1- “Os fenômenos econômicos (...) processam

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Nome
Disciplina
HISTÓRIA
ESCOLA ESTADUAL “DOUTOR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA”
Roteiro de Estudos – 8º ano do Ensino Fundamental
3, 4, 5
Nº
Turma
Data
e6
Prof.
Álvaro e Bruno
Nota
Valor
1- “Os fenômenos econômicos (...) processam-se livre e independentemente de qualquer coação exterior, segundo uma ordem
imposta pela natureza e regida por leis naturais. Cumpre, pois, conhecer essas leis naturais e deixá-las atuar." (Paul Hugon HISTÓRIA DAS DOUTRINAS ECONÔMICAS). O trecho acima sintetiza o pensamento econômico dos:
a) fisiocratas.
b) mercantilistas.
c) marxistas.
d) keynesianos.
2- "Os filósofos adulam os monarcas e os monarcas adulam os filósofos". Assim se refere o historiador Jean Touchard à forma de
Estado europeu que floresceu na segunda metade do século XVIII. Os "reis filósofos", temendo revoluções sociais, introduziram
reformas inspiradas nos ideais iluministas. Estas observações se aplicam:
a) às Monarquias Constitucionais.
b) ao Despotismo Esclarecido.
c) às Monarquias Parlamentares.
d) ao Regime Social-Democrático.
3- “... ao contrário do que acontecia com a burguesia, a insatisfação dos camponeses e do proletariado urbano, por razões óbvias (...),
não se manifestava politicamente (...). Porque as luzes dos filósofos não os atingiam, seu descontentamento perdia-se no silêncio e
sua revolta terminava nos braços da repressão. (...) A existência de uma diferenciação social no interior do campesinato não impedia
que um elemento os unificasse enquanto classe: a exploração feudal a que todos estavam submetidos. (...) esta exploração tornou-se
mais odiosa e insuportável quando, para defender suas rendas, sempre insuficientes para seu trem de vida perdulário, os nobres
lançaram mão de direitos feudais que há muito haviam caído em desuso."
O texto descreve uma realidade na qual pode-se identificar:
a) os fatores responsáveis pela eclosão da Revolução Francesa.
b) as consequências socioeconômicas da Revolução Industrial.
c) o movimento da "Sans-culloterie" Parisiense.
d) a situação da classe trabalhadora no contexto da Revolução Gloriosa.
4- "O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a formação da classe operária".
"Os vinte e cinco anos após 1795 podem ser considerados como os anos da contrarrevolução".
[Durante esse período] "o povo foi submetido, simultaneamente, à intensificação de duas formas intoleráveis de relação: a exploração
econômica e a opressão política."
Essas frases, extraídas de A FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA INGLESA do historiador E. P. Thompson relacionam-se ao quadro
histórico decisivo na formação do mundo contemporâneo, no qual se situam
a) a revolução comercial e a reforma protestante.
b) o feudalismo e o liberalismo.
c) a revolução industrial e a revolução francesa.
d) o capitalismo e a contrarreforma.
5- A abolição da escravidão nas Colônias, a criação da Lei do Máximo, o estabelecimento do sufrágio universal, a criação do Tribunal
Revolucionário e o Comitê de Salvação Pública, foram instituídos na Revolução Francesa, na fase:
a) Assembleia Nacional Constituinte.
b) Convenção Nacional.
c) Diretório.
d) Reação Termidoriana.
6- “As festas e as procissões religiosas contavam entre os grandes divertimentos da população, o que se harmoniza perfeitamente
com o extremo apreço pelo aspecto externo do culto e da religião que, entre nós, sempre se manifestou (...). O que está sendo
festejado é antes o êxito da empresa aurífera, do que o Santíssimo Sacramento. A festa tem uma enorme virtude congraçadora,
orientando a sociedade para o evento e fazendo esquecer da sua faina cotidiana. (...). A festa seria como o rito, um momento especial
construído pela sociedade, situação surgida “sob a égide e o controle do sistema social” e por ele programada. A mensagem social de
riqueza e opulência para todos ganharia, com a festa, enorme clareza e força. Mas a mensagem viria como cifrada: o barroco se utiliza
da ilusão e do paradoxo, e assim o luxo era ostentação pura, o fausto era falso, a riqueza começava a ser pobreza, o apogeu,
decadência”. (Adaptado de SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do Ouro. Rio de Janeiro: Graal, 1990, p. 20-23.)
