Socialismo

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Colégio Módulo
Salvador-Ba
Política na Segunda Metade do Século XX
Trabalho Interdisciplinar
Componentes do Grupo:
Eduardo Vieira
Rafael Amaral
Matheus Guimarães
Pedro Henrique Heleno
Maria Fernanda
Thyalla Gallardo
Alessandra Pato
Luisa Leite
Introdução
O século XX foi um tempo em que surgiram nomes e eventos que marcaram
para sempre a história da humanidade. A Primeira Guerra Mundial “feita para pôr fim a
todas as guerras” transformou-se no ponto de partida de novos e irreconciliáveis
conflitos, pois o Tratado de Versalhes disseminou um forte sentimento nacionalista. As
contradições se aguçaram com os efeitos da crise de 1929. Além disso, a política de
apaziguamento, adotada por alguns líderes políticos do período, se caracterizou por
concessões para evitar um confronto. Os regimes totalitários foram consolidados e a
Segunda Guerra Mundial desencadeada.
Após 1945 a bipolarização política - oposição entre socialismo e capitalismo foi levada ao extremo. Um comportamento político, ideológico e militar que afetou todo
o mundo contemporâneo. Naquele momento era visível que as relações internacinais
eram totalmente submetidas aos interesses norte-americanos e soviéticos. Falam em Paz
Armada, explicando o fato de duas potências mundiais envolverem-se numa corrida
armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países
aliados. Assim, diz que enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências,
a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
O fim da Guerra Fria embaralhou as cartas do jogo. A disseminação do bloco
soviético, uma aparente vitória da superpotência americana, mostrou novas realidades.
Nessa época o poder das armas valia mais que o poder do dinheiro, agora a situação
tinha mudado. Os poderes econômicos, tecnológicos e comerciais nesse momento eram
a base mundial. As relações econômicas tornaram-se mais intensas, não mais apoiadas
em dois pólos, mas sobre os blocos econômicos e geopolíticos. Dessa forma, a
globalização chega com tudo, a mundialização do capitalismo, onde a competição e a
competitividade entre as empresas tinha se tornado questão de sobrevivência. Esta veio
inteiramente para atender o capitalismo, trazendo as inovações tecnológicas e o
incremento no fluxo comercial mundial também. Assim, foi-se evoluindo
gradativamente tornando o mundo como é e com planos de mudanças que sempre
existiram.
Pós 2º Guerra Mundia
Há 64 anos terminava a segunda
Guerra Mundial. As tristes e engenhosas
marcas deixadas pelos 6 anos de
atrocidades mundiais, levava também,
uma grande carga de desenvolvimento.
A Europa, tinha se tornado o maior
palco de conflitos vistos até hoje.
Bilhões foram investidos, milhões de
toneladas de equipamentos foram
inventados e milhões de vidas inocentes
foram ceifadas. Porém, nações viam
uma oportunidade única de crescer
violentamente. Dessa maneira, o mundo
se reconstruía sobre escombros e
catástrofes.
Conferencia de Yalta
A conferência de Ialta é composta
por um conjunto de
reuniões ocorridas
entre 4 e 11 de
fevereiro de 1945
no Palácio Livadia,
na estação
balneária de Ialta.
Os chefes de
Estado dos Estados
Unidos da América (Franklin D.
Roosevelt) e da União Soviética (Josef
Stalin), e o primeiro-ministro do Reino
Unido (Winston Churchill) reuniram-se
em segredo em Ialta para decidir o fim
da Segunda Guerra Mundial e a
repartição das zonas de influência entre
o Oeste e o Leste.
Em 11 de fevereiro de 1945, eles
assinam os acordos cujos objetivos são
de assegurar um fim rápido à guerra e a
estabilidade do mundo após a vitória
final.
 Conferencia de Potsdam
A Conferência de
Potsdam ocorreu em
Potsdam, Alemanha
(perto de Berlim),
entre 17 de Julho e 2
de Agosto de 1945.
Os participantes
foram os vitoriosos
aliados da II Guerra
Mundial, que se
juntaram para decidir como administrar
a Alemanha, que se tinha rendido
incondicionalmente nove semanas
antes, no dia 8 de Maio. Os objetivos da
conferência incluíram igualmente o
estabelecimento da ordem pós-guerra,
assuntos relacionados com tratados de
paz e o contornar os efeitos da guerra.
 Criação da ONU
A idéia das Nações Unidas foi
formalmente elaborada na declaração,
firmada durante a Segunda Guerra
Mundial, na
conferência de
Aliados celebrada
em Moscou em
1943. O então
presidente dos
Estados Unidos da
América, Franklin
Delano Roosevelt,
sugeriu o nome de
"Nações Unidas".
Em 25 de Abril de 1945 celebrou-se
a primeira conferência em São
Francisco. À parte dos governos, foram
convidadas organizações não
governamentais. As 50 nações
representadas na conferência assinaram
a Carta das Nações Unidas a 26 de
Junho, e a Polônia, que não esteve
representada na conferência,
acrescentou seu nome mais tarde.
A ONU começa a sua existência a 24
de Outubro de 1945, depois da Carta ter
sido ratificada pelos então cinco
membros permanentes do Conselho de
Segurança (China, França, URSS,
Reino Unido e EUA) e pela grande
maioria dos outros 46 membros.
 Mundo Bipolar
Os EUA defendiam a economia
capitalista, argumentando ser ela a
representação da democracia e da
liberdade. Em contrapartida a URSS
enfatizava o socialismo como resposta
ao domínio burguês e solução dos
problemas sociais.
Sob a influência das duas doutrinas,
o mundo foi dividido sob a influência
das duas maiores potências econômicas
e militares da época, estava também
polarizado em duas ideologias opostas:
O Capitalismo e o Socialismo.
Entretanto era notória deste o início
da Guerra Fria a superioridade
americana. Em 1945 os EUA tinham
metade do PIB mundial, 2/3 das
reservas mundiais de ouro, 60% da
capacidade industrial ativa do mundo,
67% da capacidade produtora de
petróleo, além da maior Marinha e da
maior Força Aérea que existia.
Por sua vez a União Soviética havia
sido palco das maiores batalhas da II
Guerra Mundial, contra as mais
importantes divisões alemãs. Centenas
de cidades soviéticas estavam destruídas
em 1945. A maior parte das industrias,
da capacidade produtiva agrícola e da
infra-estrutura de transportes, energia e
comunicações estava destruída ou
seriamente comprometida.
Assim, quando se inicia a Guerra
Fria, em 1945, os EUA não enfrentavam
nenhuma ameaça concreta à sua
soberania, já que a segunda maior
potência do mundo, a URSS estava
devastada e levaria anos para se
reerguer. Tanto que foi muito difícil
para o governo americano conseguir
recriar a imagem de uma União
Soviética ameaçadora logo em 1945,
algo que levou alguns anos para
acontecer.
Capitalismo
A hegemonia Estado Unidense foi
um dos maiores responsáveis pelas
crises e conflitos existentes.
Os reflexos do capitalismo
trouxeram uma grande influência
mundial por meio de sua cultura de
dominação. Cada vez mais, a iniciativa
privada era incentivada, tornando lema
a lei da oferta e procura. Assim, guerra
e crescimento econômico eram
conceitos indissociáveis no rumo do seu
objetivo de império.
Perdurando o conceito de que sangue
mais dinheiro levariam os EUA ao topo
do mundo.
 Doutrina Truman
Após a Segunda Guerra
Mundial, os países europeus se
encontravam totalmente abalados pela
guerra. Neste período se iniciou a
bipolaridade da Guerra Fria: de um
lado, os Estados Unidos capitalista; de
outro, uma União Soviética comunista.
Assim, a influência soviética no mundo,
especialmente naqueles países frágeis
politica e economicamente, passou a
despertar a preocupação do Ocidente.
Desta forma, fortes pressões foram
feitas no sentido de o mundo capitalista
encontrar uma
estratégia para
conter o avanço
socialista.
