história de campo grande - Colégio Alexander Fleming

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HISTÓRIA DE CAMPO GRANDE
Texto adaptado por:
Profº. Lindomar
Apresentação
Campo Grande é uma cidade como muitas outras que não fugiu à característica da
miscigenação, consolidou em sua formação a curiosa mistura de elementos europeus, africanos,
asiáticos e índios, e soube integrá-los.
O fluxo de imigrantes que chegam à capital é devido às frentes de trabalho aqui abertos na
zona urbana e rural. Outras causas de forte relevância são os motivos políticos, como guerras civis e
externas, ditaduras militares aliadas às crises políticas e econômicas desses países empobrecidos.
Estes fatos impulsionaram e continuam a impulsionar a emigração destes refugiados
políticos e econômicos e contribuem para que “[...] hoje, aos 105 anos de emancipação política,
Campo Grande (tenha) 705.975 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), feita em 2003 [...]”. (JORNAL DE DOMINGO, 2004, p. 3 c).
A região e a definição do município
A história de Campo Grande é contemporânea à ocupação espanhola e à expansão
bandeirante em Mato Grosso do Sul. A rota percorrida pelos bandeirantes para chegar a Cuiabá,
passava pelos seguintes rios e regiões: rio Tietê, Paraná e Pardo, Anhanduí e chegavam a Serra de
Maracaju e através do córrego Varadouro, no atual município de Terenos alcançavam o rio
Cachoeirão, Aquidauana, Miranda e Paraguai, por onde navegavam até o rio Cuiabá e as minas
auríferas. Essa rota, que passava pelos municípios de Terenos, Aquidauana e Campo Grande, no
século XVII e XVIII era muito utilizada, pois essas regiões era muito povoadas por índios,
principalmente Terenas, daí o interesse dos bandeirantes seqüestrá-los para vendê-los como escravos
e também pela grande quantidade de gado que se encontrava na região, já que os campos da região
era propício a produção de grandes rebanhos.
Com a guerra do Paraguai a região torna-se rota para que muitos soldados cheguem ao
local do conflito. Moradores de outras regiões povoadas à mais tempo, como Camapuã e Coxim
conheciam muito bem os campos dessa cidade. Segundo Virgilio Corrêa, a região de Campo Grande
serviu de refúgio para muitas famílias de escravos negros que haviam fugidos de Camapuã e Coxim.
Após o fim da Guerra do Paraguai muitos soldados levam para suas províncias a notícia de
grandes rebanhos bravios, boas terras e facilidade em ocupá-las.
Campo Grande ocupa espaço privilegiado, pois localizado na região central do Estado,
entre as águas dos rios Paraná e Paraguai, onde os elementos naturais favorecem a habitação do
homem.
Foi em 1872, que o mineiro José Antônio Pereira chegou ao local onde se situa a cidade,
após ficar sabendo, através de soldados participantes da Guerra do Paraguai, que aqui havia campos
grandes e cerrados “desabitados”. Então, “entusiasmado com as maravilhas da região matogrossês,
que lhe foram descritas pelo cunhado, remanescente da Retirada da Laguna, que regressara a Monte
Alegre, no Estado de Minas Gerais, o já sexagenário José Antônio Pereira, de cerne rijo ainda,
montou à cavalo, tendo por companheiros seus filhos Joaquim e Antônio Luís [...] e mais quatro
camaradas, rumou em direção às terras de Mato Grosso, à procura de uma gleba devoluta da qual
pudesse apossar e radicar-se com sua gente”. (RODRIGUES, 1980, p. 21).
Em 1889, pela Lei Nº 792, é criado na capital o Distrito de Paz. Dez anos depois, pela Lei
Nº 225, de 26 de agosto de 1899, passa à condição de vila determinando “[...] a criação do
município, desanexando-o da comarca de Nioaque. O município inicialmente, contava com uma área
superior a 100.000 Km², estendendo-se entre os rios Aquidauana, Brilhante, Ivinhema, Paraná e o
Verde, compreendendo os atuais municípios de Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Bataguassu,
Anaurilândia, Nova Andradina, Taquarussu, Ribas do Rio Pardo, Jaraguari, Bandeirantes, Rochedo,
Corguinho, Rio Negro, Terenos, Sidrolândia e parte dos Municípios de Rio Verde de Mato Grosso e
de São Gabriel do Oeste (...)”. (WEINGARTNER, 1999, P, 13).
Em 11 de outubro de 1977, com criação do Estado de Mato Grosso do Sul, pela Lei
complementar nº 31, Campo Grande é elevada a condição de capital do Estado. Devido ao
desenvolvimento sócio-econômico do Estado, o município de Campo Grande foi fragmentado,
permanecendo com “[...] uma área de 8.118,4 km² e limita-se ao norte com o município de Jaraguri;
ao sul, com Nova Alvorada do Sul, a leste, com Ribas do Rio Pardo e a oeste com o de Sidrolândia.
