Expansão Marítima Europeia e Mercantilismo

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Expansão Marítima Europeia e
Mercantilismo
Expansão marítimo-comercial
• A sucessão de crises do final da Idade Média provocou
mudança estrutural na sociedade europeia. A Europa
precisava crescer economicamente. Expandir-se.
Buscar novas soluções para seus problemas internos.
Foi no sistema capitalista nascente que se encontraram
as soluções para atender muitas dessas necessidades.
• O desenvolvimento do capitalismo foi impulsionado pela
expansão marítimo-comercial da Europa, nos séculos
XV e XVI. Dessa expansão resultaram o descobrimento
de novas rotas de comércio para o Oriente e a conquista
e colonização da América.
O medo de navegar
Navegar é preciso!
•
I.
Fatores econômicos, sociais, políticos e
culturais concorreram para a expansão
marítima e comercial européia:
Busca de um novo caminho para o Oriente;
Navegar é preciso!
II.
III.
IV.
V.
VI.
Necessidade de novos mercados consumidores;
Busca por metais preciosos;
Apoio dos Estados Nacionais;
Propagação da fé cristã;
Progresso tecnológico.
O pioneirismo português
•
I.
II.
Portugal foi o primeiro país da Europa a se
lançar às grandes navegações no século XV.
Muitos
fatores
contribuíram
para
o
pioneirismo português:
Centralização administrativa – permitiu que a
monarquia passasse a governar em sintonia
com os projetos da burguesia;
Mercantilismo – com a centralização políticoadminstrativa,
Portugal
assumiu
características de um Estado Absolutista que
adotou o mercantilismo como política
econômica;
O pioneirismo português
III.
IV.
Ausência de guerras – no século XV, enquanto Espanha,
França e Inglaterra estavam envolvidas em confrontos militares,
Portugal era um país sem guerras;
Posição geográfica – a posição geográfica de Portugal era
muito estratégica, pois o país é banhado em toda costa oeste
pelo oceano Atlântico.
Etapas da expansão portuguesa
• A expansão marítima portuguesa teve como marco inaugural a
conquista de Ceuta, em 1415, no norte da África.
• O infante D. Henrique, filho de D. João I, participou da conquista de
Ceuta e, ao regressar a Portugal, em 1416, organizou no sul do
país um centro de pesquisas de navegação. A chamada Escola de
Sagres tornou-se o mais avançado centro de navegação época.
Atingir o Oriente e apossar-se do seu comércio foram os objetivos
básicos de D. Henrique.
Etapas da expansão portuguesa
•
•
•
Vasco da Gama
Navegando
pela
costa
do
continente
africano,
os
portugueses foram estabelecendo
feitorias (postos comerciais) pelo
litoral, nas quais realizavam
lucrativo comércio. Obtinham
ouro, sal, marfim, pimenta e
escravos para trabalhar na
Europa.
O objetivo de descobrir um novo
caminho para o Oriente se
concretizou em 1498 quando
Vasco da Gama chegou a
Calicute, nas Índias.
Em 1500, uma nova expedição foi
organizada por Portugal para ir às
Índias. Porém, antes de atingir o
objetivo, chegou a novas terras: o
Brasil.
Navegações espanholas
•
•
•
Na Espanha, o movimento de
Reconquista prolongou-se até fins do
século XV. Envolvida na atividade
militar, a Espanha atrasou, em relação
a Portugal, seu ingresso na expansão
marítima.
Em 1492, após expulsar os últimos
mouros de seu território, os reis
espanhóis,
Fernando
e
Isabel,
dispuseram-se a patrocinar a viagem
do navegador genovês Cristóvão
Colombo, que lhes havia apresentado
um audacioso plano para atingir às
Índias.
Convicto da natureza arredondada da
Terra, pretendia atingir o leste
(Oriente)
viajando
pelo
oeste
(Ocidente).
