Onde o carioca se diverte! Plano de Marketing 2006/2007 Casario na Rua do Lavradio Foto Nelson Porto Plano de Marketing 2006/2007 Plano de Marketing | Lançamento do Pólo Novo Rio Antigo 2006/2007 Produzido pelo Comitê de Marketing, composto por: Antonio Vianna | Rio´s Presidente Hotel Bernardo Peres | Manifesto Visual Daniela Ribas | Manifesto Visual Marli Fernandes | Cooperac Nelson Porto | GrauDez Design Gráfico Consultoria Israel Oliveira | Vocábulo, Comunicação, Cultura e Educação Distribuição Empresas associadas ao Pólo Novo Rio Antigo Sumário Executivo Este Plano de Marketing é fruto da percepção e do desejo de um grupo de empresários que integram na região da Cinelândia, Rua do Lavradio, Lapa e Praça Tiradentes, e fundamentado em pesquisas desenvolvidas pelo SEBRAE/ SENAC-Rio e pelo Comitê de Marketing, exclusivamente para atender aos objetivos deste trabalho, que é promover uma série de produtos e ações de comunicação que possam lançar, fortalecer e fixar a identidade visual e filosófica do Pólo Novo Rio Antigo. Sua abrangência envolve os anos de 2006 e 2007, embora saibamos que vários dos produtos do Mix de Marketing (página 47), contenham utilidade e duração para além deste período. Nossa intenção é fazer com que as ações de Promoção possam envolver os produtos e serviços do Pólo Novo Rio Antigo, bem como, preservar e fortalecer o território como um centro de lazer, associado aos seus distintivos memoráveis e históricos. Todas as ações do Mix de Marketing são suficientemente competitivas para patrocínios, cujo Plano de Captação está em fase final de elaboração pelo Comitê de Marketing. Embora tenhamos nos esforçado para desenvolver uma cartela completa, envolvendo identidade visual, endomarketing e branding, sabe-se que a comunicação é viva, assim como a memória, a cultura e a gastronomia que formam o tripé do Pólo Novo Rio Antigo. Portanto, é possível e louvável que outros produtos de Promoção surjam ao longo do período aqui dimensionado. Esperamos que o Pólo Novo Rio Antigo saiba acolhê-los com entusiasmo e encantamento semelhantes aos dos nossos ancestrais que um dia resolveram fundar ruas e becos que, agora, tocam nossos pés e refugiam nossa alma. Boa leitura! Rio de Janeiro, Maio de 2006 Comitê de Marketing Plano de Marketing Índice Introdução O Pólo Novo Rio Antigo Mapa Análise Macroambiental Oportunidades Ameaças Focos Estratégicos Vetores de Desenvolvimento Memória Cultura Tecnologias da Cultura Gastronomia Lapa Cinelândia Rua do Lavradio Praça Tiradentes Monumentos Melhorias Necessárias Público Alvo Calendário de Eventos Mix de Marketing Bibliografia Fotografia: Zeca Linhares, 1985 2006/2007 2 3 4 5 8 9 11 12 13 17 18 19 20 24 28 32 36 38 39 44 47 59 Introdução Memória, Gastronomia e Cultura: assim podem ser resumidos os maiores ativos da região que envolve a Cinelândia, a Lapa, a Rua do Lavradio e a Praça Tiradentes, berço não apenas de atividades econômicas, como também dos maiores signos culturais que definem a cidade do Rio de Janeiro, como o samba, o choro, a boemia e a “malandragem”. É neste contexto que os empresários que acreditam e investem nesta região resolveram unir esforços e, juntos, criarem o Pólo Cultural e Gastronômico do Novo Rio Antigo, ou simplesmente Pólo Novo Rio Antigo. A iniciativa é motivada pela melhoria da oferta de serviços e produtos, proporcionando aumento da performance econômica e a geração de externalidades positivas voltadas para a qualidade de vida, melhoria da infra-estrutura, da segurança, do transporte e da iluminação da região. Lampadário Feira Rio Antigo Foto Plínio Fróes Largo da Lapa, início do séc.XX Plano de Marketing O Pólo Novo Rio Antigo 2006/2007 Visão Ser reconhecido como Pólo de excelência cultural, histórico, gastronômico e turístico, que - através da sua diversidade - possa valorizar e produzir bens materiais e simbólicos, que destaquem a identidade da alma carioca, gerando trabalho e desenvolvimento social e econômico. Missão Congregar e organizar empresários, produtores e artistas para desenvolver ações integradas, a fim de tornar o Pólo Novo Rio Antigo em uma região de excelência turística, cultural, gastronômica e de preservação do patrimônio histórico. Objetivo Geral Aumentar a competitividade das empresas do Pólo Novo Rio Antigo, a partir da melhoria da produtividade, da atratividade local e da sustentabilidade, através da organização associativa dos empreendimentos da região. § § O Pólo Novo Rio Antigo Mapa PÇA. TIRADENTES Largo da Carioca Áreas do Pólo Cultural Novo Rio Antigo: Rua do o di Lavra CINELÂNDIA Pça. Mahatma Gandhi LAPA Largo da Lapa Passeio Público Mapa Atual da Área § § 1 Lapa/Lavradio 2 Cinelândia 3 Pça.Tiradentes Plano de Marketing Análise macroambiental 2006/2007 O Pólo Novo Rio Antigo é o maior aglomerado de ativos históricos, aliados à oferta de atividades culturais e gastronômicas, proporcionando lazer, fruição estética e cultural, bem como, a preservação da memória da cidade do Rio de Janeiro, por meio da união de empresários, governos, organizações não-governamentais, artistas e moradores locais. Envolvendo a Cinelândia, Lapa, Rua do Lavradio e Praça Tiradentes, a região abriga um grande número de empresários de eventos, cultura e gastronomia, recebendo um público significativo, principalmente nos finais de semana. Não obstante, essa efervescência que, inclusive, tem atraído novos empresários para a região, acontece a meio de uma série de problemas relacionados à infra-estrutura urbana, preservação do patrimônio histórico, tradição cultural que, com a busca de apoio e patrocínio e organização associativa, podem ser recuperados e melhor cuidados. § § Análise Macroambiental Análise macroambiental Embora o grupo tenha feito algumas tentativas de organização e antigas buscas de apoio para projetos, nunca contou com a parceria de entidades especializadas, bem como do Poder Público. Contudo, ainda assim, parte da região de Centro do Rio Antigo, mais especificamente a rua do Lavradio, contou com uma intervenção de requalificação urbana, há cerca de três anos, que possibilitou o reflorescimento de empresas e do fluxo de clientes, tornado-se uma referência na oferta de antiguidades, turismo e lazer. Nessa nova etapa, os empresários demonstraram motivação para desenvolver novos projetos e/ou desengavetar antigos sonhos. Assim, puderam contar com apoio técnico de entidades de fomento como o Sebrae e o Senac-Rio; governamentais (através do Plano Estratégico da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro); e entidades de classe, (como a FECOMÉRCIO e o Sindicato de hotéis, restaurantes, bares e similares do município do Rio de Janeiro - SINDRIO), já que, além de restaurantes e hotéis, as casas noturnas aqui instaladas produzem e manipulam alimentos, e necessitam de capacitação e suporte desse segmento. Com isso, o Pólo Novo Rio Antigo passou a buscar a melhoria de seus serviços e produtos, oferecendo qualidade e conforto para os seus Análise Macroambiental § § Plano de Marketing clientes. Junto a isso, outras iniciativas foram sendo tomadas para resolver antigos problemas de segurança, melhoria da infra-estrutura de água e esgoto, potencialização da iluminação das ruas e praças (Projeto Corredor Iluminado) e recuperação e ocupação do casario antigo – muitos deles tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e pela Direção Geral de Patrimônio Cultural (DGPC) – reconhecendo, preservando e valorizando a memória que conta a origem e evolução da Cidade Maravilhosa. 