Como resposta a
isso, o presidente
estadunidense Harry
Truman passou a adotar uma postura
que visava, justamente, a contenção da
ameaça soviética. Em um violento
discurso pronunciado em 12 de março
de 1947 diante do Congresso Nacional,
Truman afirmou: "...os povos livres do
mundo olham para nós esperando apoio
na manutenção de sua liberdade...".
Nascia então, uma nova política: a
Doutrina Truman, na qual a potência
capitalista se comprometia a prestar
assistência a qualquer país onde se
verificassem as ameaças comunistas.
Os Estados Unidos passaram a
intervir em qualquer conflito
relacionado à bipolaridade existente na
época, com o pretexto de ajudar os
países a derrotar os insurgentes
comunistas. Resultado: tiveram grande
participação na Guerra da Coréia,
Guerra do Vietnã, no Irã, Guatemala,
entre outros conflitos. Como parte
integrante da Doutrina Truman, os
estadunidenses criaram o Plano
Marshall, com o fim de “auxiliar”
economicamente os países abalados
pela guerra, mas que no fundo, para
alguns, visava aumentar o vínculo e a
dependência dessas nações para com os
Estados Unidos.
 Conferência de Washington
Em 1950, no Conselho Internacional
da União Científica (ICSU), foi
discutida a possibilidade de ser
realizado o Terceiro Ano Polar
Internacional. Por sugestão da
Organização Meteorológica Mundial
(WMO), o conceito de ano polar foi
estendido para todo o globo, nascendo
assim o Ano Geofísico Internacional,
que veio a se realizar de Julho de 1957
até Dezembro de 1958. O ICSU
aprovou, em 1957, a criação do Comitê
Especial para Pesquisas Antárticas
(SCAR), formado por delegados de
diversos países engajados em pesquisas
antárticas. Esse foi um marco
importante para o desenvolvimento das
pesquisas no Continente, tendo delas
participado: Argentina, Austrália,
Bélgica, Chile, Estados Unidos da
América, França, Japão, Noruega, Nova
Zelândia, Reino Unido, República Sul
Africana e União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas.Encerrado o Ano
Geofísico Internacional, os países
participantes das pesquisas antárticas
mantiveram suas estações, reafirmando
seu interesse na região, o que motivou a
convocação feita pelos Estados Unidos
para a conferência de Washington, DC
em 1958, que discutiria o futuro do
continente. Como resultado da
conferência de Washington, os doze
países que dela participaram assinaram,
em 1 de Dezembro de 1959, o Tratado
da Antártica, que entrou em vigor em 23
de Junho de 1961.O Brasil aderiu ao
Tratado da Antártica em 1975. No
início da década de 1980 inaugurou a
Estação Antártica Comandante Ferraz
(EACF).
 Movimentos de
Contracultura
Surgida nos Estados Unidos na
década de 1960, a contracultura pode
ser entendida como um movimento de
contestação de caráter social e cultural.
Nasceu e ganhou força, principalmente
entre os jovens desta década, seguindo
pelas décadas posteriores até os dias
atuais.
Na década de 1950 surgiu nos
Estados Unidos um dos primeiros
movimentos da contra cultura: a Beat
Generation (Geração Beat). Os Beatniks
eram jovens intelectuais que
contestavam o consumismo e o
otimismo do pós-guerra americano, o
anticomunismo generalizado e a falta de
pensamento crítico.
Na década de 1960 o mundo
conheceu o principal e mais influente
movimento de contra cultura ja
existente, o movimento Hippie. Os
hippies se opunham radicalmente aos
valores culturais considerados
importantes na sociedade: o trabalho, o
patriotismo e nacionalismo, a ascensão
social e até mesmo a "estética padrão".
O principal marco histórico da
cultura "hippie" foi o "Woodstock," um
grande festival ocorrido no estado de
Nova Iorque em 1969, que contou com
a participação de artistas de diversos
estilos musicais, como o folk, o
"rock'n'roll" e o blues, todos esses de
alguma forma ligados às críticas e à
contestação do movimento.
Feminismo é o movimento social que
defende igualdade de direitos e status
entre homens e mulheres em todos os
campos.
Embora ao longo da história diversas
correntes filosóficas e religiosas tenham
defendido a dignidade e os direitos da
mulher em muitas e diferentes
situações, o movimento feminista
remonta mais propriamente à revolução
francesa.
 Macartismo
Macartismo (em inglês
McCarthyism) é o termo que descreve
um período de intensa patrulha
anticomunista nos Estados Unidos que
durou do fim da década de 1940 até
meados da década de 1950. Foi uma
época em que o medo do Comunismo e
da sua influência em instituições
estadunidenses tornou-se exacerbado,
juntamente ao medo de ações de
espionagem promovidas pela União
Soviética. Originalmente, o termo foi
cunhado para criticar as ações do
senador estadunidense Joseph
McCarthy, tendo depois sido usado para
fazer referências a vários tipos de
condutas, não necessariamente ligadas
às elaboradas por McCarthy.
Durante o Macartismo, muitos
milhares de estadunidenses foram
acusados de ser comunistas ou
filocomunistas, tornando-se objeto de
investigações agressivas. O Macartismo
realizou o que alguns denominaram
"caça às bruxas" na área cultural,
atingindo atores, diretores e roteiristas
que, durante a guerra, manifestam-se a
favor da aliança com a União Soviética
e, depois, a favor de medidas para
garantir a paz e evitar nova guerra. O
caso mais famoso nesta área foi Charlie
Chaplin.
 Martin Luther King X
Malcolm X
Martin Luther King, Jr. (Atlanta,
Geórgia, 15 de janeiro de 1929 —
Memphis, Tennessee, 4 de abril de
1968) foi um pastor protestante e
ativista político estadunidense. Membro
da Igreja Batista, tornou-se um dos mais
importantes líderes do ativismo pelos
direitos civis (para negros e mulheres,
principalmente) nos Estados Unidos e
no mundo, através de uma campanha de
não-violência e de amor para com o
próximo. Se tornou a pessoa mais
jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz
em 1964, pouco antes de seu
assassinato. Seu discurso mais famoso e
lembrado é "Eu Tenho Um Sonho".
El Hajj Malik El Shabazz, mais
conhecido como Malcolm X o Malcolm
Little (19 de maio de 1925, Omaha,
Nebraska — assassinado em 21 de
fevereiro de 1965, Nova Iorque), foi um
dos maiores defensores dos direitos dos
negros nos Estados Unidos. Fundou a
Organização para a Unidade AfroAmericana, de inspiração socialista.
Os dois lutaram em função dos
direitos e da liberdade dos negros, mas
apesar disso se diferenciavam muito em
função das formas que usavam para
lutar por isso. Luther King era
conhecido pela pregação da paz e as
suas formas de luta eram todas
pacifistas, já Malcolm X era conhecido
pela sua forma violenta de correr atrás
de tudo isso.
Martin ficou conhecido por
vários movimentos e entre eles pela
criação da Conferência de Liderança
Cristã do Sul, a qual deveria organizar o
ativismo em torno da questão dos
direitos civis. King manteve-se à frente
da CLCS até sua morte, o que foi
criticado pelo mais democrático e mais
radical Comitê Não-Violento de
Coordenação Estudantil. O CLCS era
composto principalmente por
comunidades negras ligadas a igrejas
Batistas. King era seguidor das idéias de
desobediência civil não-violenta
preconizada por Mohandas Gandhi
(líder político indiano também
conhecido como Mahatma Gandhi), e
aplicava essas idéias nos protestos
organizados pelo CLCS. King
acertadamente previu que manifestações
organizadas e não-violentas contra o
sistema de segregação predominante no
sul dos EUA, atacadas de modo
violento por autoridades racistas e com
ampla cobertura da mídia, iriam criar
uma opinião pública favorável ao
cumprimento dos direitos civis; e essa
foi a ação fundamental que fez do
debate acerca dos direitos civis o
principal assunto político nos EUA a
partir do começo da década de 1960.
