MEDICINA ADVENTISTA

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MEDICINA ADVENTISTA
O que é a Medicina? Uma arte, uma ciência, ou um sacerdócio?
 É uma Arte, deve ser um Sacerdócio, e cada vez mais está se tornando uma Ciência. A
medicina, por cuidar do corpo, das emoções e do espírito, deve ser as três coisas: ciência,
arte e sacerdócio.
Desde o início, em quase todas as civilizações, a medicina sempre esteve ligada à religião e era
exercida por sacerdotes. A dedicação integral e desinteressada ao paciente sempre fizeram parte
dessa aura sacerdotal. Por outro lado, a arte é essa capacidade de dar a cada paciente o
tratamento que só ele precisa, pois cada paciente é único e diferente. Finalmente a ciência é o
estudo dos fenômenos naturais, da relação de causa e efeito, e na medicina, isso é feito
principalmente pela fisiologia, pela fisiopatologia, pela farmacologia.
A maioria dos “Holismos” está tentando ver o paciente como um todo, tanto físico quanto
emocional .Talvez a Medicina Adventista seja especial exatamente neste ponto: É uma ciência
quando cuida do corpo, baseando-se em conhecimentos científicos; uma arte quando cuida das
emoções e um sacerdócio quando cuida da alma. A própria definição Adventista de saúde diz
que “ Saúde é o bem estar físico, mental e espiritual”.
OBJETIVOS DA MEDICINA
Ao contrário do que muitos imaginam o objetivo da medicina nunca foi especificamente curar as
doenças. Desde o começo, nas medicinas mais antigas como a grega e a medicina bíblica, o
primeiro objetivo era a prevenção das doenças. O segundo objetivo era o tratamento, e aí, o
alvo primeiro e principal ainda é o alívio da dor e do sofrimento. Por isto a medicina sempre foi
um sacerdócio e uma arte. Só com o advento da medicina científica, pouco mais de cem anos
atras, começamos a entender o mecanismo das doenças e começamos usar tratamentos que
podem ajudar no processo de cura.
Estas são grandes diferenças entre a medicina científica e as medicinas alternativas: a promessa
de cura e a busca da verdade:
A Medicina Científica promete tratar. As medicinas alternativas prometem curas.
A Medicina Científica está constantemente em busca de novas maneiras de beneficiar o
paciente. As medicinas alternativas são estacionárias nos seus dogmas.
A Medicina Adventista, ao mesmo tempo que reconhece sua incapacidade de curar, pois quem
realmente cura é Deus, também aceita os grandes avanços da ciência como verdadeiras bênçãos
de Deus.
MAS EXISTE UMA MEDICINA ADVENTISTA?
A idéia da uma medicina basicamente preventiva evidentemente não foi inventada pelos
adventistas. Por outro lado, os adventistas, até hoje inventaram muito pouca coisa na medicina
curativa. Então o que é a medicina Adventista? Aliás, cabe mesmo a pergunta: “existe uma
Medicina Adventista?”
Quando os princípios da Medicina Adventista foram idealizados, ha mais de 130 anos,
coincidentemente, a medicina científica estava apenas começando a engatinhar com
Jenner, Pasteur, e outros. Na realidade, nessa época, o mundo era dominado pelas trevas
das medicinas alternativas: Frenologia, mesmerismo, magnetismo, homeopatia, e
tratamentos heróicos como a sangria, e o uso indiscriminado e empírico de produtos
químicos, chás, ervas e toda sorte de produtos tóxicos, vegetais, minerais e até de
origem animal.
É difícil entender porque as pessoas se deixavam tratar com tais métodos, sem qualquer
base científica e que freqüentemente levavam à morte. Era um tempo em que o melhor
que podia acontecer a um doente seria não encontrar um médico. O resultado dos
tratamentos era quase sempre pior do que a própria doença.
