LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

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LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO 1. (Ufsc 2013) A África é tão pouco uniforme cultural quanto geograficamente. Os africanos não são uma raça de pretos primitivos, nem é a África um continente sem uma velha história, como ainda se pensa geralmente. [...] São marcantes suas diferenças culturais, étnicas e linguísticas. Seu passado, embora não raro obscuro, não é a crônica de um isolamento. Desde o tempo dos primeiros hominídeos que viveram há um milhão de anos no desfiladeiro de Olduvai, a Africa desempenhou importante papel na história da humanidade [...]. LOMMEL, Andreas. A arte pré-­‐histórica e primitiva. Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações. 7. ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1979. p. 140-­‐141, 143, 162. In: FARIA, Ricardo de Moura. Estudos de História. v. 1. São Paulo: FTD, 2010. p. 37. Em relação à história da África e de seu povo, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01) Além dos egípcios, vários outros povos habitavam o continente africano no período correspondente à chamada Idade Antiga. 02) A expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI transformou a costa africana em espaço privilegiado para a formação de feitorias e, consequentemente, em fonte de mão de obra e matéria-­‐prima. 04) O neocolonialismo europeu sobre o continente africano no século XIX estava relacionado à ideia de “missão civilizadora” e às ideologias de progresso e superioridade racial branca. 08) Com a expansão islâmica, todo o norte africano foi dominado pelos árabes através da fundação de diversos califados; entretanto, durante a Idade Média, o avanço das cruzadas recuperou definitivamente a região para o domínio cristão. 16) Mesmo a contragosto das principais potências europeias, as fronteiras entre os países africanos, estabelecidas pela Conferência de Berlim (1884-­‐85), tiveram que respeitar as questões étnicas e culturais por determinação da Organização das Nações Unidas (ONU). 32) Os processos de independência na África, intensificados logo após a década de 1950, ocorreram através de acordos pacíficos que promoveram o endividamento e a dependência dos novos países, mas evitaram a deflagração de conflitos e guerras civis. 2. (Upe 2013) A charge a seguir faz referência ao capitalista Cecil Rhodes, que investiu no expansionismo imperialista inglês. Prof. Rodolfo Com base na charge e nos conteúdos referentes ao neocolonialismo, analise as seguintes afirmações: I. Podemos afirmar que os pés do capitalista estão assentados sobre as duas únicas possessões inglesas na África: Egito e África do Sul. II. A projeção do personagem em relação ao continente expressa também a dimensão do interesse da Inglaterra pelos territórios africanos. III. Os países europeus dividiram a África entre si, respeitando suas especificidades étnicas, religiosas e linguísticas. IV. O Canal de Suez pode ser considerado uma consequência da presença inglesa na África. V. O preconceito dos ingleses com os africanos foi de tal monta que deixou marcas até o presente, como o Apartheid na África do Sul. Estão CORRETAS a) I, II e III. b) I, II e V. c) II, IV e V. d) III, IV e V. e) I, III e IV. 3. (Uerj 2013) LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO Na década de 1930, foi publicada a primeira edição da história em quadrinhos em que o personagem Tintim, um jovem repórter belga, faz uma expedição ao Congo, colônia do seu país na época. Com base nas imagens e nos diálogos apresentados, nota-­‐
se que Tintim simbolizava as práticas de colonização europeia na África, associadas à política de: a) integração étnica b) ação civilizadora c) cooperação militar d) proteção ambiental 4. (Ufsm 2013) Analise e complete o esquema histórico correspondente ao mundo do final do século XIX e início do século XX. Completam o quadro superior e inferior do esquema histórico, respectivamente, os seguintes conceitos: a) Mercantilismo e Iluminismo. b) Imperialismo e Racismo. c) Colonialismo e Destino Manifesto. Prof. Rodolfo d) Capitalismo e Predestinação. e) Globalização e Neoliberalismo. 5. (Pucrj 2013) Visões eurocêntricas, a partir das ideias de superioridade racial e intolerância religiosa, acompanharam e justificaram a violência da dominação das potências ocidentais de fins do século XIX. Considerando os povos colonizados “pouco desenvolvidos” ou “em estado de barbárie”, os governantes dessas potências não raramente fizeram uso de um suposto “sentido de missão” para justificar as suas práticas de dominação. a) Cite duas áreas de influência (colônias ou não) das potências europeias nas Américas, no referido período, e identifique as potências que dominavam tais áreas. b) As elites locais, em sua maioria, também corroboraram, à época, as ideias de progresso e de civilização veiculadas pelas potências europeias. Medidas autoritárias e repressivas foram dirigidas ao elemento nativo, somadas a políticas de “branqueamento” de populações, pela via da imigração. Dê o exemplo de dois países latino-­‐americanos que se destacaram no período pondo em execução essas práticas. 