O SR

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O Sr. MOACIR MICHELETTO (PMDB-PR) pronuncia
o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e
Senhores Deputados, adentramos um novo milênio cheio
de esperanças de paz e prosperidade para todas as
nações.
Entretanto,
humanidade
que
o
que
permanece
testemunhamos
vivendo
é
uma
dispersa,
em
conflitos; o que presenciamos é um mundo desumanizado.
Ao longo dos tempos, a nossa civilização tem pouco
compreendido que os caminhos até então trilhados por
dominantes
econômicas
políticas
autoritárias
concentradoras
de
e
por
renda
formulações
têm
levado
expressiva parcela dessa mesma humanidade à miséria e
à fome. Patinamos no desrespeito à dignidade humana!
Esquecemos de viver um mundo solidário!
Não obstante a constatação de uma conjuntura que
se mostra um pouco auspiciosa, os tempos modernos
começam a mostrar novos horizontes, e a busca por
valores éticos, pela redistribuição das riquezas, pela
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valorização dos movimentos solidários e humanistas,
parece definitivamente querer revitalizar-se.
E isso tudo por vivermos, agora, um processo de
grandes
transformações
impulsionadas
por
novas
demandas da sociedade e por uma verdadeira proposta
social, econômica e cultural que surge em meio às
modificações tão almejadas nas arcaicas e predadoras
relações do trabalho. Refiro-me à proposta desafiadora do
cooperativismo.
Em nosso País, temos visto perversos reflexos no
mercado de trabalho, em que o resultado é a significativa
taxa de desemprego e subemprego, adicionado a um
importante movimento de precarização nas relações de
trabalho, que amplia significativamente o número dos
socialmente excluídos.
No momento atual, cabe a nós procurar criar e apoiar
formas de trabalho sociais reinventadas para propiciar
trabalho e renda à população excluída. É a “luz no fim do
túnel”, que pode ser traduzida em cooperativismo.
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O cooperativismo resulta de movimentos sociais que
reagem à crise de desemprego em massa. Nesse
processo, as pessoas buscam a sua valorização, a sua
capacidade para trabalhar e empreender. Apesar de serem
necessidades
individuais
e
isoladas,
elas
ganham
expressividade e se constituem na mais poderosa das
forças, ao criar vínculos de organização em grupos e de
associação em comunidades, vale dizer, em cooperativas.
Senhores Deputados, o sistema cooperativista se
mantém firme em seus princípios à medida que se insere
no meio dos excluídos da sociedade com a intenção de
incluí-los. É por esse motivo que muitas cooperativas, além
de beneficiar os cooperados e a comunidade que se
relaciona com elas, realizam atividades sociais junto à
enorme massa de pessoas marginalizadas. São atividades
de incentivo à formação, à criação de renda e à inserção no
mercado de trabalho, além do incentivo à cultura, à
preservação do meio ambiente e a instituições de
atendimento à saúde.
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As cooperativas são, portanto, por sua própria
essência, entidades solidárias. No cooperativismo, a
solidariedade é prática diária, que representa melhoria de
perspectiva de vida e bem-estar para milhares de pessoas.
Nós, do PMDB, entendemos que o cooperativismo,
como doutrina e filosofia de vida, alicerçado por essa ajuda
mútua e solidariedade, tem em seu bojo fundamentalmente
a chamada responsabilidade social. Responsabilidade
social que nada mais é do que uma coletânea de princípios
e de valores que podem construir um mundo mais justo,
mais feliz e menos desigual.
Por acreditar em tudo isso, Senhor Presidente, é que
o PMDB vem a esta sessão solene se aliar às justas
homenagens aqui prestadas pela passagem do Dia
Mundial do Cooperativismo, cujo tema deste ano é “Os
princípios e valores cooperativos para a responsabilidade
social corporativa”. O PMDB tem a grata satisfação de
trazer a sua palavra de celebração à contribuição que os
cooperativistas têm prestado como cidadãos responsáveis
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em todo o mundo. O PMDB tem como verdadeiro que a
responsabilidade social praticada pelas cooperativas pode,
em muito, contribuir para que nossa Nação rume
definitivamente para o caminho do desenvolvimento social.
Em especial, compartilhamos o entendimento já
pacificado de que o mundo dos negócios pode realmente
melhorar
inovações,
a
sociedade
através
comprometimentos
responsáveis, ou
seja,
pode
de
comportamentos,
e
governabilidades
realmente
melhorar
a
humanidade através da responsabilidade social.
Que a responsabilidade social seja um discurso e uma
prática verdadeira capaz de aliviar o sofrimento de muitos.
E que a leitura do cooperativismo se amplie nos conceitos
de confiança no poder da criação da justiça social pelos
homens. Bem mais ética e saudável será a vida se a
cooperação e a solidariedade humana forem valores
centrais do convívio social.
Parabéns, cooperativistas! O Brasil precisa de vocês!
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Contem com o PMDB, pois precisamos muito avançar
no apoio legal a essas instituições.
Muito obrigado.
2007_9665_Liderança do PMDB
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