MÉTODOS DE ENSINO PARA REGIÃO NORDESTE

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MÉTODOS DE ENSINO PARA REGIÃO NORDESTE:
UMA ABORDAGEM DA PEDAGOGIA DE PROJETO APLICADA AO ENSINO DE
GEOGRAFIA
Silviane Batista da Silva (DGE/UFRN) [email protected]
Wellington Costa de Miranda (DGE/UFRN) [email protected]
Danyelle Rayane Dantas (DGE/UFRN) [email protected]
Jane Cláudia Cabral Bragelone (DGE/UFRN) [email protected]
Éliton José da Silva (DGE/UFRN) [email protected]
GT 1: Ensino de Geografia
RESUMO: O trabalho visa apresentar uma ferramenta pedagógica para o ensino da
geografia da região Nordeste de forma a fazer com que os conteúdos ministrados
sejam melhor apreendidos. Nossa proposta é utilizar a metodologia de projetos para
criar um ferramental para trabalhar a geografia do Nordeste, onde seja possível
detalhar o conhecimento do território nordestino, seus aspectos físicos, econômicos,
culturais e sua relação com o todo, tendo como meta a ser atingida a desconstrução
do preconceito contra o nativo.
PALAVRAS-CHAVES: Região, Nordeste, Ensino, Projeto.
INTRODUÇÃO
A regionalização concebida como diferenças criadas no espaço, que podem
ser econômicas, sociais, culturais ou até mesmo fisiográficas é um fenômeno que
surge através da necessidade de unificação de espaços. Essa unificação pode
acontecer em busca de mercados, de força política e econômica ou para questões
de planejamento. O ensino da região ainda que, sendo muito criticado por
fragmentar o espaço, pode oferecer mecanismos para compreensão do todo, tendo
em vista que nenhum lugar está desconectado da totalidade.
Basta que o professor crie em seu planejamento uma forma de aplicar o
conhecimento do tema proposto, reconhecendo as particularidades do território
estudado e sua relação com o país, a região ou o mundo. Fazer com que os alunos
apliquem os conhecimentos e produzam materiais é uma forma de melhor apreender
os conteúdos ministrados em sala.
O professor, mesmo diante das dificuldades encontradas, pode elaborar um
só projeto e planejar suas aulas de forma que consiga proporcionar a aprendizagem
de todos os alunos, dizemos todos para enfatizar que em nossa proposta nenhum
aluno deverá ser excluído do processo de ensino-aprendizagem.
Nosso objetivo é desmitificar os estereótipos do Nordestino em sala de aula e
proporcionar ao aluno, nordestino ou não, o conhecimento da realidade da região,
suas riquezas, belezas, cultura e problemas e, com isso, saber fazer uma análise
crítica da região estudada.
Para que consigamos fazer cessar o mito de o Nordeste ser a região do
flagelo se faz necessário compreender como essa visão foi construída ao longo de
sua história para que, assim, o aluno consiga construir conceitos e críticas sobre o
tema.
O Nordeste desde sua origem enquanto região, em meados da década de
1910, surge como região do flagelo, da pobreza, do atraso e da seca. Conceitos
criados e difundidos pela elite coronelista ansiosa, após a grande seca de 18771879, para não perder o controle da área, tendo em vista a república e a
democracia.
A formação de uma identidade cultural forte foi forçada por essas elites para
conseguir do governo central verbas de custeio para o problema da seca que seriam
desviadas para estes “ilustres senhores” em benefício próprio. Tal identidade foi
divulgada pela mídia ao país inteiro criando, portanto, esse estereótipo nordestino
que permanece até os dias atuais na forma de preconceito contra a origem.
A PEDAGOGIA DE PROJETOS NO FAZER GEOGRÁFICO
Optamos pela Pedagogia de Projetos para a execução deste trabalho,
pedagogia esta que foi introduzida no Brasil por Anísio Teixeira, que contestava o
ensino tradicional e acreditava na educação como o único meio realmente efetivo
para a construção de uma sociedade democrática.
Por ser uma mudança na postura pedagógica, a pedagogia de projetos é uma
metodologia que constitui uma concepção filosófica que deve estar contemplada no
Projeto Político Pedagógico da escola, uma vez que a valorização do aluno como
co-participante no processo de ensino favorece à vida deste oportunidades de
ampliar seus conhecimentos, sua autonomia e seu senso crítico, tudo isso através
da multidisciplinaridade, com uma quantidade maior de participações que emprega
melhores resultados de aprendizagem, pois segundo Gadotti, (1994 apud Barbosa,
2004, p. 319), “a aprendizagem é facilitada quando o aluno participa do processo
responsavelmente”.
