Separação das Aulas

Propaganda
Congresso de Viena e
a Santa Aliança
Congresso de Viena - I
 Conferência feita pelas potências vencedoras das
Guerras Napoleônicas (Áustria, Rússia, Prússia e
Inglaterra).
 Objetivos:
1.
2.
3.
4.
Restauração do Antigo Regime e do Absolutismo;
Redesenhar o mapa europeu de acordo com a divisão
pré-Napoleão
Restabelecer o equilíbrio político-militar na Europa,
garantindo a paz
Restaurar as colônias ultramarinas
Congresso de Viena - II
 Tentativa de manter o poder das monarquias frente às
idéias liberais espalhadas com a Revolução Francesa.
 Relativa abertura da política das monarquias com a
criação de modelos constitucionais e direitos sociais e
políticos à população.
 A monarquia foi restaurada em todos os países
invadidos por Napoleão, inclusive na própria França.
 Inglaterra garantiu supremacia naval e possessões
além-mar. Rússia e Prússia anexaram territórios e a
França conseguiu manter seu território pré-1792.
Santa Aliança
 Aliança político-militar entre os países que se aliaram
para derrotar a França Napoleônica.
 Tinha o objetivo de manter a ordem monárquica
recém-restaurada,
intervindo
contra
qualquer
movimento surreicional.
 Suprimiu levantes na Alemanha e na Espanha.
 A Santa Aliança começou a perder força quando a
Inglaterra, interessada em expandir seu comércio com
as colônias europeias, deixa o Pacto.
Revoluções Liberais de 1830 e 1848
 Movimento revolucionário que sacudiu a Europa,
questionando mais uma vez as monarquias europeias e
as anexações feitas no Congresso de Viena.
 França, Bélgica, Itália e Alemanha se revoltaram contra
a ordem vigente, baseando-se em conceitos liberais e
constitucionalistas.
 As revoltas mostraram a impotência da Santa Aliança,
que sucumbiu aos movimentos liberais.
 Entre 1846 e 1848, a Europa passou por uma forte crise
de abastecimento, aumentando o preço dos grãos e
diminuindo o consumo de produtos manufaturados.
Revoluções Liberais de 1830 e 1848
 A crise chegou ao setor industrial, onde trabalhadores
foram demitidos em larga escala e redução de salários dos
funcionários mantidos.
 As consequências das crises interrompeu a curva de
progresso apresentada pelos países europeus, mergulhando
o continente numa forte estagnação econômica.
 As revoltas de 1830 e 1848 tinham forte cunho
oposicionista. A participação das massas populares, por
não terem um partido ou líder que os representasse, foi
feita por burgueses esclarecidos (liberais e nacionalistas).
 Na revolta de 1848 temos também há uma forte presença
das vertentes do Socialismo.
1848 - 1852
A 2ª República Francesa
 As várias correntes políticas da época organizaram um
governo provisório, com a função de convocar uma
Assembléia Constituinte.
 O novo governo proclamou o fim da pena de morte e o
estabelecimento do sufrágio universal nas eleições
 Eram grandes Os conflitos entre as lideranças
trabalhistas e burguesas.
 Os socialistas, tendo como meta a criação de uma
república
social,
reivindicavam
medidas
governamentais que garantissem empregos, direito de
greve e limitação das horas de trabalho.
 As lideranças trabalhistas conseguiram viabilizar a criação
das oficinas nacionais, que garantiam trabalho para os
numerosos desempregados em aterros, fábricas e
construções do governo.
 Os liberais moderados, representantes dos grandes
proprietários, ao contrário, buscavam barrar as medidas de
cunho popular, temendo a volta de um governo radical.
 Em abril de 1848, nas eleições da Assembleia Constituinte,
os moderados saíram vitoriosos, obtendo a maioria das
cadeiras, graças, principalmente, à atuação dos
proprietários rurais.
 Com
a polarização política entre socialistas e
burgueses, os populares multiplicaram suas
manifestações de rua, tumultuando Paris.
 O governo massacrou os revoltosos, suspendeu os
direitos individuais e fechou as oficinas nacionais,
transformando a revolução em guerra civil, com
milhares de mortos e deportados.
 A Constituição Republicana foi promulgada seguindo
os seguintes princípios:
1.
2.
O Poder Legislativo seria eleito por sufrágio universal,
com mandato de 3 anos;
O Poder Executivo ficaria a cargo de um presidente,
eleito por sufrágio universal, com mandato de 4 anos.
 Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão e figura
carismática na França, foi eleito presidente em
Dezembro/1848, apresentando um projeto que buscou
unir e pacificar o país, enfatizando o ideal de progresso
e de poderio nacional.
