Aula Telessaúde DST

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Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente [NESA]/UERJ
Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente
Fernandes Figueira [IFF]/FIOCRUZ
Orli Carvalho da Silva Filho
Nov/2013
Curso de Saúde Sexual &
Saúde Reprodutiva na Adolescência
Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente [NESA]/UERJ
Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente
Fernandes Figueira [IFF]/FIOCRUZ
Orli Carvalho da Silva Filho
Nov/2013
Doenças Sexualmente Transmissíveis [DST]:
Adolescência e DST
[Adolescência e DST : reflexão inicial]
"Quando eu estava com 14 anos, meu pai era tão estúpido que eu
dificilmente conseguia suportá-lo. Aos 2I, fiquei surpreso ao perceber
quanto ele havia aprendido nestes sete anos". [Mark Twain]
“Porque eu tenho uma amiga que começou a vida sexual dela com dezoito anos. Eu
aplaudi ela de pé. Eu falei pra ela: ‘Cara, você é uma pessoa em extinção’.”
[fala de adolescente em grupo focal. In: Taquette, SR. Aids e juventude: gênero, classe e raça.]
[Caso Clínico – Parte I ]
Nelson, 17 anos, estudante, está interessado em Verônica, 16 anos, que
resiste a “ficar” com ele porque quer um relacionamento mais sério. O comentário
na escola é que ele é muito legal, mas seu objetivo principal é “transar” com todas
as garotas com quem sai. Enquanto tenta convencer Verônica a sair com ele, tem
saído com outras garotas, tendo relação sexual com elas.
A pretexto de ter um reforço na matéria de História, em que enfrenta
muitas dificuldades, Nelson pede ajuda a Verônica, que aceita estudar com ele.
Com isso, há uma aproximação entre os dois. Num final de semana, véspera de
prova, os pais de Verônica viajam e os dois combinam estudar na casa dela. No
decorrer do estudo começa um “clima romântico”, que termina numa relação
sexual sem preservativo.
[Caso Clínico – Parte II ]
Nelson, mesmo “ficando” com Verônica, continua a ter relações sexuais
com outras garotas. Entretanto, não considera importante o uso de preservativos.
Algum tempo após o início do namoro, ele sente uma ardência ao urinar e nota
uma secreção purulenta matinal no pênis. Resolve procurar José, o agente
comunitário, que o leva à Unidade Básica de Saúde para uma consulta médica. Lá
é informado de que está com suspeita clínica de gonorreia, uma DST [doença
sexualmente transmissível]. São colhidos exames para confirmação diagnóstica.
Nelson é medicado e orientado sobre medidas de prevenção de
DST/AIDS.
[A saúde de adolescentes e jovens : uma metodologia de auto-aprendizagem para
equipes de atenção básica de saúde. módulo básico. 2007]
[Roteiro]
- Caso clínico;
- Objetivos / Materiais e Métodos;
- Introdução : conceituação;
- Introdução : epidemiologia;
- Adolescência e DST : ponderações gerais;
- Adolescência e DST: o atendimento;
- Adolescência e DST: a suspeita;
- Adolescência e DST: o aconselhamento;
- Adolescência e DST: o diagnóstico;
- Principais Síndromes Clínicas;
- Etiologias, especificidades diagnósticas e tratamento;
- Adolescência e DST: ações preventivas gerais;
- Adolescência e DST: prevenção na violência sexual;
- Adolescência e DST: “os Nelsons” e Conclusões;
- Avaliação;
- Referências Bibliográficas e Ilustrações.
[Objetivos / Materiais e Métodos]
Objetivos:
- considerações sobre abordagem da sexualidade na consulta do adolescente, na
atenção básica de saúde;
- considerações sobre abordagem sindrômica das DST a partir fluxogramas MS;
Metodologia:
- revisão de referências nacionais sobre o tema;
- imagens obtidas nos materiais pesquisados ou disponibilizadas na internet.
[Introdução: conceituação]
- DST : doenças infecciosas cuja transmissão, caracteristicamente, se dá através de
práticas sexuais.
- Doenças Venéreas, IST.
- Agentes causais: parasitos, bactérias ou vírus.
- Curáveis (exceto virais).
- Melhor forma de prevenção: preservativo
- Consequências: infertilidades, aumento de risco de outras infecções [como HIV]
e possibilidade de transmissão vertical.
[Introdução: conceituação]
- Definição de caso:
- essencialmente transmitidas pelo contato sexual [ex.: sífilis, gonorreia,
cancro mole, linfogranuloma venéreo, uretrite por clamídia];
- frequentemente transmitidas pelo contato sexual [ex.: donovanose, herpes
simples genital, candidíase genital, fitiríase, hepatite B, HIV, HPV];
- eventualmente transmitidas pelo contato sexual [ex: hepatite A, escabiose,
pediculose, molusco contagioso, amebíase].
