REZAR EM COMUNHÃO COM O PAPA Os Pobres e Marginalizados – Seminaristas e Noviços 1º Cântico de entrada 2º Introdução Neste mês de junho há duas dimensões da Pessoa de Cristo que centram a nossa atenção: o seu Divino Coração trespassado por amor e a sua presença em Eucaristia. Celebramos, em Fátima, dia 10 a 12, o Congresso Eucarístico. Temos, pois, diante de nós duas dimensões que nos podem unir a Jesus, ao seu amor, à sua misericórdia, a essa Fonte de todos os dons e de todas as graças, ao Coração do Bom Pastor e do Bom Samaritano, ao Coração Sacerdotal de Cristo que está sempre presente, em amor louco e apaixonado, na Eucaristia. O Papa Paulo VI ensinou-nos que a Eucaristia (celebração, comunhão e sacrário) é o maior dom do Coração de Cristo Sacerdote. Vamos rezar com o Papa Francisco, em união com ele, pelas duas intenções que ele mesmo escolheu para este mês: «para que os idosos, marginalizados, as pessoas sós encontrem, mesmo nas grandes cidades, espaços de convívio e de solidariedade»; «para que os seminaristas, os noviços e as noviças encontrem formadores que vivam a alegria do Evangelho e os preparem com sabedoria para a sua missão». Que grandes e importantes intenções o Papa coloca no nosso coração e na nossa oração para este mês. 3º Colocar no Coração de Cristo Precisamos de perceber que o Coração do nosso Redentor continua aberto, rasgado, para que coloquemos nesse Oceano infinito de dom e de graça, nessa Fornalha ardente de amor, no Coração que nos ama com todo o amor e que vive apaixonado pela humanidade, todas as nossas intenções. Comecemos por Lhe falar nos idosos, nos marginais, nos que vivem sós. Ele gostará que coloquemos todos dentro do seu Coração em fogo. Jesus saberá acolhê-los com misericórdia e carinho e cuidar deles, de todos, em todo o mundo. Mas, como o Papa nos convida, coloquemos sobretudo os que vivem nas grandes cidades, para que encontrem pessoas e espaços de convívio onde se sintam acolhidos, animados, amparados, ajudados. O Coração de Cristo, que Se deu por todos e tem particular empenho e ternura, solicitude e amor pelos mais pobres, mais doentes, mais sós, mais idosos e marginalizados, há de suscitar nas paróquias e nas estruturas da sociedade civil grande solidariedade para com todos. Vamos rezando e colocando em seu Coração aqueles que conhecemos e todos os outros. Façamo-lo com confiança e muita fé, na certeza de que Jesus aceitará as nossas preces e nos lançará na missão, em busca de solução para todas estas pessoas. Merecem o nosso amor e a solicitude do nosso coração. Precisam do nosso interesse, presença e carinho. (Oração em silêncio para rezar por todos) 4º Cântico ao Coração de Jesus Cristo 5º Amar como Jesus Cristo Esta intenção universal deve levar-nos a aprender com Jesus a ter um coração semelhante ao d’Ele. Dentro do nosso coração tem que haver lugar para todos, sobretudo aqueles que o Papa este mês nos entrega, coloca na nossa oração. O mundo despreza muitas vezes os pobres, os idosos, os marginalizados. Não se preocupa com estas pessoas, quer livrar-se delas e dos encargos e problemas que nos dão. Mas, com o amor de Jesus que deve habitar em nossos corações, precisamos de ter uma atitude bem diferente: amar a todos, amar sempre, amar mais, para que os que mais precisam encontrem em nós o amor de Jesus. Há milhões de pessoas marginalizadas, pobres, sós, doentes, sem casa, sem amor, sem carinho, sem fé, sem a partilha dos que as rodeiam. Temos, como cristãos, de ajudá-las, pensar nelas, viver para elas, dedicar-nos sem reservas. Colocá-las em Jesus não nos deve deixar inativos, sem rasgos de amor e de serviço. Devemos fazer como o Mestre, que amava a todos, que ajudava a todos, que servia a todos, que curava, matava a fome, vivia para todos e passou entre nós fazendo o bem. Ficarmos só na oração é demasiado pouco. Temos que nos solidarizar e viver para elas com amor, repassado de interesse, carinho, solicitude fraterna. Amar não é só rezar por elas, mas ir ao seu encontro e servir, ajudar, buscar outras pessoas que nos ajudem nesta grande missão. Que vamos fazer? Que quer Deus que nós façamos? Como ajudar mais os pobres, os marginalizados os que vivem sós? (Tempo de silêncio orante para programar atividades) 6º Cântico sobre a caridade 7º O Coração sacerdotal A segunda intenção, chamada «intenção pela evangelização», coloca na nossa oração e no nosso coração os seminaristas, os noviços e as noviças. É uma intenção verdadeiramente vocacional, pois desejamos pedir ao Coração de Cristo sacerdote, que viveu com duas paixões, o Pai e o mundo, que ajude os formadores a colocar no coração desses jovens a alegria do Evangelho. Que os ajudem a formarem-se com os critérios do Evangelho. Que os ajudem a ser homens e mulheres de