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REVISIONAL
6º ANO
Leia o anúncio abaixo e responda às questões 1 e 2
BICICLETA ERGOMÉTRICA
Preta, completa, única dona, ótimo estado.
R$ 400,00. Tratar com Márcia.
1-a)Qual a intenção comunicativa do produto?
b)Qual é a classe gramatical e a função da palavra ergométrica ?
2-a) A ausência da classe gramatical que você respondeu na letra b comprometeria o objetivo
do texto?
b) Que outros adjetivos foram usados e com qual finalidade?
3-Em quais frases abaixo um adjetivo foi usado com função de substantivo?
( ) Quem dá aos pobres empresta a Deus.
( ) Ele ainda é muito jovem.
( ) Os jovens precisam de afeto e segurança.
Trecho para as questões 4 e 5:
“O Rio das Velhas lambe as casas velhas,
Casas encardidas onde há velhas nas janelas.”
4-No primeiro verso, a palavra velha foi usada como substantivo ou como adjetivo? A que
termo ela se refere?
5-No segundo verso, a palavra velhas tem a mesma função que no verso anterior? Explique.
Leia esta tira para resolver as questões 6, 7 e 8:
6-Os artigos sublinhados antecedem palavras de que classe gramatical?
7-Que função gramatical exercem as palavras melhores e piores ? A que palavras elas se
referem?
8-Interprete a tirinha, explicando como foi construído o humor.
9-Complete o texto com os artigos definidos ou indefinidos.
A escrita
____ homem começou a se comunicar desenhando figuras que representavam ____ coisas.
Uma das primeiras formas de escrita foi ____ cuneiforme, usada pelos povos da Mesopotâmia,
há 6 mil anos. Eles escreviam com varetas sobre tabuletas de argila úmida. ___ chineses e ____
japoneses também utilizavam __ símbolos, ideogramas para descrever o que os rodeava.
10-Justifique o emprego de cada artigo do texto da questão anterior.
11-Indique a alternativa em que todas as palavras apresentam dígrafo. Despois, destaque o
dígrafo de cada uma.
a-programa-produção-cultivadas
b-intensivo-erradicar-ganhasse
12-Em qual das alternativas abaixo todas as palavras apresentam hiato?
a-melhorias-daí-criaram-países-ambiente
b-início-redução-outros-meio-fronteiras
Texto para as questões 13 a 15
Moça deitada na grama
A moça estava deitada na grama.
Eu vi e achei lindo. Fiquei repetindo para meu deleite pessoal: “Moça deitada na grama.
Deitada na grama. Na grama”. Pois o espetáculo me embevecia. Não é qualquer coisa
que me embevece, a esta altura da vida. A moça, o estar deitada na grama, àquela hora
da tarde, enquanto os carros passavam e cada ocupante ia ao seu compromisso, à sua
alegria ou à sua amargura, a moça e sua posição me embeveceram.
Não tinha nada de exibicionista, era a própria descontração, o encontro do corpo com a
tranquilidade, fruída em estado de pureza. Quem quisesse reparar, reparasse; não estava
ligando nem desafiando costumes nem nada. Simplesmente deitada na grama, olhos
cerrados, mãos na testa, vestido azul, sapatos brancos, pulseira, dois anéis, elegante,
composta. De pernas, mostrava o normal. Não era imagem erótica.
Dormia? Não. Pequenos movimentos indicavam que permanecia consciente, mas eram
tão pequenos que se percebia seu bem-estar inalterável, sua intenção de continuar assim
à sombra dos edifícios, no gramado.
Resolvi parar um pouco, encantado. Queria ver ainda por algum tempo a escultura da
moça, plantada no parque como estátua de Henry Moore, uma estátua sem obrigação de
ser imóvel. E que arfava docemente. Ah, o arfar da moça, que lhe erguia com leveza o
busto, lembrando o sangue de circular nas artérias silenciosas, tão vivo; e tão calmo,
como se também ele quisesse descansar na grama, curtir para sempre aquele instante de
felicidade.
Eis se aproxima um guarda, inclina-se, toca no ombro da moça. De leve. Ela abre os
olhos, sorri bem-disposta:
– Quer deitar também? Aproveita a tarde, tão gostosa.