2006/2007 Planta da Cidade, séc. XIX § § Análise Macroambiental Oportunidades Estabilidade econômica com a inflação inferior a dois dígitos, situada entre 6% e 9% ao ano; • Estabilidade da política econômica com crescimento sustentável da economia em torno de 2,5% ao ano; • Crescimento da economia do Estado do Rio de Janeiro acima da média nacional; • Crescimento do fluxo de turistas na cidade do Rio de Janeiro (o Rio de Janeiro continuará sendo a cidade brasileira que mais recebe turistas estrangeiros); • Aquecimento da economia do município do Rio de Janeiro, por conta das obras do PAN de 2007; • Políticas públicas favoráveis; • Comprometimento efetivo dos parceiros e apoiadores do projeto. Análise Macroambiental § § • Plano de Marketing Ameaças 2006/2007 Externas • • • • Sócio-culturais: Violência urbana da área Pobreza cultural, ética e cívica Desordem urbana Baixo poder econômico da sociedade • • • • Econômicas: Juros altos Elevada carga tributária Serviços caros Elevados custos de divulgação • • • • • • • • • • • Poder público: Ineficácia do Poder Público Políticas públicas inadequadas Visão equivocada do poder público sobre cultura e história Falta de uma política para financiamentos de serviços básicos e a revitalização de entidades Omissão do poder público nas várias ações da iniciativa privada Atual política de segurança do Estado Disputa pelo poder local Competição do poder público em atividades correlatas Desencontro histórico entre Município, Estado e União Desarticulação entre o Ministério da Cultura e as secretarias Estadual e Municipal Burocratização do poder público § § Análise Macroambiental Ameaças Internas • • • • • • • • • • • • • • Análise Macroambiental § § 10 Dispersão de ações dos comerciantes e empresários locais Individualismo das decisões e ações Individualismo empresarial Desarticulação dos empresários Visão de concorrência quando na prática deveriam se ver como parceiros Deslealdade na política de preços entre “concorrentes” Recursos financeiros da associação insuficientes por inadimplência dos participantes Indisciplina dos empresários Arrogância de alguns segmentos que se colocam acima do grupo Baixa capacitação da mão-de-obra Deficiência no gerenciamento empresarial Desorganização interna empresarial para executar as ações planejadas Não otimização do tempo Desconhecimento da legislação vigente Plano de Marketing Focos Estratégicos 2006/2007 Organização Associativa Melhoria da Infra-Estrutura Melhoria da Segurança Fortalecimento de Parcerias Promoção de Responsabilidade Social Articulação de Política Públicas Capacitação Técnica e Gerencial Promoção de Eventos Comunicação e Marketing § § Análise Macroambiental 11 Vetores de Desenvolvimento Visando oferecer oportunidade para promoção e desenvolvimento dos Focos Estratégicos definidos pelos atores locais este Plano de Marketing, elege três Vetores de Desenvolvimento: Memória, Cultura e Gastronomia, tomando como base o fato de: a) a maioria das empresas presentes na região estar inserida, direta ou indiretamente, nesses segmentos, revelando a grande vocação do Pólo Novo Rio Antigo; b) apresentar potencial de desenvolvimento aliado aos ativos arquitetônicos e históricos da região; c) a região já ser reconhecida por esses ativos, que compõem os Vetores. Pólo Novo Rio Antigo MEMÓRIA GASTRONOMIA CULTURA Atores Estratégicos Iniciativa Privada Vetores de Desenvolvimento ONG´s § § 12 Poder Público Plano de Marketing Vetores de Desenvolvimento 2006/2007 Memória “Recordar é uma experiência ou atividade realizada pelo espírito (...) recordamos conhecimentos, mas também recordamos sensações. A memória, com efeito, penetra em todos os aspectos de nossa vida mental, dos mais abstratos e cognitivos aos mais físicos e inconscientes” (FENTRES, J. e WICKHAM, C. p. 16-17, 1992). “De fato, a memória é uma produção cognitiva investida de um profundo manancial de historicidade que traduz as singularidades de um povo, repousada nos acontecimentos, nas personagens e nos lugares.” (POLAK, 1992). Para Pollak (1992) a memória finca-se nos acontecimentos vividos pelos sujeitos e aqueles “vividos por tabela”, ou seja, experiências que o indivíduo não viveu concretamente, mas participa delas por meio da atmosfera da recordação da coletividade a que integra. Os acontecimentos “vividos por tabela”, diz Pollak, “São acontecimentos dos quais a pessoa nem sempre participou, mas que no imaginário, tomaram relevo que, no fim das contas, é quase impossíve l que ela consiga saber se participou ou não” (1992, p. 201). Cinelândia § § Vetores de Desenvolvimento 13 Somos, portanto, materialidade de nossas memórias, pois... “A criança recebe do passado não só os dados da história escrita; (ela) mergulha suas raízes na história vivida, ou melhor, sobrevivida, das pessoas de idade que tomaram parte na sua socialização.” (BOSI 2004 p.73). Portanto, a memória é viva e está sempre num campo de disputa para significar e resegnificar a história. Ela também é coletiva, segundo Halbwachs (1990, p. 34) e... “...não é suficiente reconstituir peça por peça a imagem de um acontecimento do passado para obter uma lembrança. É necessário que esta reconstrução se opere a partir de dados ou de noções comuns que se encontram tanto no nosso espírito como no dos outros, porque elas passam incessantemente desses para aquele e reciprocamente, o que só é possível se fizeram e continuam a fazer parte de uma mesma sociedade”. No caso específico do Pólo Novo Rio Antigo, um dos aspectos que melhor lhe serve é aquele desenvolvido por Nora (1984), denominado de “lugar de memória”. Vetores de Desenvolvimento § § 14 Plano de Marketing 2006/2007 Tomando como base as acelerações temporais da era contemporânea e seus impactos na fragmentação das identidades, o autor situa os “lugares de memória” como um instrumento social de significação. Esses lugares de memória... “...se originam da idéia de que não há mais memória espontânea, de que nós temos que criar deliberadamente arquivos, manter aniversários, organizar celebrações, fazer apologias e listar descrições, porque tais atividades não ocorrem mais naturalmente”. Ou seja, preservar o passado é oferecer significado ao tempo passado, ao tempo presente e ao tempo futuro. A memória atualiza o nosso tempo e a nossa percepção, oferecendo-nos sentido à vida. Para o Pólo Novo Rio Antigo, “a busca pela memória é a busca pela história”. É o direito de resgatar, organizar e “arquivar” o passado que se inscreve, ou melhor, impregna suas ruas e casas, oferecendo à cidade do Rio de Janeiro artefatos de sua significação cultural. É o reconhecimento de uma consciência de cidade que repousa não apenas em suas rotas de trânsitos de capital, mas, sobretudo, onde o olho repousa sem pressa, por entre baús simbólicos e recheados de § § Vetores de Desenvolvimento 15 lembranças da cidade habitada e ornada por uma singular arquitetura e berço dos mais