Malcom também foi muito
importante em toda essa luta, apesar da
religião ter sido a porta de entrada para
Malcolm X perceber todos os
problemas sociais enfrentados pelos
negros, pouco a pouco, ele percebeu a
questão do negro não era uma questão
apenas de caráter teológico, mas sim,
uma questão política, econômica e civil.
Foi a partir daí que os meios de
comunicação exploraram suas
declarações mais ácidas. Malcolm
percebeu que a violência não era uma
forma de barbaridade, mas um meio
legítimo de conquistas, pois todas as
mudanças históricas se deram de
maneira violenta. A violência proposta
era, portanto, uma metodologia de
transformação e não uma barbaridade
gratuita. O socialismo de Malcolm foi
consequência da evolução de seu
pensamento, após ser traído por
membros da Mesquita Templo Número
Dois, gradativamente ele percebeu que a
questão do negro passava pela estrutura
do capitalismo. Desta nova forma de
pensar surgiu a Organização da Unidade
Afro-Americana, um grupo não
religioso, focado nos problemas sociais
das minorias na sociedade capitalista
americana. A sua opção pela violência e
pelo socialismo foi de vital importância
para os rumos que os movimentos
negros tomaram ao fim da década de 60,
tal como os "Panteras Negras", também
partidários da violência enquanto
método e do socialismo enquanto
ideologia política.
 Bush x Obama
A cerca de dois meses da posse,
Barack Obama já tem quase toda a sua
equipe escolhida. Há quem diga que ele
quer evitar o erro de Bill Clinton, que só
definiu o gabinete de seu primeiro
mandato a cinco dias da posse, sem dar
tempo aos futuros secretários para que
se preparassem. Outros dois aspectos,
porém, emergem das escolhas de
Obama. A primeira, talvez a mais óbvia,
é ter Clinton como referencial. Outra é a
possível abertura para a participação
republicana, simbolizada pela provável
manutenção de Robert Gates na Defesa.
Compare os perfis dos integrantes das
equipes de Obama e Bush e saiba como
as posições do governo dos EUA podem
mudar.
Socialismo
Do ponto de vista político e
econômico, o comunismo seria a etapa
final de um sistema que visa a igualdade
social e a passagem do poder político e
econômico para as mãos da classe
trabalhadora. Para atingir este estágio,
deveria-se passar, uma fase de transição
onde o poder estaria nas mãos de uma
burocracia, que organizaria a sociedade
rumo à igualdade plena, onde os
trabalhadores seriam os dirigentes e o
Estado não existiria.
Sabe-se que as desigualdades sociais
já faziam com que os filósofos
pensassem num meio de vida onde as
pessoas tivessem situações de
igualdade, tanto em seus direitos como
em seus deveres; porém, não é possível
fixarmos uma data certa para o início do
comunismo ou do socialismo na história
da humanidade.
Na visão do pensador e idealizador
do socialismo, Karl Marx, este sistema
visa a queda da classe burguesa que
lucra com o proletariado desde o
momento em que o contrata para
trabalhar em suas empresas até a hora
de receber o retorno do dinheiro que lhe
pagou por seu trabalho. Segundo ele,
somente com a queda da burguesia é
que seria possível a ascensão dos
trabalhadores.
A sociedade visada aqui é aquela
sem classes. Porém, após algum tempo,
e por serem a minoria num mundo
voltado ao para o lucro e acúmulo de
riquezas, passaram por dificuldades e
viram seus sistemas entrarem em
colapso.
 Socialismo na União
Soviética
A União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas ou URSS, foi um país de
proporções continentais, fundado em 30
de dezembro de 1922 pela reunião dos
países que formavam o antigo Império
Russo, na Europa e na Ásia. O número
de repúblicas que o constituíram variou
ao longo do tempo, mas foi de quinze
durante a maior parte da existência do
país. A União Soviética foi uma das
duas superpotências durante a Guerra
Fria. A União dissolveu-se oficialmente
em 26 de
dezembro
de 1991.
 Polí
tica
Ger
al
O
governo da
União Soviética implementava as
decisões tomadas pela principal
instituição política do país, o Partido
Comunista da União Soviética (PCUS).
No final dos anos 1980, o governo
parecia ter muito em comum com os
sistemas políticos das democracias
liberais. Por exemplo, a constituição
soviética estabelecia todas as
instituições do governo e concedia aos
cidadãos uma série de direitos políticos
e civis. Uma casa legislativa, o
Congresso dos Deputados do Povo, e
sua comissão legislativa permanente, o
Soviete Supremo, representavam o
princípio da soberania popular.
Conforme a constituição soviética de
1977, o governo possuía uma estrutura
federativa, o que dava às repúblicas
certa autonomia quanto à
implementação de políticas e oferecia às
minorias nacionais uma aparente
participação na administração de seus
próprios assuntos.
Na prática, porém, o governo diferia
consideravelmente dos sistemas
ocidentais. No final dos anos 1980, o
PCUS exercia muitas das funções
geralmente atribuídas aos governos de
outros países.
 Glasnost
Na área política e social, a Glasnost
pretendeu colocar novos paradigmas no
modo de vida soviético. Para que a
União Soviética tivesse um
desenvolvimento forte e profícuo, era
necessário colocar uma nova
mentalidade em todos os segmentos da
sociedade. Assim, a proposta foi de
acabar com a burocracia política,
combater a corrupção e introduzir a
democracia em todos os níveis de
participação política. A glasnost
também libertou dissidentes políticos e
permitiu a liberdade de imprensa e
expressão.
Quando em 1985 Mikhail
Gorbatchev assumiu o poder na URSS,
enfrentou o caos. A superpotência que
detinha uma capacidade nuclear
suficiente para destruir a vida no planeta
várias vezes encontrava-se à beira do
abismo. Os problemas eram tantos e em
tantos setores, que desde o início o mais
jovem líder da URSS implementou
reformas.
As reformas não significavam que o
socialismo havia dado errado, ou que o
capitalismo havia vencido. As
mudanças de ordem estrutural propostas
por Gorbatchev visavam à
modernização do país, mas para isso
seria necessário o desenvolvimento real
dos problemas, apartado da maquiagem
da burocracia, solidificada, no país, sob
o contexto de defesa dos interesses do
povo, no contexto da Guerra Fria.
A reestruturação econômica do país,
denominada Perestroika, só seria
possível com a adoção de uma política
de transparência, democrática, possível
apenas com a prerrogativa da
participação popular - a glasnost.
Resultou o fim do socialismo e a
indepêndencia de 15 repúblicas
soviéticas.
 Gorbachev e seu governo
Em 1986, Gorbachev tem de
lidar com a explosão do reator da Usina
Nuclear de Chernobyl, localizada na
Ucrânia, que provocou uma onda de
radiação por toda a Europa. A
desorganização e as informações
escassas na época contribuíram para que
o regime comunista já estivesse
chegando ao fim.
Em 1988, Gorbachev anuncia que a
União Soviética abandonava
oficialmente a Doutrina Brejnev, ao
admitir que a Europa de Leste adotasse
regimes democráticos, se desejassem.
Em jeito de graça, auto-denominou esta
disposição como Doutrina Sinatra. Isto
levou à corrente de revoluções de 1989,
nos países de leste, através das quais o
comunismo colapsou. Revoluções essas
que se realizaram de forma pacífica,
como na Alemanha, com a queda do
muro de Berlim. Terminava assim a
Guerra fria, o que justificou a atribuição
do Prémio Nobel da paz a Gorbachev
em 1990. Nesse mesmo ano, as duas
Alemanhas, capitalista e comunista, se
reunificariam
Capitalismo X Socialismo
(Alemanha)

Divisão da Alemanha
“A derrota da Alemanha na
Segunda Guerra Mundial resultou na
divisão do país, que se tornou o marco
de dois blocos político-econômicos
antagônicos. Era o início da Guerra
Fria. A Alemanha permaneceu
dividida até 1990.”
As quatro potências vencedoras Estados Unidos, Reino Unido, França e
União Soviética - assumiram o poder e
dividiram o território alemão em quatro
zonas de ocupação. Sob o controle
soviético ficaram os territórios a leste e
Berlim também foi dividida em quatro
setores.
