IV Avaliação de Dinâmica Macroeconômica A taxa de juros A taxa de juros é o preço da renuncia a liquidez, isto é, é estimulo a poupança dos indivíduos. Assim, duas decisões devem ser tomadas: a) Quanto da renda se destinará a consumo, isto é, a propensão a consumir b) Como será mantida a parte poupada da renda Formas de manutenção da riqueza ou patrimônio I. II. III. Ativo produtivo: atividade ou capital investido, em função da rentabilidade marginal do capital Liquidez: manutenção da forma dinheiro Ativo especulativo: transformação do ativo em aplicações no mercado especulativa, em função das expectativas quanto ao comportamento do mercado. Nesses, exclusivamente a forma I gera emprego na economia. As demais escolhas são excludentes (substitutas) entre si. Assim, quando a esperança de rentabilidade de novos investimentos é baixa, haverá aumento de preferencia pela liquidez ou em ativos especulativos. Os ativos especulativos se condicionam na tomada de riscos sobre o ativo empregado, tornando, por isso, a liquidez a escolha predominante em função das demais. A distribuição dos ativos nessas categorias de riqueza, enfatizando sobretudo os ativos especulativos e os encadeamentos que a economia apresenta, determinam a ocorrência do boom econômico, bem como da recessão, resultado dos efeitos do movimento de capitais especulativos. Portanto, de acordo com as expectativas particulares, as empresas e famílias vão preferir a liquidez ou não abrir mão dela por um determinado período de tempo, chegando assim a sua preferencia temporal, que determinará o consumo e a preferencia pela liquidez. A taxa de juros é fundamentalmente determinada pela oferta e demanda monetária, sendo a oferta exercida pelos bancos comerciais e pelo Banco Central e a demanda diretamente relacionada a motivos que regem a preferencia pela liquidez. Três são os motivos da preferencia pela liquidez: 1. Motivo transação, que varia de acordo com o nível de atividade econômica, em função da renda e dos negócios operantes na economia, sendo também importante o emprego efetivamente alcançado. 2. Motivo precaução, que visa fazer reservas para oportunidades e desembolsos eventuais, elementarmente fundados nas expectativas dos individuo. 3. Motivo especulação, que varia de acordo com as expectativas de flutuação nos preços dos títulos. Em suma, ter-se-ia que a preferencia pela liquidez é igual a demanda monetária para a transação, a precaução e a especulação. A preferencia pela liquidez A PL se define como a retenção de moeda na sua forma bancaria, em contraponto a riqueza em ativos produtivos. Em parte, essa preferencia se dá pela incerteza quanto ao futuro, como a renda esperada e a taxa de juros esperada, referente ao seu uso pela precaução e pela especulação, respectivamente. A quantidade de moeda efetivamente em circulação se dá pela soma do montante monetário emitido pelo governo e o montante de moeda escritural emitido pelos bancos, que se considera ser um múltiplo da moeda poupada, isto é, um encaixe bancário. Os bancos multiplicam a moeda na economia quando concedem credito, sendo essa moeda apenas escritural, emitida com base no montante de moeda poupada que define a taxa de juros em que esse se efetuará. Por ultimo, sabe-se que a preferencia pela liquidez é a demanda de moeda na economia. A oferta, como já foi dito, depende da emissão do Banco Central e dos bancos comerciais, na forma de moeda escritural. A emissão de moeda pelos bancos está relacionada as expectativas (incertezas) da economia., considerando os riscos, a emissão de credito se dará inversamente a essas, ocorrendo, por exemplo, contração de crédito num cenário que sinaliza recessão. Ainda, a conduta dos bancos é afetada pela politica monetária do governo, sobretudo a variação do compulsório que esses devem depositar a custo zero nos cofres do BC para cada dado montante de moeda poupada em poder desses bancos comerciais. O compulsório está, pois, inversamente relacionado a concessão de crédito. Capitulo 15 – Teoria Geral O dinheiro é guardado como deposito de renda, deposito de negócios e depósitos de poupança, sendo que esses