Ele se mostra embaraçado, fala aos pedaços:
– Não, moça… me desculpe. É o seguinte. A senhora… quer fazer o favor de levantar?
– Levantar por quê? Está tão bom aqui.
– A senhora não pode ficar aí assim não. Levante, estou lhe pedindo.
– Por que hei de levantar? Minha posição é cômoda, eu estou bem aqui. Olhe ali adiante
aquele homem, ele também está deitado na grama.
– Aquele homem é diferente, a senhora não percebe?
– Percebo que é homem, e daí? Homem pode, mulher não?
– Bom, poder ninguém pode, é proibido, mas sendo homem, além disso mindingo…
– Ah, compreendo agora. Sendo homem e mindingo, tem direito a deitar no gramado,
mas sendo mulher, tendo profissão liberal, pagando imposto de renda, predial, lixo,
sindicato, etc., nada feito. É isso que o senhor quer dizer?
– Deus me livre, moça. Quem sou eu para dizer uma coisa dessas? Só que é a primeira
vez, e eu tenho dez anos de serviço, que vejo uma dona como a senhora, bem-vestida,
bem-apessoada, assim espichada na grama. Com a devida licença, achei que não ficava
bem imitar os homens, os mindingos, que a gente tem pena e deixa por aí…
– Faça de conta que eu também sou mindinga – e a moça abriu para ele um sorriso
especial.
– Para o bem da senhora, não convém se arriscar desse jeito.
– Eu acho que não estou me arriscando nada, pois tem o senhor aí me garantindo.
– Obrigado. Eu garanto até certo ponto, mas basta a gente virar as costas, vem aí um
elemento e furta o seu reloginho, a sua bolsa, as suas coisas.
– Sei me defender, meu santo. Tenho o meu cursinho de caratê.
– Tá certo, mas não deve de facilitar. A senhora se levante, em nome da lei.
– Espere aí. Ou todos se levantam ou eu continuo deitada em nome da lei da igualdade.
– Essa lei eu não conheço, dona. Não posso conhecer todas as leis. Essa que a senhora
fala, eu acho que não pegou.
– Mas deve pegar. É preciso que pegue, mais cedo ou mais tarde.
– Não vai levantar?
– Não.
Ele coçou a cabeça. Agarrar a moça era violência, ela ia reagir, juntava povo, criava
caso. Afinal, não estava fazendo nada de imoral nem subversivo. Por outro lado, não
pegava bem moça deitada na grama – ele devia ter na mente a idéia de moça vestida de
gaze, aérea, meio arcanjo, nunca deitável no chão de grama, como qualquer vagabundo
fedorento.
– A senhora não devia me fazer uma coisa dessas.
– Fazer o quê?
– Me expor nesta situação.
– Eu não fiz nada, estava numa boa oriental, o senhor chega e…
– É muito difícil lidar com mulheres, elas têm resposta para tudo.
– Vamos fazer uma coisa. O senhor faz que não me viu, vai andando, eu saio daqui a
pouco. Só mais dez minutos, para não parecer que estou cedendo a um ato de força.
– Pode ficar o tempo que quiser – decidiu ele. – A senhora falou numa tal lei da
igualdade, então vamos cumprir. Só que aquele malandro ali adiante tem de se mandar
urgente, eu vou lá dar um susto nele, já gozou demais da lei da igualdade, agora chega!
Carlos Drummond de Andrade, Moça deitada na grama. Rio de Janeiro, Record, 1987.
P. 9-12.
Vocabulário
Deleite: grande prazer
Embevecer: encantar
Fruído: desfrutado
Henry Moore: escultor e pintor inglês
Arfar: respirar, ofegar
Profissão liberal: profissão de nível superior, exercida por pessoa que trabalha
independente de um patrão
Gaze: tecido fino e transparente
Arcanjo: anjo de categoria superior
Oriental: no texto, significa posição de meditação
13-Explique com suas palavras a afirmação do narrador de que a moça era “uma
estátua sem obrigação de ser imóvel”.
14-O que deixou o guarda constrangido?
15-Por que a moça se achou no direito de desobedecer ao guarda? Ao comparar a
atitude da moça com a do mendigo, o que o guarda levou em conta?
