável
Entrevista – Augusto César Teixeira, cirurgião de mão
Auditores internos: dedicação à excelência
Alterações menstruais podem ser sintomas de doenças
Higiene das mãos é tema de treinamento
Aconteceu
3
4, 5
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Diretoria Médica: Marcio Neves (CRM: RJ-577755).
Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tibério, Ir. Josefa Coissi,
Ir. Emanuele Gonçalves de Alcântara e Ir. Ercília de Jesus Bendine.
Conselho Editorial: Ir. Marinete Tibério – Diretora Executiva;
Ir. Josefa Coissi – Diretora de Enfermagem; Ir. Ercília de Jesus Bendine
– Diretora de Relacionamento com o Paciente; Marcio Neves – Diretor
Médico; Gabriela Claro – Gerente de Hospitalidade; Olga Oliveira –
Gerente de Suprimentos; Vanderlei Timbó – Coordenador de Qualidade.
Edição: Simone Beja.
TEXTOS: Juliana Borel, Manuela Lagos e Thamyres Dias.
Projeto gráfico e DIAGRAMAÇÃO: SB Comunicação.
APOIO EDITORIAL: Wilson Agostinho e Ana Paula Gama.
Impressão: Arte Criação
Paulo Roberto Lazarini
Presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO)
Cuidado com a audição
deve começar na juventude
D
ados do último censo do IBGE mostram
que 5% dos brasileiros têm algum nível
de perda auditiva. Embora a maioria dos
casos seja registrada entre adultos e idosos, para
o presidente da Sociedade Brasileira de Otologia
(SBO), Paulo Roberto Lazarini, eles podem ser
consequência de hábitos adotados ainda na
juventude. Durante a Campanha Nacional da Saúde Auditiva de 2014, a
SBO pesquisou o nível de exposição
de adolescentes ao som emitido pelos
fones de ouvido de dispositivos móveis, como aparelhos de MP3 e
smartphones. Lazarini conversou com
a Revista do HSVP sobre os resultados
do estudo e deu dicas importantes
para a manutenção da saúde auditiva.
Revista do HSVP: Apenas 20% dos adolescentes que participaram da pesquisa ouvem
música no volume considerado saudável.
Como a exposição a ruídos intensos, por períodos prolongados, pode afetar a audição
nessa faixa etária?
Paulo Roberto Lazarini: Toda exposição a ruído
intenso pode causar danos aos ouvidos. O som
alto vai gradualmente lesando os sensores que
nós temos na porção mais interna do ouvido,
chamada cóclea, que são responsáveis pela
captação dos estímulos auditivos. Quanto maior
for essa exposição na juventude, maior a chance
de comprometimento da audição na idade adulta
ou na velhice. Muitas vezes, contudo, os adolescentes não percebem esse risco. Durante a pesquisa, fomos a duas escolas paulistanas para verificar a intensidade do som que os alunos
escutavam, com fones de ouvido, na hora do recreio. Avaliamos 68 jovens, de 11 a 18 anos, e
apenas 14 respeitavam o limite máximo de 85
decibéis. A média foi 92 decibéis, com pico de
109. Isso equivale ao ruído emitido por uma furadeira pneumática, por exemplo.
Revista do HSVP: De forma prática, como o
jovem pode saber se o volume está ou não
acima do permitido?
PRL: O ideal seria um controle maior da intensidade máxima que aparelhos de MP3 e smartphones
podem gerar de som. Como, no Brasil, isso ainda
não foi regulamentado, minha dica é não ultrapassar o volume médio do equipamento. A exposição
ao som também não deve ser longa, devendo girar
em torno de uma hora, com intervalos para descanso. Se, ao desligar o equipamento, a pessoa
sente o ouvido dolorido, o som abafado, ou ouve
zumbidos, essa é outra pista indicativa de que
houve agressão muito intensa ao ouvido.
Revista do HSVP: A perda auditiva causada
pelo excesso de ruído pode ser revertida?
Como é feito o tratamento?
PRL: Quando o paciente chega ao consultório com
queixas de perda auditiva, realizamos uma avaliação auditiva complexa, que envolve uma série de
exames para saber se há algum dano no tímpano
ou nos ossículos do ouvido. Quando há comprometimento apenas da parte externa ou da parte
média do ouvido, há possibilidade de recuperação
por meio de cirurgias e outros procedimentos que
têm um bom resultado. Agora, quando a lesão
acomete a parte interna do ouvido, não há como
recuperar os sensores perdidos. Nesses casos, precisamos prescrever o uso de aparelhos auditivos.
Revista do HSVP: Que outros motivos podem
levar à perda de audição na idade adulta?
PRL: Cerca de 30% a 35% das perdas de audição
estão relacionados à exposição a sons intensos,
não só em momentos de lazer, mas também em
ambiente profissional. Mas há inúmeras outras
causas possíveis, como processos infecciosos,
traumatismos cranianos e doenças de origem
genética que se manifestam tardiamente, como a
otosclerose, que afeta os ossículos do ouvido.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 3
Cirurgia bariátrica por
vídeo chega ao HSVP
D
ados do Ministério da Saúde revelam:
50,8% dos brasileiros adultos estão acima
do peso e 17,5% já podem ser considerados obesos. Os números são o reflexo de um
problema que preocupa especialistas: quanto
mais pesada a população fica, maiores os riscos
para diabetes, hipertensão e câncer, entre outras
doenças. Em alguns casos, quando a obesidade
atinge um grau severo e o paciente não consegue emagrecer, a cirurgia bariátrica (a chamada
“redução de estômago”) é o tratamento mais
indicado. No Hospital São Vicente de Paulo
(HSVP), o procedimento é feito pela técnica convencional, aberta, e, desde dezembro, também
por videolaparoscopia.
“A cirurgia por vídeo acaba de ser implantada
no hospital. Foi um processo de muito estudo,
pois precisávamos ter a certeza de que este é
um procedimento tão seguro quanto a cirurgia
aberta. Um dos benefícios da videolaparoscopia
é a recuperação mais rápida, já que não há cortes extensos”, explica o chefe do Serviço, o cirurgião Alfredo Martins Fontes.
