Porto - Massarelos

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26 | CASA DO CAMPO PEQUENO / PALACETE PINTO LEITE
que se instala o clube universitário. Foi-lhe atribuído o Prémio João de Almada em
1990 e está classificado como Imóvel de Interesse Municipal.
Rua da Maternidade, 13 | 1830 | Francisco Geraldo da Silva Sardinha
A família Pinto Leite notabilizou-se pelos negociantes de torna viagem que a compunham, sobressaindo Joaquim Pinto Leite que manda construir a casa do Campo
Pequeno, ao estilo inglês, de grande sobriedade. Este negociante estabeleceu-se no
Porto e viveu neste palacete até à sua morte (1880), considerado um dos mais ricos
e belos da cidade, com os seus jardins idealizados por Emile David. Os herdeiros
foram introduzindo modificações que alteraram a composição inicial. Adquirido
pelo município nos anos 1970, a 13 de Março de 1975 é ocupado pelo Conservatório
de Música do Porto, deixando-o em 2008.
27 | COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES /
ANTIGA CASA DO VILAR OU DOS KOPKE VAN ZELLER
Rua da Rainha D. Estefânia, 54 | XIX
Grande quinta da família do primeiro Barão de Vilar, Cristiano Nicolau Kopke (17631840), obteve obras de melhoramento com a sua filha Dorothea Augusta Kopke,
casada com Roberto van Zeller, sendo o filho Cristiano van Zeller que adiciona a
pedra de armas (Kopke/van Zeller). O terreno foi sendo reduzido pelas sucessivas
vendas de lotes, até que Fernando van Zeller, em 1939, assina contrato de arrendamento da casa com a Congregação das Religiosas do Amor de Deus, chegada a
Portugal em 1932 e que havia criado um colégio católico, o Colégio de Nossa Senhora de Lourdes, na Rua de Miguel Bombarda, mas cujas instalações se revelaram
insuficientes. Em 1984, os herdeiros da família Kopke van Zeller vendem a casa e
parte da propriedade à referida congregação.
28 | SOLAR E QUINTA DE SEQUEIRA DE ARAÚJO
Rua da Rainha D. Estefânia, 151 | XVIII / XIX
Em 1910, teria sido comprada por Joaquim Sequeira de Araújo, administrador do
Banco do Minho, manda ampliar as traseiras do edifício, mas posteriormente, vê-se
obrigado a vender esta quinta por problemas financeiros ligados ao Banco, que foi
incorporado no Banco Nacional Ultramarino em 1919.
29 | COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DA REGIÃO NORTE (MORADIA E JARDIM)
Rua da Rainha D. Estefânia, 251 | XIX / XX
Nos anos 50 do século XX, era conhecida como a «Quinta do Inglês da Mão de Pau»,
cidadão britânico que tinha sofrido uma amputação da mão direita e passou a usar
uma prótese em madeira, encoberta por uma luva preta. No entanto, em 1943, é Raul
Ferreira que altera, amplia e demole parte do edifício principal e manda construir
quatro edifícios, uma obra projectada pelo arquitecto Amoroso Lopes. Em 1983, já
está na posse da Comissão de Coordenação da Região Norte, que constrói um
edifício e, novamente em 1993, procede a ampliações.
30 | CASA DOS ARAÚJOS / CASA DO PRIMO MONTEIRO
MADEIRA / CIRCULO UNIVERSITÁRIO DO PORTO
Rua do Campo Alegre, 877 | XIX / 1899-1902 (transformações) | 1986-1988 (restauro) | Marques
da Silva (transformações) | Fernando Távora (restauro)
Propriedade de Pedro Maria da Fonseca Araújo (1862-1922), conselheiro, vereador
da Câmara Municipal do Porto e governador civil, sofreu várias transformações
projectadas pelo arquitecto Marques da Silva. Foi adquirido por Primo Monteiro
Madeira e depois passou para a posse da Universidade do Porto que procede ao seu
restauro, orientado pelo arquitecto Fernando Távora e terminado em 1988, altura em
31 | CASA BURMESTER
Rua do Campo Alegre, 1021-1055 | 1897 | Manoel Francisco Ferreira / José Estêvão Parada
e Silva Leitão
Edifício mandado construir por Gustavo Adolfo Burmester (1852-1940), filho de
Johann Wilhelm Burmester, alemão ligado à exportação do Vinho do Porto, através
da empresa J. W. Burmester & C.ª (1880), herdeira da anterior empresa criada por
Henry Burmester Júnior e seus dois filhos Frederick e Edward, a H. Burmester &
Sons, mas que, por falta de parentes directos, acabou no familiar distante da Alemanha em 1834. Esta Casa e respectiva Quinta, construída nos terrenos da antiga
Quinta do Salabert, Quinta Grande ou do Campo Alegre, foram anexadas ao Jardim
Botânico em 1956, para compensar dos danos causados pela construção dos
acessos à Ponte da Arrábida. Actualmente, serve de instalações à Universidade do
Porto.
