Um adeus à vista

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Vida
JORNAL DE SANTA CATARINA
SEGUNDA-FEIRA, 27 DE AGOSTO DE 2012
Comum a partir dos
40 anos, a presbiopia
tem novos tipos de
tratamentos
DIVULGAÇÃO
Um adeus à vista
cansada
N
este exato momento, é
possível que alguém esteja afastando o jornal para
conseguir ler essa matéria.
Essa dificuldade em enxergar objetos que estejam próximos
dos olhos tem um nome: presbiopia,
popularmente conhecida como vista
cansada, que ocorre devido ao enfraquecimento do músculo ciliar que faz a
acomodação do cristalino – uma lente
que temos dentro dos olhos e que nos
permite ver com nitidez em todas as
distâncias.
– O olho humano, como qualquer
sistema óptico, precisa ajustar o foco
para a distância onde está o objeto que
se deseja olhar. Em condições normais,
nosso olho, em descanso, faz foco para
longe. Quando precisamos olhar para
perto movimentamos uma lente intraocular, o cristalino, para ajustar o foco para perto. Ou seja, olhar para perto
exige esforço. Por isso atividades como
leitura, costura e uso do computador,
quando realizadas por longos períodos
podem gerar cansaço e dor de cabeça
– afirma o oftalmologista Marco Antonio Kroeff.
Óculos ou lentes de contato já não
são mais as únicas formas de tratamento para a correção do problema,
que atinge hoje 40% da população
mundial. No Brasil, são 50 milhões com
o problema. Hoje, já ocorre a utilização
da radiofrequência para correção da
presbiopia, associada ou não à hipermetropia e astigmatismo.
– Nenhuma das técnicas cirúrgicas restabelece esta função, mas sim a
compensa. Por isso, o paciente precisa
ser informado dos prós e contras de
cada técnica e estar ciente de que a independência dos óculos ocorrerá para
a maioria das situações, mas que poderá, por vezes, causar algum prejuízo à
qualidade de visão – ressalta Kroeff.
Nesta faixa dos 40 anos, explica o
oftalmologista Etelvino Teixeira Coelho,
o cristalino começa a se aproximar do
músculo ciliar, reduzindo a capacidade
elástica e fazendo com que a pessoa necessite afastar o material de leitura para colocá-lo no foco. De acordo com o
médico, dos 40 aos 60 anos essa perda
é progressiva, podendo começar com
0,5 grau e finalizar com três.
As soluções
Óculos
Os monofocais são confortáveis para
atividades de perto por longas horas
(computador, leitura). Com não há foco
para longe, é preciso tirá-los para olhar
objetos mais distantes, como a televisão,
por exemplo. Para enxergar longe e perto
sem ter de ficar tirando e botando os
óculos, os mais práticos são os multifocais.
No entanto, estes têm um campo de visão
limitado para cada distância, o que exige
uma adaptação.
Lentes de Contato
Há duas formas de correção com lentes de
contato para quem não quer usar óculos:
uma chamada de monovisão, em que um
olho fica corrigido para longe e outro para
perto, e outro em que se utiliza lentes de
contato multifocais nos dois olhos.
Cirurgia
Basicamente, há três técnicas cirúrgicas:
implante de lentes intraoculares (para
quem desenvolveu catarata), modificação
do formato da córnea com laser
(consagrada para as correções de miopia,
hipermetropia e astigmatismo) e, mais
atualmente, implantes de microlentes na
córnea, chamados de inlays, que permitem
a independência dos óculos de perto para
a grande maioria das situações.
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