A escolha pelo tipo de procedimento varia de caso a caso.
“Alguns pacientes vão se beneficiar, e muito, com a cirurgia por
vídeo, mas há aqueles em que a
cirurgia convencional ainda será
mais indicada. A decisão será
sempre do médico, durante os
exames pré-operatórios”, lembra o especialista.
Fontes ressalta, ainda, que a
cirurgia por vídeo tem tudo para
conquistar os mesmos resultados
do método tradicional. “QuereDr. Alfredo Martins Fontes
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4
mos manter a excelência do Serviço, que tem taxa
de mortalidade zero, bem como índice de complicações abaixo da média internacional”, pontua.
Pré e pós-operatório
O pré-operatório de uma cirurgia bariátrica
leva em torno de 60 dias. Nesse período, o
paciente é submetido a uma série de
exames para avaliar seu estado geral de saúde. Pacientes com mais
de 200 quilos podem ser orientados a emagrecer um pouco,
para aumentar a segurança do
procedimento.
Já a recuperação pós-cirúrgica é um pouco mais lenta.
Nesse momento, o paciente
vai, aos poucos, progredir de
uma dieta zero até comidas
mais consistentes. O cirurgião Josué Kardec, membro
do Serviço de Cirurgia Bariátrica do HSVP, alerta que
alguns nutrientes podem
passar a ser absorvidos com
dificuldade pelo organismo,
após a cirurgia, o que exige
um acompanhamento mais
atento do paciente.
“Quando acontece carência
de ferro, por exemplo, recorremos a uma alimentação mais rica
nesse nutriente, a suplementos vitamínicos ou, em casos mais sérios, à
medicação injetável. O mesmo pode
acontecer com ácidos graxos e alguns
sais minerais. A participação do nutricionista nessa fase da recuperação do paciente é
fundamental”, afirma o médico.
Suar é bom, comer bem também
Não é segredo que levar uma vida saudável ainda é a
melhor maneira de manter o peso. Por isso, buscar hábitos como a prática regular e supervisionada de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada é a recomendação de dez entre dez médicos. Antes de pensar
em recorrer ao procedimento cirúrgico, tente emagrecer de forma natural e progressiva!
As atividades físicas vão sendo liberadas lentamente. Primeiro, são indicados os
movimentos de rotina (levantar, andar
dentro de casa, caminhar). Correr,
dançar ou fazer musculação são
permitidos de acordo com a evolução de cada pessoa.
Quem pode se
candidatar à cirurgia
bariátrica?
Apenas pessoas com Índice
de Massa Corporal (IMC)
entre 35 e 40, associado a
doenças como diabetes, hipertensão e outras patologias ligadas ao excesso de
peso, podem fazer a cirurgia. Quem já está
com o IMC acima de 40, mesmo sem doenças
graves, também pode ser encaminhado para o
procedimento cirúrgico.
É importante que o paciente já tenha tentado emagrecer de outras formas, sem
sucesso. “É preciso identificar a razão do aumento de
peso. Às vezes é um problema hormonal que pode ser
tratado de outra maneira.
Ou, de repente, a pessoa
apresenta compulsão alimentar e pode tratá-la com
acompanhamento psicológico e conseguir emagrecer”,
Dr. Josué
explica Kardec.
Kardec
Como calcular seu IMC
Para calcular o Índice de
Massa Corporal (IMC),
divida seu peso (em
quilos) pela sua altura
(em metros) ao
quadrado.
Para uma pessoa com
80kg e 1,70m de altura,
por exemplo, a conta
ficaria assim:
IMC = 80 ÷ (1,70 x 1,70)
IMC = 80 ÷ 2,89
IMC = 27,6
Resultado
Situação
Abaixo de 17
Muito abaixo do peso
Entre 17 e 18,49
Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,99
Peso normal
Entre 25 e 29,99
Acima do peso
Entre 30 e 34,99
Obesidade I
Entre 35 e 39,99
Obesidade II
Acima de 40
Obesidade III
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 5
A importância do
Banco de Sangue
no pré-operatório
Q
uando o paciente vai se submeter a algum procedimento cirúrgico é fundamental a realização de exames de imagem, testes laboratoriais e uma consulta com
o cardiologista para avaliar o risco cirúrgico.
O que muita gente não sabe é que, tão importante quanto essas atitudes, a visita ao Banco de Sangue ajuda a garantir a segurança da cirurgia.
O sangue a ser reservado para o procedimento deve ser o mais parecido possível com o
do paciente. Por isso, é importante coletar uma
amostra para conhecer as suas características,
tais como: grupo sanguíneo, sistema ABO e fator
RH, além de verificar a presença de centenas de
outros antígenos e de anticorpos irregulares.
Geralmente, esse é um processo rápido,
mas, dependendo das particularidades do paciente, pode ser necessário um estudo mais complexo. Em alguns casos, é preciso esperar dias até que se consiga encontrar
um doador compatível. Isso sem falar
nos grupos sanguíneos mais difíceis,
como A e O negativos, que podem
não estar disponíveis no estoque
naquele momento.
Logo, quanto mais doadores voluntários, mais
fácil será achar sanguecompatível para os pacientes que aguardam
Dra. Moema de Oliveira,
Hematologista e Hemoterapeuta
e Diretora do CTA-Centro de
Transfusão e Aférese
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6
uma cirurgia. Atualmente, são coletadas, no país,
cerca de 3,6 milhões de bolsas ao ano, o que
corresponde a apenas 1,8% da população. Esse
número ainda é muito baixo. No Canadá e na
Inglaterra, por exemplo, mais de 5% das pessoas
doam sangue regularmente.
Redução nos estoques
No dia 25 de novembro, o Brasil comemora o
Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.
Esse é um momento muito importante para reforçar a doação, já que, com as festas e viagens, os
estoques costumam cair cerca de 30% entre dezembro e fevereiro.
Mitos e verdades
Processo de doação
Muitas pessoas deixam de doar sangue porque
ouviram dizer que o procedimento dói, provoca
mudanças no peso e até que “vicia”. Se esse é o
seu caso, fique tranquilo! Esses são apenas mitos!