expressivos bens culturais da cidade maravilhosa. Como se pode perceber, a memória é um do tripé que mais agrega valor ao Pólo Novo Rio Antigo, por isso há a necessidade de um Plano Estratégico específico para ele, envolvendo um mapeamento histórico de região e desenvolvimento de uma estrutura “aquivística” sóciocultural que ofereça aos visitantes um contato direto com sua memória urbana e cultural. Arcos da Lapa Cinelândia Praça Tiradentes Cinelândia Vetores de Desenvolvimento § § 16 Palácio Monroe Plano de Marketing Vetores de Desenvolvimento 2006/2007 Cultura A cultura associada ao lazer é o principal eixo de sustentação do Pólo Novo Rio Antigo. A região conta com uma considerável rede de tecnologias culturais, públicas e privadas ainda pouco dimensionada. Atuando em conjunto, essa rede pode se fortalecer, tornando-se num grande e diversificado centro de diversão, de fácil acesso e a preços acessíveis. Como estratégia de solidificação do Pólo Novo Rio Antigo, é muito importante que haja uma aproximação destas tecnologias para, juntos desenvolverem modelos de atuação coletiva, que possam fortalecer a cadeia de oferta de bons espetáculos “casados” com programações paralelas nos empreendimentos que integram o Pólo. O cartão de fidelidade ou mesmo um passaporte que integre as ofertas do Pólo podem dinamizar consideravelmente as ofertas locais de cultura e aumentar o faturamento. Um roteiro integrando esses espaços também é uma boa estratégia, principalmente em horários alternativos para o público da terceira idade. § § Vetores de Desenvolvimento 17 Tecnologias de Cultura Teatros Theatro Municipal do Rio de Janeiro Teatro João Caetano Teatro Carlos Gomes Teatro Rival PETROBRAS Teatro Dulcina Teatro Ginástico Teatro Sesi Teatro do Anônimo Centro de Teatro do Oprimido Teatro Glauce Rocha Teatro Nelson Rodrigues Teatro Centro Cultural da Justiça Federal Teatro Ninõ das Artes Luiz Mendonça Sala Cecília Meireles Universidades Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi/Uerj) Faculdade de Música da UFRJ Universidade Estácio de Sá de Medicina IFCS - Instituto de Filosofia e Ciencias Sociais UNIGRANRIO Odeon BR Palácio Museus / Galerias Museu Histórico Nacional Centro Cultural Justiça Federal Centro de Artes Hélio Oiticica Palácio Gustavo Capanema Conjunto Cultural da Caixa Galeria Espaço BNDES MAM - Museu de Arte Moderna Museu de Arte Sacra da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro Sociedade Brasileira de Belas Artes Bibliotecas Biblioteca Nacional Real Gabinete Portuguez de Leitura Vetores de Desenvolvimento § § 18 Cinemas Plano de Marketing Vetores de Desenvolvimento 2006/2007 Gastronomia A gastronomia do Pólo Novo Rio Antigo é bastante marcada pela originalidade e se fixa entre a comida típica de restaurante comercial, comida de botequim, lanches e petiscos, consumidos dentro da produção cultural local e precisa ser melhor fortalecida para ser uma das atrações do Pólo, principalmente nos horários de almoço. Algumas ações já estão sendo tomadas nesse sentido, principalmente com a chegada da Tribunal Regional do Trabalho (TRT), levando alguns restaurantes a fortalecerem também o horário do almoço, tais como: Bar Brasil, Cosmopolita, Nova Capela, Ernesto, Bar Luiz, Taberna do Juca, Céu Aberto, Mangue Seco, Nova Esperança, Cantinho do Senado, Barão do Kilo, Marizé, Amarelinho, e outros. Aumentar a percepção do eixo gastronômico é uma boa estratégia para o comércio local, mas o desafio deve ser empreitado mantendo a competitividade que o vetor cultural oferece, principalmente por meio de ações de convencimento dos grandes restaurantes da região com tradição gastronômica para se associarem ao Pólo. Os investimentos em qualidade e diversificação de menus são fundamentais, e a adoção de atividades específicas de gastronomia como um Giro Gastronômico, Festival, Pratos de Estações e Menus de Eventos, entre outros, costumam render boas inserções na mídia e atrair o público para degustação. Esta é uma estratégia que vem sendo aplicada pelos restaurantes da Zona Sul. Manter o lema da diversidade cultural e da afetividade memorativa no campo da gastronomia é um bom caminho para a promoção e solidificação da imagem do Pólo. § § Vetores de Desenvolvimento 19 Lapa Homenagem ao Malandro (Chico Buarque) Eu fui fazer um samba em homenagem À nata da malandragem Que conheço de outros carnavais Eu fui à Lapa e perdi a viagem Que aquela tal malandragem Não existe mais Agora já não é normal O que dá de malandro regular, profissional Malandro com aparato de malandro oficial Malandro candidato a malandro federal Malandro com retrato na coluna social Malandro com contrato, com gravata e capital Que nunca se dá mal Mas o malandro pra valer - não espalha Aposentou a navalha Tem mulher e filho e tralha e tal Dizem as más línguas que ele até trabalha Mora lá longe e chacoalha Num trem da Central 20 Arcos da Lapa Plano de Marketing 2006/2007 Lapa A festa no seu sentido mais nobre (com uma multiplicidade de gêneros e artistas) e no seu território mais fértil (na rua, na praça, na casa e na pista). Eis a Lapa. Ornada por um dos mais enigmáticos cartões postais da cidade, o Aqueduto da Carioca estria a praça recriando ao seu modo o encontro entre o antigo e o novo, com soberania e exatidão. Fonte transbordante de lirismo e poesia, poder-se-ia dizer que a Lapa é o mito fundador do espírito da Cidade Maravilhosa, berço de todos ritmos: samba, forró, musica eletrônica, tudo isso no movimento dos corpos que brilham e convergem para na noite crua e doce da boemia. Sábia Madame Satã! Suas ruas: Riachuelo, Lavradio e Mém de Sá, para ficar nas principais, são correntes tal qual a voz afinada de seus artistas, seus mendigos, seus travestis que, num ato de bravura e tensão acolhem a noite na garganta sincopada. Se hoje ela não é mais praia, como no início do século XX, onde Carmen Miranada pôde brincar e crescer ao lado dos maiores nomes da intelectualidade e dos artistas daquela época, e nem os moradores precisam ir até lá buscar água na bica, o bairro continua preservando aquilo que seu espírito sempre cativou: a diversidade. Tudo isso faz da Lapa e suas adjacências um dos mais democráticos, animados e vibrantes centros de diversão que a cidade ainda continua produzindo. § § Lapa 21 Guardada as devidas proporções, ainda hoje a Lapa continua com seu ar pacato, como em 1750, quando era um reduto de padres que habitavam um convento, um seminário e uma igreja. O marco de sua ebulição aconteceu em 1783, quando se deu a inauguração do Passeio Público, tornando o centro gravitacional dos encontros de seus moradores. A corte só chegou em 1808 e logo ocupou o casario da região, atraindo para a Lapa significativo movimento, inclusive a fixação de casas comerciais. Em 1920, a Lapa era um dos bairros mais nobres da cidade e uma espécie de Montmartre carioca, reunindo nomes como Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Jaime Ovalle, Ribeiro Couto e Zé do Patrocínio, entre outros músicos, pintores, poetas, cronistas e jornalistas. Sua tradição cultural ainda permanece associada aos seus cabarés e restaurantes - que serviam de lagosta a canja de galinha - freqüentados por artistas, intelectuais, políticos, diplomatas e, sobretudo, pelo povo. Ainda hoje a Lapa continua dado exemplo de vitalidade e mostra sua capacidade de transfiguração, atraindo para si milhares de pessoas interessadas na boa música, na deliciosa gastronomia e na atmosfera que o casario mantém cheio de histórias e lembranças. Passeio Público Lapa § § 22 Plano de Marketing Recentemente requalificado, o Passeio Público voltou a ocupar seu espaço de direito na ecologia da cidade e, junto com a Escola Nacional de Música e a Igreja de N. Sra. da Lapa ajudam a Lapa de todos os homens na oficina de cruzar o tempo. 