Nesse período de confusão, doença e descrédito, começou a ser desenhado o projeto da
Medicina Adventista. A impressão que eu tenho é que Deus resolveu nos ajudar a
separar o que era benéfico do que deveria ser evitado.
A Medicina Adventista deve muito aos escritos de Ellen White, que cremos ter sido
inspirada por Deus. Seus conselhos sobre saúde produziram mais de 2000 páginas, que,
surpreendentemente, continuam plenamente válidos e, quanto mais a medicina científica
progride, mais comprovações temos de sua validade. Ela orientou a criação de hospitais
e o tipo de medicina que deveria ser praticado nesses hospitais, bem como a criação de
Escolas Adventistas de Medicina e o tipo de Medicina ensinado nessas Escolas. Deixou
orientações abrangendo desde a prevenção da saúde até as formas racionais de
tratamento.
DIFERENÇAS DA MEDICINA ADVENTISTA
1-REMÉDIOS NATURAIS
Todo mundo fala em remédios naturais, só que dificilmente alguém tem um conceito
claro do que sejam remédios naturais. Em geral, quando se fala em “natural” pode-se
esperar de tudo, desde auras místicas até garrafadas com uso abundante de álcool,
enemas com testículos de tartarugas, beber a urina do próprio paciente, etc.
Aparentemente, quanto mais absurdo, maior a aceitação do “remédio”. Na realidade,
essas coisas alternativas e absurdas não são remédios, nem são naturais. Na realidade
são anti- naturais, às vezes sobrenaturais e frequentemente venenos.
O conceito Adventista de remédios naturais não tem nada a ver com os chás, raizadas,
ervas, enemas, etc. Remédios naturais são água, higiene, luz solar, ar puro, uma dieta
saudável, exercício físico, repouso, abstinência, amor, perdão, a confiança em Deus...
Existe uma lista de quase cinqüenta Remédios Naturais, que na realidade, formam um
estilo de vida.
Existe um trecho muito importante e conhecido de Ellen White, que define o que são remédios
naturais para a Medicina Adventista:
“Ha muitas maneiras de praticar a arte de curar mas há só uma que o céu aprova. Os remédios
de Deus são os simples agentes da natureza, que não sobrecarregam nem debilitam o organismo
através de suas fortes propriedades. Ar puro e água, limpeza, dieta adequada, pureza
de vida, e uma firme confiança em Deus são os remédios por cuja falta milhões estão
perecendo; porem, estes remédios estão caindo de moda porque sua aplicação requer esforço
que o povo não aprecia. Ar puro, exercício, água pura, e limpas moradias, estão ao alcance de
todos a baixo custo...”5 T pg443
Aqui está todo o segredo: os “remédios naturais” ou remédios de Deus tem a ver com a maneira
de comer, trabalhar, de se vestir e pensar. Não são chás, nem emplastos, nem comprimidos, nem
injeções - são um estilo de vida!
2-MEDICINA PREVENTIVA E MEDICINA TERAPÊUTICA
A medicina preventiva Adventista começou a ser definida em 1863. Nessa ocasião começamos a
ter orientação sobre itens que hoje são um consenso. Os principais pontos desse primeiro
documento falavam sobre:
1-Álcool e fumo deviam ser eliminados. Higiene pessoal, limpeza doméstica, e ar puro e luz
solar deveriam penetrar em todos os aposentos da casa.
Evidentemente, havia muito de preventivo nessas orientações. Por outro lado também se dava
importância para fatores terapêuticos básicos prevenindo no sentido de evitar o dano ao
paciente:
2-As drogas mais populares de então, (o ópio, a estricnina, a nux vomica, mercúrio, calomelano
e o quinino) foram classificados como “venenos lentos” e deviam ser evitados.
3-Em vez de desidratar o doente com laxantes, eméticos, ventosas, e até sangrias, como era o
costume das artes médicas de então, deveríamos dar água em abundância e hidratar o paciente
da melhor forma possível.