A verdade é que a coleta é indolor, fácil, rápida,
não engorda, não emagrece e não vicia. Você
pode doar sangue apenas uma vez, e nunca mais
doar. Isso não fará mal algum à sua saúde!
Além disso, é importante lembrar que todo
material utilizado é estéril e descartável, por isso o
doador não corre o risco de contrair doenças durante o procedimento. A quantidade de sangue
retirada também não afeta o organismo:um adulto tem, em média, 5 litros de sangue e, durante a
doação, são coletados aproximadamente 450ml.
No Banco de Sangue, o doador voluntário é
cadastrado e passa por uma avaliação médica
para verificar a necessidade de hidratação e a
aptidão para o procedimento (veja no quadro
abaixo as condições para doar sangue). O candidato também preenche um questionário que ajudará o profissional de saúde a decidir se ele pode
doar, se está temporariamente inapto ou se tem
algum impedimento definitivo.
Caso a pessoa tenha todas as características
necessárias, ela é encaminhada para a sala de
coleta e, ao final da doação, receberá orientações sobre os cuidados que devem ser tomados.
Antes de ir embora, o voluntário é encaminhado
para o lanche.
Quem não pode doar
•Quem teve
diagnóstico de
Hepatite após os
11 anos de idade;
•Diabéticos;
•Mulheres grávidas
ou amamentando;
•Pessoas gripadas
ou com febre;
•Pessoas em
tratamento com
antibiótico;
•Comportamento de
risco para doenças
sexualmente
transmissíveis;
•Pessoas expostas a
doenças transmissíveis
pelo sangue, como
•Usuários de drogas;
Aids, Hepatite, Sífilis,
•Pessoas que fizeram
Doença de Chagas
piercing e tatuagem
ou Malária;
há menos de 1 ano.
Condições básicas
para doar sangue
•Sentir-se bem,
ter boa saúde;
•Nunca vá doar
sangue em jejum,
mas não coma
alimentos
gordurosos;
•Ter entre 18 e 69
anos de idade
(a partir dos 60 anos,
não poderá ocorrer •Faça um repouso
mínimo de 4 horas
a primeira doação);
na noite anterior à
•Pesar mais de 50Kg;
doação;
•Apresentar
•Não ingira bebidas
documento
alcoólicas nas 12
oficial com foto
horas anteriores.
(RG, carteira de
trabalho, carteira
de motorista);
Seja um voluntário!
Agora que você sabe um pouco mais sobre a importância do sangue
durante os procedimentos cirúrgicos, entre outras aplicações, torne-se
um doador! Caso você tenha algum impedimento de saúde que o
impeça de doar, ajude a disseminar essa ideia e convide um amigo!
O CTA – Centro de Transfusão e Aférese está na Rua Santo Amaro 80,
1° Subsolo – Glória. Nosso horário de atendimento é de segunda a
sexta-feira, das 7h30 às 15h; e aos sábados, das 7h30 às 10h30.
Outras informações pelo telefone: (21) 2224-0945.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7
Incidência de inflamações
no ouvido cresce no verão
C
om a chegada do verão, os cuidados com
a saúde devem ser redobrados. A exposição ao sol e o exagero nos banhos de
mar e de piscina podem se tornar os grandes vilões da estação, especialmente se o assunto for
infecções de ouvido. Segundo a otorrinolaringologista do Hospital São Vicente de Paulo, Eliza
Bittencourt Chaves, nessa época do ano os casos
de otite crescem tanto em adultos como em
crianças. “O contato frequente com a água facilita a remoção da cera que serve de proteção
para o canal auditivo. Sem essa proteção natural,
hábitos como coçar ou secar o ouvido com cotonete e outros objetos têm mais chance de provocar irritações”, explica a médica.
Por meio dessas lesões, fungos, vírus e bactérias se instalam, causando as infecções, que podem ser de vários tipos. Na otite externa, por
exemplo, os micro-organismos podem atingir
apenas a parte mais externa do canal auditivo,
causando dor e inchaço importante da orelha.
Já na otite média, ligada a outras infecções,
como resfriados e sinusite, há contaminação do
ouvido médio através da tuba auditiva – uma estrutura que estabelece a conexão entre o ouvido
e o nariz. Há ainda a otite média aguda de
repetição (OMAR), que ocorre quando os
fatores de risco se perpetuam e levam a
diversos episódios de inflamação em
um curto período de tempo.
Em alguns casos, se o tratamento
não for iniciado o mais rápido possível, podem ocorrer complicações,
como os abscessos, a pericondrite
(infecção do tecido que envolve a
cartilagem da orelha), a perfuração do tímpano e, até mesmo,
a perda auditiva do paciente.
“O tratamento depende do
tipo e do grau da otite e pode
envolver o uso de analgésicos
Dra. Eliza Bittencourt Chaves
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8
comuns e anti-inflamatórios ou antibióticos que
podem até ser aplicados no ouvido”, orienta Eliza.
Em casos mais graves, porém, quando apenas
a medicação não é suficiente para solucionar
o problema, as cirurgias podem ser uma opção
de tratamento.
Prevenção
Nos meses mais quentes, é difícil evitar o sol e a
umidade, principalmente para aquelas pessoas
que realizam esportes aquáticos ou que frequentam a praia quase diariamente. Uma dica para
afastar a otite, nesses casos, é usar protetores auriculares, que funcionam como barreiras contra a
passagem da água.
Contudo, segundo a especialista, o melhor
conselho é evitar a manipulação do ouvido
com cotonetes ou qualquer outro instrumento.
“Se, apesar dos cuidados, a dor e o incômodo
surgirem, vá ao médico imediatamente e evite as
complicações mais sérias. É fundamental ressaltar
que o tratamento deve ser feito pelo otorrinolaringologista”, recomenda.
HSVP é eleito o 5º melhor
hospital do Brasil
Instituição está entre as 20 mais qualificadas
da América Latina, segundo consultoria
A
consultoria América Economia Intelligence
acaba de divulgar o ranking 2014 das
melhores instituições de saúde da América
Latina. Pelo segundo ano consecutivo, o Hospital
São Vicente de Paulo (HSVP) – único carioca
citado na lista – foi eleito o quinto melhor hospital
do Brasil. A pesquisa está em sua sexta edição.