6. (Fgvrj 2013) Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações sobre o continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a Conferência de Berlim, tratou da a) incorporação da Libéria aos domínios norte-­‐americanos, em troca do controle da África do Sul pela Inglaterra e Holanda. b) independência de Angola e Moçambique e da incorporação do Congo ao império ultramarino português. c) ocupação e do controle do território africano de acordo com os interesses das diversas potências representadas. d) condenação do regime do Apartheid estabelecido na África do Sul e denunciado pelo governo britânico. e) incorporação da Etiópia aos domínios italianos e à transformação do Egito em protetorado da Alemanha. 7. (Unicamp 2013) As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris, se caracterizavam a) pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência. b) pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso europeu. c) pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus. d) pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo. LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO 8. (Ufg 2012) Analise a charge apresentada a seguir. NOSSA GUARDA “IMPERIAL” Lord B. (Benjamin Disraeli) diz: — Você os tem ajudado continuamente, Madame. Índia (soldado indiano) diz: — E, agora, eu venho para ajudar vocês. [A Grã-­‐Bretanha não sabe exatamente como a Índia fará isso] Charge de maio de 1878. Disponível em: <http://www.cartoonstock.com/vintage/directory/b/british
_india.asp>. Acesso em: 26 mar. 2012. [Adaptado]. A charge apresentada ironiza o envio de tropas indianas pelo governo britânico para garantir a posse da ilha de Malta, em 1878. Ela expressa um conceito que permeia a política externa inglesa no período vitoriano. Considerando-­‐
se o exposto, a) identifique o conceito que sintetiza a ação política britânica, no período. b) Explique de que forma a charge faz referência ao tratamento reservado às populações coloniais. 9. (Ueg 2012) Prof. Rodolfo As tiras são um importante instrumento linguístico em que a linguagem verbal e a não verbal combinam-­‐se na construção de um recurso comunicativo humorístico e, às vezes, crítico da realidade. Nesse sentido, a tira citada é pertinente para se fazer uma leitura a) adequada das lutas dos movimentos negros norte-­‐
americanos dos anos 1970, já que conseguiram significativos avanços sociais. b) ingênua da Abolição da escravatura brasileira, já que persistiu a desigualdade social e econômica entre negros e brancos. c) irônica da colonização europeia do continente africano, justificada ideologicamente pela ideia de “missão civilizadora”. d) negativa da democracia sul-­‐africana, uma vez que o fim do Apartheid não garantiu igualdade econômica aos negros. 10. (Fuvest 2012) Leia este texto, que se refere à dominação europeia sobre povos e terras africanas. Desde o século XVI, os portugueses e, trezentos anos mais tarde, os franceses, britânicos e alemães souberam usar os povos [africanos] mais fracos contra os mais fortes que desejavam submeter. Aliaram-­‐se àqueles e somaram os seus grandes números aos contingentes, em geral pequenos, de militares europeus. Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 98. a) Diferencie a presença europeia na África nos dois períodos aos quais o texto se refere. b) Indique uma decorrência, para o continente africano, dessa política colonial de estimular conflitos internos. 11. (Ufrn 2012) No século XIX, na Europa, desenvolveram-­‐
se estudos que, reivindicando bases científicas, valorizavam a raça branca, considerada superior a todas as demais. Essas teorias concebiam uma Nação em termos biológicos e valorizavam a homogeneidade racial. “A mistura de raças heterogêneas era sempre um erro e levava à degeneração não só do indivíduo como de toda a coletividade.” (SCHWARCZ, Lilia Moritz. Espetáculo da miscigenação. Estudos avançados, v. 8, n. 20, abr. 1994. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: abr. 2009.) Frente a essas concepções, a constatação de que o Brasil era uma nação mestiça gerou dilemas para os intelectuais brasileiros no século XIX. Na tentativa de resolver esses dilemas, alguns intelectuais da época a) defenderam o progressivo branqueamento da população, como resultado da miscigenação e da imigração europeia. b) rejeitaram as ideias europeias, as quais apoiavam a constituição de sociedades puras e homogeneizadas e condenavam as sociedades racialmente híbridas. LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO c) sustentaram a igual capacidade civilizatória de todos os grupos étnicos, combatendo a afirmação da existência de uma “raça degenerada”. d) ampliaram as concepções europeias, ao propor que a miscigenação racial favorecia as trocas culturais, fazendo mais rica a cultura nacional. 