Os diferentes sistemas de domínio
no Ocidente e no Leste geraram
divergências entre os Aliados, que não
conseguiam definir uma política comum
para a Alemanha vencida.
Embora recebesse ajuda dos EUA,
foi só com o programa de luta contra "a
fome, a pobreza, o desespero e o caos"
que a Alemanha Ocidental recebeu o
impulso decisivo para iniciar sua
reconstrução. O chamado Plano
Marshall.
A Zona de Ocupação Soviética não
teve a mesma sorte, tendo que arcar
sozinha com os custos de sua
recuperação, além de sofrer a sangria
das reparações de guerra (que também
afetou a parte ocidental).
Após unir suas três zonas de
ocupação, os aliados ocidentais –
Estados Unidos, França e Reino Unido
decidiram implantar uma reforma
monetária e criar um Estado provisório
sob seu controle.
Stalin reagiu à reforma monetária
na Alemanha Ocidental ordenando que
o lado ocidental de Berlim fosse
bloqueado. Mandou interditar todas as
comunicações por terra. Isolado das
zonas ocidentais e de Berlim Oriental.
Os aliados ocidentais promulgaram a
Lei Fundamental, elaborada por um
conselho parlamentar, dando origem à
República Federal da Alemanha (RFA).
A União Soviética, que integrara a
zona leste do país à sua estrutura de
poder, não ficou atrás, anunciando, a
fundação da República Democrática
Alemã (RDA), tendo Berlim Oriental
como capital. Seu regime era comunista
e de economia planificada, dando
prosseguimento à socialização da
indústria e ao confisco de terras e de
propriedades privadas.
Com o surgimento de dois Estados,
a Alemanha tornou-se o marco divisório
de dois blocos e sistemas políticoeconômicos antagônicos liderados pelos
EUA, de um lado, e pela União
Soviética, de outro. Em nenhuma outra
parte do mundo a Guerra Fria se
manifestou com tanta intensidade. A
divisão alemã persistiu até 1990.
 RFA e RDA: dois caminhos
diferentes
O desenvolvimento da República
Federal da Alemanha (RFA) foi
marcado por uma rápida reconstrução
do país, do Estado e das instituições
democráticas, pela recuperação
econômica impulsionada pelo Plano
Marshall e pela estabilidade interna. Na
política interna, os esforços
concentraram-se em superar a divisão
da Alemanha, ou em atenuar suas
conseqüências. Na política exterior, a
RFA ligou-se estreitamente ao bloco
liderado pelos EUA e participou do
processo de integração européia nas
comunidades que foram surgindo no
pós-guerra.
A República Democrática Alemanha
(RDA), por sua vez, filiou-se ao Pacto
de Varsóvia. Ainda que a Alemanha
comunista não tivesse plena autonomia
em relação a Moscou, o chefe de Estado
e do partido, Erich Honecker,
caracterizou sua versão de "socialismo
realmente existente". No Leste Europeu,
a República Democrática Alemã era
tida como exemplo de um país socialista
que conseguiu dar um bom nível de
vida à sua população.
Relembrando:
Plano Marshall
O Plano Marshall, um
aprofundamento da Doutrina Truman,
conhecido oficialmente como Programa
de Recuperação Européia, foi o
principal plano dos Estados Unidos para a
reconstrução dos países aliados
da Europa nos anos seguintes à Segunda
Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o
nome do Secretário do Estado dos
Estados Unidos, George Marshall.
Comecon
Visava à integração econômica das
nações do Leste Europeu. O
aparecimento da Comecon surgiu no
contexto europeu após o final da Segunda
Guerra Mundial, do qual resultou a
destruição de parte do continente
Europeu e surgindo como a resposta
soviética ao plano edificado
pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que
visava apoiar a reconstrução econômica
da Europa Ocidental.
Pacto de Varsóvia
Foi uma aliança militar formada pelos
países socialistas do Leste Europeu e
pela União Soviética.
O tratado correspondente estabeleceu o
alinhamento dos países membros
com Moscou, estabelecendo um
compromisso de ajuda mútua em caso
de agressões militares.
OTAN
A organização foi criada em 1949,
no contexto da Guerra Fria, com o
objetivo de constituir uma frente oposta
ao bloco socialista, que, aliás, poucos
anos depois lhe haveria de contrapor o
Pacto de Varsóvia, aliança militar do leste
europeu. Desta forma, a OTAN tinha,
na sua origem, um significado e um
objectivo paralelos, no domínio
político-militar, aos do Plano Marshall no
domínio político-económico. Os estados
signatários do tratado de 1949
estabeleceram um compromisso de
cooperação estratégica em tempo de paz
e contraíram uma obrigação de auxílio
mútuo em caso de ataque a qualquer dos
países-membros.

O muro de Berlim
A República Federal da Alemanha
não reconhecia a RDA, o Estado
oriental alemão, considerando-se a
única representante dos alemães
(Doutrina de Hallstein). Uma crise em
Berlim em 1958, quando Kruchev
exigiu que os Aliados desocupassem
Berlim Ocidental em seis meses, e a
posterior construção do Muro de Berlim
colocaram em risco a ligação de Berlim
Ocidental com a RFA e enfraqueceram
Adenauer.
Sinônimo da linha divisória entre os
mundos capitalista e socialista, Berlim
Ocidental atraía os alemães-orientais
pelas liberdades democráticas e pelo
brilho de suas vitrines, que
simbolizavam o progresso ocidental. De
1949 a 1961, quase 3 milhões de
pessoas fugiram da Alemanha
comunista para os setores ocidentais de
Berlim.
A RDA não podia admitir que o
êxodo continuasse. Na manhã de 13 de
agosto de 1961, soldados começaram a
construir o Muro de Berlim,
demarcando a linha divisória
inicialmente com arame farpado,
tanques e trincheiras. Nos meses
seguintes, foi sendo erguido em
concreto armado o muro que marcaria a
vida da cidade até 1989.

A queda do muro de Berlim
Desde que foi construído até 1989 o
muro de Berlim, como ficou conhecido,
foi o símbolo da separação dos blocos
capitalista e comunista e da Guerra Fria.
Era o ponto máximo da rivalidade das
duas potências. Mas nos fins da década
de 80, começou o redespertar das
nacionalidades, com a desagregação de
alguns países como a Checoslováquia e
a Jugoslávia, e também o desejo de
reunificação das duas Alemanhas. Os
enormes fluxos migratórios da
Alemanha de Leste para a Alemanha do
Oeste, em 1989, tornaram-se
impossíveis de controlar. Por isso, a 9
de Novembro de 1989, teve que ser
autorizada a livre circulação entre as
duas partes de Berlim, e como
consequência a destruição do muro.
Nessa noite os alemães de um e de outro
lado da cidade subiram e dançaram em
cima dele. Reinava a alegria, todos
festejavam, enquanto vários faixas do
muro iam sendo cortadas e deitadas
abaixo. Nesse momento histórico não se
estava apenas a deitar abaixo uma
parede: a sua queda do muro de Berlim
significava a queda dos regimes
comunistas, o fim da Guerra Fria e de
toda a tensão mundial e a abertura ao
mundo. Na euforia, muita gente não
previu as futuras dificuldades por que a
Alemanha iria atravessar: fecho de
muitas empresas, desemprego,
instabilidade, o que viria a despertar
movimentos político-sociais, como o
neonazismo.

A coexistência pacífica
Buscando evitar a todo o custo o
confronto direto entre as duas grandes
potências, a estratégia da coexistência
pacífica (formalizada pelo líder
soviético Nikita Kruschev) desloca a
Guerra Fria para os campos da
economia e da tecnologia. As novas
relações possibilitam algumas
aproximações entre os tradicionais
rivais, mas não garantem o fim das
hostilidades e tensões. No início dos
anos 60, duas graves crises confirmam
que, apesar do fim da fase mais aguda, a
Guerra Fria continua presente: as crises
do muro de Berlim, em 1961, e dos
mísseis de Cuba, em 1962.
adversários estão longe da
reconciliação.