Na classificação geral, o HSVP alcançou a
20ª melhor pontuação, entre instituições de oito
países: México, Argentina, Colômbia, Peru, Venezuela, Costa Rica, Chile e, é claro, Brasil. A participação foi aberta a todos os hospitais gerais e
clínicas de alta complexidade da América Latina
que são reconhecidos pela Organização Pan-americana de Saúde.
Das instituições que fazem parte do ranking
deste ano, 14 têm algo em comum: a acreditação
da Joint Commission International (JCI), uma das
mais reconhecidas instituições acreditadoras do
mundo. “Desde 2008, o HSVP é acreditado pela
JCI. Isso faz com que busquemos melhorias constantes. Esse é o compromisso de nossa direção”,
ressalta a Diretora Executiva do hospital, Irmã
Marinete Tibério.
Os destaques nacionais
1ºHospital Israelita Albert Einstein (SP)
2ºHospital Samaritano (SP)
3ºHospital Alemão Oswaldo Cruz (SP)
4ºHospital Moinhos de Vento (RS)
5ºHospital São Vicente
de Paulo (RJ)
Subespecialidades médicas
Na avaliação do Corpo Clínico, o Hospital São
Vicente de Paulo também se destacou como o 4º
da América Latina em médicos com subespecialidades. Para o Diretor Médico do HSVP, Marcio
Neves, esse é um dos principais diferenciais da
instituição. “Na realidade o que a Direção do
HSVP busca é ter um Corpo Clínico completo em
vários quesitos, pois entendemos que essa característica é uma das formas de prestar um atendimento pleno aos nossos clientes”, afirma Neves.
O que foi avaliado?
Segurança e Dignidade do Paciente –
processos que permitem minimizar os riscos
hospitalares;
Capital Humano – qualidade da equipe médica, da enfermaria e da gestão hospitalar;
Capacidade – indicadores de internações,
leitos, especialidades e subespecialidades
médicas, exames de laboratório e cirurgias,
além de investimentos;
Gestão do Conhecimento – capacidade
da instituição de produzir e difundir conhecimento científico;
Eficiência – taxas de ocupação de leitos e
salas de cirurgia, eficiência financeira e mecanismos de gestão da qualidade;
Prestígio – opinião dos médicos dos hospitais participantes e dos leitores de
América Economía, além de conquistas e alianças estratégicas
alcançadas pela instituição.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 9
Ano Novo,
coração saudável
A
no Novo é tempo de mudanças. Quem
nunca prometeu – sob os fogos de artifício,
na contagem regressiva para a meia-noite
– viajar mais, aproveitar melhor o tempo com a
família ou mesmo investir em um antigo sonho?
Para o chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital São Vicente de Paulo, Aristarco Siqueira,
a chegada de 2015 pode ser um bom
momento também para começar a
cuidar do coração, mudando os hábitos de vida.
“A melhor forma de prevenir as
doenças cardiovasculares é ter uma
rotina mais saudável, e nisso a alimentação tem um papel importantíssimo. É fundamental
que a nossa dieta seja balanceada, com alimentos variados e ricos em nutrientes.
Também é importante lembrar o papel preventivo
dos exercícios físicos”, orienta o especialista.
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), 30% das mortes em todo o mundo
são causadas por doenças cardiovasculares.
“Embora alguns fatores de risco não sejam
controláveis, como é o caso da idade, do sexo e
da herança genética, nossa atitude é fundamental quando se fala dos demais fatores: hipertensão, tabagismo, diabetes, sedentarismo e obesidade”, afirma Siqueira.
E se nessa transformação saudável alguns alimentos devem ser evitados, como é o caso do
sal, das gorduras de origem animal e das bebidas alcoólicas, outros não podem faltar
no cardápio. O cardiologista do HSVP
José Perrota Filho listou oito ingredientes que são poderosos aliados de quem
quer cuidar melhor do coração.
Dr. Aristarco Siqueira
Temperos naturais
“Temperos naturais, como cebola,
pimenta e ervas finas são capazes
de acrescentar sabor à comida,
permitindo a redução do uso de
sal. Além disso, esses alimentos
são ricos em antioxidantes e vitaminas”, explica Perrota Filho.
Entre os temperos, o mais
importante para o coração é o
alho, rico em alicina e aljoeno –
substâncias que auxiliam na redução dos níveis de pressão arterial e
do colesterol “ruim” (LDL).
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10
Dr. José Perrota Filho
Aveia
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda a ingestão
diária de três colheres de sopa
de aveia por dia. Fonte de fibras que ajudam a regular o
funcionamento intestinal, o
cereal aumenta a saciedade,
contribuindo na prevenção
da obesidade. Além disso, a
aveia contém betaglucana, um
composto capaz de absorver
até 5% do colesterol ingerido
na alimentação.
Frutas vermelhas
As frutas vermelhas são nutritivas, ricas em
antioxidantes e anti-inflamatórios naturais.
Por isso, podem reduzir a progressão da aterosclerose, isto é, o acúmulo de gordura nas artérias.
Entre as frutas vermelhas, estão: amora, framboesa, morango, cereja, cranberry, açaí, romã, ameixa, jabuticaba, mirtilo e gojiberry.
Azeite de oliva
O azeite de oliva, especialmente o extravirgem, é rico
em vitamina E, antioxidantes e gordura monoinsaturada
– a mais saudável de todas. Segundo a Sociedade
Brasileira de Cardiologia, duas colheres de
sopa por dia já são suficientes para
proporcionar benefícios ao coração.
Mas atenção: o azeite não deve ser
utilizado no preparo de frituras.
Suco de uva
O tomate é rico em um antioxidante chamado licopeno, além de ter grande quantidade
de vitamina A. Suas propriedades ajudam a
evitar o infarto e o acidente vascular cerebral
(AVC). A recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia para a ingestão é de
uma unidade ou duas colheres de molho.
