LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – 4º TRIMESTRE 2014. SUBSÍDIO. LIÇÃO

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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – 4º TRIMESTRE 2014.
LIÇÃO 11.
SUBSÍDIO.
O HOMEM VESTIDO DE LINHO
INTRODUÇÃO
I – UMA VISÃO CELESTIAL (Dn 10.1-3)
II – A VISÃO DO HOMEM VESTIDO DE LINHO (Dn 10.4,5)
III – DANIEL É CONFORTADO POR UM ANJO (Dn 10.10-12)
CONCLUSÃO
A ATUAÇÃO DOS ANJOS NO CONTEXTO DA VISÃO DE DANIEL
DANIEL 10.13,14
Na aula desta semana, discorreremos sobre um fato intrigante no livro de
Daniel: a atuação dos anjos no contexto da visão concedida ao profeta do cativeiro.
Nesse ínterim, o profeta é consolado pelo anjo de Deus e fortalecido, a fim de tomar
conhecimento da visão que o havia deixado desfalecido. Notamos que, a
participação de anjos ao longo das visões celestiais concedidas a Daniel está
relacionada ao papel destes seres celestiais em todo o contexto bíblico. Na seguinte
passagem, vemos a presença de Gabriel, um mensageiro do alto escalão celestial
que é incumbido da responsabilidade de dar a Daniel o entendimento da visão. Em
seguida, encontramos Miguel, o Príncipe dos exércitos celestiais que é enviado para
dar cabo ao empecilho colocado pelo Príncipe da Pérsia, um ser espiritual do mal,
que queria impedir Daniel de entender a visão.
Em vista disso, podemos entender que os anjos sempre tiveram papel
importante na história do povo de Deus. Da mesma maneira, na dispensação da
Igreja, o Senhor também direcionou seu exército celestial, com o propósito de servir
aqueles que hão de herdar a vida eterna. Porquanto, nós também enfrentamos uma
batalha ferrenha contra “as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais”
todos os dias (Ef 6.12). Sendo assim, nesta lição, é imprescindível que o professor
explique a classe, concernente a atuação destes seres no âmbito espiritual em favor
dos santos. Discorra também, com relação a ajuda dos anjos, recebida por Daniel a
fim de que entendesse o sentido da revelação celestial.
A atuação dos anjos ao longo das visões de Daniel
Em vista do que podemos observar, as Escrituras Sagradas são enfáticas
quando se fala em relação à atuação dos anjos. Embora não dê detalhes específicos
de todo o exército celestial, a Palavra de Deus descreve o importante papel
realizado por estes seres celestiais em favor do seu povo. Dentre as funções
desempenhadas estão a de adoradores, mensageiros, protetores e também de
juízo.
O Dicionário de Profecia Bíblica define os anjos da seguinte maneira: “Anjos,
do hebraico malak, e do grego angelus, ‘mensageiro’. Seres celestes criados antes
do homem, e dotados de poderes especiais, cuja função é enaltecer o nome do
Todo-Poderoso, e trabalhar em prol dos que hão de herdar a vida eterna (Is 6.3; Hb
1.14). A Bíblia os descreve como seres obedientes, santos e sempre prestos a lutar
pelos santos. Nos últimos tempos, grande será o papel desempenhado por estes
seres. No arrebatamento, o arcanjo fará soar a última trombeta (1 Ts 4.16). Durante
a Grande Tribulação, os anjos executarão a maioria dos castigos divinos (Ap 15 e
16). E, precedendo o Milênio, um mensageiro forte e poderoso amarrará o diabo, e o
lançará no abismo (Ap 20.1-3)” (CPAD, 2012, p.31).
Da mesma maneira, os anjos também são importantes emissários das
mensagens celestiais aos seus servos (cf. Dn 9.21,22; At 1.10,11; Ap 19.9,10). No
contexto de Daniel, após receber a visão celestial, o profeta perde as forças, mas é
amparado pelo anjo do Senhor que o diz: “Daniel, homem mui desejado, está atento
às palavras que te vou dizer e levanta-te sobre os teus pés; porque eis que te sou
enviado” (Dn 10.11). E assim, o profeta teve as suas forças restabelecidas para que
pudesse entender a revelação de Deus. Sendo assim, tanto nesse contexto como
em muitas outras profecias encontradas nas Escrituras Sagradas, notamos que os
anjos foram essenciais no cumprimento do propósito divino a respeito do seu povo.
