ESCOLA EB 2,3 PADRE ALBERTO NETO FICHA INFORMATIVA / TRABALHO NOTA : Esta ficha pretende ser uma ajuda na organização do teu estudo para o teste intermédio. A resolução das questões apresentadas poderá ser enviada por mail para a docente da disciplina. BOM TRABALHO ! O Nazismo Hitler, “Fuhrer” (1933-1945) Partido: Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nazi): Partido Nacional Socialista Policia Política: Gestapo Organização Juvenil: Juventude Hitleriana Organização paramilitar: SA (Secções Assalto) eram camisas pardas e SS (Secções de Segurança) “Um Povo, um Império, um Chefe” Poder: Convidado pelo Presidente da República: Von Hindenburg: 30 de Janeiro de 1933; Chanceler: Presidente da República;1934 (III Reich (Império)) Arianismo: Anti-semitismo: Campos de concentração: Holocausto ANTECEDENTES DO PERÍODO NAZISTA A partir do final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha mergulhou numa crise económica agravada ainda mais pelas enormes indemnizações impostas pelo Tratado de Versalhes e pela ocupação do vale do Ruhr pela França e Bélgica. O marco alemão desvaloriza, conseguindo estabilizar-se apenas em Novembro de 1923, quando sua cotação atinge 4,6 biliões de marcos para US$ 1. A hiperinflação tem um efeito devastador sobre a economia, desorganizando a produção e o comércio. Em 1931, há 4 milhões de desempregados, quase 30 mil falências e a produção cai em todos os sectores. No plano político, a monarquia (imperador Guilherme II) foi substituída pela República (República de Weimar) sendo a situação muito grave, pois sucediam-se os golpes de direita e esquerda (todos fracassaram). No plano social, a instabilidade e descontentamento são enorme com toda esta situação, tornando o povo sensível às propostas ditatoriais (quer da direita, quer da esquerda). O partido que vai registar uma maior capacidade de organização e mobilização é o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores, abreviadamente, Partido Nazi. A crise económica mundial de 1929 permitiu a ascensão ao poder do líder do partido Nazista, Adolf Hitler. Hitler e o Nazismo Hitler nasceu na Áustria e pretendia ser pintor. Mas, por duas vezes, foi reprovado nos exames para ingresso na Academia de Viena. Após a morte dos pais, vivia como um mendigo, pernoitando em albergues e tentando viver dos cartões postais que pintava. Quando começou a guerra, incorporou-se em um regimento alemão. Participou com bravura, foi ferido duas vezes e condecorado com a Cruz de Ferro. Mas a derrota abalou-o profundamente. Ele era extremamente nacionalista. Opunha-se aos judeus, num anti-semitismo cujas origens são difíceis de serem explicadas. Via nos judeus um factor de corrupção do povo alemão. Cristo e Marx, dois judeus, pregavam a igualdade entre os homens e a resignação, ideias que Hitler considerava nocivas ao povo alemão. Daí, surgiu sua doutrina racista, segundo a qual os homens eram desiguais por natureza. A raça superior era a dos arianos (germânicos), altos e alourados. Na Alemanha, eles existiam em estado puro, sendo, pois, a raça sob a humilhação do Tratado de Versalhes. O povo alemão deveria agrupar-se em um único estado: A Grande Alemanha, que reuniria todas as populações germânicas. Desprezava os povos latinos e principalmente os eslavos, os quais julgava que deveriam ser reduzidos à escravidão, dominados pelos germânicos. A pureza da raça ariana deveria ser defendida através da impiedosa perseguição aos judeus. A partir dessas ideias de Hitler, surgiu o Nazismo, um regime totalitário e militarista que se baseava numa mística heróica de regeneração nacional. Apoia-se no campesinato e não tem a estrutura corporativista do fascismo. O fracasso na primeira tentativa de tomada do poder Após a organização do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nazista), Hitler percorreu a Alemanha para divulgá-lo e conseguir mais adeptos. As reuniões do partido eram feitas com alguns rituais, como numerosas paradas, ataques violentos aos socialistas, além dos uniformes. Foi fundado também um jornal partidário. Vários adeptos foram recrutados entre desempregados. Alguns intelectuais também se filiaram. Com a crise de 1923, Hitler organizou uma manifestação militar para tomar o poder. Numa concentração em Munique, avisou que uma revolução nacional começara; mas o povo não o seguiu. Após um conflito com a polícia, Hitler foi preso e o Partido Nazista começou um declínio contínuo, até que, em 1929, havia menos de 120.000 membros. A crise económica e a tomada do poder Após as dificuldades económicas dos primeiros anos pós-guerra, até 1924 a economia alemã recuperou algum equilíbrio, graças aos investimentos vindos do estrangeiro (principalmente dos Estados Unidos). De 1930 em diante, porém, os capitalistas estrangeiros foram retirados. A inflação recomeçou e a crise económica também. A produção do país entrou em declínio. A miséria da população permitiu a ascensão política do Partido Nazista, bem como do partido Comunista. Nas eleições de 1930, esta tendência manifestou-se claramente. Os nazistas elegeram 107 deputados e os comunistas 77, em detrimento dos partidos liberais. Em 1932, terminava o