[Introdução: epidemiologia]
- Um dos problemas de saúde pública mais comuns do mundo, estando entre as
cinco causas principais de procura dos serviços de saúde nos países em
desenvolvimento, segundo OMS.
- Em 1999, incidência de 340 milhões de casos de DST curáveis no mundo, na
população entre 15 e 49 anos, sendo de 10 a 12 milhões no Brasil.
- DST de notificação compulsória: AIDS, HIV na gestante/criança exposta, sífilis
na gestação e sífilis congênita.
- Epidemiologia DST adolescentes brasileiros: experiência clínica + dados
HIV/AIDS.
[Adolescência e DST: ponderações gerais]
[Adolescência e DST: ponderações gerais]
-Vida sexual genital: média de início aos 15,3 anos; 36% antes dos 15 anos [2007].
-Fatores de risco:
uso irregular de preservativos;
grande número de portadores assintomáticos;
automedicação;
múltiplos parceiros sem proteção [e/ou parceiros mais velhos];
menor escolaridade;
consumo de bebidas alcoólicas e/ou outras drogas;
famílias de baixa escolaridade e desestruturadas;
construção social de gênero;
violência do sexo.
[Adolescência e DST: ponderações gerais]
- Pensamento abstrato em formação;
- Maior exposição do epitélio cilíndrico colo de útero;
- Atividade sexual não planejada e escondida;
- ACO;
- “O desejado, o permitido e o socialmente aceito” equacionando uma
“dupla moral” [estímulo X repressão].
[Adolescência e DST: ponderações gerais]
- Quadro clínico agudo que pode desaparecer sem tratamento, sem entretanto,
que seja eliminada a infecção e a infectividade.
-Muitas vezes são assintomáticos, principalmente em meninas.
- Suspeita de DST implica tratamento imediato, sendo que para seu controle
eficaz deve-se tentar: o acompanhamento até a cura e a busca de contactantes.
[Adolescência e DST: ponderações gerais]
Fonte: AIDSCAP/UNAIDS, In: Taquette SR. Quando suspeitar, como diagnosticar e como tratar doenças sexualmente transmissíveis na adolescência Parte 1. Adolesc Saude. 2007;4(4):6-11.
[Adolescência e DST : o atendimento]
- Toda consulta com adolescentes deve propiciar a abordagem do tema
sexualidade, com orientações sobre DST, gravidez e sexo seguro.
- Se DST, provável ou suspeita: história clínica completa, exames físicos
minuciosos, testes sorológicos, notificação do caso, promoção do uso de
preservativo e a imunização, convocação dos parceiros [30 - 90 dias].
- Sem suspeita de DST, mas risco comportamental presente, conduta proativa num
rastreamento pertinente.
[Adolescência e DST : o atendimento]
- Adolescência: vulnerabilidades X fase de grandes potencialidades, período de
formação, sensível a ações positivas de saúde.
- Atendimento garantido, ágil e resolutivo, levando-se em conta os
tratamentos anteriores e evitando-se constrangimentos.
- A privacidade, confidencialidade e sigilo - Estatuto da Criança e Adolescente
[ECA].
[Adolescência e DST : a suspeita]
Anamnese
- Maiores suspeitas:
- comportamento sexual de risco: ausência de uso de preservativo, múltiplos
parceiros;
- parceiros sexuais com comportamento sexual de risco e/ou usuários de
drogas;
- queixas de lesões genitais e perianais, corrimentos uretrais ou vaginais, dor
pélvica, dispareunia, prurido genital, dificuldade para engravidar, disúria,
polaciúria etc.
- A presença de queixas sugestivas de DST sem atividade sexual referida ou
negada deve levantar hipótese de abuso ou receio em revelar práticas sexuais
específicas.
[Adolescência e DST : a suspeita]
Exame físico
- Geral: pele, mucosas, gânglios; diferentes possibilidades de lesões: eritemas,
vesículas, pápulas, úlceras e verrugas.
- Genital masculino: avaliação da região inguinal, genitália externa e região
anorretal; secreções, lesões, tumoração, ulceração, gânglios.
[Adolescência e DST : a suspeita]
Exame físico
- Genital feminino: em posição ginecológica e exames estático, dinâmico e
especular. Disposição de pêlos, grandes e pequenos lábios, clitóris, hímen,
períneo, borda anal e lesões. Palpação uretra, lesões, tumorações e glândulas de
Bartholin [5 e 7h]. No exame especular, observar coloração e pregueamento
vaginais, colo uterino; notar presença ou não de secreções, tumorações,
ulcerações e rupturas.