2006/2007 A Sala Cecília Meirelles, um dos melhores espaços da música de câmera, na mesma calçada do Asa Branca, e seus foles nordestinos, na praça de candelabros ao céu aberto. Carioca da Gema, Sacrilégio, Fundição Progresso, Rio Scenarium, Estrela da Lapa, Teatro Odisséia, Mangue Seco, Negrogato, são espaços de diversão e lazer que fazem cintilar a noite e a boemia. § § Lapa 23 Cinelândia Se a Lapa era o nosso Montmartre, a Cinelândia era uma espécie de Broadway carioca, e um dos princiapais marcos da cidade do Rio de Janeiro, no início da República... Theatro Municipal 24 Plano de Marketing Cinelândia 2006/2007 A praça que se encontra no final da Avenida Rio Branco ficou assim conhecida por ter concentrado as melhores salas de cinema da cidade maravilhosa a partir de 1920. Cinelândia é na verdade um apelido, já que seu verdadeiro nome é Praça Marechal Floriano Peixoto, que também já foi Largo da Mãe do Bispo. Ali existia o Convento da Ajuda, construído em 1750 e demolido em 1911. A praça que sempre foi palco das grandes manifestações públicas, já abrigou os cinemas: Cine Odeon, Cineac Trianon, Cinema Parisiense, Império, Pathé, Capitólio, Rex, Ravióli, Vitória, Palácio, Metro Passeio, Plaza e Colonial. Hoje, apenas o Palácio o Odeon permanecem funcionando, sendo o último sob os auspícios da Petrobrás. O primeiro edifício oficial a ser inaugurado na avenida, em 1906, o Palácio Monroe, era destinado para a Exposição Internacional de Saint Louis, em 1904, que também o premiou, tornando-o a primeira obra § § Cinelândia 25 de arquitetura brasileira a ser reconhecida internacionalmente. O responsável por seu projeto é o general Francisco Souza Aguiar. Seu nome é uma homenagem ao presidente Roosvelt, por uma visita que realizara ao pavilhão da exposição, seguida por outra visita que o secretário Elihu Root realizara à cidade no ano de 1906. Até 1914 continuou a exercer função de pavilhão de exposição, quando, então, passou por reformas para abrigar a Câmara de Deputados, que permanece até 1922. De 1925 a 1930 passa a ser ocupado pelo Senado Federal, que é dissolvido em razão da Revolução de 30. Em 1976, com as obras do metrô, é pedida sua demolição, apoiada por baluartes da arquitetura moderna como Lúcio Costa, e pelo Jornal O Globo, que o atacava veementemente através de editoriais. Do outro lado, o IAB e o Clube de Engenharia, através do Jornal do Brasil, tentavam de todas as maneiras preservar o edifício. Contudo, nem mesmo alterações no traçado do metrô foram suficientes para salvar o palácio, que viria a ser demolido no mesmo ano. Cinelândia § § 26 Hotel Serrador Plano de Marketing 2006/2007 Hoje a Praça continua sendo a diva da cidade, congregando o maior volume artístico e arquitetônico, envolvendo a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes, o Teatro Municipal, o Centro Cultural da Justiça Federal, além do charmoso e resistente Teatro Rival. § § Cinelândia 27 Rua do Lavradio Aberta em 1771, pelo Marquês do Lavradio (D. Luís de Almeida Portugal e Mascarenhas, 5.º conde de Avintes e 2.º marquês do Lavradio), o Vice-Rei que muito contribuiu para a modernização do Rio de Janeiro, a rua do Lavradio foi a primeira rua da cidade aberta com finalidade residencial, como parte do saneamento dos encharcados terrenos que então existiam entre os Arcos e o Largo do Rocio (hoje, Praça Tiradentes), conhecidos também como Pantanal de Pedro Dias. A Lavradio tem uma face curiosa e que poucos dão conta, pois liga o que foi construído no período de Brasil Colônia fortemente identificado nos Arcos da Lapa, e o que foi construído no período do Brasil Império e República, identificado na Praça Tiradentes. Possui prédios históricos do séc. XVIII, XIX e séc. XX, de grande importância histórica. Além disso está extremamente próxima à arquitetura moderna da Avenida Chile. Em 1945 os comunistas instalaram na rua do Lavradio, as oficinas de seu primeiro jornal “legal”, a Tribuna Popular. Depois, quase defronte, Carlos Lacerda fundou a sua Tribuna da Imprensa .” Se em seus primórdios, a rua do Lavradio não tinha uma face própria e tinha como principal característica ser passagem entre a Lapa e a Praça Tiradentes, com o tempo e, face sua localização, ela ganhou personalidade. Falar em Rua do Lavradio, é ter que necessariamente falar de seus brechós, antiquários e outros estabelecimentos, que aqui Rua do Lavradio § § 28 Plano de Marketing foram se instalando e que sempre se associaram com suas quitandas, leiterias, bares, bilhares e casas de espetáculos. 2006/2007 A ebulição cultural do Centro se estendia aos muitos cinemas na Cinelândia, ao Teatro Serrador e aos muitos teatros da Praça Tiradentes, o Teatro Recreio na rua Pedro I, além dos grandes e famosos cabarés. Mas, no final do séc XVIII e início do séc. XIX, a rua do Lavradio disputava o prestígio cultural com a Praça Tiradentes, através dos seus vários teatros - a maioria deles, especializados em óperas e operetas como o Theatro Apollo (1890), o Theatro Polyteama Fluminense (1880), o Éden Lavradio (l895), o Theatro Lavradio (1824), (ou do Porphyrio, onde hoje funciona hoje a Loja Maçônica), o Theatro da Exposição de Aparelhos a Álcool (1903), o Theatro Circo (1876) e o Teatro High Life (1900), especializados em artes circences. Com a mudança da capital para Brasília, no início da década de 60, a cidade sofreu um grande baque em todos os sentidos, ao perder a condição de Capital Federal. Com o fechamento dos teatros da região, diversos casarões desocupados transformaram-se em depósitos de móveis antigos. Em 1991, havia na Rua do Lavradio, 25 brechós e antiquários e cerca de 50, somando todos da região. Desta forma, a rua que sempre foi um dos símbolos de efervecência da cidade, entrou em decadência acompanhando aquela vivida também pela Lapa e pela Praça Tiradentes. § § Rua do Lavradio 29 No início da década de 90, o estado era de caos total. A rua encontravase esquecida e em processo de degradação, sem nenhum investimento há anos, por parte do poder público, com a água fétida dos esgotos aparentes subindo até meio metro dentro das lojas, bares e antiquários após qualquer pancada de chuva de verão. Em 1996, um grupo de antiquários e donos de bares e restaurantes, decidiu criar a Feira Rio Antigo, na Rua do Lavradio, unindo-se em torno da ACCRA -Associação dos Comerciantes do Centro do Rio Antigo. Com o sucesso da Feira, veio o Projeto de Recuperação e Reurbanização da Rua do Lavradio, pela Prefeitura do Rio, que contou com o apoio incondicional do então SubPrefeito, o arquiteto Augusto Ivan de Freitas Pinheiro. Apesar da identidade própria, e de ter adquirido suas