Aliás, estes são princípios da moderna Nefrologia, e da moderna Medicina Científica. Nós todos
estamos acostumados a usar os recursos da hidratação, mas nunca chamamos isso de “remédios
naturais”.
REMÉDIOS ESPECÍFICOS
Os escritos de Ellen White tem muito poucas referências a tratamentos específicos. Os remédios
específicos citados foram:
 Carvão:
Na forma de emplastro, para picadas de insetos e feridas infectadas, bem como para doenças
terminais
Por via oral nos casos de diarréia com sangue e também para pacientes com malária
-Apenas uma indicação para os chás de ervas:
Chá de catnip (espécie de menta) para nervosismo.
E então duas indicações surpreendentes:
 Café para náusea e maresia
 Lúpulo para insônia
De vez em quando algumas pessoas surpreendentemente concluem que essa meia dúzia
de citações são os verdadeiros remédios naturais e que isso é toda a Medicina
Adventista.
A HIDROTERAPIA - UM CAPITULO A PARTE
A hidroterapia já tinha mais de 100 anos de historia e havia se desenvolvido muito no
final do século IXX. Era praticamente inofensiva, barata e podia ser praticada em casa
por qualquer pessoa. No meio de todas as barbaridades alternativas que se faziam contra
os pacientes, a hidroterapia se destacava com enormes vantagens.
.
Na realidade era a grande revolução da terapêutica da época e alem de ser a base dos
tratamentos caseiros dos adventistas desse tempo, era também muito usada em nossos
sanatórios. Seus proponentes deveriam ter continuado a progredir no conhecimento da
fisiologia e da ciência, de tal forma a se tornarem a linha de frente, a verdadeira
medicina.
A Medicina Adventista teve um grande envolvimento com a hidroterapia. A Sra. White
era uma forte defensora dessa modalidade. Por que então a medicina Adventista não se
tornou apenas parte do movimento hidroterápico?
Infelizmente, a maioria dos movimentos revolucionários são vulcânicos: começam com
fogo e terminam petrificados. A hidroterapia também se petrificou opondo-se ao estudo
da anatomia, da fisiologia, a descoberta de que bactérias e vírus causam doenças. Todos
os avanços científicos da medicina foram recebidos por eles com desconfiança, desprezo
e decidida oposição.
MEDICINA CIENTÍFICA
Nessa mesma época a medicina convencional sofreu uma ampla reforma e começou a
avançar numa direção bem mais racional. Abandonou seus métodos empíricos e se
tornou um movimento progressista. Passou a patrocinar e a acompanhar o avanço dos
conhecimentos científicos, a Anti-sepsia, a Bacteriologia, Patologia, as técnicas
cirúrgicas e medidas de saúde publica. Eram novidades muito grandes e muito bem
vindas.
A medicina convencional se tornou uma Medicina Cientifica e teve a sabedoria de
absorver tudo de bom que havia nas outras correntes médicas. Por exemplo, da
hidroterapia trouxeram a higiene pessoal, a reforma na dieta, a temperança, o ar puro, a
reforma das drogas, e os cuidados médicos disponíveis para todos.
Por outro lado criaram-se normas para o exercício da medicina. Todos os médicos regulares
tinham que ser formados em faculdades de medicina devidamente reconhecidas e ser filiados às
Associações Medicas. Excluíram-se os movimentos que não podiam ser explicados de forma
racional e que não tinham base em conhecimentos de Fisiologia, Patologia, Farmacologia, etc.
Isso deixou para traz a homeopatia, o mesmerismo, os tratamentos empíricos com ervas,
quiropratica, frenologia, e outros que apareceram posteriormente.
A medicina trouxe uma serie de grandes novidades: a radioterapia, a anestesia em cirurgia, a
transfusão de sangue, a vacinação, etc..