[Adolescência e DST : o aconselhamento]
- O aconselhamento clínico a partir de amplo e completo diagnóstico da situação
apresentada, no estudo e discussão de várias soluções ou caminhos possíveis para
cada indivíduo.
- Relação de confiança entre o profissional e o adolescente: resgate de seus
recursos internos e reconhecimento como sujeito de sua própria saúde.
[Adolescência e DST : o aconselhamento]
- A partir de apoio emocional, educativo, com reflexões sobre valores, atitudes e
condutas, objetiva-se:
- reduzir nível de estresse;
- possibilitar a percepção de risco e adoção de práticas seguras;
- promover adesão a um possível tratamento;
- induzir a comunicação e tratamento dos parceiros;
- oferecer testagem sorológica anti HIV;
- realizar aconselhamento pré teste [podendo ser coletivo] e pós teste
[sempre individual], idealmente pelo mesmo profissional.
[Adolescência e DST : o diagnóstico]
- Diagnóstico: anamnese e exame físico e/ou exames laboratoriais para
identificação direta ou indireta do agente etiológico.
-O MS preconiza, para diagnóstico precoce e tratamento imediato, o uso da
abordagem sindrômica, que se baseia em fluxogramas de conduta.
- Principais síndromes clínicas: úlceras genitais, corrimentos uretrais, corrimentos
vaginais [cervicite e vulvovaginite] e dor pélvica.
- A infecção pelo HPV, síndrome de imunodeficiência adquirida [AIDS], infecção
pelo HTLV, as hepatites virais e oftalmia gonocócica são as outras síndromes
definidas.
[Principais Síndromes Clínicas]
- Úlceras genitais: sífilis, cancro mole, herpes, linfogranuloma venéreo,
donovanose.
- Corrimentos uretrais: gonorreia, clamídia.
- Corrimentos vaginais: cervicite e vulvovaginites [vaginose bacteriana, candidíase
vulvovaginal, tricomoníase].
- Dor pélvica: doença inflamatória pélvica [DIP], causas ginecológicas não
infecciosas [aborto, gravidez ectópica, ruptura ou torção de cisto de ovário,
sangramento de corpo lúteo, dismenorreia] e causas não ginecológicas [infecção
urinária, apendicite, diverticulite, obstrução intestinal, constipação etc].
[Principais Síndromes Clínicas]
Avaliação de risco na abordagem sindrômica:
parceiro com sintoma;
pacientes com múltiplos parceiros sem proteção;
paciente considera exposição a DST;
paciente proveniente de região de alta prevalência de gonococo e clamídia.
[Úlcera Genital]
[Sífilis]
- Agente etiológico: Treponema pallidum.
-Tempo de incubação: 10 a 90 dias.
- Evolução: sífilis recente [menos de um ano] ou tardia [mais de um ano].
- Segundo o tipo de lesão pode ser primária, secundária ou terciária.
[Sífilis]
- Primária: lesão típica é cancro duro, lesão rosada ou ulcerada, pouco dolorosa,
de base endurecida, geralmente única e acompanhada de adenopatia regional
não supurativa, móvel, indolor e múltipla. No homem, localiza-se mais
frequentemente no sulco balanoprepucial e na glande; na mulher, nos pequenos
lábios, na parede vaginal e no colo uterino. As localizações extragenitais são
lábios, língua, amígdalas, ânus, dedos. As lesões desaparecem mesmo se a
doença não for tratada.
[Sífilis]
- Secundária: desenvolve-se de dois a três meses após a primária e suas lesões
mais frequentes são erupções cutâneas generalizadas e simétricas (roséola
sifilítica). Posteriormente, surgem pápulas simples e escamosas (sifílides
papulosas e psoriasiformes), acometendo palmas e plantas, podendo ocorrer
todos os tipos de lesão simultaneamente. Lesões papuloerosivas (condilomas
planos) aparecem no ânus e na vulva. Pode acometer fâneros (alopécia,
madarose, paroníquia e aníquia).
[Sífilis]
- Terciária: apresenta sinais e sintomas após três a 12 anos do contágio, com o
desenvolvimento de lesões tegumentares (gomas), cardiovasculares (aortite,
aneurisma, estenose de óstio coronário e insuficiência aórtica), neurológicas
(paresia geral e tabes dorsalis) e articulares (artropatia de Charcot).
[Sífilis]
- O diagnóstico laboratorial depende da fase de infecção. A pesquisa direta do
Treponema pallidum pode ser feita nas lesões das sífilis primária e secundária. As
sorologias inespecíficas [VDRL e RPR] e as sorologias treponêmicas [FTA-ABS e
TPHA] tornam-se reativas a partir da 2ª-3ª semana da infecção.
