Extração de DNA de frutas do nordeste brasileiro como objeto

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Extração de DNA de frutas do nordeste brasileiro como
objeto educacional no ensino de genética em escolas
de Mossoró, RN
Sousa, MAN1; Freitas, BM2; Souza, LB2; Costa, EL2; Ribeiro, LHF2
Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Curso de Biotecnologia, Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
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Palavras-chave: Ácido Desoxirribonucléico, Objeto Educacional, Ensino de Genética, Biotecnologia, Nordeste
Dentro e fora da escola, o conhecimento científico se faz presente em revistas especializadas, rádio, tv e internet
que divulgam os avanços científicos e tecnológicos, especialmente na área da genética e biotecnologia. Diversos
autores têm utilizado material de baixo custo para extração de DNA em escolas, utilizando, cebola, banana e
morango para desmistificar o conceito de DNA. No entanto, em Mossoró a disponibilidade de morango é sazonal.
Assim objetivou-se desenvolver uma metodologia de extração de DNA alternativa e auxiliar na compreensão da
estrutura da molécula de DNA pelos alunos de ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares de
Mossoró-RN. Previamente foram realizadas extrações de DNA de mamão, acerola, manga e melancia. O mamão e
a acerola foram escolhidos para utilização nas escolas por terem oferecido melhor resultado e ter disponibilidade
o ano todo no Nordeste. As frutas foram maceradas em recipientes separados e em 20 ml de fruta macerada foram
colocados 20 ml de solução de lise (1 colher de chá de sal, 1 colher de sopa de detergente incolor e 200 ml de água).
Os recipientes foram levados ao banho-maria a 65–80 ºC por 20 minutos. O material foi coado em copos de vidro
transparentes com o auxílio de uma peneira. Foi adicionado ao líquido 20-40 ml de álcool etílico comercial (92,8º)
gelado. O DNA foi retirado com um palito de madeira e diferenciado da pectina através da imersão em uma solução
de azul de metileno (1 gota de azul de metileno comercial a 1% em 200 ml de água). O DNA extraído fica corado
na cor azul e a pectina não se cora. Ao final do experimento foi aplicado um questionário como instrumento de
avaliação. Foram avaliados 104 alunos do 9º ano e 1º ano científico em uma escola pública e uma particular. Entre
os alunos do 9º ano e do 1º ano da escola pública não houveram diferenças no número de acertos (62%) enquanto
que, na escola particular houveram 98% de acertos no 1º ano e 86% no 9º ano. Os alunos do 9º ano e do 1º ano
da escola pública acertaram 1% a menos as questões sobre o DNA e os do 9º ano da escola particular acertaram
2% a menos do que os do 1º ano. Isso ocorreu, possivelmente, porque o assunto de genética não é ministrado
no 9º ano. Salienta-se que na escola pública os alunos do 1º ano estavam sem aula de biologia. Esta metodologia
proporcionou uma aprendizagem proveitosa, a baixo custo e com grande aceitação, principalmente, pelos alunos
da escola pública interessados em repetir o experimento na feira de ciências anual. Portanto, este experimento tem
grande potencial como objeto educacional no ensino de genética.
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