 Os planos de Jean Monnet
Em 1950, diante da crescente tensão
internacional, Jean Monnet considerou
que tinha chegado o momento para
tentar um passo irreversível para unir os
países europeus. Em sua casa em
Houjarray, ele e sua equipe conceberam
a idéia da Comunidade Européia. Em 9
de Maio de 1950, com o acordo do
Chanceler Adenauer, Robert Schuman
apresentou uma declaração em nome do
Governo francês. Preparado por Jean
Monnet, propôs a presente declaração
colocando toda a produção francoalemã de carvão e do aço sob uma Alta
Autoridade comum aberto aos outros
países da Europa. Assim, a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (CECA)
nasceu. Em 1952, Jean Monnet tornou o
primeiro presidente da Alta Autoridade.
Em 1955, a fim de relançar a
construção europeia na sequência do
fracasso da Comunidade Europeia de
Defesa (CED), Jean Monnet fundou a
Ação da Comissão para os Estados
Unidos da Europa. Reforçado pela sua
incansável impulso, esta comissão, que
aderiu aos partidos políticos e sindicatos
europeus, tornou-se uma força motriz
por trás todas as iniciativas em favor da
União Europeia, incluindo a criação do
Mercado Comum, o Sistema Monetário
Europeu, o Conselho Europeu, e eleição
para o Parlamento Europeu por sufrágio
universal.
Europa
Na Primavera de 1950, a Europa
encontra-se à beira do abismo. A Guerra
Fria faz pesar a ameaça de um conflito
entre as partes Leste e Oeste do
continente. Cinco anos após o termino
da Segunda Guerra Mundial, os antigos
 Etapas da formação da
União Européia
Em 1951 ocorreu a assinatura do
Tratado de Paris para instituir a CECA
(Comunidade Européia do Carvão e do
Aço). A CECA era composta por seis
países e ocorria a livre circulação de
carvão, ferro e aço.
No ano de 1957 foi assinado o
Tratado de Roma, houve então a
transformação de CECA na CEE
(Comunidade Econômica Européia),
nessa etapa já era permitida a circulação
de mercadorias, serviços, capitais e
pessoas.
Em 1973 a CEE deferiu o ingresso
do Reino Unido, Dinamarca e da
Irlanda. No ano de 1981 a Grécia
conseguiu a adesão a CEE, cinco anos
mais tarde foi a vez de Portugal e
Espanha integrar ao bloco. Em 1990, a
ex-Alemanha Oriental, após a
unificação das Alemanhas, integrou a
CEE.
O ano 1995 marcou o ingresso da
Áustria, Finlândia e Suécia na União
Européia e, em 2004, mais dez países
integraram o bloco econômico. Isso fez
com que o bloco se tornasse o maior e
mais influente integração econômica do
mundo.
 Primavera de Praga
A Primavera de Praga foi o
movimento liderado por intelectuais
reformistas do Partido Comunista
Tcheco, interessados em promover
grandes mudanças na estrutura política,
econômica e social, na
Tchecoslováquia. A experiência de um
"socialismo com face humana” foi
comandada pelo líder do Partido
Comunista local, Alexander Dubcek. A
proposta surpreendeu a sociedade
tcheca, que em 5 de Abril de 1968
soube das propostas reformistas dos
intelectuais comunistas.
O objetivo de Dubcek era
"desestalinizar" o país, removendo os
vestígios de despotismo e autoritarismo,
que considerava aberrações no sistema
socialista. Com isso, o secretário-geral
do partido prometeu uma revisão da
Constituição, que garantiria a liberdade
do cidadão e os direitos civis. A
abertura política abrangia o fim do
monopólio do partido comunista e a
livre organização partidária, com uma
Assembléia Nacional que reuniria
democraticamente todos os segmentos
da sociedade tcheca. A liberdade de
imprensa, o Poder Judiciário
independente e a tolerância religiosa
eram outras garantias expostas por
Dubcek.
A União Soviética, temendo a
influência que uma Tchecoslováquia
democrática e socialista, independente
da influência soviética e com garantias
de liberdades à sociedade, pudesse
passar às nações socialistas e às
"democracias populares", mandou
tanques do Pacto de Varsóvia invadirem
a capital Praga em 21 de Agosto de
1968. Dubcek foi detido por soldados
soviéticos e levado a Moscou . Na
cidade de Praga a população reagiu a
invasão soviética de forma não violenta,
desnorteando as tropas
As reformas foram canceladas e o
regime de partido único continuou a
vigorar na Tchecoslováquia. Em
protesto contra o fim das liberdades
conquistadas, o jovem Jan Palach ateou
fogo ao próprio corpo numa praça de
Praga em 16 de Janeiro de 1969.
 Neonazismo
A imigração e a dificuldade de
assimilação dos trabalhadores das
regiões periféricas da economia
européia; a recessão e o desemprego; a
degradação do nível de vida; a
diminuição da arrecadação de impostos
e o ressurgimento de velhos
preconceitos
étnicos e
raciais
favorecem, a
partir dos anos
80, a retomada
de movimentos
autoritários e
conservadores
denominados "neonazistas".
Os movimentos manifestam-se de
forma violenta e têm nos estrangeiros o
alvo preferencial de ataque. Valendo-se
também da via institucional parlamentar
(Frente Nacional, na França; Liga
Lombarda e Movimento Social Fascista,
na Itália) para dar voz ativa às suas
reivindicações, os movimentos
neonazistas têm marcado a sua presença
no cotidiano europeu, em especial na
Alemanha, Áustria, França e Itália.
América Latina
 América Latina e a Guerra
Fria
Os sistemas políticos da América
Latina não ficaram imunes às mudanças
causadas pela intensificação da
urbanização e da industrialização em
um quadro ainda muito marcado pela
pobreza e exclusão social.
Apesar do avanço da modernização,
nenhum país da América Latina
conseguiu se tornar desenvolvido na
segunda metade do século XX.
Depois da Segunda Guerra Mundial,
o autoritarismo foi substituído por
democracias que continuaram buscando
a composição entre os interesses das
elites, as expectativas das classes
médias e as reivindicações das massas
trabalhadoras em um contexto de
liberdade política. De uma maneira
geral, essa conciliação democrática não
foi possível. O populismo, cujo apogeu
foi em 1945-1965, tentou fazer isso
mobilizando os trabalhadores e os
sindicatos com o nacionalismo
econômico e o trabalhismo, mas
fracassou diante do crescimento de um
movimento operário cada vez mais
exigente e difícil de ser controlado, e da
resistência das camadas dominantes,
aliadas ao capital estrangeiro, a
mudanças mais profundas no
capitalismo latino-americano. Com
efeito, em um ambiente de intensa
rivalidade ideológica que refletia a
Guerra Fria, o operariado tendia a se
aproximar dos trabalhadores rurais em
movimentos de massas que
reivindicavam reformas sociais e
econômicas, chocando-se com os
interesses dos grupos empresariais e das
oligarquias agrárias. As elites urbanas e
rurais tendiam, assim, a conciliar seus
interesses.
As pressões populares por mudanças
mais radicais (ampliação dos direitos
sociais, fortalecimento dos sindicatos,
reforma agrária), o que explica em
grande medida o conservadorismo
dessas elites e os limites que impunham
aos rumos das democracias latinoamericanas. A ascensão desses
movimentos de massas populistas ou de
tendência socialista. E as resistências
das elites econômicas às reformas
sociais criaram uma forte instabilidade
política nas democracias da América
Latina pós-1945 e resultaram em
freqüentes golpes de Estado contra
governos. O resultado, frequentemente,
eram impasses políticos que só puderam
ser solucionados com a instalação de
governos militares antipopulistas e
anticomunistas de “segurança nacional”,
capazes de reprimir os movimentos de
massas, eliminar a “subversão
comunista” e manter a ordem social
sem, contudo, abandonar as políticas de
modernização econômica. Esses
regimes militares contaram também
com o importante apoio do capital
estrangeiro, interessado na estabilidade
política e na proteção dos seus
negócios, e do governo dos EUA,
empenhados em uma “cruzada
anticomunista” e na afirmação de sua
hegemonia sobre a América Latina.