A atuação específica de Gabriel e Miguel na visão de Daniel
No tocante a visão concedida a Daniel, o texto discorre que estes seres
celestiais tiveram grande importância para que Daniel recebesse o entendimento
correto da revelação celestial. O anjo Gabriel e o arcanjo Miguel, operaram de forma
conjunta em favor do profeta. Na obra Teologia Sistemática de Eurico Bérgsten,
encontramos a seguinte descrição referente a estes dois seres celestiais: “Miguel,
cujo nome traduzido do hebraico significa ‘um dos primeiros príncipes’ (Dn 10.1321). Miguel está investido da missão especial de proteger o povo de Israel (cf. Dn
12.1). Quando Israel estava prestes a cumprir a profecia sobre a sua volta do
cativeiro de Babilônia (cf. Dn 9.2), os príncipes dos demônios queriam a todo custo
impedir essa vitória (cf. Dn 10.13). Miguel, então, lutou contra eles, garantindo a
volta. Vemos em Apocalipse 12, Miguel empenhado em uma luta contra o dragão e
seus anjos, os quais não puderam prevalecer contra ele, mas foram precipitados na
terra (cf. Ap 12.7-9).
Gabriel é o nome do outro arcanjo que possui uma grande e elevada posição
no céu. Várias vezes a Bíblia registra o nome dele como um emissário especial de
Deus para levar importantes e relevantes mensagens. Gabriel levou a resposta de
Deus a Daniel, a qual continha uma revelação para aquele tempo e também é uma
chave para a compreensão da palavra profética (cf. Dn 8.16; 9.21-27). Gabriel foi o
portador da mensagem a Zacarias sobre o nascimento de João Batista, o precursor
de Jesus (cf. Lc 1.11-13,19). Foi também ele quem trouxe a grandiosa mensagem
para a virgem Maria, de que ela haveria de dar à luz o Filho de Deus (cf. Lc 1.2635)” (CPAD, 2013, p.273). Portanto, estes seres angelicais tiveram grande
importância no contexto histórico das Escrituras e são citados em boa parte das
referências relacionadas aos anjos.
O papel dos anjos no âmbito espiritual da Igreja
Tendo em vista o papel importante exercido por estes seres angelicais ao
longo da história do povo de Deus, esta graça também foi estendida sobre a Igreja
do Senhor. Porquanto, devido o propósito divino estabelecido para os cristãos, para
que pregassem o Evangelho do Reino a toda criatura (cf. Mc 16.15), Deus
dispensou as suas miríades celestiais. Tal atividade consiste mais acentuadamente
na batalha espiritual relatada pelo apóstolo Paulo aos crentes de Éfeso: “Porque não
temos que lutar contra carne e sangue, mas sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais
da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12).
Desse modo, a Igreja enfrenta os empecilhos impostos pelas ações
demoníacas que querem impedir a Igreja de cumprir a sua vocação, e da mesma
maneira como Daniel orou e somente com perseverança obteve a resposta,
porquanto o anjo Gabriel foi impedido por causa de uma ação demoníaca do
Príncipe da Pérsia, nós também, como Igreja do Senhor, somos exortados a
permanecer firmes e confiantes, pois o Senhor Deus dará ordens aos seus anjos ao
nosso respeito, a fim de obtermos êxito quanto à obra que nos foi incumbida de
realizar. Assim sendo, o Corpo de Cristo, pode contar com o auxílio divino ao seu
dispor e confiar que “o Anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os
livra de todo o mal” (Sl 34.7).
Considerações finais
Considerando a atuação dos seres celestiais no âmbito espiritual em favor
do seu povo, podemos concluir que o propósito divino para os anjos era exatamente
que servissem os crentes na empreitada do Reino de Deus neste mundo. Embora
fosse o desejo destes seres, entender a magnificência dos mistérios divinos e da
salvação do homem, Deus designou a Igreja para anunciar esta magnífica obra
consumada no Calvário (1 Pe 1.12). O propósito de dar entendimento a Daniel com
respeito à revelação celestial evidencia o papel importante realizado pelos anjos no
contexto da história da humanidade, seja de forma global, ou mesmo de forma
individual. Deus sempre se mostrou presente, ou quando não, atuando por meio de
anjos, como seus representantes espirituais no meio do seu povo. Há exemplo
disso, vemos na caminhada do povo hebreu no deserto, quando Deus envia um anjo
para orientá-los pelo caminho até a terra que “mana leite e mel” (cf. Ex 33.2,3). Ou
mesmo, a fim de trazer o juízo pela desobediência de algum governante como
ocorreu com Davi (cf. 1 Cr 21.1,7,17).
Da mesma maneira, o Senhor continua dando ordem aos seus anjos a favor
do seu povo. Mesmo nos dias atuais, a Igreja pode contar com a proteção divina e
com a atuação desses seres angelicais pelejando contra as hostes espirituais da
maldade que intentam parar a obra realizada pela Igreja de Cristo. Entretanto, não
poderão, pois “as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja do Senhor” (cf.
Mt 16.18). Sendo assim, esses seres não devem ser adorados, pois são conservos
daqueles que carregam o testemunho de Jesus e a mensagem do Reino de Deus
em suas vidas (cf. Ap 19.10).
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.
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