Artigo Canceres Ginecologicos HD 0213 A

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CÂNCERES GINECOLÓGICOS
SÃO POUCO PREVENIDOS
AINDA
*** Marcelo Lopes Cançado – ex-presidente da Sogimig (Associação de
Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais)
[email protected]
O aumento do número de casos dos principais tipos de cânceres
ginecológicos chama atenção de especialistas que ressaltam o incentivo
à prevenção, que ainda é pouco realizada pelas mulheres brasileiras.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente os
casos de câncer de colo de útero, mata cerca de 230 mil mulheres por
ano. Os outros tipos mais frequentes de câncer são de endométrio e
ovário.
Com a prevenção e, consequentemente, o diagnóstico precoce, as
chances de cura desses tipos de cânceres pode chegar a até 80% dos
casos, o que é considerado um número bastante elevado para a doença.
É importante ressaltar que os exames ginecológicos preventivos são
fundamentais para a detecção precoce da doença. A visita regular ao
ginecologista e a realização dos exames de Papanicolau e ultrassom
transvaginal, além do uso de preservativos nas relações sexuais, são de
Dariane
Araújo
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extrema importância para que ocorra a diminuição dos casos em médio e
longo prazo.
O câncer do endométrio aparece em segundo lugar entre os mais
comuns no país. De acordo com o INCA, quase 53 mil mulheres serão
diagnosticadas com a doença somente neste ano. Esse tipo de câncer
aparece com mais frequência em mulheres na menopausa, acima do
peso e nas com diabetes. Ele também está ligado aos níveis hormonais.
Sendo assim, as mulheres que tenham realizado algum tipo de
tratamento com hormônio, não controlado, devem procurar auxílio
médico e nutricional para controle e acompanhamento adequado.
Em terceiro lugar em número de ocorrências no Brasil aparece o
câncer de ovário, que deverá ter quase sete mil casos detectados em
2012. Entre os três tipos é o que apresenta a evolução mais silenciosa e
com poucos sintomas iniciais. Neste caso, a ida regular ao ginecologista
se torna ainda mais imprescindível para detecção precoce de alterações
que possam identificar o início da doença.
A mudança dos hábitos de vida das mulheres contribui para o
aumento do número de casos dos cânceres ginecológicos. O consumo
frequente de bebidas alcoólicas, fumo, alimentação inadequada e
sedentarismo aparecem como fatores de risco importantes para a
incidência da doença. Iniciação precoce da vida sexual, uso de
anticoncepcionais, gravidez em idade mais avançada também são fatores
que devem ser investigados e acompanhamos com especialistas.
Podemos destacar que a prevenção deve ser adotada por todos,
contudo, incentivada constantemente por profissionais de saúde,
governo e entidades ligadas à saúde da mulher. Oferecer condições para
a realização dos exames preventivos é uma demanda urgente e deve ser
observada com muita atenção pelas autoridades responsáveis. A
mudança dos hábitos de vida e adoção de práticas mais saudáveis
contribuem para a diminuição dos casos cancerígenos, não só dos
ginecológicos, como os demais tipos e até mesmo outras doenças.
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