De acordo com Moura & Barbosa (2006), o projeto tem três componentes que
são básicos na sua estrutura: Plano de ação, Plano de Controle e avaliação, sendo
orientados pelo escopo. No que se refere aos aspectos relevantes Hernández e
Ventura (1998) ressaltam que as experiências dos alunos é o principal destes a ser
considerado na escolha do tema, a partir daí o professor, como facilitador do
processo, deverá conduzir a pesquisa de modo a criar situações que motivem o
desenvolvimento da reflexão e da crítica na busca de informações para a
reelaboração e construção de conhecimentos com a problematização, podendo
proporcionar ao aluno a troca do empirismo pelo construtivismo..
No trabalho com a metodologia de projetos o professor é um pesquisador,
pois passa a orientar o interesse dos educandos. Tem como base
a
problematização, visto que envolve o aluno em problemas, leva-o a realizar
investigações, registro de dados, conseguindo, assim, formular hipóteses, tomar
decisões e, por fim resolver o problema, o que faz tornar-se sujeito do seu próprio
conhecimento.
Para isso o professor tem que ser um PMD (Professor Multi-didático), estar
preparado para lidar com as mais diversas situações, pois ele vai encontrar no seu
campo de atuação, desafios como: alunos hiperativos, alunos com baixa visão e
alunos com deficiência física das mais diversas. Daí o porquê da necessidade das
multi-didáticas, pois estão nelas as ferramentas necessárias para encarar esses
desafios espalhados nas salas de aula por todo território Mas, qual o seu perfil?
Como deve ser num mundo globalizado e cada vez mais exigente quanto às
habilidades profissionais? Ele deve ser diferente dos demais profissionais da
iniciativa privada? Porque ele não pode ser equiparado aos grandes profissionais e
executivos das grandes empresas, dos grandes conglomerados?
Espera-se a
quebra desse paradoxo, pois o profissional da educação tem que ser elevado a
categoria de importância dos grandes executivos das grandes empresas, disputados
a peso de ouro, porque sem a presença desse profissional, país nenhum passará da
condição de país de analfabetos para a condição de país de letrados.
Dentre essas várias formas de se lidar com o ensino aprendizado, está o
teatro, que entra como ferramenta para subsidiar o professor na lida com o seu
trabalho, não é só uma peça que representa o teatro, pequenas peças em forma de
projeto “que é foco do nosso trabalho”, que podem ser utilizadas na explanação do
assunto, como a Região; podendo ser utilizado de várias formas e modelos, como
em pictogramas relacionados a assuntos como região e regionalização, objetos
relacionados ao comércio, a culinária, características físicas, como o índio, no Norte,
o cangaceiro no NE, o gaúcho no Sul, o surfista e o homem engravatado
representando o Sudeste, o caipira representando a região de Minas Gerais.
O teatro se insere na educação, principalmente no ensino fundamental, com o
intuito de desenvolver a cognição e as habilidades do aluno. Além disso, esta
metodologia vem para ressignificar o ensino, uma vez que na construção de
conhecimento o aluno tem a possibilidade de interferir no processo de aprendizagem
e, mediado pela orientação do professor passa a construir seus próprios conceitos.
Para implementação do teatro na escola foram escolhidos temas essenciais
para o entendimento do Nordeste, uma vez que para isto o aluno precisa entender
primeiramente o que é região e como ocorreu, também é importante saber quais os
aspectos culturais da sua região, Nordeste, os estigmas que nela existem (seca,
baixa qualidade de vida, educação de má qualidade, entre outras) e como se deu
esta construção do pensamento de brasileiros de outras regiões.
Esta atividade tem o intuito de desenvolver as habilidades dos alunos
construir em conjunto o conceito de região, conhecer os aspectos culturais da região
desmitificando preconceitos de outras partes do país e inserir no cotidiano a prática
do teatro para a socialização e inclusão dos alunos em sala.
A realização desta atividade terá como metodologia um debate considerando
os conhecimentos prévios dos alunos, leitura de textos em revistas e livros e
exposição de um pequeno vídeo sobre a região Nordeste, a utilização do teatro junto
com a literatura de cordel típica da região como ferramenta para a interação da
turma na busca de uma aprendizagem significativa, uma vez que o educando é
estimulado a aprender e criação de pequenos cordéis.
O uso de paisagens e maquetes feitas pelos alunos em sala de aula, através
de pesquisas vem a ser uma das propostas para se mudar este quadro onde temos
a presença de uma visão reducionista e preconceituosa da nossa região. Com isto,
será abordado os aspectos físicos da região Nordeste.