Por todas essas razões a Medicina Adventista optou por se aproximar mais dessa nova
Medicina. É interessante notar como Ellen White orientou a Medicina Adventista a dar apoio a
esses desenvolvimentos científicos. Robinson D.E. History Of Our Health Message
Em varias ocasiões recomendou a criação de Escolas Adventistas de Medicina, que tivessem a
aprovação da Associação Médica Americana e que os estudantes de nossas faculdades pudessem
ter uma formação que os capacitasse a passar em todos os exames que se requerem de um
mÉdico convencional. Ao mesmo tempo, não aprovou a transformação da nossa Escola de
Medicina de Loma Linda em uma escola de medicina alternativa. Especificamente não
concordou que fosse uma escola de qiuiroprática, nem de homeopatia ou de osteopatia ou de
“medicina eclética”.D.E Robinson, History of Our Health Message 371.
UMA NOVA POSIÇÃO QUANTO AS DROGAS
Durante muito tempo os adventistas haviam se acostumado a ouvir apenas condenações ao uso
de drogas. Freqüentemente as drogas de então eram mencionadas nominalmente, mesmo assim,
existia a crença de que qualquer remédio químico, por melhor que fosse, deveria ser excluído da
Medicina Adventista.
No entanto quando a Medicina Científica começou a usar algumas drogas de forma racional,
houve uma mudança de condenação para um apoio adequado a cada caso.
Um exemplo disso aconteceu com o quinino. O quinino é uma droga muito tóxica. Apesar disso,
tinha uma longa historia de uso entre os homeopatas e alopatas para tratar todo tipo de sintoma,
principalmente a febre. A Sra. White havia colocado o quinino ao mesmo nível do ópio,
estricnina, mercúrio e outros venenos.
Até então não se conhecia o agente causador da malária. No entanto, um dos sinais da malária
era a febre. Assim as pessoas que viviam em áreas infestadas de malária ao longo do rio
Mississipi, tomavam pequenas doses de quinino, todos os dias, junto com o café da manha. Isso
evitava que tivessem a febre e os calafrios, mas não eliminava o parasita causador da doença.
O Dr. S.P.S. Edwards era um médico Adventista que trabalhou nessa região, no sanatório de
Moline, Ilinois, de 1904 a 1909. Como ele cria nos escritos da Sra. White, se recusava a usar
quinino para tratar malária. Inicialmente ele tentou a hidroterapia, mas logo percebeu
que nem a hidroterapia, nem as pequenas doses diárias de quinino que o povo usava
curavam a doença.
A medida que as pesquisas sobre malária progrediram, porem, vários médicos
começaram a usar tratamentos curtos com doses maiores de quinino. Isso foi um grande
progresso pois matava o germe e curava a doença. O Dr. Edwards então associou esse
tratamento com hidroterapia. Os resultados foram ótimos e muitas vidas foram salvas.
A Sra. White visitou esse sanatório algum tempo depois. Quando lhe contaram sobre o
método que estava sendo usado ali, ela fez o seguinte comentario:”Isto é diferente
daquilo que eu mencionei nos meus testemunhos. Assim como se usa éter ou
clorofôrmio para cirurgia, vocês usam uma ou duas doses para matar a causa e não
continuam dia após dia como se faz em tantos lugares. O que eu tenho condenado é o
uso continuo de drogas”. O Dr. Edwards contou este fato numa carta ao pastor F.D.
Nichol em 1957.
Em outra ocasião, o pastor Fulton era um missionário nos Mares do Sul. Por causa dos
escritos da Sra. White sobre drogas, eles não usavam quinino. No entanto, muitos
membros estavam morrendo de malária. O pastor Fulton então mandou uma carta
pedindo a orientação da senhora White.
Nessa ocasião, em 1910 o Dr. Edwards estava visitando o sanatório Sta. Helena e a Sra.
White pediu que seu filho W,C.White fosse falar com ele pedindo-lhe que lhes
escrevesse sobre sua experiência com o surto de malária no rio Mississipi.