 No final do mandato, visando continuar no poder,
Bonaparte fechou a Assembleia e proclamou uma
ditadura.
 Por meio de um plebiscito Bonaparte ganhou poderes
para elaborar uma nova Constituição e declarou-se
cônsul, dando-lhe poderes ditatoriais por dez anos.
 Em 1852, com 95% de aprovação, Luis Bonaparte
coroou-se Napoleão III e transformou a França,
novamente, num império.
Março a Maio de 1871
 Comuna de Paris é o nome dado à primeira experiência histórica de um
governo proletário, ocorrida entre março e maio de 1871, na França.
 O movimento que levou à formação da comuna contou com a
participação de vários extratos e segmentos político-sociais franceses,
como:
 A pequena burguesia francesa,
 Membros da Guarda Nacional, e
 Partidários do regime republicano, proclamado em setembro de 1870.
 A Comuna de Paris tem sua origem na derrota francesa na Guerra
Franco-Prussiana, onde a França foi subjugada pelas forças prussianas
com cessão de territórios e pesadas reparações financeiras.
 Napoleão III caiu na Guerra Franco-Prussiana e no seu lugar foi
instaurado um governo provisório de defesa nacional.
 Prússia e França assinaram um armistício em 1871 e a Assembleia
Nacional, de maioria conservadora, elegeu Thiers como presidente.
 Thiers foi responsável por negociar a rendição francesa e, depois de
dissolver o Exército, tentou desmilitarizar a Guarda Nacional
 A tentativa do presidente não foi bem vista pela Guarda Nacional, que
resistiu à entrega das armas e atacou a sede do Governo Provisório
 Os membros da Assembleia fugiram de Paris, deixando Paris sem
comando político
 No vazio deixado pelo governo e em meio a uma correlação
heterogênea de forças, formou-se a Comuna de Paris.
 Em março, Thiers faria sua primeira investida para recuperar o controle
da cidade, mas sem sucesso.
 Influenciado pelas ideias socialistas, o governo proletário
tomou uma série de medidas no sentido de formar um
poder democrático e popular. São elas





abolição do trabalho noturno,
redução da jornada de trabalho,
concessão de pensão a viúvas e órfãos,
substituição dos antigos ministérios por comissões eletivas, e
separação entre Igreja e Estado
 Enquanto medidas democráticas eram tomadas em Paris,
Thiers negociava com a Prússia, em Versalhes, uma aliança
para derrotar o governo comunal.
 Havia a expectativa de que o movimento pudesse juntar-se às comunas
formadas em Marselha e Lyon, mas sua derrota ajudou a isolar ainda mais a
experiência do governo proletário em Paris.
 Em troca de concessões da França, Bismarck libertou presos de guerra para que
pudessem ajudar no cerco à cidade.
 Em 21 de Maio de 1871, 100 mil soldados invadiram Paris, deixando um saldo de
20 mil parisienses mortos e outros milhares exilados na Guiana.
 Além da limitação geográfica do governo comunal, outros fatores facilitaram a
derrota da Comuna. São eles:
 as divisões políticas dentro do movimento,
 o fato de o governo formado em Paris não ter atacado Versalhes, e
 a ausência de um comando militar suficientemente preparado para uma
eventual invasão.
 A experiência comunal acabou em 28 de maio, após 7 dias de
guerra civil na chamada semana sangrenta.
 A derrota do governo comunal ensejou uma profunda reflexão no
campo socialista, através de diversas análises de Marx e Engels
 Ficou evidenciado, muito além de uma guerra civil, a expressão
da luta de classes num país em pleno desenvolvimento
capitalista.
 Um novo governo proletário se formaria apenas em 1917; porém,
na Rússia. A derrota da Comuna de Paris serviria de exemplo
para os bolcheviques.
Unificação Alemã
 O Congresso de Viena acabou com a Confederação do
Reno, criada por Napoleão I, formando em seu lugar a
Confederação Germânica, com 39 estados e liderados pelo
Império Austríaco, predominantemente agrário
 À Áustria contrapunha-se a Prússia, que, mais desenvolvida
comercial e industrialmente, buscava a edificação de um
grande Estado germânico que forjasse seu espaço
intencionalmente.