Revisional de Língua Portuguesa
7º ANO
1-Destaque com um traço o sujeito e com dois traços o predicado das orações abaixo:
a-Sou muito feliz.
b-O presidente e o ministro da Economia discursaram ontem na televisão.
c-Nada me fará desisti do emprego.
2-Classifique os sujeitos do exercício anterior.
3-Faça como o modelo:
“Meu pai trabalha em uma grande indústria”
Sujeito simples: meu pai
Núcleo do sujeito: pai
Predicado: trabalha em uma grande indústria
a-Nosso país de origem é o Brasil.
b-Minha avó chama-se Irma.
c-Este bilhete foi escrito por mim.
4-As orações abaixo são orações sem sujeito. Por que podemos assim considerá-las?
Explique cada uma.
a-Faz muitos anos que não vejo minha avó.
b-Há pessoas conversando na sala.
c-Anoiteceu rapidamente.
5-Classifique os verbos das orações abaixo em transitivos ou intransitivos;
a-O garoto quebrou a bicicleta.
b-A criança nasceu.
c-A criança chorou muito.
d-Veremos o cometa passar.
6-Sublinhe os verbos em coloque entre parênteses VI ou VT
( ) Você fez uma grande loucura.
( ) Não gosto de briga.
( ) De repente, parou tudo.
( ) Este trabalho cansa.
7-Coloque VTD, VTI ou VTDI
( ) Olga gosta de flores.
( ) Um raio derrubou a grande árvore.
( ) Ele sempre envia cartões aos amigos.
( ) Nós concordamos com você.
8-Faça a análise sintática das orações abaixo.
a-A menina e a cozinheira gostam da cachorrinha.
b-O animal perdeu o equilíbrio.
c-A madrinha descreve uma gostosa cambalhota.
9-Classifique os predicados das orações abaixo em verbal, nominal ou verbo-nominal.
a-Aquele clima era sufocante.
b-Ela parece uma flor.
c-Ana assistiu ao espetáculo teatral assustada.
d-O menino caminhou muito.
10-Conjugue o verbo ser em todos os tempos do modo indicativo.
Leia o texto abaixo e responda às questões 11 a 15
Pela rua
Ferreira Gullar
Sem qualquer esperança
Detenho-me diante de uma vitrina de bolsas
Na avenida nossa senhora de copacabana, domingo,
Enquanto o crepúsculo se desata sobre o bairro.
Sem qualquer esperança
Te espero.
Na multidão que vai e vem
Entra e sai dos bares e cinemas
Surge teu rosto e some
Num vislumbre
E o coração dispara.
Te vejo no restaurante
Na fila do cinema, de azul
Diriges um automóvel, a pé
Cruzas a rua
Miragem
Que finalmente se desintegra com a tarde acima dos edifícios
E se esvai nas nuvens.
A cidade é grande
Tem quatro milhões de habitantes e tu és uma só.
Em algum lugar estás a esta hora, parada ou andando,
Talvez na rua ao lado, talvez na praia
Talvez converses num bar distante
Ou no terraço desse edifício em frente,
Talvez estejas vindo ao meu encontro, sem o saberes,
Misturada às pessoas que vejo ao longo da avenida.
Mas que esperança! tenho
Uma chance em quatro milhões.
Ah, se ao menos fosses mil
Disseminada pela cidade.
A noite se ergue comercial
Nas constelações da avenida.
Sem qualquer esperança
Continuo
E meu coração vai repetindo teu nome
Abafado pelo barulho dos motores
Solto ao fumo da gasolina queimada.
11-A quem o eu lírico se dirige neste poema? Comprove com passagens do texto.
12-Assinale as afirmativas verdadeiras e justifique as opções marcadas.
O autor conseguiu nos transmitir a imagem viva de um fato, dando-nos a impressão de
uma cena que se desenrola diante de nossos olhos. Para isso, ele:
( ) Usou verbos no presente.
( )Fez uma descrição “ao vivo”, isto é, colocou-se no local dos acontecimentos.
( ) Valeu-se da linguagem figurada, de imagens poéticas.
13-Por que o eu lírico não tem esperanças de encontrar sua amada?
14-Por que o eu lírico deseja que sua amada fosse mil, disseminada pela cidade?
15- Explique os versos “A noite se ergue comercial/ nas constelações da Avenida.”
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