Possui dois distritos: Anhanduí e Rochedinho.[...] (BRITO, 2001, p. 99).
A política
O primeiro intendente nomeado em Campo Grande foi Francisco Mestre, que governou de
26 de agosto de 1899 a 1º de novembro de 1904. Em 1902 o município foi instalado oficialmente e
houve a primeira eleição municipal que elegeu Bernardo Franco Baís, que não assumiu o cargo,
passando-o para seu vice Francisco Mestre.
O estudo da região mostrou que Campo Grande, vila de tropeiros, tinha possibilidades de
grande desenvolvimento. Assim em 1914, em meio às disputas políticas, ocorreu a ligação dos
trilhos em Campo Grande e a viagem inaugural da ferrovia.
Durante o governo de Sebastião da Costa Lima, se efetivou a regularização das viagens
ferroviárias e Campo Grande foi escolhida, devido sua localização, para ser uma das sede de uma das
Diretorias Administrativas da ferrovia.
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Em janeiro de 1921, assume o cargo de intendente o advogado e 1º juiz de direito da
Comarca de Campo Grande, Arlindo de Andrade. Durante seu governo foi distribuído lotes de
colônia (25 hectares) para famílias de migrantes que quisessem radicar-se na cidade.
O resultado foi o aumento da população em quatro vezes, passando para 8.200 pessoas, o
rebanho aumentou, o comércio contava, em 1921 com mais de cem casas comerciais, quatro
farmácias, agência de automóveis, fábricas gelo, bebidas, alimento, agências bancárias e outros .
A década de vinte foi marcada pela transferência da Circunscrição Militar (Comando
Militar) para Campo Grande. Em 1926, foi criado a Associação Comercial de Campo Grande,
objetivando movimentar a economia, essa garantiu estabilidade e prosperidade aos comerciantes.
Ainda na década de vinte, sob a administração de Arnaldo Estevão de Figueiredo foi
instalado a Colônia Municipal de Terenos.
A década de trinta foi marcada pela transferência do domicílio eleitoral de Cuiabá para
Campo Grande, pois essa cidade tornara-se mais populosa, com mais de 40 mil habitantes. Desses,
muitos eram estrangeiros, como paraguaios, japoneses, sírios, italianos e outros.
A construção do Relógio da 14 de Julho por Ytrio Correa, dava a cidade a idéia de
progresso, mas o que devia significar desenvolvimento, progresso, passou ao sentido de resistência e
luta. No início da década de setenta o monumento foi demolido.
Disputas que se seguiram e que estão sempre presente na cidade são as disputas políticas,
destacando entre os partidos PSD, PTB, UDN, no passado; hoje, PMDB, PT PSDB e outros. Esses
motivados estiveram no poder contribuindo para o desenvolvimento da cidade.
Desenvolvimento que pode ser notado na economia, predominando o ser pecuário.
Desenvolvimento social, constatado através demografia ascendente na cidade desde sua fundação.
Bibliografia Geral
ARCA – Revista de Divulgação do Arquivo Histórico de Campo Grande – MS. Campo Grande: Sergraph, 1993.
BÓIS, Lindomar J. A Presença Paraguaia em Campo Grande: O bairro Vila Popular (1966 – 2004). (Monografia).
UFMS, 2005.
COLETÂNEA / Fundação Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. Ano I, Campo Grande: UFMS, 1999.
CAMPO GRANDE – 100 Anos de Construção. Campo Grande: Matriz, 1999.
CONGRO, Rosário. O Município de Campo Grande. Campo Grande: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso
do Sul (IHG – MS) / Gibim, 2003.
GARDIN, Cleonice. Campo Grande: Entre o Sagrado e o Profano. Campo Grande: UFMS, 1999.
GOMES, Arlindo de Andrade. O Município de Campo Grande em 1922. Campo Grande: Instituto Histórico e
Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHG – MS) / Gibim, 2004.
Há 105 Anos... Jornal de Domingo. Campo Grande, 26 Ago. 2004.
RODRIGUES, J. Barbosa. História de Campo Grande. Ed. do Autor, Campo Grande, 1980.
WEINGARTNER, Alisolete A. dos S. Campo Grande: da Emancipação Política à Atualidade. In: Coletânea /
Fundação Municipal de Cultura, Esporte ... ano I, Campo Grande: UFMS, 1999.
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PESQUISA/TRABALHO
Pesquisar sobre a rota que os mineiros percorreram para chegar à Campo
Grande e o governo (obras realizadas) de dois prefeitos que governaram a
cidade (Campo Grande).
Obs: Não pode ser usado as obras realizadas por prefeitos falados no
texto.
Pesquisa dever ser feita:
- baseada em livros, revistas, jornais e internet;
- em dupla;
- o trabalho é todo manuscrito;
- as normas do trabalho estão no site da escola;
- entregue dia 08/04;
- valor da pesquisa/trabalho: zero a dez;
Título do Trabalho escrito: “A migração mineira para Campo Grande”
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