 O passo fundamental para a unidade foi dado,
inicialmente, em 1834, com a criação do Zollverein – união
alfandegária que derrubou as barreiras aduaneiras entre os
Estados alemães, proporcionando uma efetiva união
econômica que dinamizaria o capitalismo alemão
Unificação Alemã
 Deixada fora do Zollverein pela diplomacia prussiana, a
Áustria reagiu, ameaçando a Prússia de guerra e obrigandoa a recuar
 A Prússia, por seu lado, iniciou, a partir de 1860, a aplicação
de um programa de modernização militar sustentado pela
aliança da alta burguesia com os grandes proprietários e
aristocratas
 A Confederação Germânica foi extinta com a assinatura do
Tratado de Praga, após a Guerra das Sete Semanas (1866),
onde ambos os reinos disputaram a partilha de ducados de
população alemã pertencentes à Dinamarca
Unificação Alemã
 Com a vitória na Guerra, a Prússia poderia reorganizar os
estados do Norte, mas encontraria dificuldades com os
Estados autônomos do sul, apegados às soberanias locais
ou ainda sob influência austríaca.
 Napoleão III da França era contra a unificação alemã, por
visualizar ali uma ameaça às suas fronteiras orientais
 O trono da Espanha ficou vago e o herdeiro do trono era da
mesma família dos prussianos, o que deixou Napoleão III
preocupado com o possível cerco à França
 O trono da Espanha ficou vago e o herdeiro do trono era da
mesma família dos prussianos, o que deixou Napoleão III
preocupado com o possível cerco à França
Unificação Alemã
 Explorando a rivalidade franco-prussiana, Bismarck forjou o
estado de guerra entre os dois países, ao alterar o texto de um
despacho de Guilherme I ao embaixador francês.
 Com a guerra contra a Prússia declarada pela França, os Estados
do sul da antiga Confederação Germânica uniram-se, então, aos
do norte contra a França, vencendo-a na batalha de Sedan e
completando a unificação germânica.
 Em Janeiro de 1871 nasceu o II Reich Alemão, garantido através
de uma indenização de 5 bilhões de francos e a cessão à
Alemanha da rica região da Alsácia-Lorena, fomentando o
revanchismo francês.
 Os efeitos da unificação alemã e seu surgimento como potência
européia serão sentidos na corrida imperialista e nas duas
grandes guerras do século XX.
Unificação Italiana
 A Itália, imbuída de forte sentimento nacionalista,
despertado principalmente pelas divisões impostas
pelo Congresso de Viena, aceleraria sua política de
unificação.
 No início do século XIX, destacaram-se nesse processo
os carbonários, precursores dos movimentos pela
unificação.
 Reunindo monarquistas e republicanos, sem uma
linha de ação definida, os carbonários atuavam em
toda Itália.
Unificação Italiana
 Nas lutas de 1848 destacaram-se dois principais
grupos: republicanos, liderados por Giuseppe
Garibaldi, e os monarquistas, liderados pelo conde
Camilo Cavour.
 Os monarquistas tomaram a frente das lutas pela
unificação a partir do reino do Piemonte-Sardenha,
Estado independente, industrializado e progressista,
governado por Vítor Emanuel II.
 No rastro da Primavera dos Povos, houveram rebeliões
liberais impondo reformas em quase todos os reinos
italianos.
Unificação Italiana
 Veneza-Lombrada, sob domínio austríaco, lutavam por
sua independência.
 Com as sucessivas derrotas para os austríacos, o
movimento pela unificação italiana não ofereceu
resistência para a reinstalação do absolutismo,
voltando a ganhar força somente na década de 1860.
 Em 1860, os “camisas vermelhas” de Garibaldi, forças
populares republicanas que já haviam conquistado
algumas cidades italianas e parte dos Estados
Pontifícios, libertaram a Sicília e o sul da Itália,
governados pelo absolutismo Bourbon .
Unificação Italiana
 Os monarquistas liberais e burgueses, lideraram a
libertação do restante da Itália, especialmente da República
de Veneza e da parte não conquistada dos Estados
Pontifícios.
 Mesmo contrário a uma unidade monarquista, Garibaldi
abandonou a política para não dividir as forças italianas de
unificação, favorecendo Vítor Emanuel II e seus ministros.
 Contando com a promessa do monarca de que não
invadiria Roma, as tropas francesas deixaram a capital
católica, em 1870, para enfrentar os alemães de Bismarck na
Guerra Franco-Prussiana.
Unificação Italiana
 As forças de unificação aproveitaram a conjuntura e
invadiram Roma, transfomando-a na capital italiana
 Em janeiro de 1871, Vitor Emanuel II transferia-se para
Roma, completando o processo unificador e, pouco
depois, um plebiscito consagraria a anexação.
 O papa, considerando-se um prisioneiro no Vaticano,
recusava-se a reconhecer o novo Estado italiano
unificado, originando a Questão Romana
 A Questão foi resolvida em 1929, quando Mussolini
assinou o Tratado de Latrão e foi criado o Estado do
Vaticano.
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