- VDRL – exame mais utilizado, indicando tratamento se título ≥ 1:8 ou 1:16;
resultado falso positivo [baixa titulação] ocorre por reações cruzadas ou cicatriz
sorológica e o falso negativo, na fase primária e na latente tardia.
[Sífilis]
- O tratamento de primeira escolha é a penicilina benzatina; caso haja
comprometimento do sistema nervoso central, a cristalina.
- Primária: penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única.
- Secundária: penicilina G benzatina 4,8 milhões UI, IM, em duas doses a cada sete
dias.
- Terciária: penicilina G benzatina 7,2 milhões UI, IM, em três doses, intervalo de
sete dias.
- Alergia à penicilina: dessensibilização ou doxicilcina 100mg, VO, 12/12h ou
eritromicina [esterato ou estolato] 500mg, VO, 6/6h, por 15 ou 30 dias, se sífilis
recente ou tardia, respectivamente.
[Sífilis]
Fonte: Folder da campanha da Secretaria
Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, 2012
.
[Cancro Mole]
- Agente etiológico: Haemophilus ducreyi.
- Tempo de incubação: um a 14 dias.
- Outras denominações: cancróide, cancro venéreo, cavalo.
- Lesões ulceradas múltiplas, dolorosas, de bordos irregulares e fundo purulento.
Localização mais frequente no sulco balanoprepucial e nos pequenos lábios.
Frequentemente ocorre autoinoculação, podendo haver lesões em espelho nas
áreas de contato e atrito. Apresenta bubão inguinal, quase sempre unilateral,
doloroso e que pode se fistulizar [fístula única].
[Cancro Mole]
- Diagnóstico específico é realizado através do método de Gram em esfregaço das
lesões [bacilos gram-negativos intracelulares], cultura ou PCR.
-Tratamento:
- Azitromicina 1g, VO, dose única;
- Ciprofloxacino 500mg, VO, 12/12h, três dias [contraindicações idade,
gestação e amamentação];
- Eritromicina [esterato] 500mg, VO, 6/6h, sete dias.
- A cura clínica costuma ocorrer sete dias após o tratamento, quando o paciente
deve ser reexaminado; mesmo assintomático, o parceiro deve ser tratado.
[Herpes “Genital”]
- Agente etiológico: Herpes simplex virus [HSV] tipo 1 e 2.
- Tempo de incubação: um a 26 dias.
- O contágio se dá por via sexual ou contato direto com lesões ou objetos
contaminados.
- Pródromo de dor, prurido, sensibilidade, ardência e “fisgadas” locais evoluindo
para vesículas agrupadas, com erosão e formação de crostas. Adenopatia inguinal
dolorosa bilateral ocorre em metade dos casos.
- A cura se dá após 10 a 14 dias, porém 90% dos pacientes têm recorrência das
lesões após um ano da primoinfecção.
- O quadro clínico da recorrência é menos intenso, mas precedido dos sintomas
prodrômicos característicos.
[Herpes “Genital”]
- O diagnóstico é clínico, sendo o citodiagnóstico feito através dos testes de
Tzanck e/ou Papanicolaou. Sorologicamente, a ascenção da IgG é marcador de
infecção ativa.
-Tratamento:
- No primeiro episódio: Aciclovir 400mg, VO, 8/8h, por sete a dez dias;
- Nas recorrências, o tratamento é o mesmo, mas com redução de tempo para
cinco dias.
- Como sintomáticos, pode-se usar analgésicos e anti-inflamatórios e limpeza
das lesões com solução fisiológica e neomicina creme.
[Linfogranuloma Venéreo]
- Agente etiológico: Chlamydia tracomatis sorotipos L1, L2, L3.
- Tempo de incubação: uma a duas semanas.
- Sinais e sintomas são de três, de acordo com fase da doença:
- primeira fase: lesão de inoculação [úlcera indolor, pápula ou pústula no
pênis e/ou parede vaginal], que frequentemente não é notada pelo
paciente e raramente percebida pelo médico;
- segunda fase: disseminação linfática, com a ocorrência de
linfadenopatia inguinal, que se desenvolve em uma a seis semanas após
a
lesão inicial, geralmente unilateral, e constitui o principal motivo de
consulta. O comprometimento ganglionar evolui para supuração e
fistulização múltipla.
- terceiro estágio: caracterizado por sequelas, quando pode haver
elefantíase genital.