próprias características, a Rua do Lavradio hoje é muito mais que esta passagem não demarcada entre a Praça Tiradentes e a Lapa. Com todas as transformações ocorridas com os anos, a Rua do Lavradio se transformou num elo muito maior, entre a Av. Chile, a Praça XV, o Largo da Carioca, a Cinelândia e a Lapa. Com isso, acabou por se transformar e voltar a ser uma artéria importante no Centro, o coração da nossa Cidade. Rua do Lavradio § § 30 Plano de Marketing Assim, a rua do Lavradio sempre será esta ponte não institucionalizada, mas incutida em cada um de nós como elemento de ligação entre pontos tão nobres e distintos desta cidade maravilhosa. Uma ponte entre o presente e o futuro, através da sua capacidade de ressurgir, como a Fênix, através da música, da alegria e do prazer. § § Rua do Lavradio 2006/2007 31 Praça Tiradentes O Real Theatro de São João (atual João Caetano) foi o primeiro teatro construído no local, foi inaugurado em 13 de outubro de 1813. A praça chamava-se, naquela ocasião, Campo de Santana, depois Campo da Aclamação e Largo do Rossio. Daquela época até a atual Praça Tiradentes, também recebeu nome de Praça da Constituição. Teatro João Caetano 32 Plano de Marketing Praça Tiradentes 2006/2007 Se o Aqueduto da Carioca (atual Arcos da Lapa) ajudava a travessia para Santa Teresa (Morro do Desterro) por sobre o pântano, a Praça Tiradentes, cujo nome era Campo da Cidade, até o século XVII, a ele se juntava formando um uma planície completamente alagadiça, destinada às pastagens, que serviam de alimentos às vacas de seus moradores. Essa região só foi povoada porque a população crescia e precisava ocupar outros locais, ainda que não fosse um primor de beleza e qualidade de vida, já que, como o próprio nome diz, tratava-se de uma Vala, que compreendia também a Rua Uruguaiana e Prainha (hoje, Praça Mauá). Os primeiros moradores do Campo da Cidade foram os negros e os ciganos. Ali foi construída a primeira igreja a pedido dos negros, que formavam a Irmandade de São Domingos, que eram maltratados ao freqüentarem a Igreja de São Sebastião, no Morro do Castelo. Com a nova Igreja, o local passou a ter novo nome: Campo de São Domingo. Não demoraria muito e a área – delimitada pela Praça da República à Rua Uruguaiana e do Cais do Porto à Rua do Senado – ganharia casas e chácaras e, após negociações, o campo foi dividido entre dois § § Praça Tiradentes 33 portugueses: Paulo de Carvalho e Pedro Coelho da Silva. As partes que ficavam fora das propriedades de Paulo e Pedro, por não interessá-los, logo ganharam novos donos expulsos de Portugal: os ciganos. O número de moradores era tão grande que a rua (atual Rua da Constituição) ficou conhecida pela Rua dos Ciganos, em seguida, acontecendo o mesmo com o campo que passou a ser chamado de Campo dos Ciganos. A praça passou a chamar-se Campo de Lampadosa, depois das festas públicas dos fiéis, pelas ruas locais. Em seguida ganhou outro nome: Largo do Rosário Grande e Praça da Constituição, até que, em 21 de fevereiro de 1890, passa a ser chamada de Praça Tiradentes, tendo ainda sido chamada, por pouco tempo, de Praça da Independência, mas voltado ao nome anterior, por não conseguir o convencimento e apoio da opinião pública. Coração econômico e cultural da cidade do Rio de Janeiro, a Praça Tiradentes abrigou inúmeros teatros em sua história, e também ficou marcada pela sua abundante oferta de prostitutas e travestis. Foi também onde surgiram as primeiras linhas de ônibus da cidade (com tração animal), que partiam da Praça da Constituição. § § 34 Praça Tiradentes Praça Tiradentes Plano de Marketing Monumentos 2006/2007 Igreja da Lampadosa: começou a ser construída em 1748, num pedaço de terreno doado por Pedro Coelho da Silva, e servia também de cemitério dos escravos dissidentes das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Conta-se que, por serem devotos do Rei Baltazar, eles saiam em festas pelas ruas, principalmente no Dia de Reis, cantando de dançando, numa espécie de carnaval de rua, como hoje se conhece. Situada quase na esquina da Rua da Constituição com a Avenida Passos, ainda possui a santa que estava no altar no dia 21/04/1792, dia da execução de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que foi executado ali perto, na esquina da Avenida Passos com a Rua Buenos Aires. O monumento em homenagem a D. Pedro I: foi a primeira estátua instalada em praça pública no Brasil. Foi concebida pelo brasileiro João Maximiniano Mafra, e executada pelo escultor francês Louis Rochet, assistente de Aguste Roudin. Fixada numa base de granito, a imagem é ladeada por alegorias em bronze que simbolizam os Rios Amazonas, Paraná, Madeira e São Francisco, além de uma mistura de figuras humanas e animais da fauna brasileira. Real Gabinete Português de Leitura: inaugurado em 10 de setembro de 1887 e tombado em 5 de outubro de 1970, foi projetado pelo arquiteto português Rafael da Silva e Castro e sua inauguração teve presença da Princesa Isabel. Tem estilo maunelino, típico do século XV e XVI, época do reinado de D. Maunel I. Possui peças preciosas, tais como: a primeiras edições de Os Lusíadas, de Camões, o manuscrito do romance Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, o manuscrito do Dicionário Tupy-Gurany, de Gonçalves Dias, e a peça Tu, só tu, puro amor, escrito a mão por Machado de Assis, que era assíduo freqüentador do local, tendo, inclusive, promovido no mesmo local, as primeiras reuniões da Academia Brasileira de Letras, na época ainda sem sede. § § Praça Tiradentes 35 Monumentos Teatro João Caetano: foi inaugurado em 12 de outubro de 1813 com o nome de Real Teatro de São João, nome dado por Fernandinho (Fernando José de Almeida) amigo do Rei, em homenagem a D. João. A inauguração foi com a ópera O Juramento dos Nunes, poema de D. Gastão Fausto de Câmara e música de Marcos Portugal. Já chamou Teatro Imperial de São Pedro, Teatro Constitucional Fluminense, Teatro São Pedro e, finalmente, Teatro João Caetano. Concedida por D. Pedro II, junto com um alfinete de brilhantes, a estátua que fica em frente ao teatro é uma homenagem a João Caetano (18081863) pelo seu sucesso empresarial e artístico. Na verdade, procura imortalizar um momento da atuação de João Caetano na peça Oscar, filho de Ossian, de Arnoult. Foi também nesse palco que aconteceu a primeira apresentação de Carmem Miranda, me 1930. Igreja de São Francisco/Praça de São Francisco: criada em 1756, o largo só foi calçado em 1817 e era utilizado como lixeira ou cocheira dos animais que faziam a tração dos ônibus. Praça Tiradentes § § 36 Largo de S. Francisco Plano de Marketing Teatro Carlos Gomes: sua construção começou em 1929 e sua inauguração aconteceu em 1932. Antes dele, o primeiro palco construído no local foi em 1872 e tinha o nome de Cassino Brésilien e ficava nos fundos do Hotel Richielieu. Embora tenha passado por várias reformas e sido propriedade de diferentes empresários, o Carlos Gomes marcou a história do Rio de Janeiro, principalmente a Praça Tiradentes, por seus grandes espetáculos, dentre eles, o Teatro de Revista, no início do século XX. Peças como: Maxixe (1906), Os Dragões da Independência (1918) e Onde Está o Gato (1929) conseguiam transformar