A uva vermelho-escura contém resveratrol, substância antioxidante que se destaca pela capacidade de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares. “O suco de uva pode ser substituído,
com os mesmos efeitos, por
uma taça pequena de vinho.
Se a pessoa for hipertensa ou
tiver diabetes, entretanto, o
consumo não é recomendado.
O excesso de álcool pode, ainda,
provocar a miocardiopatia alcoólica
(dilatação do coração)”, explica
José Perrota Filho.
Peixes
Castanhas
“Os peixes de águas profundas, como sardinha, salmão, atum, anchova, truta, arenque
e cavala são ricos em Ômega-3, uma gordura saudável que auxilia a reduzir o colesterol
‘ruim’ (LDL). Recomenda-se consumi-los
pelo menos três vezes
por semana. Os frutos
do mar também são
saudáveis para o coração, mas devem ser
consumidos com moderação”, orienta o
cardiologista.
As chamadas oleaginosas (castanha-do-brasil,
amêndoa, avelã, nozes, amendoim e macadâmia)
são ricas em gorduras poli-insaturadas, importantes para o funcionamento do
corpo humano. Além disso,
apresentam grandes quantidades de proteínas, fibras, selênio, cálcio, ferro, potássio,
zinco, vitamina E, ácido fólico
e magnésio. Como são
muito calóricas, contudo, devem ser apreciadas com moderação.
Tomate
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11
Augusto César Teixeira
Mãos
dedicadas
a acolher
E
m uma segunda-feira comum de dezembro, o movimento no consultório 14 do
ambulatório era intenso. A cada pessoa
que partia, um médico atencioso se despedia
com gentileza, diante do invariável sorriso do
cliente. A relação de proximidade entre o chefe
do Serviço de Cirurgia de Mão do Hospital São
Vicente de Paulo, Augusto César Teixeira, e seus
pacientes foi um dos assuntos da entrevista que
o especialista concedeu à Revista do HSVP.
“Aprendi com o tempo a entender as expectativas
do cliente, a ver muito além do problema de saúde”, conta. Botafoguense e pai de dois filhos, o
cirurgião carioca – que acaba de completar 31
anos de trabalho no Hospital – lembrou, ainda,
momentos marcantes da carreira.
Revista do HSVP: O senhor entrou na Faculdade de Medicina em 1961, mas quase não
se formou. Quando teve certeza de que queria ser médico?
Augusto César Teixeira: Meu pai era médico,
mas nunca me incentivou a seguir seus passos.
Pelo contrário, ele até colocava umas pedras no
meu caminho. Naquela época, eu pensava em
fazer Engenharia Química, mas, na hora do
vestibular, vi que caíam algumas matérias das
quais eu não gostava. Eu não ia passar nunca!
(risos) Então, resolvi tentar a prova para Medicina
e consegui entrar na Faculdade Nacional (atual
UFRJ). Depois, no terceiro ano, eu quase desisti.
Cheguei a me inscrever no concurso do Banco do
Brasil, mas uns amigos me fizeram mudar de ideia
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12
e eu não fiz a prova. Só no quinto ano, quando
entrei como acadêmico no Hospital Municipal
Souza Aguiar, comecei mesmo a gostar da profissão. Eu gosto da parte prática, de atender as
pessoas. Quando comecei a pôr a teoria em prática, tudo fez sentido.
Revista do HSVP: Além de cirurgião de mão, o
senhor também é cirurgião plástico. Como o
senhor concilia as duas formações?
ACT: Logo depois que eu me formei, fui o primeiro médico residente do Hospital Estadual
Rocha Faria. Comecei na residência de Cirurgia
Geral, até que um médico me perguntou: você
não quer me ajudar na Cirurgia Plástica? Ele tinha acabado de voltar da Europa e me passou o
que havia aprendido lá. Eu logo me encantei com
a área e decidi fazer a pós-graduação do Ivo Pitanguy, na Santa Casa de Misericórdia. Fui aluno
dele entre 1968 e 1970. Em 1971, ganhei uma
bolsa para estudar Cirurgia de Mão na França,
onde fiquei por um ano. As duas especialidades
se complementam. Em todos os serviços em que
atuei, acabei fazendo um pouco das duas.
Cirurgião plástico e cirurgião de mão
Revista do HSVP: Até hoje, qual foi o momento mais emocionante da sua trajetória
profissional?
ACT: Foi aqui no HSVP, há uns 20 anos. Nós operamos uma garotinha com 10 dias de nascida.
A mãe dela teve um surto psicótico e cortou a
mão da menina. Foi uma cirurgia complicada,
mas conseguimos reimplantar a mão e ela pegou
direitinho, ficou muito boa. Essa paciente hoje
é adulta e conseguiu até recuperar uma parte
dos movimentos. Um caso assim não tem como
o médico esquecer.
Revista do HSVP: Como se constrói o relacionamento entre médico e paciente?
Revista do HSVP: Além desse senso de observação e de humanidade, quais são as
características mais importantes para ser
um bom cirurgião?
ACT: O cirurgião tem que ser analista, tem que
ter critérios claros de indicação para os seus
pacientes e, uma vez indicada a cirurgia, tem que
fazer o procedimento com toda segurança: em
um bom hospital, com material adequado, na
hora certa. Na França, fui aluno de um cirurgião
chamado Paul Tessier, que reunia todas essas
qualidades e uma habilidade manual incrível.
Operava de tudo, e tudo muito bem feito. Em tantos anos de carreira, ele foi o melhor cirurgião
plástico que eu vi. Sem dúvida, foi uma grande
inspiração para meu trabalho.
