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SÍFILIS
Conceito
Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica
(lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência
(sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema
cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução a
sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da
mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.
O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro
de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da
pessoa.
Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em
geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida,
transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo
do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode tambem ser encontrada
nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a adenopatia inguinal (íngua na
virilha) que, em geral passa desapercebida. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4
semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do
cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas.
Sífilis Secundária: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo e ocorre
de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são
essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas.
Sífilis Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações sorológicas
continuam positivas.
Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em
pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período
variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações
sorológicas continuam positivas também nesta fase.
Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a partir
do quarto mes da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão
presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive podendo
levar ao óbito da criança.
Sinônimos
Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.
Agente
Treponema pallidum
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções
peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
Transmissão
Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a
partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites.
Período de Incubação
1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.
Diagnóstico
Pesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicos (VDRL, FTA-ABS etc)
Tratamento
Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente.
Prevenção
Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta. Evitar
contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a).
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