 Os EUA e a América Latina
A Guerra Fria alterou a lógica das
relações interamericanas, elevando a
proteção da “segurança nacional” ao
topo da agenda da política externa dos
EUA e transformando a América
Latina.Simultaneamente no campo de
batalha e no prêmio do conflito entre
capitalismo e socialismo, Ocidente e
Leste, EUA e URSS. Os Estados
Lançou uma cruzada anticomunista,
institucionalizaram as alianças políticas
e militares com as nações da região;
ofereceram colaborar com os regimes
autoritários contanto que fossem
anticomunistas; O temor de uma
“ameaça soviética” nas Américas foi
grandemente exagerado, mas ainda
assim ele teve implicações cruciais para
a política dos EUA.
Na América Latina, os Estados Unidos
buscou assegurar a hegemonia
americana e combater a expansão
comunista por meio do ideal da
solidariedade hemisférica e segurança
coletiva, em uma estrutura internacional
separada da ONU.
Necessidade de aumentar as
exportações americanas, o governo
apoiou, em um primeiro momento, a
onda de democratização da América
Latina.. No Brasil, por exemplo, os
EUA afastaram-se de Vargas (um aliado
americano na guerra) e ficaram contra a
ditadura do Estado Novo.
 Movimentos revolucionários
na América
- El Salvador
A história de enfrentamentos entre as
classes em El Salvador, no século 20, teve
como ápice a rebelião de cerca de 40 mil
camponeses e indígenas que tomaram
cidades e formaram sovietes
temporários. O ano era 1932. Em
reação, a ditadura dos latifundiários do
café instaurou uma repressão conhecida
como La Matanza, que dizimou a
população indígena.
A capilaridade do Partido
Comunista Salvadorenho (PCS) nos
acontecimentos de 1932 é um dos
fatores que encerram um período
revolucionário na América Latina, que
teve influência da Revolução Russa, dos
escritos de Mella e Mariatégui. O fim de
um período de ascenso em todo o
continente.
- Cuba
Até 1898, Cuba era a última colônia
espanhola da América, juntamente com
Porto Rico. Sua independência foi
conseguida nesse ano, após a derrota da
Espanha na Guerra Hispano-NorteAmericana, e neste processo a causa
separatista cubana contou com a ajuda
militar dos Estados Unidos. Desde
então, a presença norte-americana na
ilha tornou-se uma constante. Em 20 de
maio de 1902, foi promulgada a
primeira Constituição da nova república
latino-americana, com base na Emenda
Platt, que reconhecia a intervenção
norte-americana como garantia de sua
independência. No ano seguinte, com o
arrendamento da base militar de
Guantánamo, os Estados Unidos
asseguraram o total controle sobre os
destinos da República Cubana.
As primeiras décadas do século XX
foram marcadas pelas constantes
intervenções militares norte-americanas
na política de Cuba, ao mesmo tempo
em que aumentava a participação direta
dos Estados Unidos na sua economia.
Os crescentes investimentos no setor de
transportes, refinarias de petróleo e,
principalmente, na produção açucareira
desnacionalizaram a economia do país,
transformando-o numa verdadeira
feitoria agroindustrial. O resultado do
aumento da dependência externa foi o
agravamento da miséria, em especial
das populações do campo, brutalmente
exploradas pelo capital norteamericano.
- Nicarágua
Nos últimos anos, tem ressurgido na
América Latina os movimentos de
cunho guerrilheiro a partir de ações
militares episódicas, como o conflito em
Chiapas de 94, encabeçado pelo EZLN;
a tomada da Embaixada Japonesa em
Lima pelo MRTA e mais recentemente
o ascenso da luta guerrilheira liderada
pelas FARC’s na Colômbia. Como parte
desta nova "volta" do guerrilheirismo,
está marcado para acontecer no Brasil,
entre os dias 06 a 11 de dezembro de
1999 na cidade de Belém (Pará), o II
Encontro Americano pela Humanidade
Contra o Neoliberalismo – o primeiro
encontro ocorreu em 96 em Chiapas. O
evento reunirá grupos guerrilheiros
(EZLN, FARC, ...), organizações de
massa do movimento camponês,
operário e popular (MST, CUT, UNE,
UBES, CMP, MNU, ...), grupos
indígenas, instituições religiosas (CPT e
CNBB) e uma gama de partidos
burgueses e reformistas brasileiros
(PDT, PSB, PCB, PCdoB, PT, PSTU) e
internacionais como o Partido de
Refundação Comunista italiano, etc.

O golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde
a renúncia de Jânio Quadros em 1961.
O vice de Jânio era João Goulart, que
assumiu a presidência num clima
político adverso. O governo de João
Goulart (1961-1964) foi marcado pela
abertura às organizações sociais.
Estudantes, organização populares e
trabalhadores ganharam espaço,
causando a preocupação das classes
conservadoras como, por exemplo, os
empresários, banqueiros, Igreja
Católica, militares e classe média.
Todos temiam uma guinada do Brasil
para o lado socialista. Vale lembrar, que
neste período, o mundo vivia o auge da
Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda,
chegou a gerar até mesmo preocupação
nos EUA, que junto com as classes
conservadoras brasileiras, temiam um
golpe comunista.
Os partidos de oposição, como a
União Democrática Nacional (UDN) e o
Partido Social Democrático (PSD),
acusavam Jango de estar planejando um
golpe de esquerda e de ser o
responsável pela carestia e pelo
desabastecimento que o Brasil
enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João
Goulart realiza um grande comício na
Central do Brasil ( Rio de Janeiro ),
onde defende as Reformas de Base.
Neste plano, Jango prometia mudanças
radicais na estrutura agrária, econômica
e educacional do país.
Seis dias depois, em 19 de março,
os conservadores organizam uma
manifestação contra as intenções de
João Goulart. Foi a Marcha da Família
com Deus pela Liberdade, que reuniu
milhares de pessoas pelas ruas do centro
da cidade de São Paulo.
O clima de crise política e as
tensões sociais aumentavam a cada dia.
No dia 31 de março de 1964, tropas de
Minas Gerais e São Paulo saem às ruas.
Para evitar uma guerra civil, Jango
deixa o país refugiando-se no Uruguai.
Os militares tomam o poder. Em 9 de
abril, é decretado o Ato Institucional
Número 1 ( AI-1 ). Este, cassa
mandatos políticos de opositores ao
regime militar e tira a estabilidade de
funcionários públicos.
 Che Guevara
"O caminho é largo e, em parte,
desconhecido; conhecemos nossas
limitações. Faremos o homem do
século XXI: nós mesmos. Nos
forjaremos na ação quotidiana,
criando um homem novo com uma
nova técnica".
Che Guevara "O socialismo e o
Homem novo"
Che foi nomeado presidente do
Banco Nacional de Cuba e depois
Ministro da Indústria. A mentalidade
econômica dele, inspirada no modelo
soviético da época de Stalin, era
extremamente centralizadora
(concretizada no seu Sistema
Orçamentário). As atividades das
empresas estatais seriam regidas por um
controle único. Isso tornou-se fonte de
divergências com Raul Castro e outros
técnicos soviéticos que começaram a
chegar a Cuba, e que defendiam um
sistema de maior independência
empresarial, conjugada com estímulos
materiais estendidos aos trabalhadores e
aos especialistas.
Técnicos que cada vez tinham maior
ascendência conforme a ilha se atritava
com os EUA. Che imaginava ser
possível escapar, com auxilio dos países
do Bloco Socialista, da “maldição do
açúcar”. De poder tornar Cuba
industrialmente auto-suficiente, o que
na prática revelou-se impraticável. Em
1964 os cubanos assinaram um tratado
com os soviéticos, atrelando a ilha de
volta à produção de cana. Outro ponto
de atrito foi a questão dos estímulos
materiais. Che, como quase todo
idealista, acreditava que as pessoas
deveriam trabalhar apenas motivadas
por estímulos morais.