Seu
plano
estava
teoricamente certo. Porém, entre a
Europa e a Ásia, havia outro
continente, a América.
Navegações espanholas
•
•
Com três caravelas (Santa Maria, Pinta e Ninã), Colombo partiu do porto de
Palos no dia 3 de agosto de 1492. Dois meses depois, em 12 de outubro de
1492, um tiro de canhão anunciava “terra à vista”. Colombo “descobriria” a
América, pensando ter chegado às Índias. Equivocadamente, chamou os
habitantes da nova terra de índios.
Colombo fez mais três viagens à América e morreu sem saber que se
tratava de um novo continente. Posteriormente, outros navegadores
esclareceram o equívoco. Entre eles, Américo Vespúcio, que deu nome ao
Novo Mundo.
Tratado de Tordesilhas
•
•
Portugueses
e
espanhóis,
pioneiros da grande expansão
marítima, fundaram seus impérios
ultramarinos
nas
terras
descobertas.
Com
a
intermediação da Igreja Católica,
estabeleceram diversos acordos
sobre a divisão dessas terras.
No caso do continente americano,
um dos tratados mais importantes
entre portugueses e espanhóis foi
o
Tratado
de
Tordesilhas,
assinado em 7 de junho de 1494,
que
estabelecia
uma
linha
imaginária a 370 léguas das ilhas
de Cabo Verde: as terras a oeste
dessa linha pertenceriam a
Espanha, enquanto as terras a
leste pertenceriam a Portugal.
Navegações francesas, inglesas e
holandesas
• Outros povos europeus rebelaram-se contra o
monopólio exercido por Portugal e Espanha sobre as
novas terras descobertas.
• Interessados, também, em descobrir um novo caminho
para as Índias, franceses, ingleses e holandeses
lançaram-se ao mar, concentrando suas navegações no
Atlântico Norte, pois espanhóis e portugueses já haviam
se dedicado às rotas do Atlântico Sul. Com isso,
supunham que poderiam encontrar uma “passagem
noroeste” para Ásia.
• Embora essa passagem não tenha sido encontrada, tais
navegações não foram infrutíferas. Possibilitaram a
exploração e a ocupação da América do Norte e a
prática da pirataria.
Mercantilismo
• A política econômica adotada pelos Estados Modernos chamava-se
mercantilismo, que corresponde a um conjunto de práticas
econômicas que vigoraram na Europa de meados do século XV a
meados do século XVIII. Essa práticas variavam de país para país,
mas tinham em comum o objetivo de fortalecer o Estado e a
burguesia na fase de transição do feudalismo para o capitalismo.
Princípios Mercantilistas
I.
Metalismo – a riqueza
de um Estado era
mensurada
pela
quantidade de metais
preciosos (ouro e
prata) que ele possuía
dentro
de
suas
fronteiras. Aumentar a
quantidade de metais
preciosos
era,
portanto,
um
dos
objetivos
fundamentais
do
mercantilismo.
Princípios Mercantilistas
II.
Balança Comercial Favorável – o comércio
internacional era outro meio para se promover o
enriquecimento do Estado. Nesse comércio, porém,
as exportações deveriam superar as importações,
apresentando balança de comércio favorável, o que
acarretaria na entrada de metais preciosos no
Estado.
Princípios Mercantilistas
III.
Protecionismo – para
que
a
balança
comercial
fosse
favorável, o Estado
deveria incentivar a
produção de artigos
que
pudessem
concorrer
vantajosamente
no
exterior, evitar a saída
de matéria-prima e
dificultar a importação
de
produtos
concorrentes.
Princípios Mercantilistas
IV. Intervencionismo Estatal – para que as
ideias
mercantilistas
se
concretizassem, o Estado deveria
intervir significativamente na economia,
empregando diversos meios, como
fixação
de
tarifas
alfandegárias;
estímulo às empresas manufatureiras e
ao industrialismo; controle sobre os
preços e sobre a quantidade de
mercadorias comercializadas etc.
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