12. (Ufpr 2012) Segundo o historiador Edward Said, “o lucro e a perspectiva de mais lucro foram, evidentemente, de enorme importância, mas o imperialismo não é só isso” (Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 41). Comente essa afirmação, demonstrando as principais motivações que impulsionaram o imperialismo europeu no século XIX. 13. (Ufu 2012) As pretensões expansionistas japonesas na Ásia, a construção da Grande Ásia Oriental, colidiam com os interesses norte-­‐americanos para a região. Os imperialistas seguiam as estratégias siberiana e colonial. A primeira encarregou o Exército de expandir o domínio Japonês para a China do Norte, Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União Soviética. A estratégia colonial, delegada à Marinha, visava a conquista de colônias inglesas, francesas e holandesas na Ásia. O obstáculo para esse projeto era a força dos Estados Unidos no Pacífico (Alaska, Ilhas Aleutas, Filipinas e Havaí). O projeto imperialista japonês a) buscava contemporizar seus interesses com as forças chinesas, vistas como um importante apoio na luta contra o imperialismo norte-­‐americano. b) ganhou força com o bombardeamento de Pearl Harbor e a entrada dos EUA na guerra, forçando o recuo dos movimentos anti-­‐imperialistas nipônicos. c) manteve, com o fim da Segunda Guerra, suas anexações territoriais, o que lhe permitiu continuar como uma grande potência. d) previa a mobilização de recursos das áreas ocupadas para realimentar o complexo industrial-­‐militar que se fortalecia internamente. 14. (Udesc 2012) Observe a imagem: Prof. Rodolfo A imagem refere-­‐se a um cartoon, de autoria de W.A. Rogers, de 1904, e faz referência à política do big stick (“grande porrete” numa tradução literal) do presidente norte-­‐americano Theodore Roosevelt (governou os EUA entre 1901 e 1909). Assinale a alternativa correta, considerando as representações no cartoon e a política a qual ele se refere. a) Refere-­‐se à política de tutela norte-­‐americana na América do Sul, nas décadas de 1950 a 1970. Tal política implicava intervenção direta dos EUA nas questões políticas dos países sul-­‐americanos, inclusive no que se relaciona à destituição de governos democráticos e à instituição de ditaduras civis e militares. b) Refere-­‐se à política de tutela norte-­‐americana na América Central, no início do século XX. Tal política implicava a intervenção direta dos EUA nas questões políticas e econômicas internas dos países centro-­‐
americanos, protegendo governos aliados e derrubando os adversários. c) Refere-­‐se à política norte-­‐americana de expansão territorial, no início do século XX. Tal política traduz-­‐se pela incorporação de porções territoriais do México (caso do Texas), bem como Havaí e Alasca, que foram anexados aos EUA nesse período. d) Deve ser entendida no contexto da Guerra da Secessão, no final do século XIX. Tal política refere-­‐se a incentivos concedidos à indústria nortista, que passou a apresentar altos índices de crescimento. e) Deve ser entendida no contexto da expansão dos EUA, já a partir do final do século XIX. Tal política implicou a consolidação das instituições republicanas e expansão e conquista do Oeste. Com isso os norte-­‐americanos expandiram seu território, avançaram sobre as fronteiras do México (por isso big stick) e industrializaram-­‐se. 15. (Ufg 2012) Leia o texto a seguir. Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-­‐lo devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais. HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-­‐21. [Adaptado]. O fragmento é um indicador da forma predominante como os europeus observavam o continente africano, no século XIX. Essa observação relacionava-­‐se a uma definição sobre a cultura, que se identificava com a ideia de a) progresso social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à natureza. b) tolerância cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus hábitos. LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO c) autonomia política, expressa na escolha do homem negro por uma vida apartada da comunidade. d) liberdade religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus. e) respeito às tradições, associado ao reconhecimento do valor do passado para as comunidades locais. Prof. Rodolfo LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO Gabarito: Resposta da questão 1: 01 + 02 + 04 = 07. Os atuais países do norte da África professam a fé em Alá, o que demonstra que o controle muçulmano sobre aquela