A Importância da Oração para a Realização da Obra

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A Importância da Oração para a Realização da Obra
Texto Básico: 4.23-31
INTRODUÇÃO:
Cada vez mais o crente tem menos tempo para orar. A falta de oração é associada
por Jesus Cristo à própria falta de fé (Lc 18.8). Praticá-la deve ser para o crente grande prazer
e satisfação. Nesta lição veremos algumas verdades sobre isso.
1 – Coerência da Vida com o Evangelho
Certamente, oração pressupõe uma vida compromissada com, e confiada a, Deus. A
palavra portuguesa “evangelho” vem do termo grego euaggélion que quer dizer “boas
novas”. Certamente, foi isso que a liberdade de Pedro e João significou para a igreja reunida.
Na verdade, o texto grego nos dá uma pista disso, quando notamos que a palavra traduzida
por “contaram” (v. 23) tem a mesma raiz, no grego, do termo “evangelho”. Sem dúvida,
eram excelentes novas! O relato dos apóstolos foi o relato do poder de Deus aplicado no
benefício de sua igreja. O evangelho é poder de Deus para a salvação (Rm 1.16). Contudo, às
vezes pensamos nesta salvação como, tão-somente, regeneração, ou seja, a transformação
levada a cabo pelo Espírito Santo por ocasião da conversão de um eleito. Porém, evangelho
é mais que isso. Faz parte do anúncio da salvação, a verdade de que o propósito redentivo
de Deus se cumprirá em toda a sua extensão, o que implica a salvação de todos os
escolhidos e a habitação no novo céu e na nova terra. O número dos eleitos é definido, e o
momento do seu chamado, já determinado. Portanto, o chamado é eficaz, a graça é
irresistível, a salvação é perseverante, o evangelho não pode ser detido. Em outras palavras,
o evangelho anunciado por Jesus significa “ação” até mesmo para Deus. Nosso Senhor não
veio, apenas, proclamar, veio realizar e cumprir. Ao anunciar o evangelho, junto está o
compromisso de Deus de viabilizá-lo, a responsabilidade de Deus de concretizar na história
aquilo que disse. Assim, Pedro e João tinham muito o que fazer, e mesmo as autoridades de
Jerusalém não poderiam detê-los, por causa do propósito de Deus. Os discípulos, em sua
maioria, eram gente comum. A referência aos “principais sacerdotes e os anciãos” apontava
para as maiores autoridades reconhecidas entre os judeus. Lembremo-nos que Herodes,
chamado “rei”, não era judeu. Portanto, as únicas autoridades que ainda eram
relativamente reconhecidas, eram, basicamente, as religiosas. Dizemos “relativamente”, pois
os desvios que havia nelas e a própria apostasia que viviam, colocavam-nas em descrédito
diante do povo. A autoridade que detinham estava baseada na coerção, não no respeito e
no reconhecimento por parte do povo. Assim, quando Lucas destaca aqueles diante de
quem estavam Pedro e João, significa dizer que estavam perante aqueles que detinham o
maior poder entre o povo. O fato de terem sido libertos de suas mãos destaca que a
soberania pertence a Deus (v. 24). Tal fato mostrou que o propósito de Deus não pode ser
detido.