ACT: Infelizmente a relação médico-paciente hoje
em dia está muito longe do que deveria ser, na
minha opinião. É preciso resgatar o valor huma- Revista do HSVP: Em quase 50 anos de carno, a individualização do atendimento. Ao longo reira, qual seu maior orgulho?
desses quase 50 anos de formado, o que eu sem- ACT: Tenho orgulho de nunca ter desviado do
pre achei mais difícil é descobrir o que se passa meu caminho. Nunca me guiei por razões finanna cabeça do paciente. Aprendi com o tempo a ceiras, sempre trabalhei segundo meus princípios.
entender as expectativas do cliente, a ver muito Na minha época de pós-graduação, por exemalém do problema de saúde.
plo, eu saía da Santa Casa e,
Mesmo assim, não dá para jurar
se um professor me chamasse
“É preciso resgatar
que eu estou certo. É preciso
para operar do outro lado da
o valor humano,
prestar atenção na cabeça do
cidade, eu ia, sem ganhar
paciente, no que ele sente, no
nada, e ainda saía de lá feliz
a individualização
que ele espera; observar o indipor ter ajudado e aprendido
do atendimento”.
víduo de forma global.
alguma coisa. Atualmente você
não vê mais isso. Não estou
dizendo que agora seja pior. São duas épocas
diferentes e fica difícil comparar.
Revista do HSVP: Quando não está trabalhando, o que costuma fazer?
ACT: Gosto muito de jogar tênis, fazer musculação e ficar com a minha família. Estou há 42
anos com a minha esposa. Casamos duas vezes:
uma em Paris, quando eu estava fazendo o curso,
e outra quando voltamos. Tenho dois filhos.
Nunca influenciei nas escolhas deles. O mais
novo, Murilo, era flamenguista e, de tanto me observar, acabou me acompanhando na torcida
pelo Botafogo. Eu nunca falei nada. Já o mais
velho, André, continuou tricolor, mas me seguiu
na profissão. (risos) Tanto em família como no trabalho, o que mais vale não é o que a gente fala,
mas a força do exemplo.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 13
Auditores internos:
compromisso com
a excelência
D
uas vezes por ano, eles se dividem entre as
atribuições de seus setores e uma tarefa
especial: avaliar os serviços oferecidos
pelo Hospital São Vicente de Paulo. São os auditores internos da Qualidade, um grupo de 21 colaboradores que, voluntariamente, trabalham para
o aprimoramento constante do HSVP. “No dia 20
de novembro, celebramos o Dia do Auditor Interno. Essa equipe existe há 18 anos no HSVP e surgiu
para atender a uma exigência da certificação ISO
9001. Atualmente, todos os 59 processos internos
são auditados”, explica o coordenador de Qualidade e Risco do HSVP, Vanderlei Timbó, que, desde 2002, também faz parte do grupo.
Alguns setores são verificados semestralmente, em geral nos meses de março e novembro. É o caso de Laboratório, Unidade de Internação, CTI, Centro Cirúrgico e Central de Material
Esterilizado (CME), entre outros. “São as áreas
mais críticas. Nesses departamentos, são realizadas atividades complexas associadas ao cuidado
dos pacientes”, afirma Timbó. Já os processos
administrativos são avaliados uma vez ao ano.
As auditorias são agendadas com, no mínimo,
cinco dias de antecedência para que os setores
possam se preparar. De acordo com o coordenador de Qualidade e Risco, a recepção é positiva. “Não auditamos pessoas e, sim, processos.
No relatório não consta quem fez determinado
procedimento, mas se o processo, de forma global, está adequado às normas ou se há oportunidades de melhoria”, ressalta Vanderlei Timbó.
Equipe exigente
O rigor dos voluntários é alto até mesmo quando
comparado à exigência dos avaliadores externos
– auditores da ISO 9001 que visitam o hospital
para confirmar a qualidade e a segurança dos
processos. “Além do conhecimento sobre o funcionamento do HSVP, temos um zelo especial na
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 14
hora de avaliar. A primeira coisa que fazemos
ao começar uma auditoria interna é revisitar os
pontos não conformes da última análise para assegurar que os problemas eventualmente encontrados foram solucionados”, pondera.
Os achados são consolidados em um relatório que é apresentado ao Conselho da Qualidade, formado pelas diretorias Executiva, Médica,
de Enfermagem, de Suprimentos, de Relacionamento com os Pacientes e de Serviços e Estrutura.
A partir dessa reunião, são traçados caminhos
para pôr em prática as necessidades e oportunidades percebidas.
conheça a equipe
Adriana Sudério
de Oliveira Mota
Farmácia
Carmelita de Melo
de Moura
Capital Humano
Geise da Costa
Loreto
Atendimento
Ana Cristina
Clements Varone
CTI
Cecilia Calabaide
Psicologia Clínica
Leonardo Silva Flor
Radiologia
Claudia Regina
Berniz Leite
Unidade de Internação V
Lindelmira Timbó de
Souza
Atendimento
Denise Fernanda
Portugal
Fisioterapia
Marcella da Silva
Costa
Serviço Social
Ana Paula de
Oliveira Vianna
Coordenação da
Qualidade e Risco
Andréa Jales Prata
Diretoria de Enfermagem
Carla Ferreira
da Fonseca
Contas Médicas
Eliane Fernandes
Neves Braga
Serviço Social
Maria de Fátima
Pereira Bastos
Patologia Clínica
Mere Lima da Silva
Serviço Social
Michelle Ozon
Carvalho dos Santos
Coordenação da
Qualidade e Risco
Mirian Silva Souza
de L. Rocha
Central de
Relacionamento
Priscila Monçores
Medicina Ocupacional
Olga Oliveira
Suprimentos
Vanderlei Elmiro
de S. Timbó
Coordenação da
Qualidade e Risco
Treinamento
Para ser um auditor interno de Qualidade é preciso
atender a alguns pré-requisitos. Comportamento
ético, habilidade para ouvir, capacidade de
síntese e bom relacionamento são algumas das
exigências, além, é claro, do comprometimento com
a empresa. “O auditor também é um educador. Essa
disponibilidade é outra característica importante
para o exercício do trabalho”, lembra Timbó.
Toda a equipe recebe treinamento de 24
horas/aula. Ao término do curso, o participante
recebe um certificado de formação em auditor interno da Qualidade.
Ao longo dos últimos 18 anos, a dedicação
da equipe ajudou a consolidar o HSVP como um
hospital de excelência. “Sem dúvida, esse trabalho é fundamental para nosso Sistema de Gestão
da Qualidade. Muitas vezes, percepções levantadas pelos auditores internos nos auxiliam nas decisões gerenciais”, pontua a Diretora Executiva do
HSVP, Irmã Marinete Tibério.