A metodologia utilizada é conversação em sala de aula, sobre os
conhecimentos que os alunos venham a ter sobre a geografia física do Nordeste
brasileiro; Leitura de artigos e revistas que tratam do tema abordado; Elaboração de
uma redação sobre o tema lido; Exposição de vídeos mostrando as características
físicas da região; Elaboração de paisagens com recortes e maquetes sobre os
aspectos físicos da região.
No quesito economia será construído um mapa em auto-relevo, mapa táctil
para que estes alunos possam interagir com todos e com o trabalho realizado com a
participação deles, com os pictogramas que devem ter desenhos e formas de
produtos que fazem referências econômicas à suas respectivas regiões, como por
exemplo no RN, o camarão, o sal e a fruticultura; na Bahia, o cacau; o petróleo, no
Ceará a indústria têxtil e assim por diante, pois desses elementos com certeza os
alunos tem conhecimento prévio, em virtude da grande divulgação pela mídia e das
propagandas políticas.
A região nordeste possui uma economia grande e diversificada, cada estado
apresenta características próprias que o habilita para explorar de forma inteligente e
sustentável, os recursos econômicos que lhe dão importância e que lhe tira proveito,
como por exemplo, a carcinicultura, a fruticultura, o petróleo, o pescado, os frutos do
mar, o sal, o cacau, a parafina, a castanha do caju, a cana-de-açúcar, a indústria
têxtil, o artesanato, o turismo e outros tantos itens mais.
A cartografia é de fundamental importância para o ensino de região, pois é
baseado nela que se pode trabalhar o tema de forma que possa atender todo tipo de
aluno, desde os ditos normais, até os portadores das mais diversas formas de
deficiência física, pois na elaboração de mapas temáticos táteis os alunos com
deficiência podem participar e interagir na formulação do tema, pois é na
metodologia utilizada para a elaboração desses mapas, que é construído o
conhecimento do aluno, fazendo com que o mesmo tenha uma visão ampla do
assunto em questão. Fazendo com que o aluno possa interferir no processo de
ensino aprendizado, sendo orientado pelo professor, para que o mesmo possa
construir seus conhecimentos próprios.
A questão regional, por sua vez, nos evoca a “conhecer características
fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais e como meio
para construir a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de
pertinência ao país”(BRASIL: PCNs, 1998. P.7). Contudo, não é difícil de constatar
que a região nordeste tem sido mostrada nos livros didáticos de forma muito
superficial e, inclusive, reforçando estereótipos que pouco corrobora para a
construção do sentimento de pertinência ao país, como os PCNs (BRASIL, 1998.)
pretendem alcançar dos alunos do ensino fundamental, pois, ao invés de aproximar
podemos estar acentuando diferenças. Portanto, cabe ao professor estimular o
discente a:
“Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,
bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionandose contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de
classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras caraterísticas
individuais e sociais” (P. 7).
A partir da breve reflexão acima, propomos a atividade “De onde vem?” como
forma de pensar a circulação de produtos locais nordestinos e a globalização a partir
da idéia de pertinência, valorização da pluralidade cultural e posicionamento contra
qualquer discriminação como nos indica os PCNs para o ensino fundamental.
Os conteúdos a serem abordados são globalização, economia nordestina
(produtos e circulação) de forma geral. Entretanto, pode-se trabalhar uma série de
conteúdos
(inclusive
conteúdos
interdisciplinares)
como
urbanização,
industrialização, capitalismo, divisão territorial do trabalho, etc.
Entretanto, para fins didáticos, esta atividade tem como objetivo discutir com
os alunos do 7º ano do ensino fundamental as noções de globalização, região, lugar
e como se dá a relação de produção e consumo de produtos regionais. Para tanto,
teremos como base o cotidiano, as vivências e experiências dos alunos e, assim
sendo, promover a apropriação de conceitos científicos a partir de conceitos
espontâneos, conforme o pensamento de Vygotsky que “a educação escolar é
importante para o avanço dos conceitos espontâneos [do cotiando] aos científicos”
(PILLETI e ROSSATO, 2011, p.96).
Portanto, busca-se aproximar o conteúdo das vivências dos educandos e,
dessa forma, contribuir para uma construção do conhecimento de forma crítica e não
apenas expor teorias e conceitos que nada falam aos alunos. Pois, segundo Freire
(2005, p.100) “Por isto mesmo é que muitas vezes, educadores e políticos falam e
não são entendidos. Sua linguagem não sintoniza com a situação concreta dos
homens a quem falam. E a sua fala é um discurso a mais, alienado e alienante”.