32 | OPORTO CRICKET AND LAWN TENNIS CLUB
Rua do Campo Alegre, 532 | 1855
Criado em 1855, no Candal, em Vila Nova de Gaia, foi fundado por homens de nome,
como os Tait. Em 1923 compraram os terrenos onde se situa o clube. Em 1967,
fundiu-se com o Oporto British Club (1909) e permitiu expandir as instalações, que
têm sido acrescentadas ao longo dos anos. Clube inicialmente para britânicos,
acolheu membros portugueses e doutras nacionalidades.
33 | ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTE D. HENRIQUE /
ANTIGA ESCOLA INDUSTRIAL INFANTE D. HENRIQUE
Rua de Júlio Dinis / Largo de Alexandre Sá Pinto | 1928
Por decreto de 1884, de António Augusto Aguiar, foi criada a Escola de Desenho
Industrial de Vilar com o nome de Infante D. Henrique, instalada no Circo do Palácio
de Cristal, anexa ao Museu Comercial e Industrial. Em 1885 o número de candidatos
foi tão grande que as instalações não permitiram receber todos, pelo que em 1887, o
ministro Emílio Navarro, estabelece os princípios da formação técnica. Em 1891,
João Franco transforma-a numa escola industrial à qual se vão implementando
cursos de Lavores Femininos (1892), Artes Gráficas (1922), Electricista (1924),
Condutor de Automóveis (1925). Transfere-se para um edifício em frente ao Jardim
da Cordoaria, para de seguida, em 1933, se transferir para as instalações que agora
ocupa.
34 | COLÉGIO ALEMÃO DO PORTO
Rua de Guerra Junqueiro, 162 | 1959-1961 | Arménio Taveira Losa / Jorge Alberto Delgado
de Oliveira
Em 1930, o embaixador alemão, Dr. Van Baligand consegue apoio financeiro do
Estado Alemão e adquire um terreno na Rua de Guerra Junqueiro para a construção
de uma Escola, como sede da Sociedade de Instrução e Recreio, representada por
Adolfo Höfte. É inaugurada em 1932. Mas, durante a II Guerra Mundial, os bens são
confiscados e a «Casa Amarela» é fechada e assaltada. Com os dinheiros que
receberam da Emissora Nacional pela referida casa, adquiriram um terreno na
mesma rua. A Direcção Federal de Construções de Berlim (Bundesbaudirektion
Berlin), através do seu delegado especial, o arquitecto Gunter Trebbin, solicita a
construção da escola alemã, adaptada ao terreno pelo Engenheiro Konrad Wiesner.
Este segundo colégio, é inaugurado a 9 de Outubro de 1961.
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35 | CASA E CAPELA DA QUINTA DO BOM SUCESSO
SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA
ALVES, Joaquim Jaime B. Ferreira – O Porto na Época dos Almadas. Arquitectura. Obras Públicas.
Rua do Bom Sucesso, 241-243 | 1748 (provável)
A quinta foi mandada reconstruir pelo mercador António de Almeida Saraiva, que a
utilizava como propriedade de recreio. A casa, de desenho simples com carácter
rural, forma um L com a capela e fonte barrocas. A capela dedicou-a a Nossa Senhora do Bom Sucesso e, por inerência, a quinta adquiriu o mesmo nome, Quinta do
Bom Sucesso. Quando se planeou a construção do Mercado do Bom Sucesso, a
fonte foi removida para o interior da quinta e, em 1982, o novo proprietário, Oswaldo
Lopes Cardoso Rocha Ferreira, transfere-a para uma propriedade em Barcelos. Com
a construção do Shopping Center Cidade do Porto, mais uma vez a quinta foi sacrificada, restando a casa e a capela incorporadas no arranha-céus, com funções
diferentes das antigas.
Porto: Câmara Municipal do Porto, 1988-1990.
Capela do Cemitério de Agramonte. Porto: CMP, 1996.