Segundo a autora do texto, a sociedade nascida da atividade mineradora, no Brasil do século XVIII, teria sido marcada por um “fausto
falso” porque:
a) a mineração, por ter atraído um enorme contingente populacional para a região das Gerais, provocou uma crise constante de
subalimentação, que dizimava somente os escravos, a mão-de-obra central desta atividade, o que era compensado pela realização
constante
de
festas;
b) o conjunto das atividades de extração aurífera e de diamantes era volátil, dando àquela sociedade uma aparência opulenta, porém
tão fugaz quanto à exploração das jazidas que rapidamente se esgotavam.
c) havia um profundo contraste entre os que monopolizavam a grande exploração de ouro e diamantes e a grande maioria da
população livre, que vivia em estado de penúria total, enfrentando, inclusive, a fome, devido à alta concentração populacional na
região;
d) a riqueza era a tônica dessa sociedade, sendo distribuída por todos os que nela trabalhavam, livres e escravos, o que tinh a como
contrapartida a promoção de luxuosas cerimônias religiosas, ainda que fosse falso o poderio da Igreja nesta região.
7- O romance Iracema, de José de Alencar, publicado em 1865, influenciou artistas, como José Maria de Medeiros, que nele
encontraram inspiração para representar imagens do Brasil e do povo brasileiro no período imperial (1822-1889). Na construção da
identidade nacional durante o Império do Brasil, identifica-se a valorização dos seguintes aspectos:
a) clima ameno / índole guerreira dos ameríndios
b) grandeza territorial / integração racial das etnias
c) extensão litorânea / sincretismo religioso do povo
d) natureza tropical / herança cultural dos grupos nativos
8- Vez por outra, nos defrontamos com notícias sobre a escravização de trabalhadores/as em diversas regiões do Brasil, prática
coibida pelo Direito e pela Justiça. Mas nem sempre foi assim. A escravidão como sistema de trabalho legal no Brasil apenas
extinguiu-se em 1888, pela promulgação da Lei Áurea, embora o processo de libertação dos escravos tenha sido também pontuado
por outras leis, como:
a) a Lei do Ventre Livre, de 1871, que libertava os filhos de escravos nascidos no Brasil a partir daquela data, e pela qual se obrigava
também o proprietário a sustentá-los até os oitos anos de idade.
b) a Lei dos Sexagenários, que obrigava os proprietários a libertar, de imediato, aqueles escravos que tivessem sessenta ou mais
anos de idade, recebendo, para tanto, uma indenização.
c) a Lei Saraiva Cotegipe, que extinguia o tráfico negreiro, tanto ao nível internacional como entre as províncias brasileiras,
favorecendo a contratação de trabalhadores livres.
d) a Lei de Terras, de 1850, pela qual o governo imperial distribuiu entre ex-escravos lotes de terras devolutas para o cultivo do café
na região do Parnaíba do Sul.
9- O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser atribuído:
a) à predominância do poder civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela imprensa.
b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c) às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder maior participação política aos analfabetos.
d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
10- Sobre o parlamentarismo praticado durante quase todo o Segundo Reinado e a atuação dos partidos Liberal e Conservador,
podemos afirmar que:
a) ambos colaboraram para suprimir qualquer fraude nas eleições e faziam forte oposição ao centralismo imperial.
b) as divergências entre ambos impediram períodos de conciliação, gerando acentuada instabilidade no sistema parlamentar.
c) organizado de baixo para cima, o parlamentarismo brasileiro chocou-se com os partidos Liberal e Conservador de composição
elitista.
d) Liberal e Conservador, sem diferenças ideológicas significativas, alternavam-se no poder, sustentando o parlamentarismo de
fachada, manipulado pelo imperador.
11- “No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume,
diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com
certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco,
entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!”
Graciliano Ramos, "Vidas secas"
O texto menciona a "carta de alforria", que podia ser conquistada pelos próprios escravos no Brasil, quando estes:
a) abdicavam de suas práticas culturais e juravam fidelidade à Coroa e à Igreja.
b) pagavam um determinado valor equivalente a sua liberdade ou "manumissão".
c) provavam ascendência nobre ou status político em suas sociedades de origem.
d) tornavam-se escravos "de ganho", obtendo do Estado uma liberdade condicional.
12. Observe a caricatura de Ângelo Agostini, publicada na Revista Ilustrada, em 28 de julho de 1885 e assinale a alternativa correta:
a) às revoltas populares, que impediam D. Pedro II e seus ministros de saírem às ruas.
b) às dificuldades econômicas do governo, em função da Guerra do Paraguai, então em curso.
c) ao enfraquecimento da monarquia frente às crises políticas e ao crescimento do abolicionismo.
d) ao temor do terceiro reinado, que levaria ao poder o marido da Princesa Isabel, o Conde D’Eu.
13- Explique a seguinte afirmação: “Se por um lado o café permitiu a superação da longa crise econômica que se iniciou na época d a
independência, por outro impediu qualquer transformação estrutural na economia brasileira”.
14- Leon Tolstoi foi um escrito russo, autor de diversos romances. Uma de suas principais obras foi o livro Guerra e Paz, cujo um dos
trechos foi reproduzido abaixo:
Guerra e paz, 1869
- O que pensam a última comédia de coroação de Milão? – perguntou Ana Pavlona. (...) E Bonaparte sentado no trono, recebendo as
homenagens das nações! Adorável! É de enlouquecer! Parece que o mundo inteiro perdeu o juízo.