Certamente, Deus não precisava da agência humana para estabelecer ou confirmar
as verdades reveladas no evangelho. Todavia, os seus discípulos foram responsabilizados por
demonstrar, através de suas vidas, o que é o evangelho na prática. Isso percebemos já na
chamada “grande comissão”. Ao ser assunto aos céus, nosso Senhor ordenou: “fazei
discípulos” (Mt 28.19). A fé em Jesus não é algo conceitual, mas prático. É certo que não se
pode praticar aquilo que não se conhece. Portanto, tudo começa, e é decorrente, do
conhecimento da Palavra de Deus. Através dela eu conheço mais de Deus e tomo ciência
daquilo que ele quer de mim. A aversão à “doutrina”, por entendê-la como algo engessado e
que teoriza a vida cristã, é injustificada. Ainda hoje há quem olhe com desconfiança para o
estudo da teologia, por acreditar que ela leva à arrogância intelectual e à inatividade, uma
religião unicamente de discurso. Entretanto, deve ficar claro que a verdadeira religião, que é
visível na vida dos que a observam, é prática. A ordem de Jesus para fazer discípulos destaca
a praticidade do evangelho. Um discípulo não é aquele que apenas aprende as verdades do
seu mestre, mas é aquele que as pratica, imitando o exemplo de vida de seu Senhor. O
apóstolo Paulo conclamou os crentes de Corinto para imitarem a Cristo, assim como ele fazia
(1 Co 11.1). Ser um discípulo de Cristo é viver como Ele viveu. Certamente, não somos
chamados a ter um ministério itinerante, pregando o evangelho de cidade em cidade como
ele fazia. Todavia, nossa vocação é priorizar o reino de Deus e a sua justiça, é viver a vontade
do Pai, assim como nosso Senhor viveu. É interessante que nosso conceito de obediência
parece ser passivo. Estamos acostumados a pensar nela como “não fazer”, ou invés de
“fazer”. Talvez o fato dos Dez Mandamentos serem, em sua maioria, negativas,
estabelecendo aquilo que “não” se deve fazer, nos tenha influenciado à passividade. Cresci
ouvindo de meu pai um lema que sempre me pareceu acertado: “Não faça para os outros,
aquilo que não quer que façam para você”. Não sabia, nem meu pai, que este é um dos
lemas mais conhecidos de Confúcio, conteúdo de uma das maiores religiões do mundo, o
confucionismo, muito presente no extremo oriente. Quando olhamos para o ensinamento
de Cristo, vemos: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós
também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12). Em outras palavras, Cristo
exorta: “Faça aos outros aquilo que você quer que façam a você”. Comparando Confúcio
com Cristo destaca-se uma enorme diferença: a prática. Muitos crentes, hoje, são
“confucionistas” e não sabem disso. Vivem o “evangelho da inoperância”. Acham que fazer o
bem ao próximo é respeitar os direitos dele, considerá-lo, não o prejudicando em nada. O
cristianismo não é, apenas, isso. Antes, todo o bem que almejo para a minha vida, procuro
fazer para aquele que está próximo de mim. O cristão é aquele que se sente extremamente
bem ao trabalhar para o progresso do outro. Nosso cristianismo se tornou egoísta. Grande
parte dos crentes de hoje busca a Deus e assume um compromisso com uma igreja,
pensando nas melhores coisas para si mesmo, quando muito, para sua casa. Perdeu-se a
concepção do benefício ao próximo. O modelo da vida de Cristo foi procurar o bem daqueles
com quem tinha contato. É certo que o motivo que levou os discípulos a serem chamados de
“cristãos” não foi, apenas, porque ensinavam o nome de Cristo, mas o modelo de vida que
mostravam (At 11.26). Portanto, é indispensável que as “boas novas” sejam acompanhadas
por “boas obras”, isto é, ser o próprio crente um exemplo da atuação da graça divina.
