MACHADO DA ROSA, A C. – BIODIVERSIDADE (ÁRVORES) LABORATÓRIO DE ENSINO RURAL - LABENSRU DZR - CCA - UFSC ROTEIRO SUGESTÃO PARA USO DE LIVRO (2) LIVRO: Árvores do Sul: guia de identificação e interesse ecológico Paulo Backes Bruno Irgang Santa Cruz do Sul: Instituto Souza Cruz 2002 Um roteiro sugestão para uso do livro ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS: Ambiente “versus” Vegetação, para professores do Ensino Fundamental, para os participantes do Clube da Árvore, para profissionais do serviço público e do privado da área de urbanização e para interessados, em geral, deve considerar as orientações emanadas do documento Parâmetros Curriculares Nacionais, publicado pelo MEC, em 1997. O Ensino Fundamental compreende ações que estão distribuídas em objetivos, conteúdos, recurso tecnológicos e avaliação para o Primeiro Ciclo (1 ª a 4ª série) e para o Segundo Ciclo (5ª a 8ª série). Assim, a idéia geral do roteiro acompanha este esquema. Contudo, considerando a amplitude do público alvo a que se destina o livro, será usada a expressão “coordenador de atividades” ao invés de professor, quando houver a necessidade da referência. AÇÕES REFERENTES AO PRIMEIRO CICLO As origens do conhecimento sobre o mundo externo iniciam no âmbito familiar, carregadas de influências do ambiente regional, passam pela educação formal e se complementam pela mídia e a cultura de massas. Deste modo, é importante lembrar que cada indivíduo traz consigo um repertório próprio de representações e explicações da realidade. A expressão da realidade pode ser feita através da linguagem oral, gestual e escrita. Assim, observar, comparar, descrever, narrar, desenhar e perguntar são modos de buscar e organizar informações sobre temas específicos. Por si só, tais procedimentos não são suficientes para a aquisição do conhecimento conceitual, mas constituem-se em recursos para que a dimensão conceitual e o conjunto de idéias que confere significado sobre o tema, possam ser trabalhados por um coordenador de atividades. Entre estas, uma das possibilidades de registro de observação da realidade, mais simples, é o desenho. MACHADO DA ROSA, A C. – BIODIVERSIDADE LABORATÓRIO DE ENSINO RURAL - LABENSRU DZR - CCA - UFSC ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS: Ambiente X Vegetação (continuação) OBJETIVOS Para que os indivíduos ganhem progressivamente as seguintes capacidades: - observar, identificar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos ambientes, identificando a presença comum de seres vivos, ar, luz, calor, água, solo e características específicas dos ambientes diferentes; - estabelecer relações entre características e comportamentos dos seres vivos e condições do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida; - reconhecer processos e etapas de transformação de materiais em objetos; - realizar experimentos simples sobre os materiais e objetos do ambiente para investigar características e propriedades dos materiais e de algumas formas de energia; - utilizar características e propriedades de materiais, objetos, seres vivos para elaborar classificações; - formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo; - organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob orientação do coordenador de atividades; - comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas idéias; - valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à urbanização desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com os espaços que habita. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA O PRIMEIRO CICLO Muito embora os critérios de avaliação esteja referenciados nos objetivos, é importante estabelecer critérios para a identificação das aprendizagens mínimas esperadas e imprescindíveis para o conjunto de metas proposto. - identificar componentes comuns e diferentes em ambientes diversos a partir de observações diretas e indiretas; - identificar os materiais de que as árvores são constituidas, descrevendo algumas etapas de transformação de materiais em outros a partir de observações realizadas. - observar, descrever e comparar animais e vegetais em diferentes ambientes arbóreos, relacionando suas características ao ambiente em que vivem; MACHADO DA ROSA, A C. – BIODIVERSIDADE LABORATÓRIO DE ENSINO RURAL - LABENSRU (ÁRVORES) DZR - CCA - UFSC ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS: Ambiente X Vegetação (continuação AÇÕES REFERENTES AO SEGUNDO CICLO Além das anteriores, surge a importância de estabelecer significado as relações entre os seres vivos. Assim, entre os objetivos, destaca-se a necessidade de interpretação das informações pelo estabelecimento de relações de dependência, de causa e efeito, de seqüência e de forma e função. Quanto aos critérios de avaliação para a identificação de aprendizagens mínimas e necessárias está a construção de narrativas orais e escritas sobre as relações identificadas. SUGESTÃO GERAL DE ATIVIDADES A idéia é possibilitar, a partir de um conjunto de etapas, o desenvolvimento da percepção da existência e identificação de árvores e de suas relações com o ambiente. Assim, seria adequado encontrar um local com árvores distintas (de 10 a 20) – preferencialmente uma região de mata – onde seria organizado uma trilha (no máximo de 1 km), na qual, as árvores poderiam ser analisadas e identificadas. Também é importante andar pela comunidade ou cidade e observar o mesmo, nas avenidas e ruas principais, nos bairros e áreas centrais. QUANTO AO AMBIENTE Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens 1) isoladas ou em grupos 2) características do solo 3) localização dentro dos grupos, nas áreas naturais e nas construídas 4) localização em áreas públicas QUANTO AS FORMAS 5) o formato da copa, o desenho do conjunto copa, tronco e raízes ... Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens o formato do conjunto copa-ramos-tronco-raízes. Cada árvore tem um desenho próprio que pode ser diferente quando isolada ou quando compõe um conjunto dentro de uma mata. 6) o tronco: a casca (com ou sem espinho), o lenho (madeira), a inserção dos galhos (ramos)... Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens o formato do tronco, suas características de cor, de casca, de inserção de galhos, de lenho. Cada árvore tem um desenho próprio que pode ser diferente quanto: ao fato de estar isolada ou quando compõe um conjunto dentro de uma mata; ao seu momento de desenvolvimento biológico (plântula, jovem ou adulta, p.ex.). 7) as folhas, as inflorescências, as flores, os frutos e as sementes. Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens MACHADO DA ROSA, A C. – BIODIVERSIDADE LABORATÓRIO DE ENSINO RURAL - LABENSRU (ÁRVORES) DZR - CCA - UFSC ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS: Ambiente X Vegetação (continuação QUANTO AS CORES 7) os troncos, os ramos, as folhas, as inflorescências, as flôres, os frutos e as sementes. Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens QUANTO AO DESENVOLVIMENTO 8) as sementes, as plantulas, a planta jovem, a planta adulta, a velocidade do crescimento (altura e conformação), a rusticidade (resistência a pragas e doenças)e o tempo para a primeira floração. Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens QUANTO AS RELAÇÕES NO AMBIENTE 9) os animais que costumam visitá-la na natureza ... 10) os animais que costumam viver nela ... 11) as plantas que vivem sobre ... e dela ... 12) as plantas que vivem ao seu redor, na natureza ... 13) as plantas e os efeitos da poluição urbana... 14) as plantas e os manejos em suas estruturas para atender necessidades urbanas... 15) as plantas e as suas transformações (folhas que caem e se decompõem...) 16) as plantas, as suas transformações e os significados na urbanização 17) o solo ao seu redor, em condições naturais ... 18) o solo ao seu redor, em zonas rurais, em lavouras, etc.... 19) o solo ao seu redor, em áreas urbanas limpas e isoladas ... Observar e registrar com desenhos, fotos ou filmagens Obs: no casos de ações referentes ao equivalente do segundo ciclo, incorporar a idéia de construção de narrativas orais e escritas sobre o tema.