não são mutuamente excludentes, antes mesmo sendo complementares e com função simultânea quanto a seus fins supracitados. Para esses, há quatro motivos que levam a preferencia pela liquidez. O motivo renda, que é aquele que busca conservar o recebimento de renda para permitir seu desembolso (Ye). O motivo negócios, que é usado para assegurar as operações empresariais. O motivo precaução, que é aquele que funciona como garantia para oportunidades, imprevistos e contingencias inesperadas. Motivo especulação, que é o uso dos ativos monetários nas atividades de risco nas bolsas. A teoria geral e a determinação da demanda efetiva A demanda efetiva de dá fundamentalmente por duas variáveis que, por resultares da situação de muitas outras, são consideradas dependentes. Essas são o nível de renda e o nível de emprego da economia. Da oferta de moeda e da preferencia pela liquidez emerge a taxa de juros a que o mercado está disposto a oferecer para certas concessões de crédito e para a rentabilidade de ações e títulos do governo. Por sua vez, os rendimentos marginais do capital, isto é, a esperança de rentabilidade dos novos investimento deve-se ao nível da taxa de juros que serve para esses como parâmetro que desestimula os investimentos cuja taxa de retorno do capital é igual ou menos que essa. Assim, a taxa de juros que nivela a rentabilidade marginal do capital induz a ocorrência de investimentos privados, que criam empregos e aumentam, conjuntamente, a renda. A propensão a consumir, como a parte da renda sendo destinados ao consumo, opera de modo similar como fator determinante. Esse determina, do mesmo modo, o nível de renda e de emprego necessário para atender a esse consumo, além de funcionar como multiplicador da renda da economia, por fazer a renda circular entre os agentes que podem, cada um, fazer gastos que viram renda para outros e de igual maneira podem ser gastos novamente. Embora esteja relacionada a situação estrutural da economia no presente, a balança de pagamentos opera de modo similar ao caso anterior, caso seja positiva. O gasto publico, como uma variável determinante exógena com base na politica fiscal do governo, também rege a determinação do emprego e da renda. Assim, na sua forma ultima, a determinação do emprego e da renda é funcional a todos os fatores que lhe dizem respeito, sabendo-se que renda e emprego são variáveis econômicas dependentes de várias outras, se fundando nas condições macroeconômicas, além das condições psicológicas dos indivíduos e de suas expectativas quanto ao futuro. Capitulo 18 – Teoria Geral As variáveis independentes que operam na determinação do emprego e da renda são a taxa de juros, a eficiência marginal do capital e a propensão a consumir. A eficiência marginal do capital depende, em parte, dos equipamentos existentes no momento como também das expectativas de rendimentos prováveis ao longo prazo. O volume de investimentos continua até que se atinja uma eficiência marginal do capital próxima a taxa de juros, que é um parâmetro semelhante a desutilidade marginal do capital, por haverem custos de oportunidade envolvidos como, por exemplo, nas aplicações financeiras. A taxa de juros e parcialmente governada pelo estado de preferencia pela liquideze pela quantidade de moeda disponível, além da propensão psicológica a consumir, a preferencia pela liquidez e a expectativa de renda futura dos bens de capital. Ainda, os salários são relativamente rígidos, dependendo da produtividade marginal do trabalho e dos contratos firmados que definem o nível de distribuição relativa dos rendimentos dos trabalhadores em relação ao montante total da renda. O fluxo de investimentos, resultado da interação da taxa de juros e da eficiência marginal do capital, depende da continua substituição de equipamentos novos e mais eficientes em termos tecnológicos e de eficiência. Por ultimo a instabilidade econômica é condicionada pelas alterações nas condições psicológicas dos indivíduos, onde o pânico e a baixa variedade de opiniões contribuem para exagerar oscilações econômicas colocadas pelas expectativas subjetivas a cada individuo.