[Linfogranuloma Venéreo]
- O diagnóstico é clínico, devendo ser considerado em todos os casos de adenite
inguinal, elefantíase genital e estenose uretral ou retal. Pode-se recorrer ao
exame direto por coloração Giemsa ou Papanicolau e detecção sorológica ou
biologia molecular.
- O tratamento pode ser feito com doxiciclina 100mg, VO, 12/12h ou eritromicina
[esterato] 500mg, VO, 6/6h, ambos por 21 dias.
[Donovanose]
- Agente etiológico: Calymmatobacteruim granulomatis.
- Tempo de incubação: 30 dias a seis meses.
- Principais sinais e sintomas são lesão ulcerada de borda plana ou hipertrófica,
com fundo granuloso de aspecto vermelho vivo e de fácil sangramento. A lesão
evolui lentamente e se torna vegetante. Há predileção pelas regiões de dobras e
perianal.
[Donovanose]
- A confirmação diagnóstica se dá através de exame histopatológico [em material
obtido através de biópsia] devido à presença de corpúsculos de Donovan.
- O tratamento é o mesmo indicado no linfogranuloma venéreo, com a diferença
que não há necessidade de tratamento de parceiros.
[Úlcera Genital - Revisão]
[Corrimento Uretral]
[Uretrite Gonocócica]
- Agente etiológico: Neisseria gonorrheae.
- Tempo de incubação: dois a 10 dias.
- Outras denominações: gonorreia, blenorragia, gota matinal, pingadeira.
- Prurido uretral evoluindo para disúria e ardência miccional, seguido por
corrimento, inicialmente mucóide e depois purulento, com intensidade maior no
período da manhã.
- Na mulher, 70% dos casos são assintomáticos, podendo ocorrer manifestações
extragenitais como anorretite, faringite, oftalmia, gonococcia disseminada
[manifestações cutâneas, artralgia e artrite] e complicações, principalmente a
doença inflamatória pélvica e a bartolinite.
- No homem, as mais frequentes são balanopostite, prostatite, epididimite, orquite
e estenose uretral. A orquiepididimite é uma das causas mais comuns de
infertilidade masculina.
[Uretrite Gonocócica]
- O diagnóstico laboratorial: bacterioscopia [diplococo gram negativo
intracelulares] e cultura da secreção uretral ou endocérvice, em meio de ThayerMartin, ou técnicas de biologia molecular, PCR e captura híbrida.
- O tratamento do paciente e do parceiro pode ser com ceftriaxona 250mg, IM,
dose única ou ciprofloxacino 500mg, VO, dose única.
[Uretrite não Gonocócica]
-São todas as uretrites em que não se evidencia a presença do gonococo na
bacterioscopia e podem ter como agentes etiológicos: Chlamydia trachomatis,
Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis e Herpes
simplex.
- O agente mais frequente é a Chlamydia, uma bactéria intracelular que também
causa tracoma, conjuntivite no recém nato e linfogranuloma venéreo. O tempo de
incubação é de 14 a 30 dias. Os principais sinais e sintomas são corrimentos
mucóides discretos, com disúria leve e intermitente.
- O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através de cultura ou reação em
cadeia de polimerase [PCR].
- Tratamento: azitromicina 1g, VO, dose única ou doxiciclina 100mg, VO, 12/12h,
por sete dias. É essencial o tratamento do parceiro.
[Corrimento Vaginal - sem microscopia]
Fatores
de Risco
gravidade
/ cervicite
[Corrimento Vaginal - com microscopia]
Fatores
de Risco
gravidade
/ cervicite
[Corrimento Vaginal]
-O corrimento vaginal pode ser fisiológico ou patológico.
- Corrimento vaginal fisiológico: pH ácido [entre 4 e 4,5], abundância maior em
períodos ovulatório, gestação, puerpério e de excitação sexual; apresenta
coloração clara ou ligeiramente castanha, não tendo cheiro.
- Os patológicos podem estar associados a inflamações uterinas e/ou vaginais
[cervicites e vulvovaginites].
[Corrimento Vaginal - Cervicite]
- Cervicite mucopurulenta é uma inflamação da mucosa do epitélio colunar do
colo uterino.
- O diagnóstico de cervicite se impõe quando há mucopus endocervical, colo
friável, dor à mobilização do colo e/ou presença de algum critério de risco
[parceiro com sintomas, múltiplos parceiros sem proteção e exposição à DST].
- Cerca de 70% dos casos são assintomáticos, podendo ocorrer alguns sintomas
genitais leves como dispareunia, disúria e corrimento vaginal. Os agentes
etiológicos e tratamento são os mesmos das uretrites.
- As complicações mais frequentes são doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez
ectópica, dor pélvica crônica e esterilidade.
