do predador - IBB

Propaganda
AULAS 6/8
Comportamento Alimentar
Predação e Defesa Anti-Predatória.
Silvia Mitiko Nishida
Departamento de Fisiologia
Instituto de Biociencias da UNESP
Predador que caça ativamente/passivamente
Adaptação dos órgãos dos sentidos (terrestre x aquático; diurno x noturno)
Integração sensorial e motora
Exercício muscular anaeróbico x aeróbico
Táticas de captura
Presas grandes x pequenas
Espécie social ou solitária
Solução de problemas
Venenos e armadilhas
Uso de ferramentas
Estudando o caso do predador e da presa: guepardo x antílope
Ver o comportamento das aves predadoras
RELAÇAO
PRESA-PREDADOR
(Predatismo)
Do ponto de vista do
predador, até que comece
a ingestão do alimento, é
necessário superar várias
etapas:
Encontrar ou localizar a presa
Alcança-la
Capturá-la
Manipulá-la
O que não fazemos para obter
alimento?
Polvo solucionando problemas
Chimpanzés criando ferramentas
Seres humanos (omnívoro e o mais generalista de todos os heterótrofos)
Agricultura
Pecuária
Industrialização do alimento (reinventando)
Localização da presa
Exige mecanismos sensoriais de
análise do espaço e da identificação
de pistas sobre a presença da presa. A
experiência sensorial (aprendizagem)
é fundamental.
Onde está a presa?
“Uma vez que os pais começam a
trazer ao ninho uma determinada
espécie de presa, a taxa de captura
aumenta intensamente, já que as
aves aprenderam as mínimas dicas
visuais de seu reconhecimento”
(Tinbergen, L.).
Lembram-se do lagarto-dos-ipes no
Paratudal?
Biston betularia
Onde pousar diminuindo o risco de ser notado (e predado)?
Mariposa escura
Mariposa clara
Teoria da procura de imagem
slides
Condicionamento operante
Reforço: alimento
Bicar somente quando uma espécie determinada de
mariposa aparece sobre um determinado fundo.
Gralha azul
Acerto: recebe o alimento (larva); recompensa
Erro: não recebe o alimento; punição era esperar mais
tempo para próxima sessão.
8 de Catacola relicta
8 de C. retecta
EXPERIMENTO
16 slides
Esbranquiçada
Esbranquiçada
Uma de cada vez
Ambas
ao acaso
Tentativas
Os resultados indicam que a existência desse variedade de mariposa é vantajosa para
a presa pois aumenta as chances de confundir o predador . Quando há só uma, o
predador cria uma imagem de procura e aumenta as chances de encontrar a presa
A produção de leite ocorre antes do nascimento
do bebe; o colostro, além de mais facilmente
digerível, contem anticorpos;
A auréola mais escura seria um sinal de
procura para o bebê buscar o bico do
seio??
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/1163/body/02.htm
Centros de troca de informações
Águia pescadora
Ninguém volta
com pesca
Uma volta
com peixe
No de Aves
Desinformadas
Informadas
Voam p/
qq direção
Voam na
direção
Tempo para capturar peixes (min)
Centros de troca de informações
O casal de corvos descobre
uma carcaça.
Um jovem (marcado) acha a
carcaça mas é expulso.
O imaturo
volta ao
poleiro
comunal e
na manha
seguinte
leva o grupo
a fonte.
O grupo apossa-se da carcaça e o
jovem tem acesso ao alimento .
Centros de troca de informações
martin-pescador
aprendiz
Ao invés de perseguir,
esperar e atrair presas.
“Sentar e esperar”
Armadilhas físicas e químicas
Camuflagem e mimetismo
Atraindo a presa por meio de FRAUDES
Aranha de jardim espreita no centro
da teia ornamentada com sedas que
refletem UV.
Presas: insetos polinizadores que
localizam as suas fontes de alimento
procurando pistas de UV nas flores
Aranha
boleadora
Presa atraída
Bolinha
de seda
pegajosa
Aranha boleadora atrai a presa liberando feromônios sexuais da vítima (mariposa)
e apanha a presa usando boleador de seda impregnado de cola pegajosa..
Aranha espera e captura presa usando uma rede de teia
Peixe-sapo
isca
O predador possui artifícios do próprio
corpo que funciona como iscas para
atrair suas presas.
Tartaruga-aligator (Macrochelys temminckii)
Serpente
isca
isca
isca
Ocultar-se, perdendo contorno para espreitar, infiltra-se e atacar
Comer ou não comer?
O que pode e não pode ser comido?
Os animais são seres heterótrofos: estão procurando por
comida ou sendo procurados como tal (Mark Ridley).
