Revisao_1ºAno_Geo_Bimestral

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Revisão de Geografia Bimestral | 4º Bimestre – Professora: Raquel Mendes | 1º Ano A|B|C|D
Assuntos tratados: Evolução quantitativa da população no Brasil e no mundo, As migrações internas
brasileiras e externas no mundo, A estrutura da população e os Aspectos sociais e culturais da população.
A teoria malthusiana, desenvolvida por Thomas Robert Malthus (pastor anglicano inglês) e publicada no
início do século XIX, (livro Ensaio sobre o princípio da população, 1798) defende a ideia de que o rápido crescimento
populacional baseava-se em duas premissas: a população tende a crescer em ritmo de uma Progressão Geométrica
(1, 2, 4, 8, 16, ...), enquanto a produção de alimentos cresce no ritmo de uma Progressão Aritmética (1, 2, 3, 4, 5, ...).
A solução estaria na “sujeição moral”, ou seja, a população deveria adotar uma postura de abstinência sexual, a fim
de diminuir a natalidade.
As ideias defendidas por Malthus foram bastante questionadas, sobretudo por desprezarem, em suas
análises a capacidade tecnológica de expansão da produção agrícola e a possibilidade de se verificar mudanças na
estrutura da sociedade. Vale ressaltar que as ideias de Malthus ainda gozam de grande aceitação por grande parte
da sociedade, pois muitos veem o controle de natalidade como solução para resolver os problemas sociais que
afligem as camadas mais pobres da população. Nesse caso inclui-se, por exemplo, os defensores da teoria
denominada de neomalthusiana.
A teoria neomalthusiana começou a se desenvolver nas primeiras décadas do século XX, retomando os
fundamentos da teoria malthusiana. Com base na tese de que os países subdesenvolvidos não conseguirão se
desenvolver enquanto tiverem de investir “somas fabulosas” na sua grande população infantil, os neomalthusianos
propõem que esses países adotem uma rigorosa política de controle da natalidade.
Desde o século XIX, as taxas de mortalidade de vários países da Europa começaram a diminuir. Esse processo
só chegou aos países subdesenvolvidos após a Segunda Guerra Mundial. Essa rápida queda da taxa de mortalidade
promoveu um forte crescimento populacional que muitos denominaram de explosão demográfica. Em termos
absolutos pode-se afirmar que a maioria da população mundial se concentra em países fora do mundo chamado
desenvolvido.
O diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) declarou, em
entrevista à Folha de S.Paulo, que milhões de pessoas passam fome no mundo. Tal situação, entretanto, está
acompanhada de um grande paradoxo, que consiste no fato de que existem centenas de milhões de famintos em um
mundo onde há comida para todos.
Para a explicação do crescimento da população e de sua relação com o desenvolvimento, algumas teorias
foram formuladas: malthusiana, reformista e neomalthusiana. Os adeptos da teoria reformista defendem a
necessidade de reformas socioeconômicas que permitam a elevação do padrão de vida da população.
Uma teoria demográfica amplamente divulgada por agentes políticos e econômicos das áreas centrais do
planeta a partir da segunda metade do século XX, que relaciona a pressão demográfica com a escassez de recursos
naturais podendo agravar a fome no mundo.
É a ecomalthusiana que surgiu a partir da segunda metade do século XX, de inspiração neomalthusiana, que
relaciona o crescimento populacional com a exaustão de recursos
e degradação ambiental, esse argumento é refutado por muitos analistas, pois não são os países pobres que estão
exaurindo os recursos existentes no planeta, mas sim os países ricos, como resultado do elevado nível de consumo
de suas populações.
Ao longo do século XX, as características
da população brasileira mudaram muito. Os gráficos que podemos observar na pág. 290 da apostila, mostram as
alterações na distribuição da população da cidade e do campo e
na taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) no período entre 1940 e 2000. Comparando esses dados,
concluimos que com a intensificação do processo de urbanização,
o número de filhos por mulher tende a ser menor. Várias tabelas mostram uma tendência de diminuição, no Brasil,
do número de filhos por mulher, isso é devido ao maior esclarecimento da população e maior participação feminina
no mercado de trabalho. Ainda sobre taxa de fecundidade é importante esclarecer que:
A redução da taxa de fecundidade da população brasileira passou a ocorrer especialmente a partir de 1970,
devido à crescente urbanização do país, que provocou uma série de transformações, das quais destacamos:
• maiores facilidades de acesso aos meios contraceptivos;
• maior participação da mulher no mercado de trabalho;
• maior custo de criação dos filhos na área urbana.
E sobre a taxa de mortalidade é fato que:
Desde a segunda metade do século XX, quando o Brasil passou por importantes transformações socioeconômicas,
criaram-se condições favoráveis para a redução da taxa de mortalidade – tais como o progresso da medicina e da
bioquímica, o processo de urbanização, acompanhado da melhoria das condições médico-hospitalares e higiênicosanitárias e a aplicação da medicina preventiva (vacinação). No século XXI, essa redução se acentua como resultado
da intensificação do declínio da mortalidade infantil.
