grupo sanguíneo

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GRUPO SANGUÍNEO
O tipos de Grupos Sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca
de 1900), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner dedicou-se a comprovar que
havia diferenças no sangue de diversos indivíduos. Ele colheu amostras de sangue de
diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos e fez diferentes combinações entre
plasma e glóbulos vermelhos, tendo como resultado que, em alguns casos, os glóbulos
se aglutinavam, formando grânulos, em outros não. Landsteiner explicou então por que
algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em 1930 ele
ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.
SISTEMA ABO
Os resultados dos experimentos realizados por Landsteiner o levaram a sugerir o
Sistema ABO. Ele considerou que havia três tipos de sangue: A, B e O (Doador
Universal).
Outros cientistas identificaram um quarto tipo, nomeado AB (Receptor
Universal). A deferência entre esse grupo de sangue deve-se à presença, nas hemácias,
de uma substância chamada aglutinogênio A e B. Dependendo dessa substância na
hemácia, existe no plasma uma substância chamada aglutinina, que pode ser Anti-A e
Anti-B.
CONSULTANDO A TABELA
Veja as tabelas abaixos comparar a compatibilidade entre os tipos de sangue.
FATOR Rh
Em 1940, Karl Landsteiner e Alexander Solomon Wiener realizaram
experiências com o sangue do macaco Rhesus. Ao injetar sangue em cobaias,
perceberam que elas produziam anticorpos, gradativamente. Concluíram que havia nas
hemácias do sangue do macaco um antígeno que foi denominado de fator RH. O
anticorpo produzido no sangue da cobaia foi denominado de anti-Rh. Os indivíduos que
apresentam o fator Rh são conhecidos como Rh+, apresentando os genótipos RR ou Rr.
Os indivíduos que não apresentam o fator Rh são denominados Rhֿ e apresentam o
genótipo rr, sendo geneticamente recessivos. Quando se procede a uma transfusão
sanguínea é necessário verificar se o receptor tem Rh-. Se assim for, o paciente só
poderá receber sangue também Rh-, já que se receber sangue Rh+ o sistema
imunológico poderá reagir, causando hemólise. O contrário, contudo, pode ocorrer - o
paciente com Rh+ podem receber sangue Rh-, já que este último não traz consigo os
antígenos que provocam a reação imunológica.
Ou seja:


Se seu sangue contém Rh+ você pode receber de Rh+ e Rhֿ;
Se seu sangue contém Rhֿ você pode receber só de Rhֿ;
ERITROBLASTOSE FETAL
A eritroblastose fetal, doença de Rhesus, doença hemolítica por
incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido ocorre quando uma mãe
de Rh- que já tenha tido uma criança com Rh+ (ou que tenha tido contacto com sangue
Rh+, numa transfusão de sangue que não tenha respeitado as regras devidas) dá à luz
uma criança com Rh positivo. Depois do primeiro parto, ou da transfusão acidental, o
sangue da mãe entra em contacto com o sangue do feto e cria anticorpos contra os
antígenos presentes nas hemácias caracterizadas pelo Rh+. Durante a segunda gravidez,
esses anticorpos podem atravessar a placenta e provocar a hemólise do sangue da
segunda criança. Esta reacção nem sempre ocorre e é menos provável se a criança tiver
os antigénios A ou B e a mãe não os tiver.
Os anticorpos anti-Rh não existem naturalmente no sangue das pessoas, sendo
fabricados apenas por indivíduos Rh-, quando estes recebem transfusões de sangue Rh+.
Pessoas Rh+ nunca produzem anticorpos anti-Rh, pois se o fizessem provocariam a
destruição de suas próprias hemácias.
No passado, a incompatibilidade podia resultar na morte da mãe ou do feto,
sendo, também, uma causa importante de incapacidade a longo prazo - incluindo danos
cerebrais e insuficiência hepática. A situação era tratada através da transfusão do sangue
do bebe, caso este sobrevivesse, logo após o nascimento ou, mais raramente (e com
alguma controvérsia) através de terapia fetal, como em 1963 - altura em que se realizou
a primeira transfusão de sangue a um feto. Hoje pode-se tratar com alguns antisoros
anti-Rh(+) (Mathergan, Partogama ou RhoGAM - esta última também designada por
imunoglobulina anti-D, em referência ao antigénio D, o mais importante antigénio do
factor Rh). Nesse caso, sempre que uma mãe tenha sangue RhD negativo (o D refere-se
especificamente ao antigénio D - não aparece nas habituais análises para determinação
do grupo sanguíneo), é necessário verificar qual é o grupo sanguíneo do bebe. Se este
for Rh+, a mãe deve receber uma injecção de imunoglobulina contra o factor Rh nas
primeiras 72 horas após o parto, de forma a impedir a formação dos anticorpos que
poderiam criar complicações nas gestações seguintes.
SENSIBILIZAÇÃO MATERNA
Mulheres Rh- produzem anticorpos anti-Rh ao gerarem filhos Rh+. Durante a gravidez,
e principalmente na hora do parto, ocorrem rupturas na placenta, com pasagem de
hemácias da criança Rh+ para a circulação da mãe. Isso estimula a produzção de
anticorpos anti-Rh e adquirir a memória imunitária, ficando sensibilizada quando ao
fator Rh. Na primeira gravidez a sensibilização é geralmente pequena e o nível de
anticorpos no sangue não chega a afetar a criança. Na hora do parto, porém, a
sensibilização é grande, de modo que, em uma segunda gestação, se o feto for Rh+, o
sistema imunológico já está preparando e "vacinado" contra o fator Rh, o anticorpos
anti-Rh atravessam a placenta e destroem as hemácias fetais, processo que continua no
recém-nascido.
SINTOMAS & TRATAMENTO
A destruição das hemácias leva à anemia profunda, e o recém-nascido adquire
icterícia (pele amarelada), devido ao acúmulo de bilirrubina, produzida no fígado a
partir de hemoglobina das hemácias destruídas. Como resposta à anemia, são
produzidas e lançadas no sangue hemácias imaturas, chamadas de eritroblastos. A
doença é chamada de Eritroblastose Fetal pelo fato de haver eritroblastos em circulação
ou doença hemolítica do recém-nascido.
Se o grau de sensibilização da mãe é pequeno, os problemas se manifestam
apenas após a criança nascer. Nesse caso, costuma-se substituir todo o sangue da
criança por sangue Rh-. Com isso, os anticorpos presentes no organismo não terão
hemácias para aglutina. Como as hemácias têm em média tres meses de vida, as
hemácias trasferidas vão sendo gradualmente substituídas por outras fabricadas pela
própria crinça. Quando o processo de subtituição total ocorrer, já não havera mais
anticorpos da mãe na circulação do filho.
Logo após uma mulher Rh- dar à luz a um filho Rh+, injeta-se nela um a
quantidade de anticorpos anti-Rh, imunoglobulina, cuja a função é destruir rapidamente
as hemácias fetais Rh+ que penetram na circulação da mãe durante o parto, antes que
elas sensibilizem a mulher, para que não haja problemas nas seguintes gestações.
FONTE : pt.wikipedia.org/wiki/Tipo_sanguíneo
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