COSTA, P.e Agostinho Rebelo da – Descrição Topográfica e Histórica da Cidade do Porto. 2.ª
edição Porto: Manuel Pereira e C.ª, [s/d.].
COUTO, Júlio – Monografia de Massarelos. Porto: Junta de Freguesia de Massarelos, 1993.
Nobres Casas de Portugal. Coord. António Lambert Pereira da Silva. Porto: Livraria Tavares
Martins, [1958].
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Sistema de Informação / Inventário.
[www.monumentos.pt, Junho 2009]
Instituto Português do Património Arquitectónico. Pesquisa de Património. [www.ippar.pt, Junho
2009]
36 | MERCADO DO BOM SUCESSO
LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de Pinho – Portugal Antigo e Moderno. Lisboa: Livraria
Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1876.
Praça do Bom Sucesso, 114-168 / Largo de Ferreira Lapa | 1952 | ARS arquitectos
Construído sobre o «campo das caveiras», parte da antiga Quinta do Bom Sucesso,
local onde o Sporting Clube de Vilar chegou a fazer jogos de futebol e a ser o seu
campo de treinos. Em 1950, é aprovado em sessão de câmara, juntamente com o
derrube do Palácio de Cristal e a empreitada tem começo em 1951, para ser inaugurado ao mesmo tempo que o Estádio das Antas, a 27 de Maio de 1952. Empreendimento com uma área de dez mil metros quadrados, com 132 lojas e 760 bancas,
desde o princípio que funcionou como mercado geral.
QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho – Inventário Artístico de Portugal. Cidade do Porto.
Lisboa: Academia de Belas-Artes, 1995. Volume XIII.
QUEIROZ, J. Francisco Ferreira – A Casa do Campo Pequeno, da família Pinto Leite. Revista da
Faculdade de Letras. Porto, 2004. I Série Vol. III, pp. 183-215.
SILVA, Germano – Fontes e Chafarizes do Porto. Porto: SMAS, 2000.
37 | CEMITÉRIO DE AGRAMONTE E SUA CAPELA
Rua de Agramonte | 1840 (cemitério) / 1870 (capela) / 1906 (ampliação da capela) / 1995
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(restauro da capela) | Gustavo Gonçalves Soares (capela) / José Marques da Silva
PATRIMÓNIO
NA FREGUESIA
DE MASSARELOS PORTO
(ampliação da capela) / Francisco José Pery de Azeredo Pinto (restauro da capela)
Iniciado nos terrenos da Quinta de Agramonte, foi criado para animais irracionais.
Foi aumentando para os pobres do Hospital da Misericórdia até se transformar num
cemitério público do Bairro Ocidental. Vai sendo ampliado e recebendo ossários das
Ordens de São Francisco e do Carmo e, mais tarde, da Trindade. A capela inicial era
de madeira, a actual, com as devidas alterações de José Marques da Silva, é obra de
Gustavo Gonçalves Soares, com interiores decorados por Silvestre Silvestri e
António Moreira do Vale.
38 | SINAGOGA KADOORIE MEKOR HAIM
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Rua de Guerra Junqueiro, 340 | 1929-1938 | Augusto dos Santos Malta / Artur de Almeida
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Júnior
Sede da Comunidade Israelita do Porto, é a maior sinagoga da Península Ibérica,
tem o nome de Mekor Haim que quer dizer «Fonte da Vida». A sua construção foi
financiada por Elie Kadoorie, sobre uns terrenos comprados pelo Barão Edmond de
Rothschild. Aqui estabeleceu, o capitão Artur Carlos de Barros Basto, «Apóstolo dos
Marranos» e presidente da comunidade, uma escola judaica que funcionou por 9
anos.
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Praça de Mouzinho de Albuquerque, 193 | 1912-1916 | J. Vasconcelos Lima Júnior
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39 | TABERNÁCULO BAPTISTA
Depois da fundação da Igreja Baptista Portuguesa (1908), o local de oração ficou
assente na Rua de Francos. No entanto, sob o impulso do pastor João J. Oliveira,
iniciou-se uma campanha para a construção de uma Casa de Oração própria. O
terreno é comprado na Rotunda da Boavista, onde havia funcionado a Praça de
Touros, e as obras vão sendo executadas à custa dos membros da comunidade, até
à abertura para pregação, a 13 de Fevereiro de 1916.