[Corrimento Vaginal - Vulvovaginite]
- São inflamações ou infecções do trato genital feminino inferior: vulva, vagina e
ecto ou endocérvice.
- Podem ser causadas por agentes infecciosos [transmitidas ou não pelo coito] e
também se relacionar a fatores físicos, químicos, hormonais e anatômicos. Os
agentes infecciosos podem ser bactérias, fungos, vírus e protozoários.
[Corrimento Vaginal - Vulvovaginite]
- Vaginose bacteriana: resulta do desequilíbrio da flora vaginal normal devido à
proliferação exagerada de bactérias anaeróbias [Gardnerella vaginalis,
Mycoplasma e Bacteroides sp.] associada à diminuição de lactobacilos acidófilos.
- Não se trata de infecção de transmissão sexual, apenas pode ser desencadeada
pelo coito em mulheres predispostas.
- Os principais sinais e sintomas são corrimento vaginal fétido, branco
acinzentado, cremoso, mais acentuado após o coito e no período menstrual,
além de dispareunia. Muitas mulheres são assintomáticas.
[Corrimento Vaginal - Vulvovaginite]
- No diagnóstico laboratorial o pH vaginal > 4,5 e o esfregaço de conteúdo vaginal
mostram presença de clue cells.
- O teste das aminas [pingar uma a duas gotas de KOH a 10% em conteúdo
vaginal] é positivo [odor fétido semelhante a peixe podre].
- O tratamento não incluí o parceiro e consiste em metronidazol 500mg, VO,
12/12h por sete dias ou secnidazol / tinidazol 2g, VO, dose única.
[Corrimento Vaginal - Vulvovaginite]
- Candidíase: infecção causada por fungos que habitam a mucosa vaginal e que se
proliferam quando o meio torna-se favorável ao seu desenvolvimento. Cerca de
50% das mulheres são assintomáticas.
- Os principais sinais e sintomas são prurido vulvovaginal, corrimento branco,
grumoso, inodoro e com aspecto de “leite coalhado”. Também apresenta
hiperemia, edema vulvar, fissuras vulvares, dispareunia, ardor e/ou dor à micção.
- O diagnóstico laboratorial é feito através do pH vaginal < 4 e esfregaço que
revela a presença de micélios e/ou esporos.
[Corrimento Vaginal - Vulvovaginite]
[candidíase]
- O tratamento é tópico, com cremes [cinco a 10 dias] ou óvulos [um a três dias],
por via vaginal, das drogas: miconazol, tioconazol, isoconazol, clotrimazol ou
nistatina.
- Tratamento sistêmico apenas se recorrência ou difícil controle, quando se deve
pesquisar causas predisponentes; nesses casos, o parceiro pode ser tratado e se
usa fluconazol 150mg, VO, dose única ou cetoconazol 400mg, VO, por cinco dias.
[Corrimento Vaginal - Vulvovaginite]
- Tricomoníase: infecção de transmissão sexual, geralmente assintomática no
homem e na mulher, com corrimento bolhoso abundante, amarelado ou
esverdeado e odor fétido. Os sinais e sintomas são prurido, irritação vulvar, dor
pélvica, disúria, polaciúria e hiperemia da mucosa com placas avermelhadas
[aspecto de framboesa]. Dificilmente causa dor pélvica e frequentemente carreia
o gonococo.
- O diagnóstico é feito através de esfregaço vaginal, que revela parasitas
flagelados movimentando-se ativamente, com pH > 4,5 ou bacterioscopia pelo
método de Gram e por Papanicolau.
- O tratamento envolve o parceiro e se dá com metronidazol ou secnidazol/
tinidazol 2g, VO, dose única.
[Desconforto ou Dor Pélvica]
[Dor Pélvica]
- Pode ser devida a DIP, causas ginecológicas e causas não ginecológicas.
- A DIP é uma síndrome clínica provocada pela ascensão de microrganismos do
trato genital inferior, comprometendo endométrio, tubas, anexos uterinos e/ou
estruturas contíguas. Aproximadamente 90% dos casos tem por origem uma DST
prévia. Os principais agentes etiológicos são Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia
trachomatis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, estreptococos betahemoliticos grupo A, anaeróbios etc.
[Dor Pélvica]
- Apenas casos leves em que não há sinais de irritação peritoneal são tratados em
ambulatório.
- Se apresentar sintomas de defesa muscular, dor à descompressão, temperatura
axilar > 37,5°C, sangramento, parto ou aborto recente, a paciente deve ser
encaminhada a um serviço de referência hospitalar.