2. Oração como Expressão de Nossa Dependência
A compreensão humana é sempre influenciada por interesses e preferências. Isso se
manifesta mesmo na nossa concepção das pessoas que nos cercam. Isso ficou conhecido
como o princípio da “alteridade”. O padeiro com quem compro o pão todos os dias pode se
transformar naquele que me dá carona para a faculdade no final do dia. Ele não será mais
visto como “padeiro”, mas como “transporte gratuito”. O ser humano rotula as pessoas pela
afinidade ou interesse. Essa mesma idéia, talvez, possa ser vista na noção que temos de
Deus. Geralmente, esquecemos que ele é o Criador e o Senhor, e o adoramos, apenas, como
Salvador. Como o crente, erradamente, dá pouco ou nenhum valor à sua responsabilidade
ecológica, bem como, à idéia de que a soberania de Deus não abre espaço para as vontades
humanas, parece ter desenvolvido uma estratégia para tornar sua negligência nas
obrigações espirituais menos difícil de conviver. Desenvolveu um “método” (Gr. meta +
hodos), um “caminho alternativo”, para alcançar o seu objetivo: resumir a revelação bíblica à
idéia da salvação. Enfatiza-la é mais palatável ao crente e encontra mais ligação com os seus
anseios. Destarte, o conceito de “salvador” está pleno do significado de “dádiva”, “favor” e
“misericórdia”, o que atrai mais o coração humano do que os conceitos “criador” e
“soberano”. A pessoa de Cristo está em evidência no relacionamento com o Pai e o Espírito,
pois é exclusivamente através dele que nós conhecemos o Pai, por que o revela (Lc 10.22), e
o Espírito, por ser idêntico a Ele (Jo 14.16). Assim, conhecendo Jesus conhecemos a
Trindade. Assim, é a figura de Cristo a central no nosso relacionamento com Deus, mas não
porque a salvação anula as funções de criação e soberania da divindade, mas porque
significa a única mediação. Só podemos chegar a Deus através de Cristo (1 Tm 2.5). Paulo
destaca o poder de Deus, exemplificando-o na ressurreição de Jesus, a fim de ensinarmos
que é este poder que opera em nós: “e qual a suprema grandeza do seu poder para os que
cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentro os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais” (Ef
1.19, 20). Aparentemente, o objetivo do apóstolo é ligar o poder à própria ressurreição. Ao
dizer que é o poder de Deus que opera em nós, quer dizer que o mesmo poder que operou
na ressurreição de Jesus é o que nos ressuscitará no último dia, ou seja, a mesma
ressurreição pela qual Jesus passou nos está reservada e garantida. Nas Escrituras como um
todo, quando o poder de Deus é destacado comumente, recorre-se ao ato criador de Deus.
Ao olharmos a criação percebemos a extensão imensurável do poder do único Deus
verdadeiro.
Quando falamos de oração, ficam destacados, necessariamente, os conceitos de
dependência física e espiritual, de um lado, e de louvor e gratidão, de outro. No nosso texto
básico, uma vez soltos Pedro e João, foram à procura dos irmãos a fim de contar-lhes o que
havia acontecido. O impacto de tal acontecimento, estimulado pela comunhão com os
irmãos, levou-os a levantar a voz ao Senhor e orar, transbordantes de fé. A primeira coisa a
ser referida na oração que fizeram, foi a certeza e a confiança no poder irresistível de Deus
de executar a sua vontade. Declararam-nas, como já foi indicado, ressaltando a capacidade,
muito além da compreensão humana, que criou os céus e a terra (v. 24). Isso,
indubitavelmente, foi, também, atitude de louvor e adoração. Faz parte da adoração o
reconhecimento daquilo que Deus é, seus atributos pessoais, bem como, das muitas
benções que ele concede ao seu povo. Na seqüência, há a afirmação da veracidade das
promessas de Deus. Exalta-se a Escritura como infalível, reconhecendo que aquilo que o
Senhor tinha dito a Davi (Sl 2. 1,2), havia tanto tempo, se cumpriu, no devido tempo, em
Cristo, na sua perseguição e morte (vs. 25-28). Nisso também se percebe a idéia de
adoração, por exaltar o poder de Deus que faz com que seu propósito seja, irresistível e
irreversivelmente, realizado. A partir de então, a oração começa a refletir a completa
dependência humana para com Deus. A oposição das nações contra o Messias, também
recairia sobre os seus seguidores. Isso os levou à súplica para que o Senhor os livrasse das