período presidencial de Hindenburg; ele candidatou-se novamente, tendo Hitler como adversário. Foram necessárias duas eleições para decidir o pleito. Hitler perdeu, mas obtive um considerável número de votos. O cargo de primeiro-ministro foi confiado a von Papen. A sua grande dificuldade era o progresso dos nazistas. Estes aumentaram o número de deputados no Parlamento nas eleições seguintes. Hindenburg recebeu poderes excepcionais e chamou Hitler para a vice-chancelaria, mas o chefe nazista não aceitou. O Reichstag (Assembleia Nacional) foi dissolvido e novas eleições realizadas. Os nazistas perderam várias cadeiras, mas o problema continuou, pois não era possível governar sem os nazistas ou contra eles. Hindenburg substituiu von Papen por um general de tendências socialistas, esperando ganhar mais apoio popular. Mas o próprio von Papen convenceu o presidente a chamar Hitler para o poder, esperando assim poder controlálo melhor. No dia 30 de Janeiro de 1933, Hitler assumiu a chancelaria, com von Papen como vice-chanceler. Da chegada ao poder até o estabelecimento da ditadura foi um passo rápido. Hitler formou um governo de coalizão direitista, incluindo os nazistas, nacionalistas, independentes e católicos. Em 27 de fevereiro promoveu o incêndio do Reichstag, atribuindo-o aos comunistas, como pretexto para decretar o fechamento da imprensa, a suspensão das actividades dos partidos de esquerda e o estado de emergência. Em 5 de Março do mesmo ano conseguiu a vitória nas eleições para o Reichstag com ampla maioria dos votos, usando todos os meios lícitos e ilícitos para chegar a este resultado. O novo Reichstag eleito deu a Hitler plenos poderes. As cores da República foram substituídas por uma bandeira vermelha com a cruz gamada em negro e branco, símbolo do Partido Nazista. Todos os partidos, com excepção do nazista, foram dissolvidos e proibidos de se reorganizar. Hitler tornou-se o condutor, o guia e chefe. Quando morreu Hindenburg em 1934, não foi eleito outro presidente. Hitler acumulou as funções de chanceler e chefe de Estado. Um plebiscito confirmou esta decisão com cerca de 90% dos votos a favor. Estava legalizado o totalitarismo na Alemanha. Como Mussolini na Itália, Hitler detinha agora o poder absoluto em seu país. Com a ascensão de Hitler ao poder, o anti-semitismo e os actos de violência contra judeus tornaramse política de estado. Em Abril de 1933 os judeus foram proibidos de praticar a medicina e a advocacia e de ocupar cargos públicos. Em 1935 judeus e demais minorias de sangue não - germânico foram privados de direitos constitucionais e proibidos de casar-se ou manter relações extramatrimoniais com cidadãos alemães ou de sangue ariano. Em 1936 foi criado o Serviço para a Solução do Problema Judeu, sob a supervisão das SS, que se dedicava à exterminação sistemática dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração. Durante a Segunda Guerra, foram estabelecidos na Polónia ocupada os campos de extermínio em massa. Cerca de 6 milhões de judeus foram executados. Hitler preferia as grandes manifestações e comícios nocturnos, pela possibilidade de criar ‘rituais’ mais ‘hipnotizantes’, com tochas e luzes que lembravam rituais quase medievais, quase ‘religiosos’, onde as forças instintivas do ser humano podiam ser ‘liberadas’. A noite também ajudava a fazer com que qualquer um perdesse a noção de quantas pessoas estavam ali... ou da própria dimensão do evento. Consolidação do Fascismo A partir de 1934, Hitler assumiu o total controlo da Alemanha, acumulando os cargos de Chanceler e Presidente da República. Após ter proclamado o estado imperial (III Reich), tomou medidas para a construção do grande império e para a consolidação do nazismo. São elas: Partido Único – os partidos da oposição foram proibidos. Todos os cargos de responsabilidade foram confiados aos membros do Partido, cujos efectivos passam de 3 milhões, em 1934, para 9 milhões em 1939. Corporativismo – criação da Frente de Trabalho, proibição dos sindicatos e as greves. Gestapo – polícia política encarregue de controlar e reprimir toda a oposição. Censura – organismo que controlava toda a produção escrita, intelectual, cultural,etc. Criação da Juventude Hitleriana, das SA (secções de assalto) e SS (sessões de segurança) – eram encarregues da propaganda e da intimidação aos opositores. Campos de Concentração e de Extermínio – sobretudo para os judeus, mas também para negros, ciganos, latinos…, com o intuito de limpar a raça ariana de todos os contactos impuros. Autarquia Económica – política económica pensada para que a Alemanha fosse completamente autosuficiente Responde às seguintes questões: 1. Caracteriza a situação económica e política da Alemanha no pós-guerra, relacionando-a com o crescimento dos partidos comunista e de extrema direita. 2. Descreve e explica a tomada do poder pelo Partido Nazi. 3. Identifica aspectos totalitários da ditadura nazi, identificando os processos de controlo e de repressão utilizados. 4. Demonstra o reforço do poder económico e militar da Alemanha, na época nazi. 5. Relaciona o carácter racista e nacionalista do regime nazi, com as suas tendências expansionistas.