[Dor Pélvica]
O tratamento para DIP leve consiste em:
- antibioticoterapia: ceftriaxona [250mg, IM, dose única] ou ofloxacina
[400mg, VO, 12/12h, por 14 dias] ou ciprofloxacina [500mg, VO, 12/12h,
por 14dias], sempre associados a doxiciclina 100mg, VO, 12/12h +
metronidazol 500mg, VO, 12/12h, ambos por 14 dias.
- medidas gerais: repouso, abstinência sexual e sintomáticos.
- Tal esquema só pode ser proposto se garantia de retorno para reavaliação em
72h ou se piora.
- Casos de não melhora, piora ou elencados como não leve são tratados em nível
hospitalar, sempre em esquema parenteral.
[HPV – Verrugas Genitais]
- Doença viral não classificada na abordagem sindrômica do Ministério da Saúde
[MS], mas definida como DST. O tempo de incubação é desconhecido, visto que
pode variar de semanas a décadas.
A maioria das infecções é assintomática, as lesões condilomatosas [verrugas,
condiloma acuminado] variam de tamanho e localização [colo uterino, vagina,
uretra, ânus e pênis] e podem ser dolorosas, friáveis e/ou pruriginosas.
Os tipos não oncogênicos ou de baixo risco [3 e 11] estão associados à
papilomatose laríngea e às verrugas genitais; já os de alto risco [16, 18 e 33]
associam-se ao câncer ano genital e de cabeça e pescoço.
[HPV – Verrugas Genitais]
O diagnóstico é basicamente clínico, podendo ser confirmado por biópsia. As
lesões cervicais são geralmente detectadas pela citologia oncótica, devendo ser
avaliadas por colposcopia, teste de Schiller (iodo) e biópsias dirigidas.
Nesse grupo etário [até 30 anos], embora a prevalência de HPV seja muito alta,
não há risco significativo para lesão invasiva, não estando sujeitos aos protocolos
de pesquisa viral e citologia oncótica como adultos.
O tratamento das lesões varia conforme sua localização:
- lesões vaginais e uretrais: podofilina 10-25% [nunca durante gravidez] e
ácido tricloroacético 80-90%;
- lesões anais: ácido tricloroacético ou exérese cirúrgica;
- lesões orais: exérese cirúrgica.
[HPV – Verrugas Genitais]
A vacinação deve ocorrer antes da iniciação sexual dos adolescentes e torna-se
futura aliada à prevenção do câncer de colo uterino, visto o preservativo não
oferecer 100% proteção contra o HPV.
Duas vacinas são liberadas pela ANVISA: quadrivalente [6, 11, 16, 18] indicada
para meninos e meninas entre nove e 26 anos de idade e outra [16 e 18], liberada
entre 10 e 25 anos de idade.
Em 2014, inclusão vacina quadrivalente no PNI, esquema estendido [3 doses: 0 –
6 meses – 5 anos] para meninas 11 a 13 anos; em 2015, amplia-se para meninas
de 9 a 11 anos.
[Correlações DST e HIV / AIDS]
[Correlações DST e HIV / AIDS]
- A epidemia de AIDS aproximou a medicina à sexualidade humana, assim como
trouxe nova importância às DST como problema de saúde pública.
-Tem-se observado uma redução da transmissão vertical e um aumento da
incidência de HIV/AIDS na população entre 15 e 24 anos – quase metade de novos
casos enquadra-se em adolescentes e adultos jovens.
- Adolescência: feminização da epidemia, a utilização de drogas injetáveis, o
consumo de álcool e não utilização de preservativos.
[Correlações DST e HIV / AIDS]
- DST não ulcerativa aumenta o risco de transmissão HIV em três a dez vezes; risco
que é aumentado para 18 vezes na presença de úlceras genitais, principalmente a
herpética.
- Homens com uretrite tem concentração de HIV oito vezes maior no líquido
seminal do que nos sem uretrite, mesmo sem alterações na carga viral sanguínea.
- Em mulheres, também se comprova maior presença viral na secreção cérvico
vaginal quando coexiste gonorreia [duas vezes], clamídia [três vezes] ou
ulcerações [quatro vezes].
- Mesmo não sendo uma DST, a vaginose também se correlaciona a aumento da
transmissão do HIV.
[Outros]
- HTLV: a principal via de transmissão é sexual, correlacionando-se à maior
concentração viral no sêmen e à presença de lesões genitais . Não há proposta de
triagem de HTLV no atendimento primário às DST devido às restrições de acesso a
diagnóstico e tratamento.
- Hepatites virais: síndrome clínica causada pelos cinco tipos de vírus, todos com
tropismo hepático. A hepatite B é facilmente considerada uma DST, sendo sua
transmissão por via parenteral, assim como a C e a D. O vírus A e E são de
transmissão fecal oral, não podendo ser descartados como DST.