ameaças desferidas contra a igreja. Implicava, ainda, que os isentasse dos efeitos
psicológicos delas, isto é, da apatia e da covardia diante das perseguições. Assim, acrescenta
à suplica, intrepidez ao anúncio da Palavra (v. 29). A última súplica que surge na oração é
pela confirmação da Palavra aos olhos daqueles que a ouviriam. Tal aconteceria através de
“sinais e prodígios” na autoridade de Jesus Cristo (v. 31). Vale lembrar que tais milagres
ocorriam na vida dos apóstolos, especialmente, pois eram o meio de atestar que Cristo, que
produziu inúmeros sinais e maravilhas em sua vida, continuava a operar através deles. De
certa forma, é correto dizer que os milagres efetuados pelos apóstolos eram a manifestação
visível do aval de Cristo quanto ao ministério que realizavam, isto é, a própria verdade que
proclamavam. Em nossos dias, a confirmação da Palavra não tem mais nos milagres o meio
ordinário de confirmação. Embora os pentecostais insistam com a continuidade dos dons
“sinais”, milagres não são necessários à fé. Eram meios de autenticação. A necessidade de
presenciar milagres para crer no poder de Deus está relacionada à falta de fé, não à sua
realidade. Crentes que têm que ver manifestações sobrenaturais para afirmar a presença de
Deus em um culto, ou, para alimentar aquilo que chamam de fé, não crêem no invisível, na
certeza das coisas que esperam (Hb 11.1). Na verdade, são guiados pela máxima: “ver para
crer”. Jesus diz o contrário a Tomé. Mesmo tendo este apóstolo presenciado tantos sinais
realizados por Jesus, muitos dos quais, nós jamais conheceremos, quis ver, não apenas Jesus
vivo, mas os ferimentos causados pela cruz. Depois de constatar a veracidade da
ressurreição de Cristo, este lhe diz: “Por que me viste, creste? Bem-aventurados os que não
viram e creram” (Jo 20.29). Há algo mais miraculoso do que a ressurreição de Jesus?
Enquanto Tomé não viu o milagre, não acreditou no poder de Deus. Que não seja este o
nosso caso.
3. Elementos da Oração
É bom recorrer à “oração modelo” para expandirmos um pouco mais o que temos
tratado. A oração do Pai Nosso é constituída de uma introdução, seis súplicas, e uma
conclusão, que é, na verdade, a afirmação da fé. Na sua introdução: “Pai nosso que estás nos
céus” (Mt 6.9a), indica a consciência que tem o crente da transcendência e da inabilidade
humana para alcançar Deus, se ele não vier até nós. O judeu dividia o “céu” em algumas
divisões. Na sua literatura, especialmente, a chamada apocalíptica, ocorre a divisão em sete
níveis, como no caso do “Apocalipse de Abraão”. É um livro pseudo-epígrafo, isto é, escrito
sob o nome de algum personagem bíblico de renome, embora tenha sido composto no
período inter-testamentário. Já nas Escrituras, é utilizada uma outra divisão, mais simples,
que vê o céu tripartido. Tal noção se reflete na experiência sobrenatural de Paulo, quando
diz ter sido arrebatado ao terceiro céu (2 Co 12.2-4). Nessa concepção, as divisões
correspondem ao que segue: a) o primeiro céu – onde voam as aves. Seria o equivalente à
nossa atmosfera. b) O Segundo céu: onde estão os planetas, os astros e as estrelas. Este
espaço era a fronteira do mundo material, isto é, o que separava a morada de Deus do
mundo dos homens. c) O terceiro céu, era a morada de Deus, objeto da experiência de
Paulo, o que se conclui por confessar ter visto o paraíso. O terceiro céu se comunicava com o
mundo dos homens, através de janelas, pelas quais vinham as bênçãos e os mensageiros de
Deus (Ml 3.10). Convencionou-se que o céu está acima de nós. Obviamente, uma linguagem
figurada e espacial, uma vez que vivemos em um planeta esférico e que está em movimento
de rotação e translação. Onde é “em cima”? Tal figura sugere algo que está muito além do
nosso alcance. Sugere um dos designativos de Deus que ocorre no Antigo Testamento, mais
precisamente, o Deus de Melquisedeque, o El Elyon: “Deus Altíssimo” (Gn 14.18). Ao se
referir aos “céus”, Jesus mostra que o Pai está presente no mundo dos homens e no mundo
espiritual, embora só possa ser conhecido mediante sua própria revelação. As três primeiras
petições aludem as expectativas espirituais de todo nascido de Deus: “Santificado seja o teu
nome, venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.9b, 10).