No final da carta do Dr. Edwards a própria Sra. White acrescentou: “P.S. se o quinino
for capaz de salvar uma única vida, use quinino. Ellen White”
Outro fato semelhante foi relatado pelo filho da Sra. White, Willie. Um dos nossos
missionários na Austrália perdera seu filho com malária porque cria que não devia usar
drogas. Um dia encontrou-se com a senhora White e perguntou-lhe se teria sido pecado
usar quinino para salvar a vida do menino. Ela respondeu que “não, (Deus) espera que
nos façamos o melhor que podemos.”. M.E. vol. II pg. 262 nota de rodapé
Aqui esta a grande diferença. A Medicina Adventista soube reconhecer desde logo o
dano que as drogas causam, mas teve bom senso! O uso racional de algumas drogas
pode ser benéfico e salvar vidas. Não temos o direito de ficar petrificados em nossos
dogmas pessoais e deixar que os filhos de Deus morram por causa do nosso orgulho e
teimosia.
A reforma de saúde Adventista não foi um movimento que iniciou com fogo e depois se
petrificou nos seus dogmas. Ao contrário, ela tem a grande virtude de ser progressiva,
vai crescendo e se aperfeiçoando à medida que novas técnicas e novos conhecimentos
são descobertos.
OUTRAS POSIÇÕES REVOLUCIONARIAS
Temos citações da Sra. White recomendando métodos que eram absolutamente novos
naquela época. Por exemplo:
 Recomendou ao Dr. Kress o uso de transfusão sangüínea, numa época em que a tipagem de
sangue ainda não havia sido desenvolvida.
 Ela e todo o grupo de pessoas que trabalhavam com ela se vacinaram contra a varíola, apesar
dos hidroterapeutas, naturistas e homeopatas da época, serem todos contra a vacina.
 Usou radioterapia para uma lesão de pele que tinha na testa.
 Existem muito poucas evidências científicas contra o uso das carnes de aves,
peixes e animais proibidos em Levíticos 11. No entanto, a Medicina Adventista
entende que se Deus fez essas recomendações, fez porque, com certeza, há 3000
anos Ele já sabia muito mais medicina do que nós sabemos hoje. Isso é
suficiente!
Ellen White era uma reformadora progressista que louvava a Deus pelos avanços da ciência. No
entanto recomendava cautela com os métodos que ainda não haviam sido adequadamente
testados ou provados. Sobre o Raio X ela escreveu:”O Raio X não é a grande benção que alguns
pensam. Se não for usado adequadamente pode produzir grandes danos”. Medical Evangelistic
Library, no.5,pg18-20.
 Um número muito grande de estudos recentes tem demonstrado que o uso
moderado de álcool pode beneficiar o coração e talvez até a saúde. Embora esses
estudos possam ser criticados, mesmo que a medicina Científica os aceite como
totalmente verdadeiros, a Medicina Adventista continua ao lado do “assim diz O
Senhor”: “O único caminho seguro é não tocar, não provar, não manusear o chá,
o café, vinhos, o fumo e o ópio e as bebidas alcoólicas.” White, CSRA 428
 movimento de reforma de saúde Adventista sobreviveu aos outros movimentos semelhantes
da época porque era sábio para absorver as boas descobertas da Medicina Científica e o
conhecimento da intrincada criação de Deus. Soube se adaptar e progredir, sem no entanto
perder de vista o fato de que a preservação da saúde se faz através dos remédios de Deus:
Água, repouso, exercício, ar puro, luz solar, dieta adequada, abstinência, uma firme
confiança em Deus.
A MEDICINA ADVENTISTA HOJE
.Então, a Medicina Adventista não se petrificou no século passado mas acabou se petrificando
como simples parte da medicina convencional, no final do século XX?
A resposta evidentemente é não! É claro que nós seguimos todas as normas das Associações
Médicas e dos Conselhos de Medicina e definitivamente não somos uma medicina alternativa.