- Espero – continuou Ana Pavlona – que isto seja a gota d’agua que fará transbordar o copo. Os soberanos já não podem suportar
este homem, é uma ameaça para todos. (...)
-Se Bonaparte se mantiver mais um ano no trono da França – o visconde [de Montemar] prosseguiu (...) -, as coisas irão muito longe.
Pela intriga, violência, exílio, execuções, a sociedade francesa (refiro-me a boa sociedade) será completamente destruída e então...
(...)
- Pelo que ouvi dizer – interveio novamente Pedro (...) – quase toda nobreza já se solidarizou com Bonaparte.
- É o que pretendem os bonapartistas – replicou o visconde sem olhar para Pedro – é difícil conhecer, atualmente, a verdadeira
opinião pública da França.
TOLSTOI, Leon. Guerra e paz. Rio de Janeiro: Lux, 1960. p. 12-3.
a) Qual o assunto do texto acima?
b) Por que, em sua opinião, a alta burguesia francesa decidiu entregar o poder a Napoleão Bonaparte nos momentos finais da
Revolução Francesa?
c) Pela frase “(...) é difícil conhecer, atualmente, a verdadeira opinião pública da França”, podemos afirmar que a liberdade de
expressão era algo vigente no país?
15- O quadrinho abaixo retrata um importante episódio do Império Napoleônico:
Spacca; SCHWARCZ, Lilia Moritz. Dom João Carioca. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
a)
b)
c)
Qual o assunto do quadrinho acima? Explique.
Em que consistiu o Bloqueio Continental decretado pelo governo francês no inicio do século XIX?
Podemos afirmar que a vinda da família real portuguesa para o Brasil foi uma conseqüência dessa política? Explique.
16- "No sigilo das grossas portas fechadas nascia o ideário de liberdade dos inconfidentes - utopia prudente de poetas e do clero que
trouxeram Virgílio para a colônia, ousaram saltar as fronteiras do isolacionismo cultural e político e criaram uma atmosfera carregada
de pontos em suspensão, a reproduzir a vitória na derrota, a sobrevivência na morte, a tradição na ruptura."
(Maria Arminda do Nascimento Arruda, A mitologia da mineiridade, Editora Brasiliense, São Paulo)
Sobre a Inconfidência Mineira, responda:
a) Quais foram as suas principais causas?
b) Escreva sobre o movimento e suas conseqüências.
17- Leia o texto abaixo, e responda as questões a ele relacionadas:
Aos poucos, como parte do projeto de reconstrução de Lisboa, o acervo da biblioteca foi sendo restaurado. E, em 1807, quando D.
João veio com a Corte para o Brasil, mandou trazer os livros e documentos dessa biblioteca para o Rio de Janeiro em três viagens
sucessivas. No Rio, o acervo da Real Biblioteca permaneceu no edifício da Ordem Terceira do Carmo e, em 1814, foi aberto ao
público. Em 1825, como exigência para que Portugal reconhecesse a nossa independência, o imperador do Brasil, D. Pedro I,
concordou em pagar pela Real Biblioteca 800 contos de réis (uma fortuna na época).
SHWARCZ, Lilia Moritz. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à independência do Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
a) O texto menciona, dentre outros aspectos, a vinda da família real portuguesa para o Brasil. Escreva sucintamente, sobre os motivos
que levaram a Corte Portuguesa a deixar seu país e partir para sua colônia americana.
b) Complete o quadro citando duas mudanças realizadas por Dom João no Brasil em cada um dos aspectos citados:
Político
Econômico
Social
c) Qual a importância da vinda e da permanência da família real portuguesa em nosso país para o processo de independência
brasileiro?
18- Como o cartunista avalia a participação popular na Independência do Brasil? Explique.
Miguel Paiva e Lilia Moritiz Schwarcz. Da Colônia ao Império. São Paulo: Brasiliense, 2001
19- Leia os documento abaixo, e responda as questões que a eles se seguem:
Título V
Do imperador
Capítulo I
Do poder moderador
Art. 98. O poder moderador é a chave de toda organização política, e é delegado
privativamente ao imperador, como chefe supremo da nação e seu primeiro
representante, para que incessantemente vele sobre a manuetenção da
independência, equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos.
Art.99. A pessoa do imperador é inviolável e sagrada.
Trecho da Constituição de 1824.
NOVAES,
Carlos
Eduardo;
LOBO, César. História do
Brasil para principiantes: de
Cabral a Cardoso, 500 anos de
novela.São Paulo: Ática, 1997.
p. 150.
• Qual é o assunto dos documentos acima? Podemos relacioná-los em seu conteúdo? Explique.
20- Usando do direito que a constituição me concede, que declaro que hei de muito voluntariamente
abdicado na pessoa de meu mui amado e prezado filho Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista – 07 de abril
de 1831, décimo da Independência e do Império – d. Pedro I.
Trecho da carta de abdicação de D. Pedro I.
Descreva os acontecimentos que provocaram a renúncia do imperador.
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