o local numa espécie de Broadway brasileira. Na década de 30, o teatro continua brilhando, principalmente quando recebe a companhia Trolo-ló, criada em 1925 por José do Patrocínio Filho e Jardel Jércolis. Em 1932, Oscarito fez sucesso na ribalta do local no espetáculo Morangos com Creme, ao lado de Aracy Cortes. § § Praça Tiradentes 2006/2007 37 Melhorias necessárias Fatores Internos • • • • • União do grupo e articulação / inter-comunicação Responsabilidade social empresarial Integração (grupo x grandes empresários / bancos e empresas públicas e privadas como Petrobrás / Caixa Econômica, BB, etc.) Captação de recursos privados A consciência coletiva Fatores Externos • • • • • • • Melhorias Necessárias § § 38 A Iluminação pública: implementar o Projeto “Corredor Iluminado” A Segurança O ordenamento dos estacionamentos A limpeza urbana Melhorar as políticas de Assistência Social, visando a minimizar o problema de população de rua Ação do poder público e a maior atenção do Poder Público para a região A Infra-estrutura urbana Plano de Marketing Público-alvo 2006/2007 Perfil* O mercado consumidor da Lapa é formado por jovens (67% com idade entre 18 e 34 anos) , não casados, de classe A ou B, escolaridade alta (40,25% com curso superior e 47,75% com segundo grau). A maioria das pessoas que freqüentam a região sempre morou no Rio (78%), sendo que 16% vêm de outras regiões sendo, portanto, um local visitado por turistas. O perfil dos freqüentadores só reforça a importância do Pólo Novo Rio Antigo, já que são pessoas com bom poder aquisitivo e formação suficiente para perceber e valorizar os diferenciais que agregam valor à região como: a cultura, a memória e a gastronomia. Contudo o grande atrativo da região é mesmo a cultura, entendida mais como lazer: shows (31,8%) e música ao vivo em bares e restaurantes (31,5%). Desejos e necessidades Vale ressaltar que 16,8% escolhem vir à Lapa sem um propósito específico, seguido de 8,4% que são atraídos por eventos ocasionais. Se juntarmos esse grupo que já está sensibilizado pelos ativos da Lapa, chegaremos a um número expressivo de 25,2%, cuja presença poderá ser mais bem aproveitada. Para essas pessoas os atrativos * Elaborado a partir da pesquisa ainda não conseguiram ser fortalecidos o suficiente para influenciar desenvolvida pelo DataUff, sua escolha. Não houve nenhuma resposta automática, citando algum encomendado pelo Sebrae, em estabelecimento específico que, com certeza, as atende quando estão Setembro de 2004. na região. § § Público-alvo 39 Público-alvo Gosto por eventos Ainda no perfil dos entrevistados, chamamos atenção para um hábito que se cristaliza cada vez mais na cidade do Rio de Janeiro, que é o chamado evento. Do universo dos entrevistados, 41,5% alternam suas idas em lugares antigos e novos, esses números são reforçados pelos 37,8% que tomam a decisão de sair de casa baseado na programação cultural da cidade, seguidos por 8% que só vão a lugares novos e 12,3% que já têm um lugar preferido. A lição que estes números apresentam é que: a) é indispensável uma agenda de eventos sólida e bem divulgada; b) os estabelecimentos que promovem shows comprometidos com a identidade cultural brasileira são entroncamentos fundamentais para alavancar os outros estabelecimentos; c) é fundamental um canal de comunicação próprio para divulgar os ativos locais; d) desenvolver estratégias que possam garantir a região no gosto popular mesmo depois dos bons resultados de mídia espontânea alcançados nos últimos 10 anos. Poder de consumo Levando-se em consideração que 55,9% dos entrevistados saem mais de três vezes por semana para de divertir (não necessariamente na Lapa), seguido de 21,3% que costumam sair de casa uma vez por semana, podemos tomar como base uma média de duas vezes por semana, o que representa um gasto médio de R$ 130,00 por pessoa, evolvendo alimentação, bebida e atração cultural. Público-alvo § § 40 Plano de Marketing Público-alvo 2006/2007 Esse valor é uma boa média, levando-se em consideração que são jovens e adultos assalariados (40%), sendo 20% com ganho entre R$ 500,00 a R$ 999,00; 19% de R$ 1.000,00 a 1.999,00 e 17% de R$ 2.000,00 a R$ 3.999,00. Apenas 11% ganham mais de R$ 4.000,00. Âncoras locais e promoção Pensando no poder de consumo com esta renda apresentada acima, é fundamental que haja uma integração dos estabelecimentos que possam possibilitar ao freqüentador experimentar outras opções de atrativos locais. Uma rede de conveniência é o ideal para este tipo de situação, já que possibilita o consumo e a divulgação dos estabelecimentos que não estão entres os âncoras locais. No geral, a política de preço deve ser elaborada dentro destes parâmetros de ganho, além de obedecer a uma continuada tomada de opinião, por meio dos estabelecimentos conveniados ao Pólo. Tribalismo e promoção Estas estratégias de promoção se tornam mais necessárias quando se percebe que nada menos do que 68,8% transitam em grupos acima de duas pessoas. Esse comportamento foi mapeado pelo filósofo francês Michel Maffesoli e recebeu o nome de tribalismo. Para o autor, este tipo de atitude é fundamentado pela fragmentação das identidades, resultando no agrupamento por afinidades. § § Público-alvo 41 Público-alvo Isso quer dizer que a escolha da diversão é feita dentro de um grupo, portanto, é inegável que as estratégias de promoção dos ativos devem obedecer e privilegiar esta tendência gregária que a metrópole impõe. O tribalismo facilita o transporte com caronas e/ou divisão de combustíveis ou tarifas de táxi, a sensação de segurança, o poder de consumo com divisão das despesas, obtenção de mais respeito e garantia da diversão (já que nutrem uma familiaridade entre eles), além das trocas afetivas que costumam acontecer dentro do próprio grupo. A maioria avassaladora dos entrevistados decide a diversão pela indicação de amigos, por isso, é fundamental pensar estratégias promocionais que privilegiem o grupo, aumentando os benefícios de acordo com o número de integrantes. A idéia da promoção por grupos ajuda também na agregação de colegas de trabalho e é pertinente com a filosofia do Pólo de possibilitar a festa de rua, já que 27% dos freqüentadores vêm para a região ao deixar o trabalho, enquanto 64% saem de suas residências. Essa situação expõe a necessidade de criar dois atrativos por noite, ou seja, um happy hour para aqueles que acabam de passar por um dia de trabalho e dificilmente permanece na região depois das 21h e outra programação para aqueles que estão chegando quando aqueles estão saindo. Os horários alternativos são importantes e delimitam dois tipos bem peculiares do espírito da festa, mas é indispensável que ambos sejam divulgados nos dois turnos para desenvolver e captar cada nicho. Público-alvo § § 42 Plano de Marketing Público-alvo 2006/2007 Solitários e oportunidades de negócio Há ainda que se pensar em estratégias específicas para aqueles que saem solitários, mas não devem permanecer assim. A oferta de espaços de convivência pode ajudar muito a esse tipo de público e costuma influenciar na sua escolha do local. Balcões, mesas unitárias ou com apenas dois lugares, recantos em que possam ver e ser vistos são boas soluções. As