Mas comparando o que é amplamente aceito pela medicina científica, com o que é professado
pela Medicina Adventista, notam-se muito poucas diferenças na área da Ciência. As principais
características diferenciais estão na Arte e no Sacerdócio. Exemplos:
1- A Medicina Científica demonstra a relação de causa e efeito entre hábitos de vida e
doenças.
A Medicina Adventista dá ênfase à educação dos pacientes e da população em geral, sobre
os melhores hábitos de vida. Esse trabalho é feito pelos membros leigos, pastores, médicos,
enfermeiros, Hospitais, Centros de Vida Saudável, Literatura, etc.
Por exemplo, a Medicina Científica recomenda mudanças de hábitos de vida para tratamento
e prevenção de Obesidade, Diabetes, Hipertensão Arterial, Dislipidemias, Insônias, Stress,
prevenção do Câncer, prevenção das Coronoriopatias, etc. Já a Medicina Adventista não só
recomenda, mas dá ênfase, principalmente às mudanças de hábitos, evitando e
desestimulando o uso de drogas em todos os casos possíveis.
2- A Medicina Científica tem a obrigação de testar cada hipótese, com estudos estatísticos
prolongados e depois repetir esses estudos várias vezes, em diferentes circunstâncias, para
comprovar o valor de uma idéia. Já a Medicina Adventista aceita pela fé, todas as
recomendações que Deus faz na Bíblia e na profecia, mesmo quando a Medicina Científica
ainda não possa comprovar a sua validade. Existem muitas situações assim. Por exemplo:
3- A Medicina convencional tem credenciado algumas formas de medicinas
alternativas. Isso é ótimo pois assim eles não estão mais do lado de fora atirando
pedras nos outros. Foi assim com a Homeopatia e mais recentemente com a
Acupuntura.
Neste último caso o argumento foi interessante: não havia nenhuma prova em favor
da acupuntura, mas para diminuir os riscos da agulhas perfurando órgãos vitais,
preferiram deixar que apenas médicos pudessem aplicá-las...
Além disso, as Associações Médicas tem sido tolerantes com a prática de outras artes
como a iridologia, embora nenhuma delas tenha qualquer explicação lógica ou
fisiológica.
A Medicina Adventista não aceita nenhuma dessas práticas alternativas em seus
hospitais, pois a explicação para o seu funcionamento não está em fenômenos
naturais e sim em fenômenos sobrenaturais.
4- É obrigação da Medicina Adventista estudar e demonstrar cientificamente, sempre
que possível, a validade de suas afirmações e de seus métodos de tratamento. As
conclusões desses estudos devem ser amplamente divulgadas nos congressos de
especialidades e na literatura médica mundial.
Um exemplo desse procedimento foi o Adventist Health Study que já motivou a
publicação de mais de 200 artigos, milhares de referências e mudanças no padrão de
saúde mundial.
Esse tipo de publicação evita que sejamos considerados uma medicina alternativa,
que esconde métodos secretos de cura, e nos mantém integrados no progresso da
medicina e da ciência.
CONCLUINDO
A Medicina Adventista hoje é uma realidade no mundo inteiro.
No Brasil existem 10 Hospitais e Clinicas em funcioamento,
várias clínicas menores, e cinco Hospitais em construção. Todos
seguem a mesma filosofia e a mesma orientação administrativa.
No mundo, a Medicina Adventista conta com uma rede de 482
Hospitais e Clínicas, três Faculdades de Medicina, 2509 médicos,
15540 enfermeiros, que influenciam favoravelmente a saúde de
todas as classes sociais, mantendo os princípios básicos de saúde
e progredindo junto com a ciência, para o benefício da
humanidade.
A Medicina Adventista existe e tem uma contribuição
significativa no mundo.
OBS: Artigo produzido pelo Dr. Helnio Judson Nogueira e
apresentado no último Congresso de Saúde, de 28/01 a 02/02
no IAE patrocinado pela Divisão Sul-Americana.
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