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A bola e a escola
Padre Anselmo Silva
Somos, como a maioria dos brasileiros, admiradores do esporte mais
popular do mundo, esse incrível futebol. Nossa opinião sobre ele é a
seguinte: paixão para torcedores, profissão para jogadores, projeção
para diretores e mercadão para investidores.
A Copa do Mundo, chamada de o “Everest”do f utebol, cuja 20ª
edição vai ser disputada no Brasil em 2014 será, também, cabo
eleitoral para parte da classe política.
Apesar dos conhecidos retornos, que os investimentos públicos e
privados deverão trazer, esperamos que os impostos que pagamos, e
se transformam na elevadíssima carga tributária brasileira, - uma
das maiores do mundo - sejam aplicados em obrigações e
responsabilidades específicas dos Órgãos Públicos. A qualidade dos
serviços públicos, exceto as “ilhas” de excelência, ainda deixa muito,
mas muito a desejar.
Esse é um dos motivos que leva “a voz rouca das ruas”, à questionar
a realização desse evento em nosso país.
Sendo o futebol um segmento empresarial, os investimentos públicos
que deverão ser feitos, poderiam ocorrer independentemente do
patrocínio da Copa, como fizeram outros países. Sendo o 88º país do
mundo em educação, tendo apenas 51% de saneamento básico, 33
milhões de analfabetos funcionais, 6º pais em homicídios entre
jovens, milhões de moradores em áreas de risco, com elevadas taxas
de juros e infraestrutura deficiente, evidentemente, o que falta é
qualidade de vida.
A educação, singular fator de inclusão social, é o caminho para
”
melhorarmos a nossa, desconfortável, 73ª colocação no ranking
internacional do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
Torce ndo para que os benefícios pós Copa se concretizem,
sugerimos que o Governo desenvolva projetos PPPs – Parcerias
público-privada - , permitindo que os estádios (arenas multiuso)
sejam palcos para eventos populares e exposições artísticas,
motivando o brasileiro para atividades culturais.
A consagração da nossa economia, como a 7ª maior do mundo (PIB
de R$3,675 trilhões), evidencia que o Brasil não é um país pobre, é
um país injusto socialmente e desigual financeiramente.
”
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