Fazer com que os alunos tragam para a sala de aula, objetos e instrumentos
das mais variadas formas que se associem as devidas regiões. Montar aulas como
no projeto, para que no final, de posse de todos os elementos, possam montar em
forma de teatro e de projeto, um quadro que fica a critério de cada professor
juntamente com os alunos, no intuito de fixar de forma lúdica o tema Região, onde
todos os alunos possam participar ativamente. Os alunos normais, os hiperativos, os
com baixa visão e os com deficiência física.
A pedagogia de projetos deve ter uma culminância que, neste caso,
propomos uma mostra científica com o tema do Nordeste, onde serão apresentados
os resultados de cada projeto e a apresentação da peça teatral. Também pode
haver a exposição de comidas típicas e objetos característicos da região, além de
ser convidado algum cordelista ou repentista.
CONTRIBUIÇÕES OBSERVADAS
Como este projeto foi construído para que o professor pudesse aplicá-lo
durante todo um semestre e este somente foi possível ser aplicado nos horários
disponíveis para o PIBID de Geografia na Escola Estadual Desembargador Floriano
Cavalcante, “FLOCA”, apenas algumas atividades propostas poderam ser
desenvolvidas. As atividades forma aplicadas ao 8° ano F e ao 2° ano também F.
A atividade do teatro ocorreu de forma incompleta no 8° ano, foi introduzida
uma oficina para explicar o que era teatro e jogos que envolviam diferentes
personagens da região nordeste. Também houve a apresentação da peça e sua
leitura, no entanto não houve tempo hábil para os ensaios e a apresentação. Mesmo
não sendo realizada de forma completa esta atividade proporcionou aos alunos o
debate e a desmistificação preconceituosa da forma de vida dos nordestinos,
fazendo assim com que os alunos enxergassem o verdadeiro nordeste.
A atividade do quesito economia foi observada que não havia nenhum
deficiente visual então se realizou um quebra-cabeça com a região nordeste e
produzido um mapa da região e pictogramas, com as principais atividades
econômicas, para que os alunos a partir de um debate com questionamentos
inserissem nos seus respectivos estados.
Devido aos poucos horários cedidos a atividade “De onde vem?” foi realizada
junto com as atividades do teatro e do quebra-cabeça através dos debates em que
sempre relacionamos com os principais produtos nordestinos marca da região e
explicitamos a dinâmica global onde estamos inseridos e por isso, há na região
produtos importados.
A atividade das características físicas não foi realizada, por razões já citadas.
A mostra foi cancelada por causa da greve dos professores. Porém, este projeto
teve grande importância, uma vez que os alunos participaram mostrando-se
interessados em conhecer sua região e verdadeiramente entender sua dinâmica e
sua cultura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A metodologia aqui estudada se faz capaz de fazer com que o próprio aluno
construa o conhecimento e formule questões, críticas e conclusões a respeito do
assunto estudado, podendo contribuir para a superação de dificuldades de
compreensão percebida na geografia escolar, uma vez que essa é uma disciplina
que exige do indivíduo a reflexão crítica a respeito de determinados conteúdos. Tal
capacidade não é muito estimulada na maioria das escolas, estas formam alunos
pragmáticos, preocupados apenas com conteúdos e resultados de avaliações e não
com a aprendizagem efetiva.
O estudo da região Nordeste é de grande relevância para o ensino de
geografia, tendo em vista que através dessa região o aluno pode compreender as
questões do lugar onde vive, bem como desmitificar o preconceito de origem
compreender criticamente o por quê de talo região carregar esse preconceito, além
de construir o conhecimento acerca dos aspectos físicos, econômicos, culturais e a
relação do Nordeste com outras escalas.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras
artes. Recife FJN, editora Massangana; São Paulo: Cortez, 2001.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Preconceito contra a origem
geográfica e de lugar: as fronteiras da discórdia. São Paulo: Cortez, 2007.
FREITAS, Katia S. Pedagogia de Projetos. Salvador: GERIR, 2003.
OLIVEIRA, Cacilda Lages - Significado e contribuições da afetividade, no
contexto da Metodologia de Projetos, na Educação Básica, dissertação de
mestrado – Capítulo 2, CEFET-MG, Belo Horizonte-MG, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 2005.
PILLETI, Nelson; ROSSATO, Solange Marques. Teoria da Aprendizagem: da
teoria do condicionamento ao construtivismo. São Paulo: Contexto, 2011.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais:
Geografia. Brasília:MEC/SEF,
1998.
disponível
em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/geografia.pdf>. Acesso em novembro de
2011.
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