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40 | IGREJA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
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Rua de Guerra Junqueiro | 1924 / 1931 | Manuel Moreira de Sá / Ernesto Korrodi
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Sede da paróquia do Santíssimo Sacramento, criada em 1927, teve um primeiro
projecto que foi abandonado por falta de verbas. Apenas em 1931, foi retomado o
projecto pelas mãos dos arquitectos Korrodi, mais ao gosto da corrente arquitectónica da época. Inaugurada a 15 de Maio de 1938, trouxe como novidade, os vitrais de
Ricardo Leone nas janelas das paredes laterais. Em 1939, a capela-mor foi enriquecida com um retábulo de madeira.
A. Rua da Restauração | 1816 | Outras designações: Rua Nova da Bandeirinha, Rua de Dom Miguel I
B. Alameda Basílio Teles | XVIII | Outras designações: Alameda de Massarelos
C. Rua de D. Pedro V | 1883 | Outras designações: Lugar das Azenhas de Vilar
D. Rua dos Moinhos | XX | Outras designações: Lugar das Azenhas de Vilar, Beco dos Moinhos
E. Largo da Maternidade Júlio Dinis | XVIII | Outras designações: Largo do Campo Pequeno, Largo dos Ingleses
F. Rua do Campo Alegre | 1846 | Outras designações: Estrada de Matosinhos, Sítio do Campo Alegre, Travessa do Bom Sucesso, Rua de Santo Amaro
G. Rua de Guerra Junqueiro | 1938
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Câmara Municipal do Porto | Pelouro da Cultura, Turismo e Lazer | Direcção Municipal de Cultura | Departamento
Municipal de Museus e Património Cultural | Divisão Municipal de Património Cultural | Textos: Orquídea do Céu
Ferreira Félix | Design: Cristina Dordio | Fotos: Fernando Noronha | Setembro 2009
1 | CONVENTO DA MADRE DE DEUS DE MONCHIQUE
5 | IGREJA DA CONFRARIA DAS ALMAS DO CORPO SANTO
DE MASSARELOS
Calçada de Monchique / Rua de Sobre-o-Douro | 1533 | Diogo de Castilho
Nos terrenos doados a Gil Vaz da Cunha, sobre a antiga judiaria de Monchique
(Monte Chico, Monte Pequeno), Dom Pêro da Cunha Coutinho e sua esposa Dona
Brites de Vilhena mandaram edificar um convento para religiosas franciscanas e
dotá-lo de vários dos seus bens. Os edifícios foram sendo construídos ao longo de
anos no seguimento do acidentado terreno. A 1ª fase da construção, terminada no
século XVI, foi ao estilo manuelino (gótico e renascimento português) de Diogo de
Castilho. Este conjunto foi ampliado no século XVII e XVIII, com claustros ajardinados e outras dependências. Com a extinção das ordens religiosas em 1834, o
convento cai em declínio e os seus bens são dispersados e dividido por diversos
proprietários que o vão alterando, em benefício de cada uma das utilizações dadas.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
sobre um embasamento em granito, protegido por um alpendre gradeado. Em 1907,
foi alvo de obras de reconstrução, nomeadamente, a grade de ferro, os azulejos e a
cobertura. A manutenção é assegurada por uma zeladora local.
Largo do Adro / Cais das Pedras | 1776
Este é o terceiro templo a ser construído neste local, sempre ligado à Confraria das
Almas do Corpo Santo de Massarelos (fundada em 1394). Da igreja construída em
1640, menor que a actual, apenas subsiste a capela-mor construída sobre o rochedo,
restaurada e decorada com pinturas de Silvestro Silvestri. Esta construção, iniciada
em 1776, passou a igreja paroquial quando a igreja de Nossa Senhora da Boa
Viagem ficou em ruínas e a freguesia do mesmo nome foi extinta. O padroeiro é São
Pedro Gonçalves Telmo.
10 | MUSEU DO CARRO ELÉCTRICO /
CENTRAL TERMOELÉCTRICA DE MASSARELOS
L. Couto dos Santos
Rua da Restauração, 60-82 / Rua do Cristelo | 1912 | José Silva Peneda
Távora (anos 1990)
Na parte de trás da cerca do Convento da Madre de Deus de Monchique, correspondente à terceira fase da sua construção, foi edificado um prédio, provavelmente para
residência das serventes. Depois da extinção das ordens religiosas passou a propriedade dos condes de Burnay que o vendem para instalação de uma fábrica de serraria,
carpintaria e pregaria (1889), designada de «União Industrial Portuense». Esta nova
actividade provoca uma alteração da fachada. Em 1915, Ignez Martins Guimarães,
uma capitalista, compra a maioria dos edifícios do antigo convento e transforma a
fábrica em bairro de casas económicas para operários. Este conjunto de moradias
vieram suprimir a necessidade de alojamento dos operários, uma preocupação e um
grave problema social da época. Depois de um longo período de degradação nos
anos 1990 foi reabilitada e passou a residência dos estudantes ERASMUS.