região, já a partir do século VII, não foi superado pelas Cruzadas. Quanto à Conferência de Berlim, na década de 1880, dela resultou a partilha do continente africano segundo os interesses das principais potências europeias, desconsiderando diferenças étnicas e culturais existentes entre os povos africanos. Tal situação perdurou mesmo após a descolonização, no século XX, provocando constantes conflitos entre grupos africanos distintos que disputam o poder em várias regiões África. Por fim, a descolonização africana não se deu inteiramente por meios pacíficos, como pode ser constatado com o caso da Argélia, por exemplo. Resposta da questão 2: [C] O neocolonismo (século XIX) foi a divisão dos continentes africano pelas potências europeias após a II Revolução Industrial. A Conferência de Berlim (1884-­‐5) definiu critérios para os europeus dominarem o interior do continente africano, sem levar em consideração qualquer realidade existente. Em 1869, interesses econômicos europeus levaram à abertura do Canal de Suez. Os domínios ingleses incluíam Nigéria, Rodésia e Sudão. Resposta da questão 3: [B] Desde o século XIX, quando se iniciou o processo denominado “neocolonialismo”, predominou na cultura europeia a ideia de “missão civilizatória”, baseada em uma interpretação da teoria darwinista de superioridade do homem branco e na ideia de que, sem ajuda, os povos africanos, ainda selvagens, não conseguiriam se desenvolver. Resposta da questão 4: [B] O quadro apresenta os elementos de expansão econômica entre os séculos XIX e XX, quando o modelo capitalista promove a ampliação de mercados, atingindo principalmente a África e Ásia, na busca de matérias-­‐primas industriais, numa dinâmica determinada pela organização do capitalismo financeiro e monopolista que caracterizou o imperialismo, justificado por teorias racistas que enfatizavam a superioridade do homem branco, este sim, com condições de impulsionar o desenvolvimento dos outros povos. Prof. Rodolfo Resposta da questão 5: a) Dentre os países que podem ser citados e as potências europeias que foram influentes no período, estão: Argentina, Chile e Uruguai (grande influência do Reino Unido); México (influências da Alemanha e França); Brasil (influências do Reino Unido e França); Guianas (colônias pertencentes à Holanda, Reino Unido e França); Cuba (colônia da Espanha até 1898); Jamaica (colônia da Inglaterra); etc. b) Exemplos latino-­‐americanos mais recorrentes para se falar dessa europeização e da repressão às populações indígenas e de origem africana nesses países: Peru e Bolívia (onde o índio permanece submetido); Chile e Argentina (com a promoção de campanhas militares para extermínio de populações indígenas, na Araucanía chilena e na Patagônia argentina); Argentina, Brasil e Uruguai (com massiva importação de migrantes europeus); América Central, Venezuela, Colômbia, Brasil (mantendo a repressão à população de origem africana); etc. Resposta da questão 6: [C] A Conferência de Berlim representou uma ação por parte das potências imperialistas – sobretudo as europeias – no sentido de disciplinar e definir parâmetros para o domínio sobre a África. É importante salientar que seu objetivo maior era o de legitimar esse domínio perante a opinião pública, ao mesmo tempo em que procurava reduzir focos de tensão que já se manifestavam entre essas potências no tocante à disputa sobre o continente africano. Resposta da questão 7: [A] A questão demanda conhecimentos específicos sobre a história ocidental no século XIX. A segunda metade desse século foi marcada por uma expansão técnica e científica e também pela expansão imperialista europeia. As grandes exposições universais eram formas de celebrar os avanços da ciência e também de enaltecer o poder das grandes nações industriais, capazes de dominar imensos impérios coloniais, atestando, assim, uma suposta superioridade sobre os demais povos. Resposta da questão 8: a) O conceito que sintetiza a ação britânica no final do século XIX foi o imperialismo, também chamado de neocolonialismo. b) Quanto ao tratamento reservado às populações coloniais, a charge alude a duas características essenciais: – a incorporação dos povos colonizados à burocracia imperial britânica: por meio da representação de um soldado com roupas orientais que integra a guarda imperial, a charge expressa o fato de que as populações coloniais eram comumente utilizadas nos corpos militares britânicos. Entretanto, essa utilização LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO não garantia um status social equivalente aos cidadãos britânicos (metropolitanos). Os altos postos, tanto no exército quanto em outros campos da vida burocrática colonial, eram predominantemente ocupados pela população britânica, residente nos territórios sob seu domínio; – o preconceito contra a população colonial: o