NATUREZA EXPOSTA

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Meio Ambiente
MINAS GERAIS QUARTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2006 - 8
NATUREZA EXPOSTA
Visitantes e participantes do Congresso da Biodiversidade
vão ver de perto as paisagens típicas de Minas
EVANDRO RODNEY
O Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga,
principais biomas existentes em Minas Gerais,
estarão representados em estandes especiais
montados no Combio - Congresso Mineiro de
Biodiversidade, organizado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). De 24 a 28 deste
mês, no Centro de Exposições George Norman Kutova (Expominas), em Belo Horizonte, participantes e visitantes poderão conhecer
um pouco do patrimônio natural de Minas. Os
estandes representarão os diversos ambientes
existentes no Estado, reunindo uma amostra
dos ecossistemas e suas belezas.
“O Brasil detém 15 a 20% da biodiversidade mundial, e Minas Gerais é um dos Estados
que possuem grande diversidade biológica,
uma das maiores do País na riqueza da fauna
e flora distribuídas nos seus três grandes biomas”, afirma o diretor geral do IEF, Humberto Candeias Cavalcanti, acrescentando que o
Estado é pioneiro no desenvolvimento de
ações efetivas para conservação, uso sustentável, manejo e restauração da biodiversidade.
Segundo ele, o Combio vai consolidar o pioneirismo mineiro na área de meio ambiente.
A expectativa é que cerca de seis mil pessoas passem pelo Expominas nos cinco dias do
Congresso e da Feira de Produtos, Serviços, Cores e Sabores da Biodiversidade. Os convites
para visitar a feira podem ser retirados na portaria do IEF, à rua Paracatu, 304, Barro Preto.
MARCA DA DIVERSIDADE
A diversidade é a característica mais marcante das belezas e riquezas naturais de Minas.
Em seus 568 mil quilômetros quadrados existem
três biomas distintos - a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga -, além de ambientes específicos,
como os Campos de Altitude.
O cerrado é a paisagem predominante, apa-
recendo em cerca de 50% do território mineiro,
especialmente nas bacias dos rios São Francisco
e Jequitinhonha. Nesse bioma, a vegetação é
composta por gramíneas, arbustos e árvores. São
encontrados ali importantes espécies da fauna,
algumas delas ameaçadas de extinção, como é o
caso do lobo-guará, do veado-campeiro e do
pato-mergulhão, dentre outros.
O segundo maior bioma do Estado é a Mata
Atlântica, onde a vegetação é densa e permanentemente verde, com árvores de folhas grandes e
lisas. Encontram-se nesse ecossistema muitas espécies de bromélias, cipós, samambaias, orquídeas e liquens. Há também uma imensa variedade de mamíferos (macacos, preguiças, capivaras,
onças), aves (araras, papagaios, beija-flores),
répteis, anfíbios e invertebrados diversos.
O Campo de Altitude ou Rupestre se caracteriza por uma cobertura vegetal de
menor porte, com uma grande variedade
de espécies, em que predomina uma vegetação de arbustos escassos, árvores raras e isoladas. É encontrado nos pontos
mais elevados das serras da Mantiqueira,
Espinhaço e Canastra.
A Caatinga aparece no Norte do Estado,
ao longo do vale do Rio São Francisco. Diferente da que aparece no Nordeste do País,
a Caatinga mineira apresenta muitas formações florestais - a chamada Mata Seca. Caracteriza-se pela presença de plantas espinhosas, galhos secos e poucas folhas na estação seca. No período de chuvas, a mata
floresce intensamente, apresentando grandes folhagens. As imponentes barrigudas,
ou embarés, são as principais árvores do
bioma. Também aparecem ali o pau ferro,
ipês e angicos. Na fauna, podem ser observadas a ariranha, a onça pintada, a anta, a
capivara e a águia pescadora.
MAQUETES REPRODUZEM OS PARQUES
Uma das atrações da exposição do
IEF são as maquetes dos parques estaduais do Itacolomi, Ibitipoca, Serra do
Rola-Moça, Serra do Brigadeiro, Rio
Doce e Serra do Papagaio mostradas no
Combio. Instaladas em quiosques distribuídos pelo Expominas, cada uma delas
conta com recursos eletrônicos que oferecerão informações sobre os ecossistemas
ali representados, bem como sobre os atrativos turísticos que cada parque abriga.
“Essas maquetes são uma representação fiel dos rios e lagos, da flora, dos
locais turísticos e das edificações exis-
tentes nos parques, para demonstrar o
que o IEF vem fazendo nesses locais
para preservar a biodiversidade e permitir que os visitantes apreciem sua beleza”, diz a coordenadora do Combio e assessora de Coordenação Operacional do
IEF, Nádia Aparecida Silva Araújo.
Com um toque, o visitante poderá saber tudo sobre os detalhes de cada parque
com informações geradas por sistema de
som, painéis e letreiros luminosos. Funcionários das unidades de conservação estarão nos quiosques para responder às perguntas dos visitantes.
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