HSVP participa de curso
e congresso internacional
Nos dias 2 e 3 de outubro, oito representantes do Hospital São Vicente de Paulo participaram da Capacitação em Qualidade e Segurança do Paciente, oferecida pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em
São Paulo. O treinamento simulou eventos
reais para promover a atualização dos profissionais que atuam com gerenciamento de
risco em unidades de saúde.
No mesmo mês, o HSVP esteve presente
na Conferência da Sociedade Internacional
de Qualidade em Saúde (ISQua), realizada
no Rio de Janeiro. “Foi uma oportunidade
Os participantes do curso da Anvisa (da esq. para a dir.), Vanderlei
Timbó, Denise Kneitte, Aline Vianna, Ana Paula Vianna, Claudia Leite,
Péricles Vasconcellos, Ir. Josefa Coissi e Ir. Osvaldina de Jesus.
interessante para ampliarmos nossa visão
do que está acontecendo no mundo em termos de segurança do paciente. O HSVP está
sintonizado com essas ações”, afirmou Irmã
Marinete Tibério.
Alterações menstruais podem
ser sintomas de doenças
M
udanças repentinas no ciclo menstrual
– os chamados sangramentos uterinos
anormais – são comuns: estima-se que
30% das mulheres em idade reprodutiva convivam com o problema. Apesar de frequentes, contudo, as alterações merecem atenção especial.
“O sangramento uterino anormal pode ser sintoma de doenças, como os pólipos, os miomas, as
neoplasias malignas ginecológicas e até mesmo
a endometriose. Quanto mais rápido o diagnóstico, melhores os resultados do tratamento”,
afirma Claudio Crispi Júnior, médico do Serviço
de Endoscopia Ginecológica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP).
Segundo a literatura médica, o ciclo menstrual
normal dura de 21 a 35 dias. O sangramento,
por sua vez, pode se estender por um período de
dois a sete dias, de modo geral, com volume
menor que 80ml. “Mas esses parâmetros não se
aplicam a todas as pacientes. Cada caso deve ser
avaliado individualmente. Se a mulher sempre
teve quatro dias de sangramento, por exemplo, e,
subitamente passou a sete, mesmo que ainda esteja dentro do considerado padrão, essa mudança deve ser pesquisada”, explica Crispi Júnior.
O diagnóstico, portanto, começa com a análise do histórico da paciente, além do exame
clínico. Sempre que necessário, são solicitados
exames de sangue e de imagens, como a
ultrassonografia. Quando precisamos
avaliar detalhadamente o endométrio,
a videohisteroscopia, um exame minimamente invasivo, permite a visualização direta da cavidade uterina e a
realização de biópsias dirigidas.
Se o sangramento surge após a menopausa, lembra, ainda, o especialista, o cuidado deve ser redobrado. “Nessa faixa etária, o
sangramento é um dos indícios
de alterações malignas na cavidade uterina, como o câncer de endométrio”, alerta.
Dr. Claudio
Crispi Jr.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 16
Tratamento
O tratamento para o Sangramento Uterino Anormal depende da doença que originou o problema. Para os miomas e a endometriose, por exemplo, as cirurgias minimamente invasivas, feitas
por videoendoscopia, são as mais indicadas,
já que conseguem obter excelentes resultados,
com uma recuperação mais rápida da paciente.
Em outros casos, a solução determinada pelo
médico pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, além de hormônios.
“As duas abordagens têm taxa de sucesso bastante alta. O mais importante é procurar o especialista assim que surgirem os primeiros sintomas.
Se não tratadas a tempo, as causas do sangramento uterino anormal podem levar, ainda, à
dor pélvica crônica, à anemia e até a infertilidade”, conclui Claudio Crispi Júnior.
Higiene das mãos é
tema de treinamento
E
Equipe de Farmácia
do HSVP, durante
o treinamento.
las tocam corrimãos, dinheiro, maçanetas e
muitos outros objetos repletos de micro-organismos causadores de doenças. Por isso,
reforçar a higiene das mãos é fundamental para
manter a saúde em dia. “A mão é o principal
veículo de contato com outras pessoas e, dessa
forma, é uma das principais vias de transmissão
de micro-organismos, como vírus e bactérias.
No hospital, o risco é ainda maior, já que os
pacientes estão fragilizados”, explica a chefe do
Serviço de Infectologia do Hospital São Vicente
de Paulo, Isabella Albuquerque.
Para reforçar a importância da higiene correta
das mãos entre os colaboradores do HSVP, a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) realiza, anualmente, uma campanha que
passa por todos os setores do hospital. Este ano,
o evento aconteceu no
mês de outubro, sob a coordenação da enfermeira
Paula Bacco. “Os profissionais foram convidados a analisar a limpeza das mãos por meio
de uma câmara com
luz ultravioleta. Cada
pessoa teve a oportunidade de observar suas
deficiências no processo
de higienização e corrigi-las”, conta Isabella, que
também está à frente da CCIH.
Os participantes do treinamento ganharam,
ainda, um frasco de álcool em gel como brinde.
Caso não haja sujeira visível, que só consegue ser
removida com a lavagem com água e sabão, o
álcool a 70% pode ser uma eficiente ferramenta
de higienização. “A higiene das mãos é a medida
mais simples e eficaz de prevenção das infecções
hospitalares. E quem escolheu ser profissional de
saúde, lidando com vidas em seu dia a dia, deve
estar sempre extremamente atento a esse cuidado.
Cuidar de vidas é uma responsabilidade imensa”,
lembra Isabella Albuquerque.
Viroses
Entre as doenças transmitidas por
meio das mãos estão as viroses
respiratórias. “Uma forma de evitar
o problema, além da higiene
frequente, é usar lenços
descartáveis ou o próprio
braço para proteger a
boca ao tossir, em vez
de usar as mãos”,
orienta a especialista.
Dra. Isabella
Albuquerque
Como higienizar as mãos com água e sabonete
Duração total do procedimento: 40-60 seg.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17
IX Jornada Multidisciplinar
Nos dias 4 e 5 de dezembro, o Hospital São Vicente de Paulo realizou a sua IX Jornada Multidisciplinar, com o tema “Emergências Cardiovasculares”. Durante o evento, cerca de 200 profissionais do staff do HSVP e de outras instituições estiveram reunidos com o objetivo de trocar conhecimentos e estimular o aprimoramento profissional.