mesas comuns de quatro lugares evidenciam ainda mais a solidão, causa constrangimento e aumenta a introspecção do consumidor. Canais de Informação Os canais de informação dos consumidores são os grandes veículos de comunicação. O jornal O Globo é a maior fonte (93%), seguido pelo O Dia, com 25%. A revista Veja aprece com 33%, seguida de Época com 16,3%, contudo a rádio ocupa 83% concorrendo com o jornal como canal de informação do público-alvo. Levando-se em consideração de que a mídia radiofônica é uma das mais baratas, pode ser um bom canal de divulgação da programação da região. A rádio MPB FM já mantém um programa chamado Corredor Cultural que divulga a programação do Novo Rio Antigo, tornando o principal veículo, com o fim da rádio Globo FM. Mas um canal de informação do próprio Pólo é indispensável, já que o tempo de exposição nos veículos de comunicação serve apenas para anunciar as atrações. Por isso o site pode ser uma boa fonte de serviço mais aprofundado da região. § § Público-alvo 43 Calendário de Eventos Feiras Feira do Rio Antigo: Rua do Lavradio, todo primeiro Sábado de cada mês de 9h as 18h. Móveis e Objetos Antigos, Artesplásticas, artesanato, apresentações artísticas e gastronomia. Feira da PRAÇA XV: todo Sábado das 8h as 14h, com antiquários entre outros. Feira do Livro: no Largo da Carioca e Cinelândia. Feira de Colecionadores: no Passeio Público, aos domingos, de manhã. Cinema Festival Rio-Cine: anual, acontecendo em vários locais. Festival Odeon BR: anual. Mostra do filme etnográfico: Abertura oficial 13/09/2005 no cinema Odeon na Cinelândia. Anima Mundi: festival de desenho animado anual , que acontece em vários locais no mês de junho. Calendário de Eventos § § 44 Calendário de Eventos Plano de Marketing 2006/2007 Música Prêmio Rival PETROBRÁS: música independente, anual, no Teatro Rival PETROBRÁS, na Cinelândia. Festival do Choro/ MIS Premio Tim de Música: nos últimos três anos, realizado no Theatro Municipal. Teatro Rio Cena Contemporânea: Festival anual, que acontece no Cais do Porto. Circo Anjos do Picadeiro: Festival Circense, evento anual que acontece na Fundição Progresso. Cultura Popular Encontro de Capoeira: encontro anual internacional de capoeira do grupo Abada, na Fundição Progresso nos meses de Agosto/ Setembro. Encontro de Jongueiros: Local; Fundição Progresso. Festa Junina: nos Arcos da Lapa, no mês de Julho. § § Calendário de Eventos 45 Calendário de Eventos Eventos Religiosos Auto de Natal: acontece no mês de Dezembro no Largo da Lapa; com grupos de teatros. São Jorge: acontece na própria igreja no dia 23 de Abril. São Sebastião: 20 de Janeiro, com missa e procissão. Paixão de Cristo: ocorre na semana santa nos Arcos da Lapa. Procissão de Todos os Santos: 1° de Novembro. Carnaval Blocos: Cordão do Boitatá, Bola Preta, Carmelitas, Rival sem Rival, etc. Fotografia FotoRio: Exposição fotográfica anual, que acontece em vários locais. Concurso Anual de Fotografias do Centro Histórico: promovido pelo jornal Capital Cultural Concurso Anual de Poesias promovido pelo jornal Capital Cultural. Calendário de Eventos § § 46 Plano de Marketing 2006/2007 Mix de Marketing Produtos Para atender às necessidades de comunicação, promoção, divulgação, fixação e associação da marca (branding), capacitação e endomarketing, elaboramos um mix de produtos para desenvolver com a marca Novo Rio Antigo: Endomarketing Produto Público-alvo Descrição Função Passeio histórico cultural Funcionários Passeio periódico, guiado por profissionais capacitados para fornecer informações aos funcionários que trabalham no Pólo. Familiarização com os ativos culturais e arquitetônicos locais. Kit do passeio Funcionários Camiseta, pin, boné e bolsa Brinde para marcar a data da visita e causar impacto na identificação Broche Funcionários Produto à base de metal e esmaltado Identificação dos funcionários que trabalham nas empresas associadas ao Pólo Be-a-bá do Novo Rio Antigo Funcionários Livreto em linguagem simples e agradável Apresentar o Pólo aos novos funcionários e aos veteranos Atividades Coletivas Funcionários Promoção de atividades envolvendo montagem de grupos de teatro, coral ou mesmo campeonatos esportivos Promover integração entre os funcionários das empresas associadas. § § Mix de Marketing 47 Mix de Marketing Marketing Produto Público-alvo Função Identidade Visual Empresários não associados, freqüentadores atuais e potenciais, turistas nacionais e estrangeiros, formadores de opinião (jornalistas, políticos e artistas). Cartão multimarcas, papel carta, envelope, adesivos, modelos de e-mail, modelo PowerPoint, bloco de notas, camiseta, toda a folheteria do Pólo. Uso diário nas atividades ordinárias e extraordinárias do Pólo. Site Público em geral e empresários associados Portal de informações sobre a região, as empresas associadas e seus respectivos serviços, memória, eventos, e área exclusiva dos associados. Comunicação, informação e serviço Portfólio Novos empresários e formadores de opinião Pasta fichário com apresentação do Pólo: hsitórico, atividades, clipping, associados, eventos realizados, material de divulgação etc. Apresentação do Pólo Manual de Comunicação Empresas associadas Apresentação detalhada dos critérios de uso da marca e os cuidados com a identidade visual e comunicacional do Pólo. Manter unidade da identidade institucional e garantir um padrão de qualidade nas atividades de comunicação e informação institucionais do Pólo. Manual de Normas e Procedimentos (Regimento Interno) Empresas associadas Livreto simples com descrição de Normas e Procedimentos relativos ao funcionamento e gestão do Pólo. Apresentando todas a normas e procedimentos para tomada de decisão que envolva direta ou indiretamente a personalidade corporativa do Pólo. Mix de Marketing § § 48 Descrição institucional Plano de Marketing 2006/2007 Mix de Marketing Branding Produto Público-alvo Descrição Função Visitantes Aplicação da Marca Branding - souvenir (uso diário) Porta-copo Consumidores Aplicação da Marca Branding - identificação e fixação forçada (uso diário) Jogo Americano Consumidores Aplicação da Marca, comunicação e informação sobre ativos e curiosidades Branding - associação lúdica à marca e mobilização de afeto do consumidor, por meio do público infantil (uso diário e sazonal) Prato artesanal decorativo Consumidores Ações promocionais Branding - associação da marca com valores artísticos/culturais Bolsa de Praia Consumidores e Visitantes Divulgação extra-pólo Branding - Divulgação da marca em outros locais de lazer Público em geral Visualização forçada da marca Branding - Divulgação maciça Consumidores e Visitantes Visualização forçada da marca Branding - aproximação do público infantil Mascote Geral Associação imediata Branding - unidade temporal à marca: passado, presente e futuro Bola de Futebol Geral Associação imediata Branding - diversificação do público Balão de festa Geral Associação imediata Branding - diversificação do público Calendário Geral Associação imediata Branding - sazonal - upgrade da marca Tulipa, caneca, copinho de cerveja, copinho de cachaça Cartão telefônico Instrumentos musicais § § Mix de Marketing 49 Mix de Marketing Branding, Divulgação e Promoção