A dedicação à causa, o amor ao
coletivo e o espirito de solidariedade
seriam os combustíveis básicos da nova
sociedade. Expressou esse sentimento
num ensaio chamado “O socialismo e o
homem novo em Cuba” (El socialismo y
el hombre nuevo en Cuba) , publicado
em 1965, onde defendia que o processo
de transição para o socialismo deveria
ser acompanho por uma mudança
psicológica e moral: o surgimento de
um homem novo desprendido do
interesse material. Para tanto “a
sociedade em seu conjunto
deveria converter-se numa
grande escola”.
Che decepcionou-se com
os soviéticos em duas
ocasiões. A primeira foi
durante a gravíssima crise
dos mísseis, de outubro de
1962, quando Kruschev, o 1º Ministro
da URSS, evitando um enfrentamento
direto com o governo Kennedy, que
poderia redundar numa guerra nuclear.
Sem consultar Fidel, o líder soviético,
pressionado pela ameaça de uma guerra
nuclear, aceitou retirar os mísseis que os
soviéticos haviam instalado
secretamente em Cuba, a pretexto de
defendê-la contra um eventual ataque
americano. E, a outra, quando discursou
em Argel, em 1965, criticando o Bloco
Socialista, liderado pelos soviéticos, de
impor regras comerciais que não se
diferenciavam dos países capitalistas.
Além disso, o rumo interno cada vez
mais liberalizante da sociedade
soviética que se somava à política da
“coexistência pacífica” com o
capitalismo, proposta por Kruschev,
soava aos ouvidos de Guevara (como
aos chineses de Mao Tse-tung) como o
abandono da causa da revolução. Ora,
na medida em que Cuba, cada vez mais
dependia para a sua subsistência das
suas relações com a URSS, a posição de
Guevara ficou insustentável. Enquanto
os soviéticos insistiam na conciliação e
na coexistência, o Che aumentava a
retórica revolucionária.
Em janeiro de 1959, os guerrilheiros
de Sierra Maestra, agora com amplo
apoio do povo cubano, tomaram
Havana. Em seguida à fuga de Batista,
organizou-se um Governo Provisório,
presidido por Manuel Urrutia, que logo
implantou um programa de amplas
reformas: as empresas de petróleo e de
transportes norte-americanas foram
nacionalizadas, as políticas de educação
e saúde foram reformuladas, os
latifúndios foram suprimidos, tendo
início a reforma agrária. Com a
implementação das reformas a
burguesia cubana rompeu a aliança
revolucionária, contando para isso com
o apoio dos Estados Unidos. Diante do
agravamento das tensões, Fidel Castro
assume o poder, na condição de
primeiro-ministro.
A partir de 1960, o governo
revolucionário enfrentou a dura reação
norte-americana, de início com o
boicote ao açúcar cubano, e depois com
ações contra-revolucionárias, como o
malogrado desembarque de
anticastristas na Baía dos Porcos, em
1961, o que empurrou o regime de
Castro para a órbita soviética. As
crescentes pressões dos Estados Unidos
sobre o bloco latino-americano
resultaram na expulsão de Cuba da
Organização dos Estados Americanos
(OEA), em 1962. Com isso, a ajuda
velada da União Soviética foi
intensificada na forma de armas,
assessores e técnicos, culminando com
o projeto de instalação de uma base de
mísseis soviéticos em território cubano.
Esse fato, superado pela assinatura de
um acordo entre as duas superpotências,
tornou-se um dos episódios mais tensos
da Guerra Fria, colocando o mundo
diante da possibilidade de um conflito
mundial de proporções incalculáveis.
A partir de 1963, Cuba passou a
vivenciar a primeira experiência
socialista da América Latina, sob o
regime forte e monopartidário
comandado por Fidel Castro. Nos anos
setenta, as sanções e embargos dos
Estados Unidos, bem como da OEA,
contribuíram para o agravamento das
dificuldades econômicas vividas pelo
governo socialista de Cuba, que em
1972 passou a fazer parte do
COMECON, organismo econômico
formado pelos países do Leste Europeu.
Nos dias atuais, como reflexo da
derrocada do "socialismo real" e do
desmantelamento do Bloco Soviético, o
socialismo cubano vive uma grave crise
econômico-financeira. O aumento do
desabastecimento e da miséria tem
provocado o crescimento das fugas de
cubanos, gerando o fenômeno dos
"balseros", que procuram alcançar os
Estados Unidos a qualquer custo.
Conflitos “indiretos” da Guerra
Fria
Durante a segunda metade do século
XX, passamos por um período de
constante conflito indireto entre as duas
potencias da época, a URSS (socialista)
e os EUA (capitalista).
A influencia tanto política quanto
econômica das duas potencias fez com
que vários conflitos internos ocorressem
em diversos paises, onde eles se
dividiam para tentar unificar o sistema
desejado.
A partir de apoios econômicos e
militares as potencias ajudavam seus
influentes, com o objetivo de garantir
outra área de influencia unificada.
Com isso tivemos grandes
confrontos, como:
A Revolução Chinesa
A Guerra da Coréia (Junho/1950 –
Julho/1953)
Guerra do Vietnã (1960 – 1975)
 A Revolução Chinesa
Com cerca de 400 milhões de
habitantes, a China do final do século
XIX era um país submetido aos
interesses das principais potências
imperialistas. Essa sujeição era tão
intensa que, nas praças públicas das
cidades chinesas, os ocidentais davamse direito de fincar cartazes onde se lia:
“É proibida a entrada de cães e de
chineses no jardim”. Para exercer sua
dominação, as nações imperialistas
contavam com o apoio de uma
propaganda massiva e a conivência dos
imperadores chineses da dinastia
Manchu, que dominavam o país desde o
século XVII.
Aos poucos, as camadas
populares foram se engajando na luta
pela democracia. Finalmente, em 1911,
o antigo império chinês desabou. A
revolta que pôs fim à monarquia chinesa
foi liderada por Sun Yat-sen, nomeado
então presidente da República recémproclamada. Sun Yat-sen, junto com
seus seguidores, fundou o Kuomintag,
Partido Nacional do Povo.
A República chinesa, no entanto,
não conseguiu fazer frente às potências
estrangeiras e nem aos chefes militares
locais, chamados “os senhores da
guerra”.
Em 1921, com a disposição de
organizar os operários, os artesãos e os
30 milhões de collies existentes no país,
foi criado o Partido Comunista Chinês
(PCC). Seus principais fundadores
foram o intelectual Chen-Tu-xiu, o
educador Peng-Pai e o ativista político
Mao Tse-tung. A princípio, esse partido
aliou-se ao Partido Nacional do Povo.
Essa aliança, porém, durou pouco.
Em 1927, o general Chiang Kaishec assumiu o comando das tropas do
Partido Nacional do Povo, disposto a
submter os chefes militares locais e
impor-se ao país todo. Durante as lutas
que então se travaram, Chiang Kai-shec
voltou-se também contra os comunistas,
ordenando que os massacrassem. A
partir daí, a união entre os nacionalistas
e os comunistas cedeu lugar a uma
guerra entre eles.
Um dos episódios marcantes
dessa guerra foi a Longa Marcha, uma
caminhada de 10 mil quilômetros que o
principal líder comunista, Mao Tsetung, empreendeu com mais de 100 mil
pessoas em direção ao noroeste do país
com o objetivo de escapar ao cerco
inimigo. Durante a caminhada, muitas
pessoas morreram, outras ficaram pelo
caminho organizando os camponeses,
que haviam se transformado na
principal base de apoio dos comunistas.
Apenas 9 mil chegaram ao destino final,
a província de Shensi, onde se ergueu o
quartel-general das tropas maoístas.
A prolongada guerra entre
nacionalistas e comunistas foi
interrompida apenas duas vezes. A
primeira, em 1937, quando se uniram
para lutar contra o Japão que havia
invadido a Manchúria, no norte do país.
A segunda, durante a Segunda Guerra
Mundial, para enfrentar as forças nazifascistas.