Nesta edição, a Jornada contou com a participação do presidente da Sociedade Brasileira de
Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista,
Helio Roque, que falou sobre o tratamento das
Síndromes Coronarianas Agudas. Também palestraram, além dos especialistas do HSVP, o chefe
do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Esmeralci Ferreira; o chefe
do Serviço de Hemodinâmica do Instituto de Cardiologia Aluisio de Castro, Marcio Montenegro; o
chefe do Serviço de Hemodinâmica da Clínica
São Vicente, Julio Machado; e o diretor médico
do Hospital Unimed, Luiz Antônio Almeida.
Homenagem
Durante o evento, três médicos foram homenageados: Deise de Boni (Nefrologia), Henrique
Murad (Cirurgia Cardiovascular), e Leopoldino
Guerra (Clínica Médica). Os especialistas receberam placas de agradecimento e reconhecimento
profissional, entregues pelo presidente do Centro
de Estudos do HSVP, Cyro Vargues, e pelo diretor médico, Márcio Neves. O momento foi de
grande emoção e surpresa.
I Simpósio do Serviço Social
O I Simpósio do Serviço Social do HSVP, realizado no dia 30 de outubro, discutiu os desafios e as
possibilidades da Desospitalização Humanizada e com Segurança, e qual o papel do assistente social
nesse processo. Sob a coordenação técnica da assistente social Eliane Fernandes e supervisão da
geriatra Mariângela Peres, o evento
reuniu um time de especialistas das
áreas pública e privada em um formato
de talk-show, em que o público participava ativamente fazendo perguntas.
O encontro reuniu cerca de 100
participantes e contou, além da equipe
do HSVP, com palestrantes do Hospital
Municipal da Piedade, do Programa de
Atenção Domiciliar (PAD) da Petrobras
e da Sociedade Brasileira de Geriatria
e Gerontologia (SBGG).
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18
Dia da Qualidade
No dia 7 de novembro, a Coordenação de Qualidade e Risco do
HSVP preparou um evento dedicado a sensibilizar os colaboradores
sobre a importância das Seis Metas Internacionais de Segurança do
Paciente, determinadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS):
identificação correta do paciente; comunicação efetiva; uso seguro de
medicamentos; cirurgia segura; prevenção do risco de infecções e prevenção do risco de queda. Os participantes foram divididos em grupos
e abordaram o assunto de forma lúdica e descontraída.
HSVP completa 34 anos
O Hospital São Vicente de Paulo comemorou, no dia 6 de
novembro, 34 anos de preocupação com qualidade, investimentos em tecnologia, atendimento humanizado ao paciente e
ética no relacionamento com a sociedade. Para celebrar, colaboradores, médicos e prestadores de serviço participaram de
Missa de Ação de Graças com o padre capelão Renato Prado.
Após a Missa, todos se reuniram em uma festa com direito a
bolo de aniversário e refrigerante.
Dia do Médico
Um jantar especial marcou as celebrações pelo Dia do Médico
(18 de outubro) no Hospital São Vicente de Paulo. O evento foi
realizado no dia 23 de outubro, especialmente para homenagear
os cerca de 300 especialistas do staff do HSVP. São esses profissionais que, no atendimento diário aos pacientes, em conjunto com
suas equipes, constroem a história de sucesso, ética e respeito do
hospital aos seus clientes.
Outubro Rosa
O HSVP elaborou uma série de ações em prol da campanha do
Outubro Rosa, movimento popular celebrado em todo o mundo,
que tem por objetivo a prevenção do câncer de mama. Ao longo
do mês, o Serviço de Mastologia promoveu uma grande campanha interna com as pacientes e funcionárias para incentivar a realização da mamografia, com distribuição de folders e bótons.
Para encerrar a programação, no dia 25, foi oferecida uma
palestra gratuita destinada ao público feminino em geral, sobre
diagnóstico precoce de tumores mamários. O diagnóstico precoce
pode aumentar para até 95% as chances de cura da doença.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 19
Agenda de Eventos 2015
(1º semestre)
Anualmente, o HSVP oferece uma ampla programação de eventos com foco
na promoção da saúde e na qualificação de suas equipes.
Confira o que nossos especialistas prepararam para você e participe!
Eventos abertos ao Público
Eventos para médicos e
outros profissionais de saúde
MARÇO
Saúde da Mulher
Organizada pelos serviços de Ginecologia e Mastologia, a palestra vai abordar a importância da prevenção
às principais doenças que atingem o público feminino.
JUNHO
Combate e prevenção ao Diabetes
A equipe do Serviço de Endocrinologia vai abordar os
desafios para prevenção e tratamento do Diabetes, que
atinge cerca de 6% da população adulta no Brasil.
AGOSTO
Combate ao Tabagismo
O tabagismo é considerado fator de risco para diversas
doenças. O objetivo desse encontro é mostrar como
parar de fumar pode contribuir para melhorar a qualidade de vida.
MAIO
Semana da Enfermagem
Em comemoração ao Dia Mundial da Enfermagem,
celebrado em 12 de maio, o HSVP promove uma série
de encontros para aprimoramento profissional.
JULHO
Jornada de Fonoaudiologia
Aberto para profissionais de saúde do HSVP e de outras
instituições, o encontro debaterá as melhores práticas
para fonoaudiólogos.
Para receber a confirmação de datas e
horários e fazer sua inscrição, ligue para:
(21) 2563-2147
Ou entre em contato pelo e-mail:
comunicaçã[email protected]
Trezena de São Sebastião no HSVP
O Hospital São Vicente de Paulo será um dos pontos de peregrinação da imagem de
São Sebastião, durante a trezena em preparação para a festa do Padroeiro do Rio.
No dia 7 de janeiro, às 14h30min, a imagem chegará ao HSVP, onde o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, dará uma bênção aos visitantes,
pacientes, médicos e outros colaboradores.
Participe conosco desse momento de oração!
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