Produto Público-alvo Descrição CD: coletânea Novo Rio Antigo Geral Diversificação da marca Grife Madame S. Geral Grife de fabricação associados ao Pólo. Clientes e Moradores locais Cartão de afinidade para empregados, clientes e moradores locais, com: desconto nos empreendimentos, rede de táxi, lojas, farmácias, brindes promocionais etc. Divulgação e serviço Filme institucional Geral Filme institucional Divulgação institucional Totem Informativo Geral Totem com informação sobre a programação da área. Peça de exposição de flyers, newsletter, display eletrônico Divulgação institucional Folder Geral Peça de informação sobre o Pólo Promoção e divulgação Folder bilíngüe Geral Peça informativa com mapa da região e sugestão de roteiro Promoção e divulgação Newsletter Geral Veículo de informação do Pólo Promoção e divulgação Adesivo de Carro Geral Brinde de balcão Promoção e divulgação ambulante Santinho Geral Brinde de balcão Promoção e divulgação ambulante Filipetas Geral Peça de divulgação de eventos Divulgação Cartões Mica Geral Peça de divulgação institucional Divulgação Rede Malandragem Branding - associação da marca à audição, à música, à cultura local de produtos Mix de Marketing § § 50 Função Branding - mobilização de afeto e fabricação de signos próprios Plano de Marketing Mix de Marketing 2006/2007 Branding, Divulgação e Promoção Público-alvo Descrição Função Geral Peça de identificação Identificação externa e interna dos empreendimentos associados, respectivamente Turistas Estrangeiros Pacote de transporte e entretenimento para turistas estrangeiros Promoção e Serviço; atração de público Happy Hour Novo Rio Antigo Visitantes, Trabalhadores do Centro da Cidade Pacote de transporte e entretenimento para trabalhadores do Centro Promoção e Serviço; atração de público Eventos em Logardouros e Praças Visitantes, Trabalhadores do Centro da Cidade, Colecionadores etc. Eventos estratégicos com a chancela do Pólo Novo Rio Antigo Atratividade e Divulgação Participação em Feiras, Publicações e Campanhas Turísticas Profissionais da áreas de Turismo Relacionamento com setores conexos aos vetors do Pólo Novo Rio Antigo Promoção do Pólo Novo Rio Antigo junto ao setor turístico Produto Azulejos e flâmulas Folder de Divulgação em Hotéis Produtos Imprevistos Novas idéias, novos eventos, novas oportunidades surgem a cada dia, e por isso o mix de marketing não é uma proposta fechada. Sempre que necessário, serão incluídos novos produtos e peças de divulgação, de acordo com os objetivos deste Planejamento. § § Mix de Marketing 51 Mix de Marketing Cronograma Abaixo, um cronograma simplificado das ações, dividido em 6 fases diferentes, do 0 (em andamento) a 6 (final de 2007): Produto Fase 0 0 0 2006.1 Em andamento Identidade Visual Folder Geral do Pólo Folder Bilíngue Folder de Divulgação em Hotéis 1 1 1 1 2006.1 Início Imediato Manual de Comunicação Manual de Normas e Procedimentos Flâmulas de Identificação das Casas 2 2 2 2006.2 Happy-Hour Novo Rio Antigo Cartão de Conveniência 3 3 2006.2 Portfolio Novo Rio Antigo Peças de EndoMKT: Passeio, Kit do Passeio, Broche, Be-a-bá, Atividades Coletivas 4 4 2007.1 Totens Informativos do Novo Rio Antigo Azulejos de Identificação 5 5 2007.1 Filme Institucional Rede Malandragem de Conveniência 6 6 2007.2 } Mix de Marketing § § 52 Site Mascote Newsletter do Site Todas as ações de Branding serão desenvolvidas em paralelo, durante as fases 02 a 06 Plano de Marketing 2006/2007 Mix de Marketing Projeto Corredor Iluminado O projeto Corredor Iluminado tem a finalidade de acentuar a beleza do cenário e eliminar áreas escuras, além de integrar, dar unidade e identidade visual através da iluminação pública e de valorização de fachadas, unindo o polígono formado pela Cinelândia, Lapa, Lavradio e Praça Tiradentes. Este projeto é um dos principais focos do Pólo Novo Rio Antigo, pelo potencial de valorizar a memória local e aumentar a percepção de segurança da região. Antiquários e Sebos A região da rua do Lavradio concentra o maior número de antiquários da Cidade do Rio de Janeiro. Desde 1996, a Feira Rio Antigo divulga esse charmoso comércio que é a cara da região, sempre no primeiro sábado de cada mês. O comércio de antiguidades foi um dos principais responsáveis pela atual revitalização local. Ações de ampliação da Feira Rio Antigo para toda a área de abramgência do Pólo, e em mais dias do mês, estão em estudo Com a ampliação da abrangência do Pólo Novo Rio Antigo, será desenvolvido um projeto voltado também para os Sebos, de modo a integrar e qualificar a oferta de produtos e serviços dos mesmos. § § Mix de Marketing 53 Mix de Marketing O Site Um portal com todas as informações que um visitante poderia desejar a respeito da região do Novo Rio Antigo: os serviços, as atrações, os eventos coletivos, os associados, a memória, as curiosidades e personagens, roteiros de visitação, os monumentos. E essas informações divulgadas em forma de texto, imagens, vídeo, som, atualizadas constantemente. Abaixo, resumo da estrutura do site: Mix de Marketing § § 54 Plano de Marketing 2006/2007 Mix de Marketing O Site Estrutura da página inicial: § § Mix de Marketing 55 Mix de Marketing O Site Estrutura da página de associado: Mix de Marketing § § 56 Plano de Marketing Mix de Marketing 2006/2007 Identidade Visual O desafio desse projeto foi representar graficamente essa área única, reconhecida como berço da boemia carioca, e ao mesmo tempo esse movimento de associativismo e empreendedorismo da iniciativa privada da região, através de uma marca. Da análise da arquitetura local, passamos a uma etapa de criação de grafismos e ilustrações, associação de cores, e por fim chegamos a uma síntese gráfica: um símbolo e um logotipo para o Novo Rio Antigo. Ao final, alguns exemplos de aplicação da marca proposta. A própria gênese desse trabalho de identidade visual surge do conceito de associativismo que norteia o Novo Rio Antigo: este projeto foi desenvolvido em parceria entre duas agências do próprio Pólo, a Graudez Design Gráfico e a Manifesto Visual. § § Mix de Marketing mascote Ilustração Pedro Porto 57 Mix de Marketing Marca e Produtos â!ã+!ã àã µâ!Ëâ+µ µà+!â! Ë á à+ Mix de Marketing § § 58 áà+â â bola de futebol Plano de Marketing Bibliografia 2006/2007 AMBRÓSIO, Vicente. SIQUEIRA, Rodrigo. Plano de Marketing – passo a passo: serviços. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2004. ANDRADE, Rachel Gazolla. Platão: o cosmo, o homem e a cidade – um estudo sobre a alma. Petrópolis: Vozes: 1994. CASTRO, Ruy. Carmen. São Paulo: Companhia da Letras, 2006 LYNCH, Kervin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. OLIVEIRA, Israel. Narrativa e pertença na construção de lugares de memória. Viçosa: UFV, 2006 (no prelo). OLIVEIRA, Roberta. Praça Tiradentes. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000 PETROCCHI, Mario. Marketing para destinos turísticos. São Paulo: Futura, 2004 PAIVA, Raquel e SODRÉ, Muniz. Cidade dos artistas – cartografia da televisão e da fama no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2004. SODRÉ, Muniz. O terreiro e a Cidade. Rio de Janeiro: Imago, 2002. § § Mix de Marketing 59 Onde o carioca se diverte! Este Projeto é uma parceria: 60