Aparentemente, as três petições alcançam o clímax na terceira, tendo como idéia central o
desejo que a vontade de Deus seja realizada. Nisso é santificado o nome de Deus e o reino é
implantado. Percebe-se o uso singular “céu”, indicando estritamente o mundo espiritual. As
demais petições: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como nós temos perdoado aos nossos devedores, e não nos deixes cair em tentação;
mas livra-nos do mal” (Mt 6. 11-13) tratam das necessidades humanas, físicas e espirituais.
Parece, também, culminar na última, a libertação de todo mal, indicando a expectativa do
crente do momento quando todo mal será varrido da experiência humana, e será
disponibilizada a habitação eterna com Deus.
Quando falamos do perdão de pecados, é necessário considerarmos o que isso seja
para Deus. Geralmente, somos levados a aplicar a experiência humana a Deus. Certamente,
isso pode levar a grave erro. Somos exortados a perdoar os males que nossos semelhantes
praticam contra nós. Jesus dá certa ênfase a isso, quando afirma, logo após encerrar a
oração: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos
perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos
perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14, 15). O que Jesus está nos ensinando, não é regido pela
lógica de causa de efeito, isto é, como se o nosso perdão para com o próximo fosse a
condição para sermos perdoados por Deus. Isso colocaria a salvação na dependência da ação
humana. Na verdade, o que é ensinado é “prova” ou “evidência” daquilo que o Pai já
realizou em nós. Em outras palavras, é o fato de sermos perdoados por Deus que nos
habilita à prática do perdão. A consciência que tem o salvo da dívida impagável que lhe foi
cancelada por nosso Senhor, leva-o a dispor-se naturalmente a perdoar coisas
comparavelmente tão ínfimas praticadas pelo próximo. No entanto, cabe, ainda, uma
explicação. O perdão concedido por Deus é essencialmente diferente do nosso. Quando
perdoamos alguém, significa não fazer caso do dano sofrido, deixa-lo de lado, sem exigir
reparação. Todavia, o perdão concedido por Deus sempre exige reparação e o juízo sobre o
pecado. Por causa de nossa prática de não considerar pequenas coisas feitas contra nós,
somos levados a pensar que Deus também desconsidera as pequenas coisas que fazemos de
errado, irando-se, tão-somente, com as de maiores proporções. Errado! Deus não deixa
passar nada, nem um “pequeno” pecado. Deus jamais “deixa pra lá” qualquer coisa de
errado que façamos. A misericórdia de Deus não significa, em nenhuma medida, não levar
em conta o nosso pecado. Para sermos perdoados, a justiça divina teve que ser satisfeita. Foi
na cruz que isso aconteceu. Nós “deixamos pra lá” algo feito contra nós, desconsideramos,
mas, Deus nunca. Tal afirmação é muitíssimo importante para que a atual geração recobre o
senso da gravidade do pecado. Nitidamente, o pecado se tornou comum e simples para
muitos, acarretando falso arrependimento. Formular uma frase em uma oração pedindo
perdão por algo que não me pesa, jamais será um pedido de perdão. Apenas sentindo o
peso do que fiz, a gravidade do pecado, é que poderei rogar ao Pai o perdão da forma
devida. A súplica do perdão, embora não tenha sido formulada pelos apóstolos em nosso
texto, por se tratar mais de uma oração de gratidão, compõe os objetivos para o que se ora,
sendo um dos aspectos de nossa dependência de Deus. Não percamos de vista tal realidade.
CONCLUSÃO:
Orar é mais que uma obrigação: é uma necessidade! No término da oração Senhor,
fomos ensinados a declarar nossa confiança no “reino, o poder, e a glória” sempiterna de
Deus. Confiar no avanço do evangelho e do reino é saber que o avanço da igreja é
irresistível. Orar é, além de louvor e gratidão, uma demonstração de nossa total
dependência do Senhor, de corpo e de alma.
Rev. Jair de Almeida Júnior.
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