Relatório VER-SUS 2016.2

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Relatório VER-SUS 2016.2
Passo Fundo – RS
Ritiele Aparecida Uebel1
Entre os dias 14 a 23 de julho ocorreu na cidade de Passo Fundo/RS
Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde VER-SUS,
edição de inverno 2016.2, oportunidade que ofereceu a seus viventes um
espaço de discussão teórico prática das normativas do SUS (Sistema Único de
Saúde) e SUAS (Sistema Único de Assistência Social), bem como
proporcionou uma reflexão sobre os diferentes espaços e serviços de saúde e
Assistência Social visitados no município de Passo Fundo.
A convivência destes dias proporcionou o contato com muitas pessoas,
culturas, histórias e situação o que contribuiu também para nossa formação
pessoal e profissional, pois em muitos momentos de discussão do grupo se
retomava o quanto os profissionais que atuam nos serviços públicos de saúde
não são suficientemente humanizados para a atuação com diversificados
públicos, onde muitas vezes nos deparamos com a falta de reconhecimento e o
descaso com o público negro, indígena, feminista, deficientes físicos e mentais,
e LGBT, entre outros, que constituem um público marginalizado pela
sociedade. Dessa forma, acredito que a experiência do convívio diário permite
que o respeito se difunda entre os profissionais e futuros profissionais da saúde
que acima de tudo são cidadãos que devem contribuir com a nação e respeitar
o ser humano.
Outra importante constatação foi a percepção do distanciamento entre
as políticas públicas que protegem as população marginalizadas socialmente e
a efetivação das mesmas, e muito se discutiu a respeito do assunto, onde foi
abordado a importância de uma gestão eficiente, o que na grande maioria é se
apresenta como problema no Sistema como um todo.
1
Acadêmica do Curso de Graduação de Terapia Ocupacional
Universidade Federal de Santa Maria
Estagiária Saúde do Trabalhador – Coordenadoria de Saúde e Qualidade de Vida do Servidor (CQVS)
No município de Passo Fundo encontramos muitos espaços que
oferecem serviços com grande potência, no entanto, falha quando as
dificuldades de acesso ao público alvo se tornam uma barreira, muitos dos
espaços são adaptados e não projetados para o desempenho da função real,
assim a acessibilidade dos locais impede o acesso de um grande número de
pessoas.
A falta de valorização profissional também representou um ponto
negativo, assim como a atenção e o tratamento que o município oferece a
pacientes psiquiátricos, onde existe uma barreira muito grande, impedindo a
liberdade total dos mesmos, insistindo em ambientes de longa permanência,
onde a conduta se limita em amenizar os sintomas e não o tratamento do
paciente. Existe um grande investimento financeiro, o qual não é compatível
com o objetivo trado pela Política Nacional de Saúde Mental.
Muitos serviços novos estão sendo implantados no município em relação
à saúde da Mulher e também aos Moradores de Rua, os quais têm uma
representatividade significativa no município e uma necessidade de saúde
importante. No entanto, pode-se constatar uma pouca exploração dos serviços,
como Centro POP e Albergue Municipal, e acredita-se que isso se deve a falta
de planejamento para a total efetivação e exploração dos recursos utilizados.
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