Rua do Ouro, 62-102 / Rua do Bicalho, 105/111 | 1939 | Fernando Iglésias de Oliveira
A Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau mandou construir um frigorífico,
primeiro e único equipamento em Portugal, para conservar o bacalhau nacional e
estrangeiro, construção levada a cabo pela OPCA – Sociedade de Engenharia e
Obras Públicas e Cimento Armado, Lda. Foi, solenemente, inaugurado a 3 de
Dezembro de 1939. Actualmente constitui um empreendimento de habitação.
Rua do Ouro | 1957-1963 | Edgar Cardoso
Jones (palácio) / Class (lago e gruta) / José Carlos Loureiro (pavilhão)
Espaço verde com magníficas panorâmicas sobre o rio Douro e o mar. Os jardins
foram projectados por Emile David, a envolver o antigo Palácio de Cristal, inaugurado em 1865 para acolher a Exposição Internacional do Porto. Este edifício foi
demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos (actual Pavilhão Rosa
Mota) para receber, ainda incompleto, o Campeonato do Mundo de Hóquei em
Patins, em 1952. Num dos eixos mais marcantes, a Avenida das Tílias, destacam-se
a capela de Carlos Alberto, em memória do rei da Sardenha, a Concha Acústica e a
Biblioteca Municipal Almeida Garrett. Os jardins temáticos e as esculturas emblemáticas estão bem patentes, tal como a «Dor» de Teixeira Lopes.
Casa apalaçada com traçado elegante, apresenta o brasão da Ordem de São
Francisco no frontispício central e revela o gosto vivido na cidade do século XVIII.
Este edifício foi construído com o intuito de prover, com o seu arrendamento,
maiores rendimentos ao Convento da Madre de Deus de Monchique. No entanto, a
sua construção só foi concluída através de um contrato com a Companhia Geral da
Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Depois de uma intervenção da Direcção Geral
de Edifícios e Monumentos Nacionais, foram instalados no edifício os Comandos e
2.ª Companhia do Batalhão 3 da Guarda Fiscal (1958).
Rua de Entre Quintas, 220 | XVIII
Alameda Basílio Teles / Rua de D. Pedro V, 2 | 1930 | Manuel Godinho e Januário Godinho
Rua de Monchique, 58-98 | 1781-1798 | Pantaleão da Cunha Faria / José Pinto da Cunha
Erradamente identificado como parte do convento da Madre de Deus de Monchique,
foi mandado construir pela Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto
Douro para seu depósito e para alargar o espaço já diminuto da sua sede em
Miragaia. Em 1822 é requisitado pelo Estado para servir de armazém da Alfândega,
apesar da oposição da família Pinto Cunha sua proprietária. O edifício, depois de
servir como armazém de géneros vindos do Brasil e de África, até 1872, voltou para
a posse dos descendentes da família Pinto Cunha Saavedra, estando parte do
espaço ocupado pelo Museu do Vinho do Porto.
Rua de Vilar, 3-3A | 1709-1715 (casa)
Em 1781 pertencia a Manuel Sousa Carvalho que a doa à Confraria do Santíssimo
Sacramento de Santo Ildefonso, passando então a denominar-se Quinta do Sacramento. Entre 1814 e 1838, muda de proprietário para António Ferreira Pinto Basto
(1775-1860) que faleceu nesta quinta, tal como o exilado rei da Sardenha, Carlos
Alberto de Sabóia, que aqui viveu entre 14 de Maio e 28 de Julho de 1849. A Câmara
Municipal do Porto adquire o imóvel e respectiva propriedade e em 1972, é inaugurado o Museu Romântico, em evocação da vida burguesa do século XIX.
Entreposto e frigorífico, veio introduzir novos métodos de conservação do pescado,
então considerado dos mais modernos processos de refrigeração. Das instalações
sobressaem, no exterior, os baixos-relevos em granito com representações da vida
piscatória e, no seu interior, um túnel subterrâneo que ligava o antigo cais de
descarga de pescado às instalações frigoríficas. Está classificado como Imóvel de
Interesse Público.