Evangelho vivo. A grande crise vocacional não necessita somente que peçamos mais vocações mas que cuidemos com amor e solicitude daquelas que temos e que o Senhor já nos deu, na sua benigna misericórdia. Jesus tinha, como Sacerdote Único, uma dimensão de dom e de amor, de serviço e de entrega ao povo que O rodeava e seguia, com todo o amor do seu Coração Sacerdotal. Como Profeta, Sacerdote e Rei, viveu sempre estas dimensões com uma solicitude única. Só Ele, com o seu Coração aberto e solícito, só Ele que Se dá todo em cada Eucaristia pode conceder aos formadores a graça de passarem este fogo para o coração de todos os formandos. Os jovens, se tiverem bons formadores, deixar-se-ão conduzir para Jesus e desejarão viver como Ele viveu, amar como Ele amou, ser como Ele foi. (Oração silenciosa para rezar por esta intenção) 8º Cântico sacerdotal 9º Imitadores de Cristo Os formadores e, depois, os formandos – seminaristas, noviços e noviças – têm de ser, devem ser imitadores de Jesus. Só assim as suas vidas serão impregnadas do sabor evangélico, só assim a Palavra que salva e liberta irá impregnando as suas vidas, só deste modo viverão alegres a esperança. A Igreja e o mundo necessitam do testemunho dado por pessoas centradas em Jesus e imitando o seu modo de rezar, trabalhar, sofrer, amar, viver para os outros. Não bastam palavras, sermões, boa literatura, é urgente o testemunho vivo. O mundo precisa de encontrar nos que se consagram a Cristo, ao serviço do Reino, a própria Pessoa de Jesus. Formados para serem «cristos vivos», para darem testemunho d’Ele sempre e em tudo. A contemplação do Coração de Cristo e a graça da Eucaristia diária, em que Jesus vem e fica em nós para nos transformar n’Ele mesmo, será a melhor formação. Formar homens e mulheres com o Coração de Jesus e homens e mulheres com a vida centrada na Eucaristia, para que possam amar e servir como Ele. Aprender todos os dias, na Eucaristia, que é a grande escola do amor, do dom, do serviço, da entrega, a imitar Jesus, Mestre e Senhor, que Se dá sempre, todo a todos. (Oração em silêncio para meditar as exigências do amor) 10º Cântico a Jesus Eucaristia 11º Oração final Terminemos rezando ao Coração de Cristo, pedindo as graças que o Papa nos pede que peçamos, unidos a ele e à sua oração. RASGA O MEU CORAÇÃO, SENHOR JESUS Rasga o meu coração para eu conseguir amar ao teu jeito, Jesus, amar sem medida, amar até ao dom de mim próprio, ao dom da vida, amar a todos sem exceção, amar sobretudo os pobres, os doentes, os não amados. Rasga o meu coração para ficar aberto como o teu, Senhor Jesus, ficar um coração universal, onde todos tenham lugar, de um modo particular os marginais, os que sofrem a guerra, a violência, a injustiça, a miséria humana e social. Rasga o meu coração e faz com que a água divina faça florescer nele flores de esperança, de beleza, de alegria, de carinho e ternura para poder distribuir à minha volta o teu amor e fazer descobrir o teu Coração. Rasga o meu coração e incendeia-o com o teu fogo divino para que seja lâmpada acesa junto de todos os moribundos e agonizantes, no desejo de os acompanhar na passagem para a Casa do Pai, amando-os com o amor do teu Coração. Rasga o meu coração e fá-lo mais humilde, mais simples, mais pobre, mais despojado, para que se dedique sem reservas aos que mais necessitam, aos que têm fome e sede, aos que vivem sem amor, sem fé e sem Deus. Rasga o meu coração para que ame a Igreja, que nasceu do teu lado aberto, Igreja tua Esposa e minha Mãe, sobretudo a Igreja que sofre os horrores da perseguição, das lutas contra o mal, da falta de meios de cultura e de evangelização. Rasga o meu coração para que se torne um coração eucarístico, em perene adoração, com gosto de ser alimento para os outros, ser dádiva em contínua oferta, ser entrega e oblação alegre para que a Eucaristia se torne mais e mais vida do mundo. Rasga o meu coração para que seja fonte contínua, como o teu, Jesus, de paz, de justiça, de compreensão, de misericórdia, fonte que jorra à minha volta o teu amor, que conduza todos à comunhão trinitária, à vida divina. Rasga o meu coração para que todos encontrem nele, como no teu, Jesus, repouso, amparo, refúgio, fonte de amizade sincera, de ternura, de alegria, para que os que vivem comigo sejam mais felizes e encontrem caminhos de vida renovada. Rasga o meu coração para que não ouse mais criticar, pensar mal do próximo, murmurar, caluniar, para que tenha sempre palavras e sentimentos de compreensão, delicadeza, carinho e ternura. Rasga o meu coação e coloca nele o fogo divino que Tu vieste trazer à terra, para que seja um fogo a atear outros fogos, para que seja labareda divina de amor que ajude a incendiar o mundo do fogo da Sarça Ardente. Dário Pedroso, sj