[Adolescência e DST: Ações Preventivas Gerais]
- Prevenção primária: educação [importância da sala de espera na exposição
do tema a pacientes e cuidadores], imunização [hep B e HPV] e oferta / uso de
preservativos;
- Prevenção secundária: detecção precoce dos fatores de risco, casos e
contactantes, com aconselhamento;
- Prevenção terciária: tratamento oportuno, evitando-se as complicações.
[Adolescência e DST: Ações Preventivas Gerais]
Fonte: Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis,
MS, 2005.
[Adolescência e DST: Prevenção na Violência Sexual]
Diante de casos de violência sexual, além das medidas de suporte emocional,
protetivas e judiciais, medidas preventivas devem ser tomadas:
- profilaxia da gravidez [nos casos de coito desprotegido para mulheres em
período fértil];
- início da antibioticoprofilaxia para DST;
- coleta imediata de sangue para sorologia para sífilis, HIV, hepatite B e C;
- agendamento do retorno para acompanhamento psicológico e realização de
sorologia para sífilis [após 30 dias] e para o HIV [após no mínimo 3 meses];
- vacina e imunoterapia passiva para hepatite B;
- profilaxia do HIV.
[Adolescência e DST: Prevenção na Violência Sexual]
Fonte: Manual de Controle das Doenças Sexualmente
Transmissíveis, MS, 2005.
[Adolescência e DST: “os Nelsons” e Conclusões]
- Assistência à adolescência: habilidade e conforto na abordagem da temática
da sexualidade, enfocando comportamentos de risco, DST, gravidez, métodos
preventivos de forma geral; assim como suspeitas, investigação e tratamento
para as DST.
- Estratégias / Fluxogramas como normatização e facilitação da abordagem,
fazendo diferença prognóstica para pacientes e seus parceiros [interrupção da
cadeia de transmissão].
[Adolescência e DST: “os Nelsons” e Conclusões]
- Respeitar os valores morais dos adolescentes significa ser empático a eles
[independente dos valores pessoais dos profissionais] auxiliando-os a fazer
escolhas responsáveis, tornando-se aptos a se determinarem sujeitos dos
próprios desejos e saúde.
[Referências Bibliográficas/Ilustrações]
- Adolescência / organizadores Edson Ferreira Liberal, Marcio Moacyr Vasconcelos; coordenadora Katia Nogueira. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 532p. : il.
-Aids e juventude: gênero, classe e raça / organização Stella R. Taquette. – Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009, 289p.
- Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças
infecciosas e parasitárias: guia de bolso. – 8ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde , 2010, 448p. : il. ( Série B. Textos
Básicos de Saúde).
- Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle
das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2005,
140p. : il. Série Manuais n° 168. 4.ed.
- Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde
do adolescente: competências e habilidades. Brasília : Ministério da Saúde, 2008. : il. (Série B. Textos Básicos de Saúde)
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. A saúde
de adolescentes e jovens : uma metodologia de auto-aprendizagem para equipes de atenção básica de saúde : módulo
básico – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 168 p. : il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
-Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde
do adolescente: A Saúde de Adolescentes e Jovens – conjunto de aulas interativas sobre tópicos selecionados. 2005.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/multimedia/adolescente/principal.htm [acessado em fevereiro de 2013].
-Ilustrações de sites médicos, disponíveis gratuitamente, acessadas em fevereiro de 2013.
[Referências Bibliográficas/Ilustrações]
- Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde do Adolescente e do jovem. A Saúde
de adolescentes e jovens; uma metodologia de auto-aprendizagem para equipes de atenção básica de saúde: módulo
avançado / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem. –
Brasília: Ministério da Saúde. 2002, 226 p.: il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde; n. 18)
- Medicina do Adolescente / coordenadores Veronica Coates, Geni Worcman Beznos, Lucimar Aparecida Françoso;
consultoria editorial Jacques Crespin, Maria José carvalho Sant´Anna – 2ed. rev. e ampl. – São Paulo: Sarvier, 2003, 731p.
- Taquette SR. Quando suspeitar, como diagnosticar e como tratar doenças sexualmente transmissíveis na adolescência Parte 1. Adolesc Saude. 2007;4(4):6-11.
- Taquette SR. Quando suspeitar, como diagnosticar e como tratar doenças sexualmente transmissíveis na adolescência Parte 2. Adolesc Saude. 2007;4(4):6-12.
- Ilustrações de Mariana Massarani, acessadas em fevereiro de 2013.
- Ilustrações de sites médicos, disponíveis gratuitamente, acessadas em fevereiro de 2013.
Doenças Sexualmente Transmissíveis [DST]:
Adolescência e DST
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