Godinho
17 | QUINTA DE VILAR DE CIMA, DO CASTANHEIRO OU DO
PACHECO PEREIRA
13 | MUSEU ROMÂNTICO DA QUINTA DA MACIEIRINHA /
ANTIGA QUINTA DAS MACIEIRAS OU DO SACRAMENTO
8 | EDIFÍCIO DO FRIGORÍFICO DO PEIXE / LOTA DO PESCADO
4 | ARMAZÉM DO CAIS NOVO / ARMAZÉM DA COMPANHIA /
ALFÂNDEGA DE MASSARELOS
Rua da Pena, 113 | 1885 (casa)
Conjuntamente com a Quinta do Pacheco Pereira, na encosta oposta, foi geradora
de toda a ocupação do Vale de Massarelos. Casa de influência inglesa, mandada
construir pelo Dr. Augusto Ferreira Novaes, erigida nos terrenos que pertenceram a
Francisco de Novaes Moreira (1826) e depois a Custódio José Nunes (1843), avô do
Governador de Cabo Verde (1900), de Macau (1902) e do Estado da Índia (1905),
Arnaldo de Novais Guedes Rebelo (1847-1917) e promotor, juntamente com outros
portuenses, da Companhia Geral de Iluminação e Gás.
Nos anos de 1940 constatou-se a necessidade de uma travessia alternativa à Ponte
de Luiz I. Como tal, escolheu-se a ligação da zona da Arrábida (Porto) ao Candal
(Gaia). Em 1952, a Junta Autónoma das Estradas, adjudicou os anteprojectos ao
engenheiro Edgar Cardoso, sendo o projecto aprovado em 1955 e as obras iniciadas
em 1957. A 22 de Junho de 1963, seria inaugurada, sob o mandato de Nuno Pinheiro
Torres, uma ponte em arco, de betão armado com quatro elevadores, em cujas torres
estão duas esculturas de Barata Feyo (Porto) e de Gustavo Bastos (Gaia).
/ 1950-1952 (pavilhão) | Augusta de Montléart (capela) / Emile David (jardins) / Thomas Dillen
António Moreira, carpinteiros | Manuel Moreira, pedreiro
16 | QUINTA DA PENA
12 | PONTE DA ARRÁBIDA
Rua de D. Manuel II | 1854 (capela) / 1860 (jardins) / 1861-1865 (palácio) / 1881 (lago e gruta)
Rua de Monchique, 45-51| 1761-1767 | Miguel José, António Francisco Bartolomeu da Silva e
Em 1911, surge o curso independente de Arquitectura na Escola de Belas Artes do
Porto (1881). No entanto, a sua autonomia relativamente à Escultura e Pintura surge
com as reformas de 1932 e 1967. Nos anos 1980, foi criada a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, com uma estrutura física própria. Aproveitando o
espaço junto à Quinta da Póvoa e o edifício do século XIX (Casa Cor de Rosa), foi
criado o Pavilhão Carlos Ramos e, posteriormente, uma estrutura universitária com
a implantação de diversos volumes, que variam em dimensão e andares, de acordo
com os requisitos do programa curricular e como forma de controlar o perfil definido
para os edifícios antigos e novos.
11 | FRIGORÍFICO DO BACALHAU
7 | JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL
3 | CASA DOS CAPELÃES / GUARDA FISCAL
Via panorâmica / rua do gólgota, 215 | 1985-1986 | álvaro siza vieira
Em 1895, a Companhia de Carris de Ferro do Porto substitui a tracção a vapor pela
eléctrica, a primeira na Península Ibérica. A energia era fornecida pela Central da
Arrábida, até ser substituída pela central geradora de Massarelos em 1915. O
edifício desta central, construído sobre os terrenos da Quinta do Barão de Massarelos, ainda conserva parte dos equipamentos originais, excepto a chaminé. Em 1992,
foi transformado em Museu.
A produção de cerveja em Portugal é tradicional e a primeira fábrica remonta a 1689.
No Porto, no século XIX, existiam seis unidades de produção que a 7 de Março de
1890 foram fundidas com a unidade de Ponte da Barca numa única empresa, a
Companhia União Fabril Portuense, em laboração até 1977, altura em que passa a
constituir a Unicer. Até a CUFP mudar a sua fábrica para as instalações em Leça do
Balio (1964), manteve os seus pólos de produção dispersos, nomeadamente este da
Rua da Restauração construído entre 1912 e 1913 com algumas alterações nos anos
1940, conhecida internamente como Fábrica do Leão, destinada a fabrico de cerveja
e gelo. É encerrada em 1916 para em 1941 se montar uma malteria e em 1966, as
instalações são vendidas para albergarem outros serviços e empresas.