Com o final da Segunda Guerra,
os japoneses foram expulsos do
território chinês e as tropas de Chiang
Kai-shec, com o apoio bélico dos
Estados Unidos, lançaram uma ofensiva
contra os “vermelhos” de Mao Tsetung, reiniciando, então, o conflito
armado.
Mesmo sem a ajuda da maior potência
comunista, a União Soviética, dirigida
na época por Stálin, as forças de Mao
conseguiram a vitória. Em 1º de outubro
de 1949, conquistaram o poder e
proclamaram a República Popular da
China. Chiang Kai-shec e o que restava
de seu governo refugiaram-se na ilha de
Formosa (Taiwan), onde instalaram a
China Nacionalista.
 A Guerra da Coréia
A partir da divisão
mundial entre as duas
potências, a Coréia
também sofreu com um
conflito interno o qual a
dividiu em duas partes.
De fato essa divisão é
anterior ao conflito já
que, durante o processo de ocupação
das áreas colonizadas pelo Japão, as
tropas norte-americanas controlaram o
sul e os exércitos soviéticos lutaram na
parte norte. A partir desse processo de
ocupação militar, as duas potências
resolveram criar uma fronteira artificial
que delimitaria o predomínio de ambas
naquela região. Após um acordo, o
paralelo 38° fixou os limites da
socialista Coreia do Norte e da
capitalista Coreia do Sul.
Esse projeto de equilíbrio de
forças logo foi desestabilizado com a
instauração da República Popular da
China, em 1949. O país que fazia
fronteira com a Coreia do Norte
conseguiu estabelecer uma experiência
revolucionária comunista ao longo do
extenso território chinês. Inspirados
pela experiência vizinha, as lideranças
políticas norte-coreanas, no ano
seguinte, apoiaram o projeto de
reunificação do país através da
declaração de uma guerra.
A invasão dos norte-coreanos
alarmou as potências capitalistas, que
logo convocaram uma reunião nas
instalações da Organização das Nações
Unidas. Aproveitando a ausência da
autoridade diplomática soviética, que
tinha poder de veto, os EUA
conseguiram a aprovação para que
enviassem tropas contra a ofensiva dos
socialistas. Em setembro daquele
mesmo ano os Estados Unidos enviaram
forças militares contra a Coreia do
Norte. Em pouco tempo, conseguiram
algumas importantes vitórias.
Entretanto, as ambições dos
norte-coreanos logo foram bem vistas
pelo líder comunista chinês Mão-Tsé
tung, que logo cedeu tropas em sinal de
apoio. Esse incremento militar obrigou
as tropas da ONU a recuarem para os
limites do paralelo 38º. Sentindo-se
visivelmente ameaçado pelo poderio
militar socialista, o general MacArthur
– líder dos exércitos norte-americanos –
chegou a requerer o uso de armamento
nuclear para dar uma “rápida solução”
ao conflito.
A possibilidade de uma nova
hecatombe foi logo descartada pelas
autoridades norte-americanas, que
preferiram partir para as negociações
diplomáticas. O equilíbrio de forças
entre os dois lados do conflito acabou
viabilizando as negociações, já que
nenhum tipo de avanço militar
significativo ocorreu nos dois anos
seguintes daquela guerra. Em 1953, o
Tratado de Pan-munjom encerrou a
desgastante Guerra da Coreia e
restaurou os limites territoriais do
paralelo 38º.
Mesmo com o fim da Guerra da
Coreia, a tensão entre essas duas nações
não chegou a um ponto final. O lado
norte, aproveitando do apoio
conseguido durante o auge do bloco
socialista, buscou meio para melhorar
seus índices de saúde e educação.
Além disso, aproveitou deste período
para empreender um forte projeto de
tecnologia bélica e nuclear. Essa última
medida promoveu fortes incômodos
diplomáticos entre Estados Unidos e
Coreia do Norte.
A região sul hoje integra uma
das mais sólidas e prósperas economias
capitalistas do mundo. A ajuda
financeira oferecida pelos Estados
Unidos conseguiu superar os problemas
vividos com a instabilidade das
instituições políticas e os escândalos de
corrupção. O sucesso da economia sulcoreana atingiu seu auge quando, no
ano de 2002, o país sediou alguns jogos
da Copa do Mundo de Futebol. Nos
últimos anos, as duas Coreias deram
início aos diálogos de uma possível
cooperação política e econômica.
 Guerra do Vietnã
A Guerra do Vietnã foi um dos
maiores confrontos militares
envolvendo capitalistas e socialistas no
período da Guerra Fria, onde sul e norte
se enfrentaram ao fim de conseguir a
unificação do seu sistema.
Em 1946, Ho Chi Minh, dirigente
comunista e criador do Vietminh,
proclamou a independência do Vietnã e
estabeleceu um estado republicano no
norte do território. No mesmo ano os
franceses instalaram no sul Bao Daí
como imperador. O Vietminh não
aceitou o estado de Bao Daí e com isso
iniciou-se a Guerra da Indochina, onde
Ho Chi Minh lutava pelo controle de
todo o país e sendo encerrada em 1954
com a derrota francesa na batalha de
Ilha de Diem Bien Phu.
Após a Convenção de Genebra em
1954, o Vietnã foi dividido em duas
zonas, sendo cada uma mantida sobre o
seu regime, capitalismo (no sul,
chefiado por Bao Daí) e o comunismo
(no norte, chefiado por Ho Chi Minh).
Foi estipulado para o ano de 1955 uma
convenção para unificação ou não. Os
norte-vietnamitas aceitaram a divisão,
pois acreditavam na unificação seria
feita nas urnas. Porem, o primeiroministro do sul, Ngo Dinh Diem,
anticomunista, deu um golpe de estado
em 1955 e instalou uma ditadura militar
contraria a reunificação. As forças do
sul passaram a receber apoio dos EUA,
então os comunistas que resistiam no
sul, apoiados pelo líder norte-vietnamita
criaram, em 1960, Frente de Libertação
Nacional, tendo o Vietcong como apoio.
Em 1961 os EUA enviaram 15 mil
conselheiros militares em resposta a
FLN. Porem crescia as desavenças entre
o governo ditatorial do sul e o povo, e
com o intuito de chamar atenção do
mundo para o problema que se passara,
monges budistas se queimaram em
praça publica.
Em 1963 o ditador Diem foi morto,
levando a vários golpes e ao caos
político, onde os EUA tiveram de
intervir diretamente na guerra. A partir
de 1965 a intervenção militar foi
completa e o suposto ataque nortevetnamita a navios norte americanos no
Golfo de Tonquim serviu de pretexto.
Então os estadunidenses passaram a
enviar ataques aéreos ao norte, porem o
Vietcong resistiu com
táticas de guerrilha aos
armamentos do sul.
Em 31 de janeiro de
1968, guerrilheiros do
Vietcong apoiando os norte-vietnamitas
lançaram ataques ao sul e invadiram a
embaixada dos EUA em Saigon. Os sulvietnamistas reagiram com ferocidade,
provocando a morte de 165mil
vietnamitas e 2 milhões de refugiados.
Enquanto isso o governo norteamericano enfrentou grandes protestos
do povo, mas mesmo assim manteve os
ataques a Ho Chi Minh em busca de
fechar as fontes de armas vindas da
China e URSS. Apesar de toda
destruição, os ataques não trouxeram
tantos benefícios, igualmente como em
1972 quando bombardearam a capital
do norte. Os EUA acabaram aceitando o
Acordo de Paris em 1973, e estabeleceu
o cessar fogo. Com isso ocorreram as
eleições gerais no sul. Com a retirada
das tropas americana o sul e o norte
passaram por 3 anos de guerra ate que
em 1976 se unificarão na Republica
Socialista do Vietnã.
Após todo esse conflito o numero de
mortos foram: mais de 2 milhões de
civis e 1 milhão de soldados nortevietnamitas e guerrilheiros Vietcongs.
Os norte-americanos contabilizaram a
maior derrota de sua história, com
45.941 soldados mortos, 1.811
desaparecidos em ação e 800.635
feridos.
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