cartunista, quando utiliza o termo “Imperial” entre aspas, ironiza a presença de populações coloniais nas tropas britânicas. A ironia desvela-­‐se no diálogo entre Benjamin Disraeli, Lorde inglês, e as figuras que representam o Império Britânico e a Índia, essa última identificada por um soldado com trajes orientais. Essa ironia reforçava a desconfiança da opinião pública inglesa em relação à capacidade de um exército formado por indianos para garantir as possessões britânicas na ilha de Malta. Esse preconceito contra as populações coloniais era justificado pelo suposto atraso e pela inferioridade racial dos povos orientais em relação ao Ocidente e se refletia em leis que impunham restrições ao contato e à socialização entre as populações. Resposta da questão 9: [C] O neocolonialismo foi justificado do ponto de vista ideológico a partir do “darwinismo social”, teoria racista com caráter pseudocientífico. Procurava justificar a conquista da África e da Ásia pelos europeus, que se consideravam superiores aos povos locais. Aos brancos, cabia o dever de levar a civilização aos outros povos que, sozinhos, não conseguiriam se desenvolver. Resposta da questão 10: a) A presença portuguesa no século XVI esta relacionada à expansão do comércio e a formação do capitalismo, sendo que a ocupação da África era secundária quando comparada ao comércio com as Índias ou à exploração do Brasil. Já no século XIX, os países europeus conquistaram regiões africanas como parte da expansão do capitalismo, estabelecendo mercados essenciais para a manutenção dessas nações enquanto potências industriais. b) No século XVI, a principal consequência foi a ampliação da escravidão, tanto internamente, como para a venda aos traficantes europeus que realizavam o comércio de cativos com a América colonial. No século XIX, as lutas tribais determinaram a liberação de mão de obra para as atividades exploratórias no próprio continente, promovidas pelo neocolonialismo. Destaca-­‐se ainda a retomada das lutas tribais nas últimas décadas, influenciadas por novos interesses econômicos, novas divisões sociais e por questões religiosas. Resposta da questão 11: [A] Prof. Rodolfo A política na Europa, no século XIX, foi levada à África e à Ásia por meio da construção de um slogan chamado “O Fardo do Homem Branco”, que tinha como propósito destacar as nações desenvolvidas das nações subdesenvolvidas. Dessa maneira, o “branqueamento” da população se tornaria mais evidente. Resposta da questão 12: O imperialismo implica em um processo de dominação completa e complexa, promovida por grandes potências econômicas sobre regiões africanas e asiáticas. A “perspectiva de lucro” demonstra o principal interesse econômico das potências que expandiam a industrialização, no sentido de explorar recursos minerais e promover investimentos nas áreas dominadas. Ao mesmo tempo, os países imperialistas promoveram a dominação militar, usando a força para desestruturar as economias naturais e as formas tradicionais de organização social, além de se utilizarem das religiões cristãs para impor novos valores éticos e morais. Segundo o líder da independência do Quênia, Jomo Kenyatta, “Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a bíblia, depois eles nos ensinaram a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a bíblia e eles as terras”. Resposta da questão 13: [D] No início da década de 1940, depois de conquistar importantes pontos estratégicos no Extremo Oriente, o imperialismo japonês entrou em choque com interesses estadunidenses no Pacífico, na região do Havaí. Resposta da questão 14: [B] Ao observar a imagem e relacioná-­‐la com o enunciado da questão, é possível perceber que a política de intervencionismo do big stick está relacionada ao início do século XX e com foco na América Central. Embora os EUA também tenham agido de forma semelhante na América do Sul entre os anos de 1950 e 1970, o cartoon e o enunciado não estão abordando este momento histórico. Portanto, a alternativa [A], apesar de descrever uma verdade do ponto de vista histórico, não é a resposta adequada para esta questão. Resposta da questão 15: [A] O texto da questão expressa a visão europeia de dominação com o olhar exótico para as populações africanas. Para a burguesia europeia do final do século XIX que vivia um período de grande expansão do sistema capitalista para todo o planeta, o continente africano era uma região a ser incorporada e explorada a partir das necessidades do capitalismo. LISTA DE EXERCÍCIOS: IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO O pensamento eurocêntrico apontava a “missão civilizadora” do europeu no momento do Neocolonialismo e Imperialismo do século XIX. A África, bem como a Ásia, deveria ser “civilizada” pelo contato com o europeu. Prof. Rodolfo 
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