Rua de Sobre-o-Douro | 1734-1834 / 1915 / 1990 | Inácio Pereira de Sá (1915) | Fernando
15 | FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE DO
PORTO / ANTIGA QUINTA DA PÓVOA
Alameda Basílio Teles, 51 | 1911 | Joaquim Francisco Zenha e António da Silva Moutinho |
6 | ANTIGA FÁBRICA DA CUFP / FÁBRICA DE CERVEJA LEÃO
2 | BAIRRO INÊS / BAIRRO OPERÁRIO IGNEZ
Birds of Portugal» (1924), que em 1895 compra a casa e nela vive até à sua morte
(1925), deixando-a como herança para a sua filha mais nova, Muriel Tait que, em
1978, vendeu a propriedade à Câmara Municipal do Porto, com o intuito de lhe
garantir uma função cultural.
Rua de Entre Quintas, 219 | XIX
9 | CRUZEIRO DO SENHOR DOS NAVEGANTES
Rua da Fonte de Massarelos | 1732 (provável) / 1907 (reconstrução) | Leonardo Costa (reconstrução)
Terra de gente dedicada à navegação, desde muito cedo que tiveram uma dedicação
especial ao Senhor dos Navegantes. Essa devoção foi demonstrada pelos moradores locais através da criação de um altar dedicado a Cristo crucificado com a
referida invocação, constituído por uma cruz com a imagem pintada, encaixilhada,
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22 | SEMINÁRIO MAIOR DE VILAR
Rua de Vilar, 79-113 | 1879 (mosteiro) / 1894 (igreja) / XX (seminário) | Padre Himalaia
(seminário)
Rua dos Moinhos | XVIII-XIX
19 | PALÁCIO DOS MARQUESES DE TERENA E MONFALIM
Rua de D. Manuel II, 286 | XVIII
Pedro do Sem ou Docém, proprietário da torre medieval a Norte do Palácio, foi
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Rua de Vilar, 94 | XVIII-XIX / 1897 (capela) | Domingos da Silva Loureiro (capela)
Edifício de raiz setecentista, foi residência do primeiro conde de Bertiandos,
Gonçalo Pereira da Silva Sousa e Menezes e de António Bernardo Ferreira (18121844) casado com Antónia Adelaide Ferreira, a Ferreirinha. Estes residentes aqui
montaram um teatro que, em 26 de Fevereiro de 1838, levou à cena uma tragédia de
Delavigue «Luís XI». Foi também residência de Ricardo Van Zeller, arcediago de
Oliveira do Douro e cónego da Sé do Porto, que procedeu a diversas modificações e
à criação do Colégio de Vilar (1840), mais tarde Asilo, com enfermaria e capela.
Passou a ser uma Instituição Pública de Solidariedade Social, cuja coordenação
pedagógica ficou a cargo das irmãs Doroteias, com intuito de acolher crianças e
jovens em situação de risco.
23 | FONTE DO CACO E LAVADOUROS
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21 | INSTITUTO DO ARCEDIAGO VAN ZELLER
18 | CAPELA DO SENHOR DA BOA NOVA
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Rua da Boa Hora, 51 | XIV
A Torre, falsamente denominada da Marca, foi mandada construir entre os anos 1336
e 1341, por Pedro do Sem ou Docém, cavaleiro nobre da rainha Santa Isabel e
ouvidor e chanceler-mor de Dom Afonso IV. Deste fidalgo, descenderam os
«Brandões da Torre da Marca», proprietários da torre e do palácio do século XVIII
que lhe está acoplado a Sul. Está classificada como Monumento Nacional.
Casa isolada e cercada de jardins, serviu para a construção do Mosteiro da Visitação
de Santa Maria, por iniciativa de várias senhoras da sociedade da época, com uma
Igreja de invocação do Sagrado Coração de Jesus, sagrada em 1894. No seguimento
da Implantação da República e da lei da separação, as religiosas foram obrigadas a
abandonar a casa e aí se instalou o regimento 31 de Infantaria. Em 1922, foi
comprada pela Diocese do Porto para instalar um seminário, projectado por Manuel
António Gomes (Padre Himalaia). A igreja foi adquirida mais tarde. Em 1993
começou a construção da Casa Diocesana, acoplada ao seminário.