Todos os seres vivos podem ser potencialmente alimento
mas não é bem assim: várias coisas são impalatáveis (=
amargas), não consumíveis (= venenosas) ou não
digeríveis (celulose).
Que pistas indicam o que é alimento em
potencial?
As presas locomovem-se num determinado padrão
Itens familiares (conhecidos)
Palatável (agradáveis ao paladar);
Não causam êmese (vômito) ou reação alérgica
Flores, Frutos e Sementes: são coloridos, aromatizados
e repleto de nutrientes (as angiospermas exploram os
polinizadores e dispersores de sementes).
Borboletas Monarcas
Asas brilhantes e coloridas para chamar a atenção?
A larva da borboleta monarca (Danaus
plexippus) alimenta-se das folhas da
asclepia (planta leitosa que produz
toxinas (glicosídeos) para as quais o
inseto é imune. Essas toxinas
permanecem no corpo do animal até a
vida adulta, tornando-a impalatável.
A aprendizagem individual auxilia na
tomada de decisão na próxima vez.
Selecionado o que comer
O bugio que é herbívoro. Ele seleciona
cuidadosamente as folhas de pouquíssimas
espécies da floresta.
As espécies mais comuns de arvores da floresta
possuem concentração muito grande de tanino e
alcalóides (mecanismo de defesa das plantas).
As folhas mais tenras são mais digeríveis
contendo menos celulose e maior teor protéico.
Aprendendo com os pais
Nas espécies onde ocorre a sobreposição de gerações, o aprendizado dos
filhotes sobre que item é comestível depende dos pais.
TEORIA DO FORRAGEAMENTO
ÓTIMO
Será que os animais levam em conta
custos e benefícios na hora de comer?
E na hora de escapar do predador?
No. de quedas/molusco
Corvos preferem gastrópodes maiores (3,5 a 4,4 cm) os
quais lançam de uma altura de 5m de atura; tentam
sempre quebrar o mesmo. Zach (1979) soltou de um
mastro gastrópodes grandes, médios e pequenos.
Verificou que para quebrar os maiores era necessário
menos quedas/molusco e notou que se quebravam mais
facilmente do que os menores e os intermediários.
Altura da queda (m)
E o ostraceiro? Por que não escolhe mexilhões maiores como os
corvos?
Neste caso, a ave usa o próprio bico como alavanca.
O custo para abrir o mexilhão aumenta em função do tamanho do molusco
(maior resistência à abertura): é mais vantajoso selecionar os de tamanho
intermediário (tamanho ótimo).
A seleção dos itens consumidos depende não da freqüência de mexilhões mas
da escolha ótima.
Para que um comportamento evolua, os ecologistas acham que é necessário
levar em conta a relação custo/benefício. Comportamentos que resultam em
benefícios (fitness) equivalentes ou maiores do que o custo (tempo e energia
gastos) têm maiores chances de evoluir e são denominados “ÓTIMOS”.
O animal leva em consideração
apenas a lucratividade do item.
O animal leva em consideração o
saldo liquido da lucratividade, ou
seja, desconta o tempo e energia
gastos para obter o item.
Fenótipo X:
comportamento ótimo
Aptidão (Benefícios)
Beneficio
Custo
Fenótipo Z
Não há beneficio
Fenotipo W
Há beneficios
Fenótipos Hereditários
% de minhocas pequenas capturadas
Diferença de energia presa pequenas e grandes
Outros tipos de custos além do tempo e energia gastos:
O risco de ser predado afeta as tomadas de decisão para o forrageamento.
Juvenis: grande numero de presas pequenas; elevado gasto com a manipulação
Juvenis mais velhos: redução no numero de minhocas pequenas; maior eficácia
Adultos: no. pequeno de minhocas pequenas e o melhor desempenho
Caçar sozinho ou em grupo?
Conforme o tamanho da presa,
o esforço vale a pena!
Mas presas de tamanho maior, só em grupo!
O rendimento da caça deve variar com o tamanho do grupo
em função do gasto da perseguição e da quantidade de
calorias da presa abatida…
Nem sempre
considerações sobre o
forrageamento ótimo
são suficientes para
explicar um fenomeno
biológico…
Usar ferramentas para ter acesso ao alimento
Abutre do Egito
Garantir o consumo de alimento
Defendendo-se contra
os predadores
A relação presa-predador co-varia. A eficiência na defesa-anti-predatória está
em diminuir as chances de ser encontrado, capturado ou ingerido.
Ataques do predador
Defesas da presa
Procurar a presa...