A imigração é um dos temas essenciais do século XXI. Nosso futuro depende de que saibamos
resolver ou não este conflito. Porque de fato é um conflito... No mundo atual, as reações negativas e os conflitos
envolvendo imigrantes e seus descendentes evidenciam que os nativos passam a vê-los cada vez mais como uma
fonte indesejável de
problemas. O papel desempenhado pelos imigrantes nos países mais desenvolvidos da Europa Ocidental, no período
entre o pós-Segunda Guerra e os anos 70. Nesse período os imigrantes estrangeiros na Europa Ocidental
desempenharam os seguintes papéis: mão de obra para a reconstrução da Europa; ocupação de postos de trabalho
que exigiam pouca ou nenhuma qualificação; desempenho de funções no mercado de trabalho que não
interessavam à população nativa.
No âmbito dos argumento de ordem econômica e outro étnico-cultural utilizado por aqueles que, nos países
desenvolvidos, veem, hoje, os imigrantes como indesejáveis destam-se:
Argumentos de Ordem Econômica
• o aumento da concorrência por postos de trabalho entre imigrantes e nativos;
• pressão ‘para baixo’ dos níveis salariais em geral;
• atribuição da crise do sistema previdenciário público à presença crescente
de trabalhadores imigrantes informais e/ou ilegais no mercado de trabalho.
Argumentos de Ordem Étnico-Cultural
• a visão de que os imigrantes, permanecendo com os valores de seus países de origem, ameaçam os valores
culturais nativos;
• medo de futuro predomínio numérico de outras etnias;
• receio de perda de hegemonia da língua nacional;
• conflitos de natureza religiosa.
Considerando-se os reflexos das migrações internacionais na organização do espaço mundial, é incorreto
afirmar que, na atualidade, há uma plena integração cultural e socioeconômica, no país receptor, das gerações
posteriores de imigrantes, tornadas cidadãos nacionais.
O fenômeno geográfico responsável pela fusão de línguas nos EUA é o aumento da imigração hispânica para
aquele país. Nas últimas décadas, estima-se que lá tenham entrado mais de 10 milhões de hispânicos – metade de
forma ilegal –, que se concentram nos grandes centros do sul (próximos da fronteira com o México) e em guetos dos
grandes centros urbanos do nordeste, especialmente Nova York.
Entre as várias consequências do aumento da imigração hispânica nos EUA, podemos destacar:
• O aumento do controle físico e político sobre a extensa fronteira com o México, com a construção de cercas físicas
e virtuais;
• O papel decisório dos hispânicos nas eleições internas americanas;
• A importância cultural no comportamento da sociedade estadunidense, ilustrada pelo sincretismo linguístico
citado no texto;
• Aumento dos guetos latino-americanos nos grandes centros urbanos;
• Provável crescimento de manifestações xenofóbicas por parte da maioria branca, de origem europeia.
A grande migração de nordestinos em direção à Amazônia no período entre 1870 e 1910 está ligada a dois
aspectos extremamente importantes: um deles é o desenvolvimento da economia da borracha, atraindo a
população. A ocorrência de um longo período de secas no interior nordestino, agravando ainda mais as já precárias
condições de vida das famílias sertanejas.
Os fatores que contribuíram para que ocorresse um intenso fluxo migratório para São Paulo ao longo do
século XX. As precárias condições de vida da população nas
áreas onde viviam os migrantes antes de se deslocarem para São Paulo e as oportunidades de trabalho existentes
nesse estado, como resultado da expansão de uma série de atividades, entre as quais, a industrial.
A população rural é atraída pela grande cidade, mas nem sempre os sonhos otimistas da vida urbana se
concretizam. Uma parte da população que se desloca não consegue trabalho, porque a indústria e os serviços não
são capazes de empregar toda a população que chega à cidade. Como consequência, são comuns os casos de
desemprego e subemprego. As cidades não têm condições de absorver toda a população originária das áreas rurais.
Em reportagem sobre crescimento da população brasileira, uma revista de divulgação científica publicou
uma tabela com a participação relativa de grupos etários na população brasileira, no período de 1970 a 2050
(projeção), em três faixas de idade: abaixo de 15 anos; entre 15 e 65 anos; e acima de 65 anos. Admitindo-se que o
título da reportagem se refira ao grupo etário cuja população cresceu sempre, ao longo do período registrado, um
título adequado poderia ser “O Brasil de cabelos brancos”.
Quando se estudam as principais atividades econômicas da população de um país, é muito comum
relacionar o número de pessoas que trabalham na agricultura com o número de pessoas que trabalham na indústria.
A nomenclatura utilizada para designar o conjunto de pessoas que trabalham, respectivamente, na atividade agrícola
e na industrial é, setor primário e setor secundário.
Um dos aspectos utilizados para avaliar a posição ocupada pela mulher na sociedade é a sua participação no
mercado de trabalho. O gráfico mostra a evolução da presença de homens e mulheres no mercado de trabalho entre
os anos de 1940 e 2000. O percentual do trabalho feminino no Brasil apresenta-se crescente desde 1950 e, se
mantém a tendência, alcançará, a curto prazo, a participação masculina.
A chamada Ásia Ocidental constitui importante área de encontro de três continentes: a Ásia, a África e a
Europa. É marcada, principalmente, pela instabilidade dos limites políticos, diversidade étnica da população e
multiplicação das crenças religiosas. Três grandes religiões têm sua “Cidade Santa” na Ásia Ocidental. São elas
judaísmo, cristianismo e islamismo.
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