Rua de D. Manuel II | 1783
Propriedade com casa, mata e jardins, parte da antiga Quinta do Castanheiro ou do
Pacheco Pereira, foi residência de várias famílias inglesas. Possivelmente
construída por Joseph Taylor (Taylor, Fladgate & Yeatman), foi residência do Reverendo Edward Whiteley e sua família, onde dirigiu, até 1871, uma pequena escola
para rapazes britânicos. A partir de então é arrendada a William Chester Tait,
negociante abastado ligado ao Vinho do Porto e ornitologista, tendo escrito «The
20 | TORRE DE PEDRO SEM
Quinta já documentada no século XVI foi emprazada no século XVII, pela Colegiada
de Cedofeita, à família Pacheco Pereira, passando a sua proprietária pelos 300 anos
seguintes. Família de vasto património chegou a possuir todos os terrenos das
quintas e casais do Vale de Massarelos, distinguindo-se João Pacheco Pereira,
cavaleiro da Ordem de Cristo, Fidalgo da Casa Real, Donatário da Vila de Veloso e
Alcaide-Mor da Vila de Rei. O jardim da Quinta foi construído na segunda metade do
século XVIII como prolongamento da casa e aberto para a horta e pomar de outros
tempos. Em 2000, foi comprada por uma sociedade de promoção imobiliária.
No Largo da Torre da Marca, existia um padrão com a imagem de Cristo crucificado,
mandado erguer em 1628 por Pantaleão Gomes, piloto. Com o tempo, a imagem
ficou conhecida como Senhor Jesus da Boa Nova. Em 1782, os moradores do local
recolheram esmola e mandaram edificar uma capela para acolher a referida imagem
e instituir a Irmandade do Senhor Jesus da Boa Nova. Do padrão, apenas restou uma
pedra com inscrição visível no cunhal da fachada do templo.
14 | CASA TAIT / ANTIGA QUINTA DO MEIO
antepassado da terceira marquesa de Terena, Eugénia Figueiroa, casada com o
primeiro marquês de Monfalim, Filipe Sousa Holstein, de onde derivou a denominação do palácio. A última herdeira, sobrinha dos anteriores, alugou os edifícios ao
Asilo Profissional do Terço e, em 1921, a Ordem religiosa das Irmãs Doroteias, onde
a quarta marquesa professou e foi madre superiora, vendeu o palácio e torre, à Mitra
do Porto. Actualmente é um Centro de Cultura da Diocese.
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Fonte em granito com características barrocas, colocada sob o muro de sustentação
da Rua de Vilar, integrada em vão edificado em 1909, para albergar os lavadouros
públicos abastecidos pela ribeira de Vilar. Possivelmente foi alvo de uma reforma
em 1899.
24 | BRITISH CHURCH OF SAINT JAMES
(IGREJA DOS INGLESES)
Largo da Maternidade de Júlio Dinis | XIX | Joaquim da Costa Lima
Inicialmente a comunidade britânica estabelecida no Porto foi recebendo os sagrados ofícios em casas particulares (posteriormente na Feitoria Inglesa) e os enterramentos eram feitos nas areias da praia, na maré baixa. Após alguma dificuldade, em
1797 o cônsul John Whitehead adquiriu o «Campo da Feira de Baixo», propriedade de
António José de Sá. Foi criado um «campo santo» para os enterramentos, com
regulamento próprio e construída uma igreja com dimensões e proporções
baseadas no salão de baile da Feitoria Inglesa. Em 1868, o coro e o transepto do
templo foram ampliados e deu-se cumprimento ao imposto pelas autoridades
religiosas portuguesas, de vedar todo o espaço com um muro alto.
25 | MATERNIDADE DE JÚLIO DINIS
Largo da Maternidade de Júlio Dinis | 1927 / 1938 | Georges Épitaux / Baltazar Castro e
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Rogério de Azevedo
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Propriedade inicial de um inglês, Gubian, a residência existente no local sofreu um
incêndio, o que levou o então proprietário, Dr. Alfredo da Costa, a vendê-la para a
construção da maternidade. Projecto de arquitectura tradicional do Norte de Portugal, dá privilégio ao granito, no entanto, a influência do seu arquitecto suíço é
evidente. Foi inaugurada em Setembro de 1939.
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