...não ser encontrado
Percepção fina do padrão e movimento da presa
Camuflagem, abrigo
Atacar a presa...
...desvencilhar do ataque iminente
Aproximação secreta ou muito rápida
Vigilância e sinal de alarme
Seleção de presas "lucrativas"
Advertência venenos ou dificuldade de captura
Esquiva inata ou aprendida contra
padrões de cores
Mimetismo
Capturar /imobilizar a presa...
...evitar a captura/escapar...
Seleção especifica de vítimas
Cooperação e efeito de diluição
Esquiva do perigo enquanto está se alimentado
Indução de hesitação
Grande velocidade de perseguição
Aceleração rápida durante a fuga
Consumar o ato; comer a presa...
...evitar ser ingerido
Começar a comer pela cabeça
Ludibriar o ponto de ataque para a cauda
Não começar pelo ponto perigoso
Concentrar toxinas e esperar se regurgitado
Atentar contra saque da presa capturada
Produzir sons que atraiam predadores rivais
Defesas anti-predatórias
Desaparecer no meio ambiente camuflando-se; parecer-se com outra coisa...
Folha ou uma lagarta?
Efeito de diluição
Se o predador procura por
imagem, uma forma de contraataque da presa poderia ser um
padrão disruptivo.
O mecanismo de defesa antipredação por cooperação po
poderia ter favorecido a vida em
grupo?
Por que a gazela fica saltando com a cauda levantada?
a)
b)
c)
d)
Sinalização de alarme?
Coesão social?
Efeito de confusão?
Defesa anti-predadória (inibição da predação)?
A gazela de Thomson realiza saltos (stotting behavior” ) diante do predador tentando convencê-lo de que é
uma presa saudável.
Veja o vídeo recomendado no estudo de caso.
Intimidando o inimigo parecendo-se maior do que ele...
Lagarto-autraliano
Predador
Esquilo-da-california
Sons de alarme; jogar areia
MOBBING BEHAVIOR (Comportamento de alvoroço)
Manobras de distração do predador
Predador
Mecanismos de defesa de grupo: proteção mutua e da frágil prole
Chance do predador ser
atacado a >10 investidas/min
Sucesso predatório (%)
Gaivotas-de-cabeça-preta atacam potenciais
predadores quando se aproximam do ninho
Colônia
Ovos de galinha
O indicador de que o
comportamento de alvoroço
anti-predatório proporciona
sucesso reprodutivo
aumentado foi obtido
indiretamente.
Mimetismo – similaridade em certos caracteres entre duas ou mais
espécies, devida à evolução convergente associada à uma vantagem
conferida por esta semelhança (Futuyma 1998).
A presa (lagarta mormon) mimetiza o
predador (serpente) do predador (ave).
Mosca mimética
Aranha-modelo
Aparentando o que não é (mimetizando)....mais maneiras de iludir o predador
Fezes...
Espinhos..?
Apresentação de um par
de falsos olhos quando
ameaçados.
Physalaemus nattereri
Asas anteriores crípticas
das asas anteriores e o
efeito surpresa das asas
posteriores das
mariposas.
Automeris naranja
TANATOSE
Fingir-se de morto
Fingir-se que está ferido mas depois que o predador
se aproxima, evadir-se
Mimetismo batesiano.
Micrurus corallinus
Coral verdadeira
Erythrolamprus aesculapii
Coral-falsa
Vitima: coruja buraqueira
Predador de ovos da coruja buraqueira
Esquilos-de-chao
A coruja habita locais de ocorrência de cascavéis e esquilos de chão;
Emite sons parecidos com o chocalhar dos guizos de cascavel, predador natural do
esquilo-de-chão.
Mimetismo acustico
Alertar o predador sobre o risco de ser intoxicado...
Ao invés de camuflar ou parecerse com outros objetos do meio,
destacar-se e chamar a atenção!
Aposematismo: coloração (ou
outras características) que
advertem sobre as propriedades
nocivas do portador.
Cores de perigo e de
advertência
associados ao preto.
Agrupamentos de joaninhas ampliam o sinal de advertência
A mensagem da coloração
aposemática é honesta.
Se a camuflagem não surtir efeito...
Tornar-se visível no
ambiente e chamar
a atenção do
predador de que é
portador de toxinas.
California Newt, Taricha torosa
Algumas salamandras liberam secreções tóxicas quando
são abocanhadas por cobras: tal toxina pode paralisar o
predador por até 4 horas.
Automia:
Perdendo partes menos
essenciais do corpo
9 de 19 lagartos com cauda azul escaparam das serpentes;
Apenas 1 em 15 com a cauda pintada escapou (Cooper &
Vitt, 1985)
Download